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MINISTÉRIO DA SAÚDE

COMITÊ GESTOR DA ESTRATÉGIA DE E-SAÚDE

CENTRO NACIONAL DE TERMINOLOGIAS EM SAÚDE:


PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO
2018 – 2021

BRASÍLIA – DF
2018
Revisão Técnica:

Adla Marques de Almeida Lacerda (MS/SE/DEMAS)


Allan Nuno Alves de Souza (MS/SAS/DAB)
Ana Paula Rodrigues de Andrade (MS/SE/DEMAS)
Beatriz de Faria Leão (SBIS)
Elizete Aparecida Soares (Ebserh)
Fábio Campelo Santos da Fonseca (Ebserh)
Juliana Pereira de Souza Zinader (MS/SE/DEMAS)
Jussara Macedo Pinho Rotzsch (HAOC)
Osmeire Aparecida Chamelette Sanzovo (SBIS)
Ricardo Puttini (HAOC)
Rodrigo André Cuevas Gaete (MS/SAS/DAB)
Rodrigo Magalhães Alves (Ebserh)

2
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

AE – Ação Estratégica
CBHPM – Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos
CENTERMS – Centro Nacional de Terminologias em Saúde
CIAP – Classificação Internacional da Atenção Primária
CID – Classificação Internacional de Doenças
CID-O – Classificação Internacional de Doenças em Oncologia
CIT – Comissão Intergestores Tripartite
DEMAS – Departamento de Monitoramento e Avaliação do SUS
DRAC – Departamento de Regulação, Avaliação e Controle de Sistemas
HAOC – Hospital Alemão Oswaldo Cruz
IHTSDO - International Health Terminology Standards Development Organization
ISO – International Organization for Standardization
LOINC – Logical Observation Identifiers Names and Codes
MS – Ministério da Saúde
OE – Objetivo Estratégico
OMS – Organização Mundial da Saúde
PEP – Prontuário Eletrônico do Paciente
PROADI-SUS – Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do SUS
RES – Registro Eletrônico em Saúde
SAS – Secretaria de Atenção à Saúde
SE – Secretaria Executiva
SIGTAP – Sistema de Gerenciamento da Tabela de Procedimentos, Órteses, Próteses, Medicamentos
e Materiais Especiais do SUS
SNOMED-CT – Systematized Nomenclature of Medicine – Clinical Terms
TIC – Tecnologia da Informação e Comunicação
TUSS – Terminologia Unificada da Saúde Suplementar

3
SUMÁRIO

1. ABRANGÊNCIA...........................................................................................................5
2. PERÍODO DE VALIDADE E DE REVISÕES ..............................................................5
3. INTRODUÇÃO .............................................................................................................5
3.1. Recursos Terminológicos .......................................................................................5
3.2. Systematized Nomenclature of Medicine – Clinical Terms (SNOMED-CT) ...........6
3.3. O CENTRO NACIONAL DE TERMINOLOGIAS E A ESTRATÉGIA DE E-
SAÚDE DO BRASIL ........................................................................................................7
4. OBJETIVO ....................................................................................................................9
5. METODOLOGIA ..........................................................................................................9
6. O CENTRO NACIONAL DE TERMINOLOGIAS EM SAÚDE ................................. 10
6.1. Produção de modelos de informação..................................................................... 12
7. REFERENCIAL ESTRATÉGICO DO CENTERMS ................................................... 13
7.1. Missão .................................................................................................................. 13
7.2. Visão .................................................................................................................... 14
7.3. Objetivos Estratégicos .......................................................................................... 14
8. OBJETIVOS ESTRATÉGICOS E AÇÕES .................................................................. 15
8.1. Estabelecimento e Distribuição de Padrões de Informação e Terminologias em
Atenção à Saúde............................................................................................................... 15
8.2. Recursos Necessários ........................................................................................... 16
8.3. Governança .......................................................................................................... 18
8.4. Pessoas e Ambiente .............................................................................................. 19
9. PLANO DE AÇÕES E METAS (PRELIMINAR) ........................................................ 20
10. REFERÊNCIAS........................................................................................................... 24
11. GLOSSÁRIO ............................................................................................................... 25
ANEXO I – MEMBROS DO COMITÊ GESTOR DA ESTRATÉGIA DE E-SAÚDE......... 26
ANEXO II - LISTA DE PARTICIPANTES DA I OFICINA SNOMED CT PARA REVISÃO
DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DO CENTRO NACIONAL DE
TERMINOLOGIAS............................................................................................................. 27

4
1. ABRANGÊNCIA

Este documento refere-se ao Planejamento Estratégico para o Centro Nacional de


Terminologias em Saúde (CENTERMS), instância de execução de trabalhos técnicos, sob a governança
do Comitê Gestor da Estratégia de e-Saúde1 e coordenação do Departamento de Monitoramento e
Avaliação do SUS (DEMAS) da Secretaria Executiva do Ministério da Saúde.

2. PERÍODO DE VALIDADE E DE REVISÕES

Este plano estratégico tem suas metas e objetivos traçados para o período compreendido
entre 2018 e 2021, devendo passar por revisões anuais.

3. INTRODUÇÃO

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), e-Saúde é a “aplicação das


Tecnologias de Informação e Comunicação à Saúde” (WHO, 2006). De modo mais amplo, “e-Saúde”
representa o contexto da prática de atenção à saúde facilitada e aperfeiçoada pelo uso de tecnologias
modernas de Informação e Comunicação (TIC), considerando as aplicações dessas na organização,
gestão e agilidade dos processos de atendimento ao paciente, no compartilhamento de informações, na
garantia de maior qualidade e segurança das decisões clínicas, no acompanhamento de pacientes, em
políticas de Saúde Pública, na compreensão dos fatores determinantes do bem estar do cidadão, na
detecção e controle de epidemias, entre tantas outras possibilidades.

O objetivo principal da e-Saúde é contribuir para uma melhor qualidade da atenção e


ampliação do acesso da atenção à saúde, qualificando as equipes de saúde para trabalhar em um novo
modelo assistencial, suportado por tecnologias de informação e comunicação inteligentes. Desse modo,
pode agilizar o atendimento dos cidadãos; disponibilizar informações relevantes para apoiar as decisões
em Saúde, seja no campo da decisão clínica, da vigilância em saúde, da regulação e da promoção da
saúde, quanto no campo das decisões inerentes à gestão. Desse modo, a e-Saúde é instrumento
fundamental para que um sistema de saúde de um país atinja seus objetivos de promoção e recuperação
da saúde, e para que os resultados de saúde sejam mais eficientes e custo-efetivos.

