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PRONAÇÃO NO

PACIENTE CRÍTICO

KAIO MIRANDA
FISIOTERAPEUTA – CREFITO 205577 -F
ESPECIALISTA PROFISSIONAL EM FISIOTERAPIA INTENSIVA – ADULTO (ASSOBRAFIR/COFFITO)
PÓS-GRADUADO EM FISIOTERAPIA INTENSIVA – ADULTO (FACULDADE REDENTOR – RJ)
RESPONSÁVEL TÉCNICO – HOSPITAL MESTRE VITALINO
FISIOTERAPEUTA INTENSIVISTA (UTI CORONARIANA) – HOSPITAL UNIMED CARUARU
PRONAÇÃO NO PACIENTE CRÍTICO

▶ O que é a síndrome do desconforto respiratório agudo


(SDRA/SARA)?

▶ Por que o fisioterapeuta intensivista precisa saber?

▶ Qual a relação entre a posição prona e SDRA/SARA?


BREVE ABORDAGEM SOBRE SÍNDOME DO
DESCONFORTO RESPIRATÓRIO AGUDO (SDRA/SARA)

▶ Primeira descrição: 1967.


▶ 272 pacientes: IRpA + VM;
▶ Destes, 12 apresentaram dispneia grave, taquipneia, cianose, baixa
complacência pulmonar, e infiltrados difusos no Rx;
▶ Hipoxemia refratária;
▶ Boa resposta à PEEP;
▶ Padrão histopatológico: microatelectasias, congestão vascular,
hemorragia, edema pulmonar e formação de membrana hialina
revestindo a superfície alveolar.

Ashbaugh DG, Bigelow DB, Petty TL, Levine BE. Acute respiratory distress in adults. Lancet. 1967;2:319-23
BREVE ABORDAGEM SOBRE SÍNDOME DO
DESCONFORTO RESPIRATÓRIO AGUDO (SDRA/SARA)

LESÃO DIRETA LESÃO INDIRETA


▶ Fisiopatologia: Pneumonia Sepse Extrapulmonar

Aspiração de conteúdo gástrico Trauma grave (não torácico)


Quase-afogamento Pancreatite aguda
▶ Dano alveolar difuso. Inalação de gases tóxicos Drogas
Contusão Pulmonar Lesão de reperfusão
Radiação Circulação extracorpórea
▶ Edema pulmonar não
Politransfusão
cardiogênico Embolia gordurosa
(↑permeabilidade da Choque
membrana alvéolo-capilar Coagulação intravascular
pulmonar); disseminada

Gattinoni L, Pelosi P, D'Onofrio D, Chiumello D, Paolo S, Chiara G, Capelozzi VL,


Barbas CS, Chiaranda M. Pulmonary and extrapulmonary acute respiratory
distress syndrome are different. Eur Respir J. 2003;42:48s-56s.
BREVE ABORDAGEM SOBRE SÍNDOME DO
DESCONFORTO RESPIRATÓRIO AGUDO (SDRA/SARA)

https://image.slidesharecdn.com/sndromedaangstiarespiratriaagudasara-reriew-160128161247/95/sndrome-da-angstia-respiratria-aguda-sara-reriew-9-638.jpg?cb=1453997593
BREVE ABORDAGEM SOBRE SÍNDOME DO
DESCONFORTO RESPIRATÓRIO AGUDO (SDRA/SARA)

SDRA

NORMAL
BREVE ABORDAGEM SOBRE SÍNDOME DO
DESCONFORTO RESPIRATÓRIO AGUDO (SDRA/SARA)

SDRA

NORMAL
DEFINIÇÃO: SÍNDROME DO DESCONFORTO
RESPIRATÓRIO AGUDO (SDRA/SARA)

▶ 1994 - Conferência de Consenso Americano-Europeu (AECC).


TEMPO OXIGENAÇÃO RX TÓRAX P. CAPILAR

LPA AGUDA PaO2/FiO2≤300 INFILTRADOS POAP <18mmHg


BILATERAIS SEM HIPERTENSÃO AE

SDRA AGUDA PaO2/FiO2≤200 INFILTRADOS POAP <18mmHg


BILATERAIS SEM HIPERTENSÃO AE
DEFINIÇÃO: SÍNDROME DO DESCONFORTO
RESPIRATÓRIO AGUDO (SDRA/SARA)

▶ 2012 – Definição de Berlim.


HISTÓRICO: SÍNDROME DO DESCONFORTO
RESPIRATÓRIO AGUDO (SDRA/SARA)

▶ 2012 – Definição de Berlim.


