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BRASÍLIA – DF
2018
Revisão Técnica:
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LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS
AE – Ação Estratégica
CBHPM – Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos
CENTERMS – Centro Nacional de Terminologias em Saúde
CIAP – Classificação Internacional da Atenção Primária
CID – Classificação Internacional de Doenças
CID-O – Classificação Internacional de Doenças em Oncologia
CIT – Comissão Intergestores Tripartite
DEMAS – Departamento de Monitoramento e Avaliação do SUS
DRAC – Departamento de Regulação, Avaliação e Controle de Sistemas
HAOC – Hospital Alemão Oswaldo Cruz
IHTSDO - International Health Terminology Standards Development Organization
ISO – International Organization for Standardization
LOINC – Logical Observation Identifiers Names and Codes
MS – Ministério da Saúde
OE – Objetivo Estratégico
OMS – Organização Mundial da Saúde
PEP – Prontuário Eletrônico do Paciente
PROADI-SUS – Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do SUS
RES – Registro Eletrônico em Saúde
SAS – Secretaria de Atenção à Saúde
SE – Secretaria Executiva
SIGTAP – Sistema de Gerenciamento da Tabela de Procedimentos, Órteses, Próteses, Medicamentos
e Materiais Especiais do SUS
SNOMED-CT – Systematized Nomenclature of Medicine – Clinical Terms
TIC – Tecnologia da Informação e Comunicação
TUSS – Terminologia Unificada da Saúde Suplementar
3
SUMÁRIO
1. ABRANGÊNCIA...........................................................................................................5
2. PERÍODO DE VALIDADE E DE REVISÕES ..............................................................5
3. INTRODUÇÃO .............................................................................................................5
3.1. Recursos Terminológicos .......................................................................................5
3.2. Systematized Nomenclature of Medicine – Clinical Terms (SNOMED-CT) ...........6
3.3. O CENTRO NACIONAL DE TERMINOLOGIAS E A ESTRATÉGIA DE E-
SAÚDE DO BRASIL ........................................................................................................7
4. OBJETIVO ....................................................................................................................9
5. METODOLOGIA ..........................................................................................................9
6. O CENTRO NACIONAL DE TERMINOLOGIAS EM SAÚDE ................................. 10
6.1. Produção de modelos de informação..................................................................... 12
7. REFERENCIAL ESTRATÉGICO DO CENTERMS ................................................... 13
7.1. Missão .................................................................................................................. 13
7.2. Visão .................................................................................................................... 14
7.3. Objetivos Estratégicos .......................................................................................... 14
8. OBJETIVOS ESTRATÉGICOS E AÇÕES .................................................................. 15
8.1. Estabelecimento e Distribuição de Padrões de Informação e Terminologias em
Atenção à Saúde............................................................................................................... 15
8.2. Recursos Necessários ........................................................................................... 16
8.3. Governança .......................................................................................................... 18
8.4. Pessoas e Ambiente .............................................................................................. 19
9. PLANO DE AÇÕES E METAS (PRELIMINAR) ........................................................ 20
10. REFERÊNCIAS........................................................................................................... 24
11. GLOSSÁRIO ............................................................................................................... 25
ANEXO I – MEMBROS DO COMITÊ GESTOR DA ESTRATÉGIA DE E-SAÚDE......... 26
ANEXO II - LISTA DE PARTICIPANTES DA I OFICINA SNOMED CT PARA REVISÃO
DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DO CENTRO NACIONAL DE
TERMINOLOGIAS............................................................................................................. 27
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1. ABRANGÊNCIA
Este plano estratégico tem suas metas e objetivos traçados para o período compreendido
entre 2018 e 2021, devendo passar por revisões anuais.
3. INTRODUÇÃO
1
Resolução CIT no 5, de 25 de Agosto de 2016 - Institui o Comitê Gestor da Estratégia e-Saúde e define a sua
composição, competência, funcionamento e unidades operacionais na estrutura do Ministério da Saúde.
5
Por exemplo, uma descrição em texto livre de uma doença, como “Diabetes Mellitus” ou “Infarto Agudo
do Miocárdio”, passaram a ser abreviadas simplesmente usando acrônimos, como “DM” e “IAM“.