3.1. RECURSOS TERMINOLÓGICOS

Terminologias são usadas desde a criação dos computadores. Desde o início da


computação na saúde, “códigos” têm sido inventados para minimizar o espaço utilizado no disco rígido.

1
Resolução CIT no 5, de 25 de Agosto de 2016 - Institui o Comitê Gestor da Estratégia e-Saúde e define a sua
composição, competência, funcionamento e unidades operacionais na estrutura do Ministério da Saúde.


5
Por exemplo, uma descrição em texto livre de uma doença, como “Diabetes Mellitus” ou “Infarto Agudo
do Miocárdio”, passaram a ser abreviadas simplesmente usando acrônimos, como “DM” e “IAM“.

Para que dados textuais pudessem ser compreendidos no mundo digital, foram
convertidos em códigos numéricos. Inclusive, o uso de classificações e codificações de termos em saúde
precedem o uso de computadores. Esses códigos surgiram da necessidade de se usar símbolos e
caracteres alfanuméricos para simbolizar conceitos ou objetos do mundo real, como a Classificação
Internacional de Doenças (CID), e têm sido utilizados nos sistemas de informação em saúde para
“codificar” uma larga variedade de valores, incluindo causas de morte e morbidade hospitalar (CID),
estadiamento do câncer (CID-O) e de problemas na atenção primária (CIAP). Por fim, também são
utilizadas classificações de procedimentos como a Classificação Brasileira Hierarquizada de
Procedimentos Médicos (CBHPM), a Tabela de Procedimentos do SUS (SIGTAP) ou a Terminologia
Unificada da Saúde Suplementar (TUSS).

Em todos esses casos mencionados, o uso de terminologias está restrito a um único


domínio, que sempre contém todos os valores possíveis de se representar e que abarca todas as “coisas”2
daquele domínio em uma tabela, como no caso do SIGTAP. Porém, com a informatização da saúde,
surgiu a necessidade de se registrar nos sistemas o que realmente acontece no atendimento clínico, isto
é, o que os profissionais de saúde “acham” e o que “fazem” com os achados clínicos. Codificar essas
informações é muito mais difícil. As classificações existentes não têm a granularidade nem a cobertura
necessária para realizar essa tarefa e não há no mundo uma linguagem padrão para representar
universalmente o conhecimento clínico. Apesar disso, a Systematized Nomenclature of Medicine –
Clinical Terms (SNOMED-CT) tem sido hoje considerada a mais promissora terminologia existente
para ser o padrão de representação semântica de conceitos de saúde, pois contém o nível de
granularidade necessário para representar semanticamente os dados clínicos do Registro Eletrônico de
Saúde (RES). O SNOMED-CT é desenvolvido por profissionais de saúde para profissionais de saúde.

3.2. SYSTEMATIZED NOMENCLATURE OF MEDICINE – CLINICAL TERMS (SNOMED-CT)

A SNOMED CT é uma das linguagens que foram criadas para representar o universo
de informações clínicas. O reconhecimento que as classificações baseadas em princípios taxonômicos
hierárquicos não serviam para representar o mundo complexo e dinâmico da saúde foi uma das razões
de sua criação (NHS, 2011). Além disso, há várias limitações para atualizá-las e para se mapear duas
versões de uma mesma classificação, tal como ocorreu da CID-9 para a CID-10.

Nesse sentido, a SNOMED-CT foi concebida para resolver esses problemas e hoje é
considerada a terminologia em saúde mais abrangente do mundo, em comparação a outras terminologias
de saúde existentes (IHSTDO, 2017), como a Logical Observation Identifiers Names and Codes
(LOINC) e a CID-10, pois cobre todas as áreas de dados clínicos, e não apenas um único domínio, como
por exemplo a SIGTAP, que cobre procedimentos; a CID-10, que cobre diagnósticos; e a LOINC, que
cobre predominantemente exames laboratoriais.

2
Internet das Coisas (IoT) é um termo criado em setembro de 1999 por Kevin Ashton com a rede de objetos
físicos (prédios, veículos, componentes) e outros que possuem tecnologia embarcada (MATTERN and
FLOERKEMEIER, 2010).

6
Os significados dos conceitos clínicos são definidos pela SNOMED-CT por meio do
relacionamento entre eles. Um outro aspecto é que a estrutura da SNOMED-CT é poli-hierárquica,
facilitando a recuperação de dados em várias dimensões e suportando a captura de dados clínicos, na
menor granularidade desejada.

Além disso, a SNOMED-CT é uma terminologia composicional, permitindo a pós-


coordenação de conceitos, que possibilita a construção de novos conceitos a partir de outros já
existentes, e com isso, se limita o número de conceitos primitivos. Finalmente, a SNOMED-CT permite
a expansão ilimitada de qualquer hierarquia, pois usa um identificador sem significado para facilitar a
expansão (LEE et al., 2013), o que seria impossível com as classificações hoje em uso no país. Esta
última característica permite que a terminologia evolua sem a necessidade de novas versões, mas através
de atualizações, requisito fundamental para RES longitudinais.

Embora não seja perfeita, não existem atualmente alternativas no mundo a essa
terminologia (LEE et al., 2013). Essa constatação motivou 9 (nove) países a se unir, comprar os direitos
de licença da SNOMED CT do Colégio Americano de Patologia e criar uma organização, a
International Health Terminology Standards Development Organization (IHTSDO), mais
recentemente rebatizada como SNOMED International®3 (WIKIPEDIA, 2018), a fim de investir em
melhorias da terminologia, de modo a torná-la abrangente e universal. Hoje, além do Brasil, que se
tornou membro da SNOMED International® no mês de abril de 20184, outros 32 (trinta e dois) países
são igualmente membros, tais como Argentina, Chile e Uruguai, sendo essa associação uma condição
para que um país tenha o direito de distribuir e adotar a SNOMED-CT como terminologia de referência
nacional5.

