Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
SUMÁRIO
UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO ................................................................................... 2
UNIDADE 2 – OS SISTEMAS DE INFORMAÇÕES DE SAÚDE ............................. 3
UNIDADE 3 – A POLÍTICA NACIONAL DE VIGILÂNCIA ALIMENTAR E
NUTRICIONAL........................................................................................................ 14
UNIDADE 4 – A ORGANIZAÇÃO DA VIGILÂNCIA ALIMENTAR E NUTRICIONAL
NO SUS E O SISTEMA DE VIGILÂNCIA ALIMENTAR E NUTRICIONAL –
SISVAN ................................................................................................................... 18
4.1 O que é o SISVAN e como funciona ................................................................. 19
4.2 A história do SISVAN ........................................................................................ 21
4.3 O programa Bolsa Família – PBF e o SISVAN.................................................. 24
4.4 Métodos e critérios utilizados pelo SISVAN ...................................................... 25
UNIDADE 5 – VIGILÂNCIA SANITÁRIA E QUALIDADE DOS ALIMENTOS........ 29
5.1 A vigilância sanitária no Brasil ........................................................................... 31
5.2 A ANVISA e o Programa Nacional de Monitoramento da Qualidade Sanitária de
Alimentos (PNMQSA).............................................................................................. 37
UNIDADE 6 – ESTILO DE VIDA X PROMOÇÃO DA SAÚDE X QUALIDADE DE
VIDA........................................................................................................................ 40
6.1 Definindo qualidade de vida .............................................................................. 40
6.2 A importância e influência do estilo de vida para a saúde ................................. 42
6.3 Qualidade no atendimento nutricional ambulatorial........................................... 44
GLOSSÁRIO BÁSICO ............................................................................................ 50
REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 59
2
UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO
de gestão, que são o SIAB, o SISVAN (que veremos em detalhes por ser foco deste
módulo), SI-PNI, SISÁGUA.
dentre outras, pode ser viabilizada via Internet, propiciando o acesso a dados nas
seguintes áreas:
demografia – informações sobre população, mortalidade e natalidade;
morbidade – morbidade hospitalar e ambulatorial, registros especiais, seguro
social, acidentes de trânsito, de trabalho, etc.; meio ambiente: saneamento
básico, abastecimento de água, destino dos dejetos e lixo, poluição
ambiental, condições de habitação, estudo de vetores;
recursos de saúde e produção de serviços – recursos físicos, humanos,
financeiros, produção na rede de serviços básicos de saúde e em outras
instituições de saúde, vigilância sanitária; no âmbito documental e
administrativo: legislação médico-sanitária, referências bibliográficas e
sistemas administrativos.
Estas situações podem ser evitadas com um bom treinamento das equipes e
por meio da manutenção frequente dos equipamentos.
Antropometrista é a denominação para o profissional capacitado para a
coleta de medidas antropométricas. Para que tais medidas sejam confiáveis e
precisas é necessário que os antropometristas envolvidos nesta tarefa tenham alto
senso de responsabilidade, concentração e atenção durante a realização do
procedimento. Na dúvida, deve-se sempre repeti-lo. O valor da medida
antropométrica obtida deve ser anotado, imediatamente, com segurança e com boa
caligrafia.
Para a correta tomada do peso e da altura deve-se garantir, previamente, o
perfeito funcionamento dos equipamentos. A manutenção dos equipamentos é muito
importante a fim de evitar erros causados por problemas ou defeitos dos mesmos.
Dentre os equipamentos citados, a balança é o que gera mais erros por falta de
manutenção.
Para evitar possíveis problemas ao adquirir este equipamento, o
Estabelecimento Assistencial de Saúde (EAS) deve solicitar um exame pelos órgãos
responsáveis por este serviço. São eles: o Instituto de Pesos e Medidas (IPEM) e o
Instituto Nacional de Metrologia (INMETRO). Porém, o procedimento de aferição e
regulagem de balanças e/ou seu conserto também pode ser realizado por uma firma
idônea, ficando a escolha a critério da instituição.
Na manutenção dos antropômetros de madeira, é importante observar se
está localizado em lugar seco, pois existe o risco de empenar com a umidade local,
gerando erros na medição. Recomenda-se que o antropômetro horizontal (para
medir o comprimento de crianças menores de 2 anos) e a balança pediátrica sejam
apoiados em mesa ou bancada, confeccionadas em material firme e resistente (por
exemplo, metal, mármore ou madeira). O antropômetro vertical e a balança
plataforma devem ser colocados em parede lisa e sem rodapé.