Para que dados textuais pudessem ser compreendidos no mundo digital, foram
convertidos em códigos numéricos. Inclusive, o uso de classificações e codificações de termos em saúde
precedem o uso de computadores. Esses códigos surgiram da necessidade de se usar símbolos e
caracteres alfanuméricos para simbolizar conceitos ou objetos do mundo real, como a Classificação
Internacional de Doenças (CID), e têm sido utilizados nos sistemas de informação em saúde para
“codificar” uma larga variedade de valores, incluindo causas de morte e morbidade hospitalar (CID),
estadiamento do câncer (CID-O) e de problemas na atenção primária (CIAP). Por fim, também são
utilizadas classificações de procedimentos como a Classificação Brasileira Hierarquizada de
Procedimentos Médicos (CBHPM), a Tabela de Procedimentos do SUS (SIGTAP) ou a Terminologia
Unificada da Saúde Suplementar (TUSS).
A SNOMED CT é uma das linguagens que foram criadas para representar o universo
de informações clínicas. O reconhecimento que as classificações baseadas em princípios taxonômicos
hierárquicos não serviam para representar o mundo complexo e dinâmico da saúde foi uma das razões
de sua criação (NHS, 2011). Além disso, há várias limitações para atualizá-las e para se mapear duas
versões de uma mesma classificação, tal como ocorreu da CID-9 para a CID-10.
Nesse sentido, a SNOMED-CT foi concebida para resolver esses problemas e hoje é
considerada a terminologia em saúde mais abrangente do mundo, em comparação a outras terminologias
de saúde existentes (IHSTDO, 2017), como a Logical Observation Identifiers Names and Codes
(LOINC) e a CID-10, pois cobre todas as áreas de dados clínicos, e não apenas um único domínio, como
por exemplo a SIGTAP, que cobre procedimentos; a CID-10, que cobre diagnósticos; e a LOINC, que
cobre predominantemente exames laboratoriais.
2
Internet das Coisas (IoT) é um termo criado em setembro de 1999 por Kevin Ashton com a rede de objetos
físicos (prédios, veículos, componentes) e outros que possuem tecnologia embarcada (MATTERN and
FLOERKEMEIER, 2010).
6
Os significados dos conceitos clínicos são definidos pela SNOMED-CT por meio do
relacionamento entre eles. Um outro aspecto é que a estrutura da SNOMED-CT é poli-hierárquica,
facilitando a recuperação de dados em várias dimensões e suportando a captura de dados clínicos, na
menor granularidade desejada.
Embora não seja perfeita, não existem atualmente alternativas no mundo a essa
terminologia (LEE et al., 2013). Essa constatação motivou 9 (nove) países a se unir, comprar os direitos
de licença da SNOMED CT do Colégio Americano de Patologia e criar uma organização, a
International Health Terminology Standards Development Organization (IHTSDO), mais
recentemente rebatizada como SNOMED International®3 (WIKIPEDIA, 2018), a fim de investir em
melhorias da terminologia, de modo a torná-la abrangente e universal. Hoje, além do Brasil, que se
tornou membro da SNOMED International® no mês de abril de 20184, outros 32 (trinta e dois) países
são igualmente membros, tais como Argentina, Chile e Uruguai, sendo essa associação uma condição
para que um país tenha o direito de distribuir e adotar a SNOMED-CT como terminologia de referência
nacional5.
3
https://www.snomed.org/
4
https://www.snomed.org/member/brazil
5
http://www.ihtsdo.org/licensing/
7
consistente dos serviços de Saúde por meio da disponibilização e uso
de informação abrangente, precisa e segura que agilize e melhore a
qualidade da atenção e dos processos de Saúde, nas três esferas de
governo e no setor privado, beneficiando pacientes, cidadãos,
profissionais, gestores e organizações de saúde.”
Dentre as ações estratégicas acima apontadas o CENTERMS tem ligação direta com os
seguintes objetivos das ações constantes do Quadro 1.
Quadro 1 – Ações Estratégicas de e-Saúde para o Brasil e o papel do CENTERMS em cada uma.
Fonte: Elaboração Própria
Ação Objetivo da ação estratégica Papel do CENTERMS
Estratégica
AE1 “Fortalecer as instâncias de O CENTERMS contribuirá, de forma
governança da informação no SUS e significativa, na governança dos
promover o alinhamento das suas modelos de informação, recursos
ações, visando direcionar os recursos terminológicos e padrões de
existentes para a organização do interoperabilidade do Ministério da
ambiente de implantação da Visão de Saúde.
e-Saúde.”
8
intercâmbio de informações de
saúde.”
