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No sector da saúde, a informação subsidia o processo decisório, uma vez que auxilia no
conhecimento sobre as condições de saúde, mortalidade e morbidade, factores de risco,
condições demográficas, entre outras (ROUQUAYROL; ALMEIDA FILHO, 2006).
Os Sistemas de Informação da Saúde (SIS) são compostos por uma estrutura capaz de
garantir a obtenção e a transformação de dados em informação, em que há profissionais
envolvidos em processos de seleção, coleta, classificação, armazenamento, análise,
divulgação e recuperação de dados. Para profissionais da saúde, o envolvimento na
construção de instrumentos de coletas, treinamentos para captação correta dos dados e o
processamento da informação são importantes, uma vez que possibilitam maior domínio
dessa área do conhecimento.
Importância do SIS
E, caso seja possível adotar um mecanismo para reduzir este fardo, a implementação
deste método é mais do que recomendada.
Por conta do Sistema Único de Saúde (SUS), o Ministério da Saúde contém diversos
sistemas de informação em saúde, considerado exemplar para muitos países.
Inclusive, em um artigo na revista impressa Ciência & Saúde, a autora defende que as
políticas do SUS são exemplares para a União Européia.
Além disso, vale mencionar que, em seus mandatos, o ex-presidente americano Barack
Obama considerou um sistema único de saúde para os estadunidenses se guiando pelo
modelo brasileiro e por meio dos sistemas de informação em saúde.
Os dados compilados pelos sistemas são enviados para uma lista nacional e
acrescentado com outras informações de registro civil.
Eles envolvem todas as pessoas dessa pirâmide, sejam eles pacientes, gestores ou até
mesmo agentes de saúde.
Sendo assim, separamos 3 benefícios do SIS, para você entender no que a metrificação
de dados de saúde resulta:
Isso acontece por conta da mensuração quase instantânea dos dados e sua apresentação
visual, garantindo um entendimento pleno em pouco tempo.
A partir desse acompanhamento, o gestor pode fazer intervenções sempre que achar
necessário e isso garante uma fluidez nos procedimentos por muito mais tempo.
Uma vez que o gestor tem informações que mostra uma dificuldade para acessar
práticas médicas por parte de um paciente, ele pode promover ações que garantam um
acesso facilitado.
Além disso, o gestor também pode manter uma procura constante pela melhoria na
qualidade dos atendimentos prestados uma vez que ele sabe o quê deve aprimorar.
Registo clínico
O Registo Clínico
registo do doente é um conjunto ordenado de documentos que contêm todos os dados
(quer sejam médicos ou administrativos) recolhidos a um paciente.
O registo clínico é usado na prática clínica, e contém registos feitos por médicos e
outros profissionais de saúde.
à história clínica;
exame físico;
diário;
diagnósticos;
tratamentos efectuados;
testes laboratoriais
relatórios de meios complementares de diagnóstico:
Registo em Papel
Os registos clínicos já eram usados no século 5 A. C., em papel. registo clínico em
papel é uma forma de registo clínico, tal como está descrita no capítulo anterior, em
que os dados clínicos são introduzidos de forma manuscrita, e toda a informação
clínica é anexada a este processo em papel.
Os médicos anotavam todas as informações médicas relativas a cada consulta com cada
paciente. A ordem dos registos era cronológica, como defendia Hipócrates, ou seja,
time-oriented. Assim, as notas de um mesmo Registo de Saúde de Pacientes 28 paciente
poderiam estar separadas por muitas páginas, dependendo do intervalo de tempo entre
cada visita. Desta forma, era difícil um acesso completo a todo o histórico de um dado
paciente. Em 1907, começou a ser utilizado um ficheiro por cliente inserido por William
Mayo na sua clínica, que se viria a transformar na Mayo Clinic6 . Assim surgiu o
registo médico centrado no cliente – patient-oriented. De qualquer forma, ainda não
havia obrigatoriedade de os dados inseridos corresponderem a critérios específicos. Por
este motivo, em 1920 foram criados critérios para a introdução da informação no
ficheiro. Ainda assim, o registo médico não tinha organização suficiente para fornecer
uma visão geral do paciente, principalmente quando este era tratado para mais do que
um problema de saúde. De forma a melhorar a organização do registo médico Weed, em
1968, escreveu um artigo [Weed, 1968] sugerindo a introdução do registo médico
problem-oriented, ou seja, orientado ao problema. A partir daqui, cada paciente podia
ter um ou mais problemas e as considerações eram feitas a cada problema. Este
paradigma foi implementado em todo o mundo, tendo sido facilmente aceite pela
comunidade médica pela organização e disciplina que fornecia. Nesta altura eram
consideradas as vantagens do registo em papel, apresentadas por Bemmel e Musen
[1997]:
Ilegibilidade da caligrafia;
Ambiguidade;
Perdas de informação;
Dificuldade no acesso.
Registo Electrónico
Em 1966 foi realizado um estudo em hospitais dos Estados Unidos e verificado que os
enfermeiros gastavam entre 30 e 40% do seu tempo em actividades de processamento
de informação Além do factor tempo, também os erros dos médicos são um problema,
pois estima-se 40000 eventos fatais por ano devido a erros médicos [Lo et al, 2007].