3.3. O CENTRO NACIONAL DE TERMINOLOGIAS E A ESTRATÉGIA DE E-


SAÚDE DO BRASIL

O documento Estratégia de e-Saúde para o Brasil (BRASIL, 2017), construído de


maneira altamente colaborativa, foi produzido entre junho de 2012 e julho de 2013, após uma extensiva
discussão com diversos especialistas e representantes institucionais do setor saúde. Esse documento foi
elaborado com base na metodologia da Organização Mundial de Saúde, denominada WHO/ITU
National eHealth Strategy Toolkit (WHO, 2012).

Esse documento, de caráter estratégico, apresentou as diretrizes e objetivos até 2020


para o desenvolvimento de uma estratégia consistente e abrangente de e-Saúde no Brasil, posicionando-
a como uma Política de Estado. Foi publicado pelo Ministério da Saúde em 2017, após aprovação da
Resolução nº 19/CIT, de 22 de junho de 2017 (BRASIL, 2017a). O documento é o marco referencial
para a formulação de políticas e planos de ação relacionados à matéria.

A visão de e-saúde para o Brasil descrita no documento de estratégia segue abaixo:

“Até 2020, a e-Saúde estará incorporada ao SUS como uma dimensão


fundamental, sendo reconhecida como estratégia de melhoria

3
https://www.snomed.org/
4
https://www.snomed.org/member/brazil
5
http://www.ihtsdo.org/licensing/

7
consistente dos serviços de Saúde por meio da disponibilização e uso
de informação abrangente, precisa e segura que agilize e melhore a
qualidade da atenção e dos processos de Saúde, nas três esferas de
governo e no setor privado, beneficiando pacientes, cidadãos,
profissionais, gestores e organizações de saúde.”

O documento propõe 9 (nove) ações estratégicas:

AE1 - Reduzir a fragmentação das iniciativas no SUS e aprimorar a governança da


estratégia de e-saúde;

AE2 - Fortalecer a intersetorialidade de governança de e-Saúde;

AE3 - Elaborar o marco legal de e-Saúde no País;

AE4 - Definir e implantar uma arquitetura para a e-Saúde;

AE5 - Definir e implantar os sistemas e serviços de e-Saúde;

AE6 - Disponibilizar serviços de infraestrutura computacional;

AE7 - Criar arquitetura de referência para sustentação dos serviços de infraestrutura;

AE8 - Criar a certificação em e-Saúde para trabalhadores do SUS;

AE9 - Promover a facilitação do acesso à informação em saúde para a população.

Dentre as ações estratégicas acima apontadas o CENTERMS tem ligação direta com os
seguintes objetivos das ações constantes do Quadro 1.

Quadro 1 – Ações Estratégicas de e-Saúde para o Brasil e o papel do CENTERMS em cada uma.
Fonte: Elaboração Própria
Ação Objetivo da ação estratégica Papel do CENTERMS
Estratégica
AE1 “Fortalecer as instâncias de O CENTERMS contribuirá, de forma
governança da informação no SUS e significativa, na governança dos
promover o alinhamento das suas modelos de informação, recursos
ações, visando direcionar os recursos terminológicos e padrões de
existentes para a organização do interoperabilidade do Ministério da
ambiente de implantação da Visão de Saúde.
e-Saúde.”

AE4 “Construir uma arquitetura de e- O CENTERMS será o repositório de


Saúde composta ao menos pelos todos os modelos de informação,
seguintes blocos reutilizáveis: recursos terminológicos e padrões de
Modelos de informação e artefatos de interoperabilidade do país, portanto
conhecimento, modelo para componente fundacional da arquitetura
interoperabilidade de serviços de de e-saúde.
terminologia, cadastros nacionais de
identificação, consentimento, serviços
e sistemas de segurança e
privacidade, e arquitetura de

8
intercâmbio de informações de
saúde.”
AE5 “Garantir que a infraestrutura O CENTERMS disponibilizará os
computacional, necessária para a serviços computacionais oferecendo
implantação da Visão de e-Saúde padrões de interoperabilidade para que
para o Brasil, esteja disponível e os sistemas de informação em saúde
evolua de acordo com as necessidades tenham acesso aos modelos de
e oportunidades advindas da informação e recursos terminológicos.
evolução tecnológica.”

4. OBJETIVO

Este documento tem por objetivo apresentar o Plano Estratégico do CENTERMS para
o período de 2018 a 2021. Descreve a contextualização e missão do Centro, bem como a estratégia para
sua estruturação e atuação no período em referência.

Trata-se de um documento síntese e de caráter executivo, cujo principal objetivo é


nortear a evolução e o uso de recursos terminológicos6 em informação em saúde, nacionais,
padronizados e governados de maneira coordenada e colaborativa, de modo a contribuir com a melhoria
da informação de saúde do país, através da distribuição de modelos de informação, recursos
terminológicos e padrões de interoperabilidade.

O entendimento desse documento deve ser complementado com um conjunto de


recursos adicionais que são pré-requisitos ou desdobramentos deste Plano e que apresentam maiores
níveis de detalhamento em aspectos específicos. Destacam-se aqui os seguintes documentos:

a. Estratégia de e-Saúde para o Brasil;

b. Modelo de Governança do CENTERMS;

c. Estratégia de Governança do CENTERMS;

d. Estratégia de Adoção do SNOMED CT no Brasil;

e. Plano de Implantação do CENTERMS; e

f. Modelo de Sustentabilidade do CENTERMS.

5. METODOLOGIA

O documento inicial foi elaborado a partir de subsídios gerados em Workshop de


Planejamento Estratégico, com a participação de aproximadamente 40 (quarenta) pessoas de
instituições públicas, privadas e da saúde suplementar, realizado em 14 de outubro de 2014. Em seguida,
esse documento foi complementado pela equipe de consultores alocadas pelo Hospital Alemão Oswaldo
Cruz (HAOC), por meio do Projeto PROADI-SUS denominado “SISInterop” (2012-2014), sob a gestão

6
De acordo com a norma ISO/TS 17117:2002 (ISO, 2002).

9
do Departamento de Informática do SUS (MS/SE/DATASUS). A continuidade deste trabalho ocorreu
no projeto PROADI-SUS, também com o HAOC, denominado “Apropriação, Implementação e
Governança de Terminologias Clinicas – Infoestrutura e Implementação de Casos de Negócios para
Interoperabilidade em Saúde”, no período 2015-2017, sob a gestão do Departamento de Regulação
Avaliação e Controle de Sistemas (MS/SAS/DRAC).