AE5 “Garantir que a infraestrutura O CENTERMS disponibilizará os
computacional, necessária para a serviços computacionais oferecendo
implantação da Visão de e-Saúde padrões de interoperabilidade para que
para o Brasil, esteja disponível e os sistemas de informação em saúde
evolua de acordo com as necessidades tenham acesso aos modelos de
e oportunidades advindas da informação e recursos terminológicos.
evolução tecnológica.”
4. OBJETIVO
Este documento tem por objetivo apresentar o Plano Estratégico do CENTERMS para
o período de 2018 a 2021. Descreve a contextualização e missão do Centro, bem como a estratégia para
sua estruturação e atuação no período em referência.
5. METODOLOGIA
6
De acordo com a norma ISO/TS 17117:2002 (ISO, 2002).
9
do Departamento de Informática do SUS (MS/SE/DATASUS). A continuidade deste trabalho ocorreu
no projeto PROADI-SUS, também com o HAOC, denominado “Apropriação, Implementação e
Governança de Terminologias Clinicas – Infoestrutura e Implementação de Casos de Negócios para
Interoperabilidade em Saúde”, no período 2015-2017, sob a gestão do Departamento de Regulação
Avaliação e Controle de Sistemas (MS/SAS/DRAC).
Nos dias 03 e 04 de abril de 2018, por iniciativa do DEMAS/SE, foi realizada 1ª Oficina
do SNOMED-CT, com a contribuição direta de cerca de 44 (quarenta e quatro) profissionais que
revisaram e adequaram o presente documento, levando em consideração a Estratégia de e-Saúde para o
Brasil, publicada em 2017. Em seguida, este documento foi submetido e aprovado pelo Comitê Gestor
da Estratégia de e-Saúde, em sua 20ª Reunião Ordinária, em 05 de maio de 2018. Este será o documento
de referência para a implantação do CENTERMS e para a adoção da SNOMED-CT no país.
7
De acordo com a norma ISO/TS 18308:2011 (ISO, 2011).
10
longo de toda a vida do indivíduo ou paciente. Nesse sentido, o RES Nacional será gradativamente
interoperável com as diversas aplicações e serviços de e-Saúde. Dentre esses sistemas, pode-se destacar:
11
da informação clínica, a adoção de terminologias padronizadas pode variar muito e não resultar na
almejada interoperabilidade semântica.
Atualmente, a maioria dos sistemas de informação clínica não segue nenhum modelo
padronizado. Muitos deles sequer têm informações clínicas estruturadas, o que impede que eles
incorporem modelos semânticos e terminologias como o SNOMED-CT.
• Imunizações;
• Planos de cuidados;
12
• Descritivo das condições (não funcionais).
Os casos de negócio são importantes porque definem o escopo do processo de produção
dos padrões de informação em saúde, permitindo que estes sejam desenvolvidos, levando a construção
dos modelos de informação.
7.1. MISSÃO
13
7.2. VISÃO
saúde, por processo colaborativo, transparente e articulado, de forma a efetivar a “Estratégia de e-Saúde para o Brasil”.
VISÃO:
Ser reconhecido como a referência nacional na manutenção e distribuição de modelos de informação, terminologias e
padrões de interoperabilidade em saúde.
RECURSOS
OE 4: Promover a sustentabilidade das terminologias e ferramentas necessárias para suportar as atividades do centro.
14
8. OBJETIVOS ESTRATÉGICOS E AÇÕES
Ações:
Indicadores:
Este objetivo está relacionado às atividades de suporte ao uso e adoção dos produtos do
CENTERMS em sistemas e processos relacionados à atenção em saúde.
Ações:
15
a) Coordenar e apoiar a elaboração dos guias de implementação e manuais de boas
práticas para os modelos de informação, terminologias e padrões de
interoperabilidade.
Indicadores:
Ações:
Indicadores:
16
• Recursos humanos suficientes e qualificados para a gestão e operação de modelos
de informação, recursos terminológicos e padrões de interoperabilidade;
Ações:
Indicadores:
17
8.3. GOVERNANÇA
Ações:
Indicadores:
Ações:
Indicadores:
18
a) Número de iniciativas identificadas;
Ações:
Indicadores:
19
Este objetivo está associado às atividades de pesquisa e produção científica para
auxiliar tanto na divulgação quanto na execução de trabalhos técnicos relacionados à atuação do
CENTERMS.