O processo clínico propriamente dito envolve uma série de etapas como
observação, decisão e plano de acção. Só se pode perceber a organização do
processo clínico em geral, e do processo clínico em papel ou electrónico, em
particular se se conhecer os vários tipos de informação que se dispõe para se tomar
uma decisão clínica.
Numa primeira fase, a partir da observação de dados recolhidos do paciente, que
incluem dados narrativos, como a história clínica ou a opinião do médico, medidas
numéricas, como dados do exame físico (temperatura, tensão arterial, idade, etc) é
gerada informação.
Depois com base no conhecimento do clínico, existe uma interpretação desta
informação que dá origem a hipóteses de diagnóstico. Em presença do diagnóstico
(doença) é iniciada uma acção terapêutica.
carácter administrativo:
nome
data de nascimento
a identificação do doente
dados médicos fixos (ocorrências singulares):
sexo
grupo sanguíneo
alergias
outros dados médicos (ocorrências múltiplas de dados ou dados
temporais):
história clinica
exame obectivo
diagnósticos
procedimentos
terapêutica
...
Organização
Existem tipicamente 3 tipos de organização do registo clinico:
história clínica
exame físico
resultados dos meios complementares de diagnóstico
Problem-oriented medical record - em que a informação clínica
é organizada por problema.
Este tipo de organização da informação clínica surgiu nos anos
60, e a cada doente é atribuído um ou mais problemas. Para cada
problema os dados clínicos são organizados de acordo com a
estrutura SOAP.
S - Subjectivo - dados da história clinica;
O - Objectivo - dados do exame físico;
A - Análise - resultados de exames auxiliares de
diagnóstico e conclusões como diagnósticos
P - Plano - plano médico, tratamento ou atitude
Com o objectivo de sistematizar a informação que vai sendo recolhida, bem como nela
eventualmente identificar a necessidade de solicitar mais esclarecimentos aos autores,
foi elaborado um referencial de análise de informação, baseada em princípios de
planeamento estratégico em saúde. Pretende-se que todos os contributos e análises
especializadas sejam “dissecados” segundo as dimensões estabelecidas.
E l a b o r a ç ã o d e g r á f i c o s e r e l a t ó r i o s m e n s a i s d a unidade sanitária
Periodicamente, as Unidades Sanitárias em geral, têm elaborado relatórios
relatandopormenores concernentes as diversas actividades que são
desenvolvidas na mesma.E s t e s r e l a t ó r i o s c o n t ê m i n f o r m a ç õ e s s o b r e a
instituição, um relato da situação encontrada durante as actividades,
as normas não cumpridas, a conclusão d a s actividades quanto ao
cumprimento das boas práticas e/ou condições de funcionamento do
estabelecimento, a adopção das medidas pertinentes, de entre outros
elementos importantes para as Unidades Sanitárias.
Um relatório é o conjunto da descrição da realização experimental, dos resultados
nele obtidos, assim como das ideias associadas, de modo a constituir uma
compilação completa e coerente de tudo o que diga respeito a esse trabalho
Relatórios e tabelas
Uma maneira muito flexível para apresentar os dados que foram recolhidos são os
relatórios padrão do SIS-MA. Os dados podem ser agregados por unidade
organizacional ou por qualquer nível de Unidade Organizacional, por conjunto de
dados, por indicadores, assim como por período de tempo (por exemplo, mensal,
trimestral, anual). As tabelas de relatório são fontes de dados personalizadas para os
relatórios padrão e podem-se definir de maneira flexível na interface do utilizador, para
posteriormente poderem ser acedidos. Estas tabelas de relatórios podem ser
configuradas para serem de fácil acesso por um "único clique" com parâmetros pré-
definidos para que o utilizador possa lançar os mesmos relatórios, por exemplo, a cada
mês, quando novos dados são inseridos e também podem ser relevantes para os
utilizadores de todos os níveis e unidades organizacionais que podem ser seleccionados
no momento de se lançar o relatório.
Gráficos
Uma das maneiras mais simples de mostrar os dados dos indicadores é a utilização de
gráficos. Uma tela de diálogo amigável orientará o utilizador para a criação de vários
tipos de gráficos com indicadores de dados, unidades organizacionais e períodos
seleccionados. Estes gráficos podem ser facilmente adicionados a uma das quatro
secções do Painel de Controlo (Dashboard) destinado a gráficos, e com isso tê-los
disponíveis directamente na secção inicial. Para tal, o utilizador deve fixar o painel de
Controlo como o módulo de início (home page) nas configurações do utilizador. 1.4.9
Unidades organizacionais As Unidades Organizacionais são apresentadas na coluna do
lado esquerdo da janela do SIS-MA numa estrutura hierárquica em esquema de árvore, e
ao seleccionar-se uma das suas unidades são visualizados os seus filhos (Subníveis).
Para localizar uma Unidade Organizacional na hierarquia pode-se navegar através da
árvore, expandindo os ramos (ao clicar no símbolo +), ou procurá-la abrindo o campo
de pesquisa (ao clicar no símbolo verde acima da raiz da hierarquia). Na pesquisa
procure pelo nome da Unidade Organizacional, a inserção deve ser feita com caracteres
exactos para respeitar a regra de sensibilidade a maiúsculas e minúsculas, caso contrário
os resultados esperado não serão visualizados.