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4. AFR, 56 anos, vítima de TCE grave secundário a acidente automobilístico, deu entrada no
hospital municipal de sua cidade trazido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência
(SAMU). Glasgow 3, hemodinamicamente instável, em uso de noradrenalina, sob ventilação
mecânica, modo pressão controlada, PEEP 10, FIO2 100%, P insp 20, SpO2 95%. O médico
plantonista do hospital prontamente interna o doente em leito de pacientes críticos, realiza a
avaliação série do trauma, faz ultrassonografia beira leito com FAST-USG, solicita
hemograma, eletrólitos, uréia, creatinina, enzimas hepáticas. Faz punção arterial para
hemogasometria com lactato. Após resultados de exames e adotar medidas estabiliza o
paciente hemodinamicamente. Necessita de exame de imagem crucial no seguimento
terapêutico do caso, a Tomografia Computadorizada de crânio. Sobre a Regulação em Saúde
neste caso é INCORRETO AFIRMAR:
A. A despeito dos esforços de governo e profissionais de saúde, no empenho de melhorar
cada vez mais a assistência à saúde da população, casos em que o doente fica dias no
aguardo de um exame de imagem que elucide diagnóstico e terapia indicada ainda
acontecem e são reais.
B. É necessário que o médico plantonista juntamente com sua equipe solicite vaga para
realização de tal exame via sistema de regulação (SISREG). É fundamental o
preenchimento de dados pertinentes ao quadro clínico do doente que justifiquem a
necessidade do exame de imagem.
C. Na descrição do caso clínico de AFR, além de uma história sucinta e objetiva, também são
importantes informações como: exame físico realizado, achados dos exames
complementares; laboratoriais e de imagem e suspeita diagnóstica. Tais dados devem
constar na ficha de regulação do SISREG.
D. A Tomografia Computadorizada de crânio é um exame de imagem de fácil acesso, não
oneroso, disponível em unidades de saúde de baixa complexidade. Além disso, não
necessita de profissional especializado para sua operação e para a análise das imagens.
Segurança do paciente
6. O Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP) foi criado pelo Ministério da Saúde
em 2013, com o objetivo de contribuir para a qualificação do cuidado em saúde. Esse
programa partiu dos protocolos básicos, elaborados pela Organização Mundial de Saúde
(OMS). Com base em dados epidemiológicos e estudos de custos financeiros, houve a real
necessidade de atitudes em busca da segurança do paciente. Desta forma, sobre o tema
segurança do paciente, PODEMOS AFIRMAR:
A. A correta identificação do paciente é uma das formas de garantir uma assistência à saúde segura.
É de fundamental importância identificar cada paciente com nome completo, data de nascimento
e/ou nome completo da mãe.
B. Não existe um consenso no meio médico e de vigilância e segurança em saúde com relação à
segurança do paciente: tema ainda pouco debatido, pouco elucidado, sem protocolos e regras a
serem seguidas.
C. Diferente de outras modalidades de serviços, como os sistemas críticos de serviços (aviação,
indústrias, usinas), os serviços em saúde não são tidos como sistemas críticos, para que sejam
necessários estudos em segurança e prevenção de danos e acidentes.
D. A segurança do paciente é um tema discutido e abordado em hospitais, clínicas e ambientes
acadêmicos. Todavia, há uma supervalorização em relação a esta temática, já que hospitais são
ambientes totalmente seguros, da mesma forma que procedimento médicos.
A. Algumas medidas poderiam ter sido adotadas para prevenir a queda de Faustino: registrar em
prontuário, em pulseira e ao lado do leito, com linguagem escrita, que Faustino é um paciente com
risco de queda. Tal risco é devido ao déficit visual e estar em ambiente não familiar, além da
ausência de um acompanhante.
B. Queda da própria altura e fratura de colo de fêmur não é algo comum em idosos. O episódio foi
uma fatalidade, poderia acontecer com qualquer paciente sob internamento. Faustino apesar de ter
déficit visual e estar em um ambiente não familiar (fora da sua residência), não tem maior risco de
queda.
C. Identificar os pacientes com risco de queda e risco de úlcera de pressão faz parte da segurança do
paciente. A queda de Faustino impacta em sua alta hospitalar, gerando uma patologia cirúrgica,
que poderia ser evitada com medidas de segurança ao paciente.