Um bom antropometrista deve conferir os equipamentos que utiliza,
rotineiramente, antes de cada pesagem ou medição. Além disso, o local de
instalação dos equipamentos deve ser escolhido de modo a:
oferecer claridade suficiente para que se possa fazer uma boa leitura da
escala de medidas;
1 A teoria miasmática ou teoria miasmática das doenças foi uma teoria biológica formulada por
Thomas Sydenham e Giovanni María Lancisi durante o século XVII. Segundo a teoria, as doenças
teriam origem nos miasmas: o conjunto de odores fétidos provenientes de matéria orgânica em
putrefacção nos solos e lençóis freáticos contaminados. Atualmente é considerada uma obsoleta, ao
ser consensual e aceite a Teoria Microbiana.
Todos os direitos reservados ao Grupo Prominas de acordo com a convenção internacional de
direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada seja por meios
eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e
recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Instituto Prominas.
30
Guarde...
A Política de Alimentos da ANVISA sustenta-se nos seguintes pilares:
a ação deve ser no processo produtivo e não no produto final;
o produto final deve ser o termômetro para a adoção de medidas de
intervenção;
o setor produtivo é o responsável pela garantia sanitária dos alimentos que
fabricam.
Como medida para a implantação dessa política, a Anvisa disciplina os
procedimentos de registro e dispensa de registro, como marco legal.
Para tanto, o Programa de Monitoramento instituído tem os seguintes
objetivos:
monitorar a qualidade sanitária e os dizeres de rotulagem dos alimentos;
estabelecer um histórico de qualidade dos alimentos;
Guarde...
Alimentação saudável + atividade física = Mais saúde
GLOSSÁRIO BÁSICO
Acolhimento: prática de receber, escutar, dar acolhida, admitir, aceitar, dar ouvidos,
dar crédito às pessoas, atitude de inclusão, que deve estar presente em todas as
relações de cuidado, nos encontros reais entre trabalhadores e usuários dos
serviços de saúde.
Alergia Alimentar: reações adversas a alimentos, dependentes de mecanismos
imunológicos, mediadas por Imunoglobulina E (IgE) ou não. Os alimentos mais
comumente envolvidos em alergias alimentares são leite de vaca, ovo de galinha,
soja, trigo, amendoim, peixe e crustáceos.
Alimentação adequada e saudável: prática alimentar apropriada aos aspectos
biológicos e socioculturais dos indivíduos, bem como ao uso sustentável do meio
ambiente. Deve estar de acordo com as necessidades de cada fase do curso da vida
e com as necessidades alimentares especiais; ser referenciada pela cultura
alimentar e pelas dimensões de gênero, raça e etnia; ser acessível do ponto de vista
físico e financeiro; harmônica em quantidade e qualidade; baseada em práticas
produtivas adequadas e sustentáveis; com quantidades mínimas de contaminantes
físicos, químicos e biológicos.
Alimentos para fins especiais: alimentos especialmente formulados ou
processados, nos quais se introduzem modificações no conteúdo de nutrientes
adequados à utilização em dietas diferenciadas e ou opcionais, atendendo
necessidades de pessoas em condições metabólicas e fisiológicas específicas.
Atenção básica à saúde: conjunto de ações de saúde, no âmbito individual e
coletivo, que abrange a promoção e a proteção da saúde, a prevenção de agravos, o
diagnóstico, o tratamento, a reabilitação, redução de danos e a manutenção da
saúde com o objetivo de desenvolver uma atenção integral que impacte na situação
de saúde e autonomia das pessoas e nos determinantes e condicionantes de saúde
das coletividades. É desenvolvida por meio do exercício de práticas de cuidado e
gestão, democráticas e participativas, sob forma de trabalho em equipe, dirigidas a
populações de territórios definidos, considerando a dinamicidade existente no
território em que vivem essas populações. Utiliza tecnologias de cuidado complexas
e variadas que devem auxiliar no manejo das demandas e necessidades de saúde
de maior frequência e relevância em seu território, observando critérios de risco,
Todos os direitos reservados ao Grupo Prominas de acordo com a convenção internacional de
direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada seja por meios
eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e
recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Instituto Prominas.
51
das diferenças entre eles, sem tentar eliminar essas diferenças, mas aproveitando a
riqueza que elas proporcionam.