Nos dias 03 e 04 de abril de 2018, por iniciativa do DEMAS/SE, foi realizada 1ª Oficina
do SNOMED-CT, com a contribuição direta de cerca de 44 (quarenta e quatro) profissionais que
revisaram e adequaram o presente documento, levando em consideração a Estratégia de e-Saúde para o
Brasil, publicada em 2017. Em seguida, este documento foi submetido e aprovado pelo Comitê Gestor
da Estratégia de e-Saúde, em sua 20ª Reunião Ordinária, em 05 de maio de 2018. Este será o documento
de referência para a implantação do CENTERMS e para a adoção da SNOMED-CT no país.

Esses profissionais, relacionados no Anexo II, se originam de diversas secretarias do


Ministério da Saúde, incluindo o Comitê Gestor da Estratégia de e-Saúde, além da academia, do setor
privado, e de Organizações Não Governamentais (ONG).

6. O CENTRO NACIONAL DE TERMINOLOGIAS EM SAÚDE

A criação do CENTERMS é uma ação estruturante para a construção da visão de e-


Saúde para o Brasil (BRASIL, 2017b). Essa instância deverá promover as discussões e executar as
atividades técnicas necessárias à construção, disseminação e uso efetivo dos modelos de informação,
recursos terminológicos e padrões de interoperabilidade em saúde no Brasil, de modo a favorecer o
estabelecimento gradual de sistemas de informação em saúde que coletem informações de maneira
consistente, segura, confiável e interoperável.

O papel do CENTERMS é entregar à sociedade brasileira os modelos de informação,


recursos terminológicos e padrões de interoperabilidade que permitirão agregar clareza ao conteúdo das
informações clínicas e suportar o estabelecimento da interoperabilidade semântica7, entre diferentes
sistemas de informação em saúde. Para o desenvolvimento desses modelos de informação, recursos
terminológicos e padrões de interoperabilidade, o CENTERMS utilizará uma abordagem de
desenvolvimento incremental e colaborativa, de forma que a apropriação dos seus produtos seja
realizada com base em Casos de Negócio (business cases), com foco central na criação de uma
infoestrutura para o RES.

Um sistema de RES consiste de um ou mais repositórios de informações relevantes


sobre a saúde e o bem-estar dos cidadãos, sendo que esses devem estar integrados de modo físico ou
virtual. Além disso, o acesso à informação deve ser feito de forma segura, sendo que as informações
devem estar disponíveis para múltiplos usuários autorizados, e apenas para eles. Por fim, a informação
de saúde, no âmbito do RES, deve estar representada de acordo com modelos lógicos padronizados ou
consensuais.

Segundo a Organização Internacional de Normalização (ISO, 2011), o principal


objetivo do RES é oferecer apoio a cuidados de saúde de qualidade, eficazes, seguros e integrados, ao

7
De acordo com a norma ISO/TS 18308:2011 (ISO, 2011).

10
longo de toda a vida do indivíduo ou paciente. Nesse sentido, o RES Nacional será gradativamente
interoperável com as diversas aplicações e serviços de e-Saúde. Dentre esses sistemas, pode-se destacar:

• Prontuário Eletrônico de Paciente (PEP): Sistema de informação clínica que gerencia


informação do prontuário de paciente, de forma eletrônica.
• Meu digiSUS: Aplicativo móvel (IOS e Android) para acesso a informações de atendimento
SUS, medicamentos em uso e acesso as informações de localização de serviços de saúde pelo
indivíduo.
• Registro Eletrônico de Saúde (Regional): RES de abrangência regional.
Aplicações e Serviços de e-Saúde interoperam entre si e com sistemas externos, mesmo
que utilizem tecnologias diferentes e estejam em esferas distintas de governo, ou no setor privado, por
meio de um Barramento de Serviços de Saúde (Barramento Nacional). Essa arquitetura é ilustrada na
Figura 1.

Figura 1- Arquitetura da estratégia de saúde digital do Brasil

Para que haja interoperabilidade semântica entre sistemas independentes, é preciso


padronizar dois aspectos da informação: a estrutura da informação e a representação semântica da
informação.

A estrutura da informação diz respeito aos modelos de informação e de conhecimento,


para que os sistemas sejam capazes de trocar dados corretamente, conformados em estruturas maiores,
como documentos.

Já a representação semântica da informação engloba as terminologias, as ontologias e


os vocabulários controlados, tais como o SNOMED-CT. Essas representações permitem que sistemas
diferentes possam gerar e utilizar esses dados, garantindo a validade e a confiabilidade destes. Desse
modo, sem um sistema de RES padronizado, que formalize um único modelo de conteúdo e estrutura

11
da informação clínica, a adoção de terminologias padronizadas pode variar muito e não resultar na
almejada interoperabilidade semântica.

Atualmente, a maioria dos sistemas de informação clínica não segue nenhum modelo
padronizado. Muitos deles sequer têm informações clínicas estruturadas, o que impede que eles
incorporem modelos semânticos e terminologias como o SNOMED-CT.

6.1. PRODUÇÃO DE MODELOS DE INFORMAÇÃO

As especificações de ativos de interoperabilidade, tais como os modelos de informação


clínica, devem ser elaboradas em resposta a uma necessidade bem identificada, ou seja, um caso de
negócio bem descrito, que detalhe todas as informações necessárias a serem compartilhadas ou da
necessidade de processamento. Assim, um caso de negócio define um contexto específico, que requer
o uso de um conjunto de informações padronizadas em um processo clínico completo, ou um único
elemento de dados da atividade de saúde específica.

Alguns exemplos de casos de negócio já identificados para o RES Nacional incluem:

• Resumos Clínicos: Resumo de Atendimento da Atenção Básica, Sumário de Alta


e Sumário de Saúde;

• Comunicação de Reações Adversas;

• Medicamentos: prescrição eletrônica, conciliação prescrição-dispensação, Lista


Atual de Medicamentos;

• Imunizações;

• Exames de Laboratório: prescrição eletrônica e resultados de exames;

• Planos de cuidados;

• Regulação: referência e contrarreferência.