D. Outro agravo que pode ser prevenido, no caso de idosos acamados e restritos ao leito, é a úlcera
de pressão, através de mudanças de decúbito periódicas e avaliação da pele em busca de
possíveis lesões.
8. A segurança do paciente tem sido amplamente discutida no mundo inteiro, sendo considerada
uma importante questão de saúde pública. Entende-se por Segurança do Paciente a redução,
a um mínimo aceitável, do risco de dano desnecessário associado ao cuidado de saúde
(Brasil, 2015). Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a estimativa de danos à saúde
é alta a nível mundial anualmente. Nos Estados Unidos da América (EUA), a estimativa de
mortes prematuras associadas a danos evitáveis decorrentes ao cuidado hospitalar encontra-
se entre 210.000 e 400.000 americanos por ano (James, 2013). Sobre as metas para manter o
paciente seguro no ambiente hospitalar, MARQUE A ALTERNATIVA CORRETA:
I – Como em todo meio em que há troca de informações constantes, a boa comunicação é primordial. São
exemplos de uma boa comunicação na equipe de saúde: linguagem falada clara e objetiva, linguagem
escrita legível e com termos técnicos, adequado registro das informações pertinentes ao caso clinico em
prontuário.
II – O profissional de saúde (médico, enfermeiro, nutricionista, fisioterapeuta), ao escrever a evolução do
quadro clinico do paciente em prontuário, deve certificar-se de que o nome do paciente e o leito estão
corretos, prevenindo possíveis erros de conduta.
III – Sinalizar com linguagem escrita no leito, pulseira sinalizando o risco e saída do leito apenas com
supervisão, são atitudes que previnem quedas em pacientes com risco de quedas. A queda e um possível
dano gerado ao doente pode prorrogar sua alta hospitalar, acarretando custos.
IV – Higienizar as mãos na unidade de saúde é uma forma de prevenir a disseminação de infecções. Assim,
o profissional de saúde deve higienizar as mãos antes de tocar no doente, após tocar no doente, ao fazer
procedimentos em que houve contato com secreções do doente e ao tocar em artefatos presentes no leito
do paciente.
A. Apenas I é verdadeira
D. I e II são verdadeiras
9. Hipócrates (460 a 370 a.C.) cunhou o postulado: primum non nocere. Este significa –
primeiro não cause o dano. O pai da Medicina tinha a noção, desde essa época, que o
cuidado poderia causar algum tipo de dano. Ao agir sobre o organismo de um paciente,
através de mobilizações ou procedimentos ou administração de medicamentos, tal ação
poderia ser benéfica ou maléfica ao indivíduo. Baseado nesse contexto, É INCORRETO
AFIRMAR:
10. A Portaria MS/GM nº 529/2013, no artigo 3º, define como objetivos específicos do Programa
Nacional de Segurança do Paciente: promover e apoiar a implementação de iniciativas
voltadas à segurança do paciente, por meio dos Núcleos de Segurança do Paciente nos
estabelecimentos de Saúde; envolver os pacientes e os familiares nesse processo; ampliar o
acesso da sociedade às informações relativas à segurança do paciente; produzir,
sistematizar e difundir conhecimentos sobre segurança do paciente; e fomentar a inclusão
do tema segurança do paciente no ensino técnico e de graduação e na pós-graduação na
área da Saúde. Sobre segurança do paciente PODEMOS AFIRMAR:
A. São ações fundamentais adotadas pela equipe de saúde, para uma melhor segurança do paciente
durante sua estadia no hospital, a identificação correta do paciente, a prática de cirurgias seguras,
higienização das mãos, segura prescrição de fármacos, além da prevenção de quedas e úlceras de
pressão.
B. Acerca da prática de uma cirurgia segura: não é preocupação da equipe de cirurgia atentar-se para
o tempo cirúrgico, os materiais necessários para cirurgia e ideal assepsia para prevenção de
infecções, pois percebeu-se que há riscos para o doente apenas no pós-operatório e não no intra-
operatório.
C. O controle dos fármacos disponíveis e suas corretas indicações e aplicações já foi um motivo de
vigilância por parte dos serviços hospitalares. Mas, hoje em dia, isso caiu em desuso, tendo em
vista que os fármacos possuem validades indefinidas e raros efeitos adversos.
D. A prevenção de quedas é um âmbito da segurança do paciente muito restrito aos casos
ortopédicos. Logo, pouco importante em outros setores do hospital que não o de Ortopedia.