Equipe de apoio matricial: conjunto de profissionais que não têm,
necessariamente, relação direta e cotidiana com o usuário, mas cujas tarefas serão
de prestar apoio às equipes de referência de forma a assegurar, de modo dinâmico
e interativo, apoio especializado às equipes de referência nas dimensões
assistencial (ação direta com os usuários) e técnico-pedagógico (ação de apoio
educativo com e para a equipe). Para tanto, deve ocorrer a compreensão do que é
conhecimento nuclear dos profissionais de apoio matricial e do que é conhecimento
comum e compartilhável junto às equipes de referência.
Erros inatos do metabolismo: grupo de doenças geneticamente determinadas,
decorrentes de deficiência em alguma via metabólica que está envolvida na síntese
(anabolismo), transporte ou na degradação (catabolismo) de uma substância. O
“Teste do Pezinho”, exame obrigatório do Programa de Triagem Neonatal, detecta
as doenças de maior incidência como fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito,
anemia falciforme, hemoglobinopatias e fibrose cística.
Humanização: valorização dos diferentes sujeitos pertencentes ao processo de
produção de saúde (usuários, trabalhadores e gestores); fomento da autonomia e do
protagonismo desses sujeitos; aumento do grau de corresponsabilidade na produção
de saúde e de sujeitos; estabelecimento de vínculos solidários e de participação
coletiva no processo de gestão; identificação das necessidades de saúde; mudança
nos modelos de atenção e gestão dos processos de trabalho tendo como foco as
necessidades dos cidadãos e a produção de saúde; compromisso com a ambiência,
melhoria das condições de trabalho e de atendimento.
Intersetorialidade: articulação entre diferentes setores para enfrentar problemas
complexos visando à superação da fragmentação das políticas nas várias áreas
onde são executadas.
Intolerância Alimentar: reações adversas a alimentos não dependentes de
mecanismos imunológicos (não imuno-mediadas). Pode ocorrer pela ausência de
enzimas digestivas. Por exemplo, a não produção da enzima lactase, responsável
pela digestão da lactose presente no leite, pode causar intolerância a este alimento
e seus derivados e a preparações que os tenham como ingredientes.
REFERÊNCIAS
REFERÊNCIAS BÁSICAS
REFERÊNCIAS COMPLEMENTARES
GENTA, T.M.S.; et al. Avaliação das Boas Práticas através de check-list aplicado
em restaurantes self-service da região central de Maringá, Estado do Paraná. Acta
Science Health Science . Maringá, v. 27, n. 2, p. 151-6, 2005.
JAPUR, Camila Cremonezi; DIEZ-GARCIA, Rosa Wanda; PENAFORTE, Fernanda
Rodrigues de Oliveira. Qualidade no atendimento nutricional ambulatorial. In: DIEZ-
GARCIA, Rosa Wanda; CERVATO-MANCUSO, Ana Maria. (coord.). Mudanças
alimentares e educação nutricional. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2012.
Nutrição e metabolismo.
KLOETZEL, K. et al. Controle de qualidade em atenção primária à saúde. I – A
satisfação do usuário. Cad. Saúde pública, 1998;14 (3):623-628
KOTATA, F.; PACHECO, M.L.R.; HIGAKI, Y. Avaliação pelos usuários dos hospitais
participantes de qualidade hospitalar no estado de São Paulo. Brasil. Rev. Saúde
Pública, 1997; 31 (2):171-7.
LAZZARINI, M.; et al. Direitos do consumidor de A a Z. Instituto Brasileiro de Defesa
do Consumidor, 1997.
NAHAS, Markus Vinicius. Atividade física, saúde e qualidade de vida. Londrina:
Editora Midiograf, 2006.
NAHAS, Markus Vinicius. O papel do estilo de vida na promoção da saúde e da
qualidade de vida. In: MOREIRA, Emília Addison Machado; CHIARELLO, Paula
Garcia (coord.). Atenção nutricional: abordagem dietoterápica em adultos. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 2011. Nutrição e metabolismo.
NOGUEIRA, R. P. Perspectivas da qualidade em saúde. Rio de Janeiro:
Qualitymark, 1994.
PIOVESAN, M.F. A Construção Política da Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
2002. Dissertação (Mestrado em Saúde Pública) - Escola Nacional de Saúde
Pública, Fundação Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, 2002.
PIOVESAN, M.F. et al. Vigilância Sanitária: uma proposta de análise dos contextos
locais. Rev Bras Epidemiol 2005; 8(1): 83-95.
ROZENFELD, S. Fundamentos de Vigilância Sanitária. Rio de Janeiro: Editora
FIOCRUZ, 2000.
SÁ, Neide Gaudenci de. Princípios de Nutrição. São Paulo: Nobel, 1989.