Dois desses casos de negócio ocasionaram a elaboração e publicação de dois modelos


de informação, Sumário de Alta e Registro de Atendimento Clínico, publicados por meio da
Resolução nº 33/CIT, de 22 de março de 2018. (BRASIL, 2018). Um caso de negócio deve especificar:

• Objetivos do processo de atenção (declaração de escopo);

• Descritivo dos processos de negócio envolvidos;

• Descritivo das informações coletadas e recuperadas na realização do processo;

• Descritivo das regras de negócio;

12
• Descritivo das condições (não funcionais).
Os casos de negócio são importantes porque definem o escopo do processo de produção
dos padrões de informação em saúde, permitindo que estes sejam desenvolvidos, levando a construção
dos modelos de informação.

A Figura 2 ilustra o processo de produção de modelos de informação orientados por


Caso de Negócio.

Figura 2 - Processo de Produção de Modelos de Informação Padronizados

O CENTERMS foi planejado para alocar a biblioteca de modelos de informação,


recursos terminológicos e padrões de interoperabilidade no País, por meio de uma abordagem integrada
para promover a interoperabilidade sintática, semântica e de processos entre os sistemas de informação
em saúde no Brasil. O CENTERMS terá as atribuições de estabelecer todos os aspectos necessários
para essa finalidade, incluindo o modelo de governança, o plano de investimentos, as tecnologias e as
ferramentas informatizadas que devem suportar o ciclo de vida desses produtos, tais como autoria,
revisão, publicação e distribuição. Deverá, ainda, ser responsável pela curadoria de todos os seus
produtos.

7. REFERENCIAL ESTRATÉGICO DO CENTERMS

7.1. MISSÃO

Estruturar, distribuir e apoiar a implantação de modelos de informação, terminologias


e padrões de interoperabilidade em saúde, por processo colaborativo, transparente e articulado, de forma
a efetivar a “Estratégia de e-Saúde para o Brasil".

13
7.2. VISÃO

Ser reconhecido como a referência nacional na manutenção e distribuição de modelos


de informação, terminologias e padrões de interoperabilidade em saúde.

7.3. OBJETIVOS ESTRATÉGICOS

Tendo como base a contextualização e diretrizes estratégicas apresentadas foi elaborado


o Mapa Estratégico do CENTERMS, mostrado na Figura 3 - Mapa Estratégico do CENTERMS.
Este instrumento consiste no principal referencial estratégico para a instância a ser criada e define níveis
de atuação estratégica como sendo “Organização Interna”, “Focos de Atuação” e “Resultados”. No
nível do ambiente interno define objetivos relacionados aos eixos “Governança” e “Pessoas e
Ambiente”. O nível de foco de atuação define objetivos relativos aos eixos “Estabelecimento e
Distribuição de Padrões de Informação e Terminologias em Atenção à Saúde” e “Recursos”.
Finalmente, o nível de resultados define “Missão” e “Visão” para o CENTERMS.

MAPA ESTRATEGICO – CENTERMS


MISSÃO:
Estruturar, distribuir e apoiar a implantação de modelos de informação, terminologias e padrões de interoperabilidade em
RESULTADOS

saúde, por processo colaborativo, transparente e articulado, de forma a efetivar a “Estratégia de e-Saúde para o Brasil”.

VISÃO:
Ser reconhecido como a referência nacional na manutenção e distribuição de modelos de informação, terminologias e
padrões de interoperabilidade em saúde.

ESTABELECIMENTO E DISTRIBUIÇÃO DE PADRÕES DE INFORMAÇÃO E TERMINOLOGIAS EM ATENÇÃO A SAÚDE


OE1: Estruturar, distribuir e manter os OE 2: Apoiar tecnicamente a adoção OE 3: Avaliar e monitorar a adoção
modelos de informação, terminologias dos modelos de informação, dos modelos de informação,
e padrões de interoperabilidade em terminologias e padrões de terminologias e padrões de
FOCO DE ATUAÇÃO

saúde. interoperabilidade em processos e interoperabilidade em saúde


sistemas de informação em saúde.

RECURSOS
OE 4: Promover a sustentabilidade das terminologias e ferramentas necessárias para suportar as atividades do centro.

GOVERNANÇA PESSOAS E AMBIENTE


OE 5: Estabelecer uma OE6: Buscar o OE7: Capacitar pessoas, OE8: Estimular a
estrutura de governança alinhamento entre as promovendo a educação pesquisa e a produção
ORGANIZAÇÃO

colaborativa e articulada, iniciativas federais, em modelos de científica em modelos de


INTERNA

alinhada à governança estaduais e municipais e informação, informação,


da estratégia de e- de outras organizações terminologias e padrões terminologias e padrões
Saúde para o Brasil. públicas e privadas de interoperabilidade. de interoperabilidade.
nacionais e
internacionais.

Figura 3 - Mapa Estratégico do CENTERMS

14
8. OBJETIVOS ESTRATÉGICOS E AÇÕES

8.1. ESTABELECIMENTO E DISTRIBUIÇÃO DE PADRÕES DE INFORMAÇÃO E


TERMINOLOGIAS EM ATENÇÃO À SAÚDE

OE1: Estruturar, distribuir e manter os modelos de informação, terminologias e padrões de


interoperabilidade em saúde

Este objetivo está relacionado com o principal produto do CENTERMS: modelos de


informações padronizadas que promovem a interoperabilidade semântica de sistemas de informação em
saúde.

As ações relacionadas a este objetivo consistem na execução de projetos que realizam


um caso de Negócio específico.

Ações:

a) Construir o portal de distribuição dos modelos de informação, terminologias e


padrões de interoperabilidade em saúde;
b) Manter terminologias;
c) Manter modelos de informação;
d) Manter padrões de interoperabilidade;
e) Acompanhar e orquestrar o desenvolvimento dos casos de negócio.

Indicadores:

a) Número de modelos de informação, terminologias e padrões de interoperabilidade


publicados no portal;
b) Número de casos de negócio publicados.

OE2: Apoiar tecnicamente a adoção dos modelos de informação, terminologias e padrões de


interoperabilidade em processos e sistemas de informação em saúde

Este objetivo está relacionado às atividades de suporte ao uso e adoção dos produtos do
CENTERMS em sistemas e processos relacionados à atenção em saúde.