Ações:
Indicador:
Número de casos de
10 20 20 20
negócio publicados
OE2 – Apoiar tecnicamente
a adoção dos modelos de
informação, terminologias e
padrões de Número de guias de
interoperabilidade em implementação e
2 4 6 6
processos e sistemas de manuais publicados no
informação em saúde ano.
20
Metas
Objetivo Estratégico Indicador
2018 2019 2020 2021
Número de relatórios
1 1 1 1
externos publicados
OE4 – Promover a
sustentabilidade das Associação ao SNOMED Estabelec
Mantido Mantido Mantido
terminologias e ferramentas Internacional ido
necessárias para suportar as
atividades do centro.
Licenciamento da
ferramenta de gestão Termo
Estabelec
nacional de conteúdo e referênci Mantido Mantido
ido
governança de modelos a
de informação
Processo
Estabelecimento do de Estabelec
Mantido Mantido
serviço de terminologias contrataç ido
ão
Estabelec
Estabelec
Publicação do Portal de ido
ido/manti Mantido Mantido
Governança parcialm
do
ente
Licenciamento de
ferramenta BAM:
Estabelec
Ferramenta Gestão Mantido Mantido Mantido
ido
Estratégica, business
activity monitor
Licenciamento da Termo de
Estabelec
ferramenta Mapeamento referênci Mantido Mantido
ido
de Terminologia a
Licenciamento da Termo de
Estabelec
ferramenta de Tradução referênci Mantido Mantido
ido
de Terminologia a
Licenciamento do SGP:
Estabelec
Ferramenta Gestão de Mantido Mantido Mantido
ido
Projetos
Número de horas/mês de
serviços técnicos de
1056 1408 1760 1760
colaboradores
contratados
21
Metas
Objetivo Estratégico Indicador
2018 2019 2020 2021
OE5 – Estabelecer uma
estrutura de governança
colaborativa e articulada,
alinhada à governança da Nível de Maturidade 2 2 3 3
estratégia de e-Saúde para o
Brasil
Número de iniciativas
8 6 4 2
com sobreposição
Número de iniciativas
2 4 4 2
harmonizadas
Número de pessoas
50 50 50 50
capacitadas
Número de egressos da
60 60 60 60
pós-graduação
Nº de cursos de pós-
2 2 2 2
graduação ofertados
Número de oficinas
2 4 4 4
realizadas
22
Metas
Objetivo Estratégico Indicador
2018 2019 2020 2021
OE8 - Estimular a pesquisa
e a produção científica em
modelos de informação,
terminologias e padrões de Número de artigos
1 1 1 1
interoperabilidade publicados
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10. REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Saúde. Comitê Gestor da Estratégia de e-Saúde. Estratégia e-Saúde para o
Brasil. Ministério da Saúde: Brasília, 2017b. Disponível em
<http://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2017/julho/12/Estrategia-e-saude-para-o-Brasil.pdf>.
Acessado em 23/04/2018.
LEE, Dennis, Ronald Cornet, Francis Lau, Nicolette de Keizer. A survey of SNOMED CT
implementations. Journal of Biomedical Informatics 46(1) 87–96, February 2013.
MATTERN F., FLOERKEMEIER C. (2010) From the Internet of Computers to the Internet of
Things. In: Sachs K., Petrov I., Guerrero P. (eds) From Active Data Management to Event-Based
Systems and More. Lecture Notes in Computer Science, vol 6462. Springer, Berlin, Heidelberg
NHS. National Health Service. SNOMED CT®: Orientation for implementers UK Terminology
Centre Guidance,Version 1.0. 2011.
24
11. GLOSSÁRIO
INFOESTRUTURA: A infoestrutura deve ser capaz de estruturar a informação clínica pelo uso de
modelos de informação e conhecimento, para que as soluções tecnológicas sejam capazes de trocar
corretamente informações dentro de estruturas mais abrangentes como a representação semântica da
informação.
25
ANEXO I – MEMBROS DO COMITÊ GESTOR DA ESTRATÉGIA DE E-SAÚDE
Nome Instituição
4. Guilherme Telles
Secretaria-Executiva (SE) / MS
5. Henrique Nixon
26
ANEXO II - LISTA DE PARTICIPANTES DA I OFICINA SNOMED CT PARA
REVISÃO DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DO CENTRO NACIONAL
DE TERMINOLOGIAS
Nome Instituição
DEMAS/SE/MS
1. Juliana Zinader (Coordenadora)
27
Nome Instituição
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