POSIÇÃO PRONA x SDRA/SARA

▶ 1974 (Bryan) – 1976 (Pier & Brown) – 1977 (Douglas et al.);


▶ Melhora da oxigenação (70%-80% dos casos);
▶ ↓ Colabamento alveolar;
▶ Redistribuição da ventilação alveolar e perfusão.
POSIÇÃO PRONA x SDRA/SARA

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POSIÇÃO PRONA x SDRA/SARA

▶ Peso pulmonar:

➢ Edema + Gravidade = ↑ colapso região dependente


POSIÇÃO PRONA x SDRA/SARA

▶ Massa cardíaca:
POSIÇÃO PRONA x SDRA/SARA

▶ Alteração da mobilidade diafragmática e desvio


cefálico do conteúdo abdominal:

➢ Órgãos abdominais;
➢ Sedação e bloqueio neuromuscular;
➢ Pronação: conteúdo abdominal em repouso no leito.
INDICAÇÕES

DIRETRIZES BRASILEIRAS DE Ventilação Mecânica – 2013


INDICAÇÕES

DIRETRIZES BRASILEIRAS DE Ventilação Mecânica – 2013


CONTRAINDICAÇÕES

▶ Hipertensão intracraniana
▶ Fratura Pélvica
▶ Fratura de coluna
▶ Hipertensão intra-abdominal (contraindicação relativa)
▶ Peritoniostomia
▶ Gestação (contraindicação relativa)
▶ Tórax instável
▶ Instabilidade hemodinâmica grave
▶ Equipe inexperiente
DIRETRIZES BRASILEIRAS DE Ventilação Mecânica – 2013
COMPLICAÇÕES

▶ Úlceras de pressão faciais, ▶ Intolerância à dieta;


em tórax e joelho; ▶ Extubação acidental,
▶ Necrose mamária em seletividade, deslocamento e
paciente com prótese de obstrução do tubo
endotraqueal;
silicone;
▶ Remoção e dificuldade de fluxo
▶ Edema facial, de membros no cateter de hemodiálise e
e tórax; outros cateteres,
▶ Lesão de plexo braquial; ▶ Remoção de sondas enterais e
▶ Deiscência de ferida vesicais.
operatória;
COMO REALIZAR A TÉCNICA?

Figura 1 - Coxins para face, tórax, pelve e punho. Figura 2 - Posicionamento dos coxins sobre o tórax e a pelve, antes
da realização do envelope.

Oliveira et al. Checklist da prona segura: construção e implementação de uma ferramenta para realização da manobra de prona.
Rev Bras Ter Intensiva. 2017;29(2):131-141
COMO REALIZAR A TÉCNICA?

Figura 3 - Manobra do envelope. Passo 1: posicionar o Figura 4 - Manobra do envelope. Passo 2: unir e enrolar
lençol superior sobre o inferior. Colocar drenos, o lençol superior e inferior o mais próximo possível do
sondas e dômus da pressão invasiva dentro do envelope. corpo do paciente.

Oliveira et al. Checklist da prona segura: construção e implementação de uma ferramenta para realização da manobra de prona.
Rev Bras Ter Intensiva. 2017;29(2):131-141
COMO REALIZAR A TÉCNICA?

Figura 5 - Manobra do envelope. Passo 3: início do Figura 6 - Manobra do envelope. Passo 4: giro do
giro comandado pelo médico. Deslocar o paciente paciente em posição lateral. Fazer a manobra da troca
para lateral da cama contrária ao ventilador mecânico. das mãos entre a equipe, colocando uma mão na lateral
esquerda e outra na lateral direita do paciente.

Oliveira et al. Checklist da prona segura: construção e implementação de uma ferramenta para realização da manobra de prona.
Rev Bras Ter Intensiva. 2017;29(2):131-141
COMO REALIZAR A TÉCNICA?

Figura 7 - Manobra do envelope. Passo 5: fim do giro, Figura 8 - Cuidados pós-manobra (verificação do
posicionamento em prona e início dos cuidados pós- posicionamento dos coxins mantendo o abdome livre).
manobra.

Oliveira et al. Checklist da prona segura: construção e implementação de uma ferramenta para realização da manobra de prona.
Rev Bras Ter Intensiva. 2017;29(2):131-141
COMO REALIZAR A TÉCNICA?

Figura 9 - Posição de nadador (um braço elevado e a


cabeça rotada para o lado deste braço, o outro braço é
posicionado na lateral do corpo).

Oliveira et al. Checklist da prona segura: construção e implementação de uma ferramenta para realização da manobra de prona.
Rev Bras Ter Intensiva. 2017;29(2):131-141
BARREIRAS PARA REALIZAÇÃO DA
MANOBRA

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uploads/2017/09/AVANCOS_NOVO.png sociedad/1226012401_850215_0000000000_sumario_normal.jpg
IMAGENS (EXPERIÊNCIA PESSOAL)
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