Ações:

15
a) Coordenar e apoiar a elaboração dos guias de implementação e manuais de boas
práticas para os modelos de informação, terminologias e padrões de
interoperabilidade.

Indicadores:

a) Número de guias de implementação e manuais publicados no ano.

OE3: Avaliar e monitorar a adoção dos modelos de informação, terminologias e padrões de


interoperabilidade em saúde

Este objetivo está relacionado às atividades de monitoramento e acompanhamento


gerencial das metas do CENTERMS, com enfoque na demonstração de valor da adoção dos seus
produtos.

Ações:

a) Estruturar a sistemática de monitoramento e avaliação;


b) Publicar os resultados da monitoração e avaliação em periódicos da área e em
publicações institucionais;
c) Realizar avaliação externa da sistemática e dos resultados alcançados.

Indicadores:

a) Número de resultados publicados em periódicos;

b) Número de publicações institucionais;

c) Número de relatórios externos publicados.

8.2. RECURSOS NECESSÁRIOS

OE4: Promover a sustentabilidade das terminologias e ferramentas necessárias para suportar as


atividades do centro.

Este objetivo está relacionado a:

• Atividades de licenciamento e assinatura de recursos protegidos por propriedade


intelectual;

• Ferramentas computacionais necessárias para a manutenção do centro;

16
• Recursos humanos suficientes e qualificados para a gestão e operação de modelos
de informação, recursos terminológicos e padrões de interoperabilidade;

Minimamente os seguintes recursos foram identificados:

• SNOMED-CT: Licenciamento e manutenção;

• Ferramenta de Gestão de Modelos de Informação: Licenciamento e manutenção;

• Serviço de distribuição de terminologias: Licenciamento e manutenção;

• Ferramenta de autoria, tradução e mapeamento de terminologias:


Licenciamento e manutenção;

• Ferramenta de Gestão Estratégica: monitoramento de indicadores de resultados;

• Ferramenta de Gestão de Projetos: Licenciamento e manutenção.

Ações:

a) Levantar e viabilizar os recursos necessários;

b) Fornecer conteúdo (licenças) e ferramentas tecnológicas.

c) Contratação de Recursos Humanos para o CENTERMS.

Indicadores:

a) Associação ao SNOMED Internacional;

b) Licenciamento da ferramenta de gestão nacional de conteúdo e governança de


modelos de informação;

c) Estabelecimento do serviço de terminologias;

d) Publicação do Portal de Governança;

e) Licenciamento de ferramenta BAM: Ferramenta Gestão Estratégica, business


activity monitor;

f) Licenciamento da ferramenta Mapeamento de Terminologias;

g) Licenciamento da ferramenta de Tradução de Terminologias;

h) Licenciamento do SGP: Ferramenta Gestão de Projetos;

i) Número de horas/mês de serviços técnicos de colaboradores contratados Número de


horas/mês de serviços técnicos de colaboradores contratados.

17
8.3. GOVERNANÇA

OE5: Estabelecer uma estrutura de governança colaborativa e articulada, alinhada à governança


da estratégia de e-Saúde para o Brasil

Este objetivo está relacionado às ações de estruturação do modelo de governança do


CENTERMS, considerando o patrocínio e coordenação pelo MS e o engajamento de todas as partes
interessadas.

Ações:

a) Definir o Modelo de Governança;

b) Implantar o Modelo de Governança;

c) Consolidar o Modelo de Governança;

d) Otimizar o Modelo de Governança.

Indicadores:

a) Nível de Maturidade do Modelo de Governança (1 - Inicial, 2 - Gerenciado, 3 -


Controlado, 4 - Medido, 5 – Otimizado).

OE6: Buscar o alinhamento entre as iniciativas federais, estaduais e municipais e de outras


organizações públicas e privadas nacionais e internacionais

Este objetivo está relacionado com as ações de articulação e alinhamento de iniciativas


regionais, locais e mesmo de ações internacionais.

Ações:

a) Identificar e buscar sinergia entre as iniciativas existentes na área de modelos de


informação, terminologias e padrões de interoperabilidade;

b) Estabelecer e avaliar acordos de cooperação nacionais e internacionais.

Indicadores:

18
a) Número de iniciativas identificadas;

b) Número de iniciativas com sobreposição;

c) Número de iniciativas harmonizadas.

8.4. PESSOAS E AMBIENTE

OE7: Capacitar e qualificar pessoas, promovendo a educação permanente e continuada, bem


como a pesquisa, o desenvolvimento, a tecnologia e a inovação em modelos de informação,
terminologias e padrões de interoperabilidade

Este objetivo está associado às atividades de desenvolvimento de recursos humanos


para execução de trabalhos técnicos relacionados à atuação do CENTERMS.

Ações:

a) Viabilizar a oferta de cursos de capacitação profissional, de curta duração;

b) Viabilizar a oferta de cursos de pós-graduação (lato sensu e stricto sensu);

c) Apoiar a realização de oficinas específicas de forma articulada com a equipe técnica


das áreas afins.

Indicadores:

a) Número de atividades de capacitação profissionais realizadas, por ano;

b) Número de pessoas capacitadas, por ano;

c) Número de cursos de pós-graduação;

d) Número de egressos da pós-graduação;

e) Número de oficinas realizadas.

OE8 - Estimular a pesquisa e a produção científica em modelos de informação, terminologias e


padrões de interoperabilidade

19
Este objetivo está associado às atividades de pesquisa e produção científica para
auxiliar tanto na divulgação quanto na execução de trabalhos técnicos relacionados à atuação do
CENTERMS.

Ações:

a) Publicar artigos em periódicos da área.

Indicador:

a) Número de artigos publicados.

9. PLANO DE AÇÕES E METAS (PRELIMINAR)

Quadro 2 – Plano de Ações e Metas Estratégicas do CENTERMS 2018-2021


Metas
Objetivo Estratégico Indicador
2018 2019 2020 2021
OE1 - Estruturar, distribuir e
manter os modelos de Número de modelos de
informação, terminologias e informação,
padrões de terminologias e padrões 50 50 100 150
interoperabilidade em saúde de interoperabilidade
publicados

Número de casos de
10 20 20 20
negócio publicados
OE2 – Apoiar tecnicamente
a adoção dos modelos de
informação, terminologias e
padrões de Número de guias de
interoperabilidade em implementação e
2 4 6 6
processos e sistemas de manuais publicados no
informação em saúde ano.

OE3 – Avaliar e monitorar a


adoção dos modelos de Número de publicações
1 2 2 4
informação, terminologias e em periódicos externos
padrões de
interoperabilidade em saúde
Número de publicações
1 2 2 4
institucionais

20
Metas
Objetivo Estratégico Indicador
2018 2019 2020 2021

Número de relatórios
1 1 1 1
externos publicados

OE4 – Promover a
sustentabilidade das Associação ao SNOMED Estabelec
Mantido Mantido Mantido
terminologias e ferramentas Internacional ido
necessárias para suportar as
atividades do centro.
Licenciamento da
ferramenta de gestão Termo
Estabelec
nacional de conteúdo e referênci Mantido Mantido
ido
governança de modelos a
de informação

Processo
Estabelecimento do de Estabelec
Mantido Mantido
serviço de terminologias contrataç ido
ão
Estabelec
Estabelec
Publicação do Portal de ido
ido/manti Mantido Mantido
Governança parcialm
do
ente

Licenciamento de
ferramenta BAM:
Estabelec
Ferramenta Gestão Mantido Mantido Mantido
ido
Estratégica, business
activity monitor

Licenciamento da Termo de
Estabelec
ferramenta Mapeamento referênci Mantido Mantido
ido
de Terminologia a

Licenciamento da Termo de
Estabelec
ferramenta de Tradução referênci Mantido Mantido
ido
de Terminologia a

Licenciamento do SGP:
Estabelec
Ferramenta Gestão de Mantido Mantido Mantido
ido
Projetos

Número de horas/mês de
serviços técnicos de
1056 1408 1760 1760
colaboradores
contratados

21
Metas
Objetivo Estratégico Indicador
2018 2019 2020 2021
OE5 – Estabelecer uma
estrutura de governança
colaborativa e articulada,
alinhada à governança da Nível de Maturidade 2 2 3 3
estratégia de e-Saúde para o
Brasil

OE6 - Buscar o alinhamento


entre as iniciativas federais,
estaduais e municipais e de
outras organizações públicas
e privadas nacionais e
internacionais Número de novas
10 10 10 10
iniciativas

Número de iniciativas
8 6 4 2
com sobreposição

Número de iniciativas
2 4 4 2
harmonizadas

OE7 -Capacitar e qualificar


pessoas, promovendo a
educação permanente e
continuada, bem como a
pesquisa, o
desenvolvimento, a Número de atividades de
tecnologia e a inovação em 2 2 2 2
capacitação realizadas
modelos de informação,
terminologias e padrões de
interoperabilidade

Número de pessoas
50 50 50 50
capacitadas
Número de egressos da
60 60 60 60
pós-graduação
Nº de cursos de pós-
2 2 2 2
graduação ofertados
Número de oficinas
2 4 4 4
realizadas

22
Metas
Objetivo Estratégico Indicador
2018 2019 2020 2021
OE8 - Estimular a pesquisa
e a produção científica em
modelos de informação,
terminologias e padrões de Número de artigos
1 1 1 1
interoperabilidade publicados

23
10. REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Saúde. Comissão Intergestores Tripartite. Resolução nº 19, de 22 de junho de


2017. Aprova e torna público o documento Estratégia e-Saúde para o Brasil, que propõe uma visão de
e-Saúde e descreve mecanismos contributivos para sua incorporação ao Sistema Único de Saúde
(SUS) até 2020. Brasília, 2017a. Disponível em
<http://www.lex.com.br/legis_27468388_RESOLUCAO_N_19_DE_22_DE_JUNHO_DE_2017.aspx
>. Acessado em 23/04/2018

BRASIL. Ministério da Saúde. Comitê Gestor da Estratégia de e-Saúde. Estratégia e-Saúde para o
Brasil. Ministério da Saúde: Brasília, 2017b. Disponível em
<http://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2017/julho/12/Estrategia-e-saude-para-o-Brasil.pdf>.
Acessado em 23/04/2018.

BRASIL. Ministério da Saúde. Comissão Intergestores Tripartite. Resolução nº 33, de 22 de março de


2018. Institui os modelos de informação do Sumário de Alta e do Registro de Atendimento
Clínico.Brasília, 2018. Disponível em
<http://www.lex.com.br/legis_27629193_RESOLUCAO_N_33_DE_22_DE_MARCO_DE_2018.asp
x>. Acessado em 23/04/2018.

IHSTDO. SNOMED CT Starter Guide. 2017. Disponível em


<https://confluence.ihtsdotools.org/display/DOCSTART/SNOMED+CT+Starter+Guide?preview=/28
742871/47677485/doc_StarterGuide_Current-en-US_INT_20170728.pdf>. Acesso em 29/04/2018.

ISO. International Organization for Standardization. ISO 18308:2011- Health informatics -


Requirements for an electronic health record architecture.

ISO. International Organization for Standardization. ISO 17117:2002 -


Health informatics - Controlled health terminology - Structure and high-level indicators.

LEE, Dennis, Ronald Cornet, Francis Lau, Nicolette de Keizer. A survey of SNOMED CT
implementations. Journal of Biomedical Informatics 46(1) 87–96, February 2013.

MATTERN F., FLOERKEMEIER C. (2010) From the Internet of Computers to the Internet of
Things. In: Sachs K., Petrov I., Guerrero P. (eds) From Active Data Management to Event-Based
Systems and More. Lecture Notes in Computer Science, vol 6462. Springer, Berlin, Heidelberg

NHS. National Health Service. SNOMED CT®: Orientation for implementers UK Terminology
Centre Guidance,Version 1.0. 2011.

WORLD HEALTH ORGANIZATION. Building foundations for eHealth: progress of Member


States: report of the WHO Global Observatory for eHealth. Geneva, World Health Organization,
2006. Disponível em < http://www.who.int/goe/publications/en/ >. Acessado em 23/04/2018.

WORLD HEALTH ORGANIZATION. National eHealth strategy toolkit. http://www.itu.int/pub/D-


STR- E_HEALTH.05-2012. ISBN 978 92 4 154846 5 (WHO) (NLM classification: W 26.5). ISBN
978 92 61 14051 9 (ITU).

WIKIPEDIA. SNOMED CT. Disponível em <https://en.wikipedia.org/wiki/SNOMED_CT >.


Acessado em 23/04/2018.

24
11. GLOSSÁRIO

CONFIABILIDADE: Grau de fidelidade de uma informação, em relação à original.

INFOESTRUTURA: A infoestrutura deve ser capaz de estruturar a informação clínica pelo uso de
modelos de informação e conhecimento, para que as soluções tecnológicas sejam capazes de trocar
corretamente informações dentro de estruturas mais abrangentes como a representação semântica da
informação.

INTEROPERABILIDADE SEMÂNTICA: Capacidade de interpretar automaticamente a informação


trocada, significativamente e precisamente, de modo a produzir resultados úteis, conforme definido
pelos usuários finais de ambos os sistemas.

INTEROPERABILIDADE SINTÁTICA: Capacidade de dois ou mais sistemas comunicarem e


intercambiarem dados por meio de formatos de dados e protocolos de comunicação.

MODELO DE INFORMAÇÃO: Especificação estruturada dos requisitos de informação de um


domínio, expressa de forma gráfica ou narrativa. Modelo conceitual (composto de classes,
relacionamentos, atributos e tipos de dados) que representa as características globais dos registros em
um RES. Ou seja, como são organizados, agregados, quais informações de contexto são necessárias
para a preservação da semântica em um domínio de saúde.

ONTOLOGIA: Modelo de dados que representa um conjunto de conceitos dentro de um domínio e os


relacionamentos entre estes. É utilizada para realizar inferência sobre os objetos do domínio.

TERMINOLOGIA: Conjunto de termos específicos ou sistema de palavras usadas numa disciplina


particular

VALIDADE: Capacidade de medir o que se pretende.

25
ANEXO I – MEMBROS DO COMITÊ GESTOR DA ESTRATÉGIA DE E-SAÚDE

Nome Instituição

1. Sylvio Rômulo Guimarães de Andrade


Gabinete Ministro (GM) / MS
Junior (Coordenador)

2. Simone Saad Machado Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa


(SGEP) / MS
3. Jaqueline Ceolin de Amorim

4. Guilherme Telles
Secretaria-Executiva (SE) / MS
5. Henrique Nixon

6. Leandro Manassi Panitz


Secretaria de Atenção à Saúde (SAS) / MS
7. Allan Nuno Alves de Sousa

8. Dácio de Lyra Rabello Neto Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) /


MS
9. Renato Girade

10. Heber Dobis Bernarde Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos


Estratégicos (SCTIE) / MS
11. Felipe Ferre

12. Marilia Tolentino da Silva Secretaria de Gestão do Trabalho e da


Educação na Saúde (SGTES) / MS
13. Lilian Leite Resende

14. Marcelo Alves Miranda Secretaria Especial de Saúde Indígena


(SESAI) / MS
15. Luana Silveira de Faria

16. Danitza Passamai Rojas Buvinich Agência Nacional de Vigilância Sanitária


(ANVISA)
17. Rodrigo Franco de Souza

18. Celina Maria de Oliveira


Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANS)
19. Fernando Luiz Peixoto Guimarães

20. Nereu Henrique Mansano Conselho Nacional de Secretários de Saúde


(CONASS)
21. Tereza Cristina Lins Amaral

22. Nilo Brêtas Junior Conselho Nacional de Secretarias Municipais de


Saúde (CONASEMS)
23. Diogo Demarchi Silva

24. Marizelia Leão Moreira

26
ANEXO II - LISTA DE PARTICIPANTES DA I OFICINA SNOMED CT PARA
REVISÃO DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DO CENTRO NACIONAL
DE TERMINOLOGIAS

Nome Instituição

DEMAS/SE/MS
1. Juliana Zinader (Coordenadora)

2. Ana Paula R. de Andrade (Relatora) DEMAS/SE/MS

3. Adla Marques de Almeida Lacerda DEMAS/SE/MS

4. Adriana Fortaleza DEGES/SGTES/MS

5. Allesandro Chagos CONASEMS

6. Ana Paula J. de Mello DEMAS

7. Atualpa Carvalho Aguiar HAOC

8. Beatriz de Farias Leão SBIS

9. Celina Maria de Oliveira ANS

10. Daiane Maciel ABNT/CEE-078

11. Danitza Passamai R. Buvinich GGCIP/Anvisa

12. Elizete Aparecida Soares Ebserh

13. Fabio Campelo Santos da Fonseca Ebserh

14. Fabio Gremer TIC

15. Fábio Landim Campos Ebserh

16. Felipe Ferre DAF/SCTIE/MS

17. Fernando Luiz Peixoto Guimarães GEPIN/ANS

18. Igor de Carvalho Gomes DAB/SAS/MS

19. Joaquim Costa DEMAS/SE/MS

20. Jussara Macedo (videoconferência) HAOC

21. Leandro Manassi Panitz DRAC/SAS/MS

22. Mara Lucia dos Santos Costa DAB/SAS/MS

23. Marcelo Alves Miranda SESAI/MS

24. Marcia Elizabeth Marinho da Silva DATASUS/SE/MS

25. Marilia Tolentino da Silva DEGES/SGTES/MS

27
Nome Instituição

26. Mario Jorge A. Maués DATASUS/SE/MS

27. Maurício B. Almeida UFMG

28. Moacyr Perche PMC/SMS – Campinas/SP

29. Nereu Henrique Mansano CONASS

30. Osmeire A. C. Sanzovo SBIS

31. Rejane Faria Ribeiro-Rota UFG

32. Ricardo Malaguti Ebserh

33. Ricardo Puttini HAOC

34. Roberta Coelho Sousa AISA/GM/MS

35. Roberta Maria Leite Costa DANTPS/SVS/MS

36. Rodrigo Gaete DAB/SAS/MS

37. Rodrigo Magalhães Alves Ebserh

38. Sandra Cristina Teixeira BVS/CGDI/SAA/SE/MS

39. Selma Andrade Sollero AISA/GM/MS

40. Silvana Pereira Giozza DIAHV/SVS/MS

41. Sylvio Andrade GM/MS

42. Tereza Faillace DRAC/SAS/MS

43. Thiago Guedes DRAC/SAS/MS

44. Wilson Moraes Coelho DEMAS/SE/MS

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