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UNIVERSIDADE ABERTA ISCED

FACULDADE DE CIÊNCIAS DE SAÚDE


CURSO DE LICENCIATURA EM ENFERMAGEM

Sistemas de Informação em Saúde

Maria José Aissa Alberto Buanacaia: 96210423

Lichinga, Março de 2024


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UNIVERSIDADE ABERTA ISCED


FACULDADE DE CIÊNCIAS DE SAÚDE
CURSO DE LICENCIATURA EM ENFERMAGEM

Sistemas de Informação em Saúde

Trabalho de Campo a ser submetido na


Coordenação do Curso de Licenciatura em
Enfermagem da UnISCED.

Tutor: (Eng. Eleutério Miguel Lourenço


Lima)

Maria José Aissa Alberto Buanacaia: 96210423

Lichinga, Março, 2024


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Índice
1. Introdução..........................................................................................................................................3
1.1. Objectivos...................................................................................................................................3
1.1.1. Geral.....................................................................................................................................3
1.1.2. Específicos............................................................................................................................3
1.2. Metodologia................................................................................................................................3
2. Processo Actual de Registro e gerenciamento de Informações de Pacientes em Instituições
Hospitalares...........................................................................................................................................4
2.1. Processo actual de registro e gerenciamento de informações de pacientes na instituição
hospitalar/clínica................................................................................................................................6
2.2. Utilização dos sistemas de registro electrónico de saúde (EHR-Electronic Health Record)
pelos profissionais de saúde no dia-a-dia...........................................................................................7
2.3. A integração dos sistemas de informação em saúde em diferentes áreas do hospital.................8
2.4. Estratégias para garantir o uso eficaz dos sistemas de informação em saúde pelos profissionais
de saúde..............................................................................................................................................9
3. Conclusão........................................................................................................................................10
4. Bibliografia......................................................................................................................................11
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1. Introdução
Nos últimos anos, os sistemas de informação em saúde têm desempenhado um papel crucial na
melhoria da qualidade do atendimento ao paciente, na eficiência operacional e na segurança dos
dados em instituições hospitalares e clínicas. Com o avanço da tecnologia, os profissionais de saúde
têm adoptado cada vez mais sistemas electrónicos de registros de saúde para gerenciar as
informações dos pacientes. Este estudo de campo tem como objectivo investigar como esses
sistemas são utilizados no ambiente clínico, destacando seus benefícios e desafios.

1.1. Objectivos
1.1.1. Geral
O objectivo deste estudo é analisar como os sistemas de informação em saúde são utilizados no
ambiente clínico para melhorar a qualidade do atendimento ao paciente, a eficiência operacional e a
segurança dos dados em instituições hospitalares e clínicas.

1.1.2. Específicos
 Descrever o processo actual de registro e gerenciamento de informações de pacientes na
instituição hospitalar/clínica.
 Analisar como os sistemas de registro electrónico de saúde (EHR) são utilizados pelos
profissionais de saúde no dia-a-dia.
 Identificar os desafios enfrentados pelos profissionais de saúde na utilização dos sistemas de
informação em saúde.

1.2. Metodologia
Esta revisão foi conduzida por meio de uma busca sistemática na literatura utilizando bases de dados
académicas como Google académico, PubMed, Scopus e Web of Science.
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2. Processo Actual de Registro e gerenciamento de Informações de Pacientes em Instituições


Hospitalares
No ambiente hospitalar e clínico, o processo de registro e gerenciamento de informações de
pacientes desempenha um papel fundamental na prestação de cuidados de saúde eficazes e de
qualidade. A maneira como as informações são colectadas, registradas e acessadas tem um impacto
significativo na segurança do paciente, na eficiência operacional e na coordenação do cuidado (OMS
et al, 2009).

De acordo com Bates, DW e Gawande, (2003), o processo actual de registro e gerenciamento de


informações de pacientes na instituição hospitalar/clínica pode variar, mas geralmente envolve várias
etapas. Inicialmente, quando um paciente entra na instituição, seus dados são colectados por meio de
formulários físicos ou electrónicos. Isso pode incluir informações demográficas, histórico médico,
medicações actuais, alergias, entre outros.

O processo actual de registro e gerenciamento de informações de pacientes em instituições


hospitalares envolve a colecta de informações demográficas e médicas durante a admissão, seguida
pelo registro dessas informações em sistemas electrónicos de saúde (

Esses dados são então inseridos no sistema de registro electrónico de saúde (EHR), onde ficam
disponíveis para os profissionais de saúde autorizados. Durante a consulta ou internarão, os
profissionais actualizam as informações do paciente no EHR, registrando diagnósticos, resultados de
exames, tratamentos prescritos e outras informações relevantes.

Além disso, há registros específicos para diferentes departamentos, como registros de enfermagem,
registros de farmácia, registros de laboratório, entre outros, que podem ser integrados ao EHR ou
serem sistemas separados, dependendo da configuração da instituição.

Os sistemas de registro electrónico de saúde (EHR) são amplamente utilizados pelos profissionais de
saúde no dia-a-dia para acessar e registrar informações sobre os pacientes. Eles permitem aos
profissionais visualizar o histórico médico completo do paciente, incluindo consultas anteriores,
resultados de exames, prescrições médicas e outras informações relevantes. Os EHRs também
facilitam a comunicação entre os membros da equipe de saúde, permitindo que diferentes
profissionais acessem e actualizem as informações do paciente de forma colaborativa (Borycki et al,
2016).
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Além disso, (Borycki et al, 2016), diz que os EHRs geralmente têm recursos de alerta e lembrete,
ajudando os profissionais a acompanhar as necessidades do paciente, como doses de medicamentos,
exames de acompanhamento e consultas agendadas.

2.1. Processo actual de registro e gerenciamento de informações de pacientes na instituição


hospitalar/clínica
De acordo com (Blumenthal e Tavenner 2010), o processo actual de registro e gerenciamento de
informações de pacientes em instituições hospitalares e clínicas é uma parte fundamental da
prestação de cuidados de saúde de qualidade. Aqui está uma descrição geral do processo:
1. Admissão do Paciente: Quando um paciente chega à instituição hospitalar ou clínica, ele
passa pelo processo de admissão. Durante essa etapa, são colectadas informações
demográficas básicas, como nome, data de nascimento, endereço e informações de contacto.
Esses dados são registrados no sistema de informação em saúde da instituição para criar um
registro electrónico do paciente.

2. Histórico Médico: Durante a admissão, o paciente fornece informações sobre seu histórico
médico, incluindo condições médicas pré-existentes, alergias, cirurgias anteriores,
medicamentos em uso e outras informações relevantes. Essas informações são registradas no
sistema de informação em saúde e servem como base para o plano de tratamento e cuidados
futuros.
3. Registros de Enfermagem: Durante a estadia do paciente no hospital ou clínica, os
enfermeiros registram informações sobre o estado clínico do paciente, incluindo sinais vitais,
administração de medicamentos, procedimentos realizados, cuidados prestados e observações
relevantes. Esses registros são essenciais para monitorar a condição do paciente e garantir a
prestação de cuidados de alta qualidade.
4. Prescrição e Administração de Medicamentos: Quando prescritos, os medicamentos são
registrados no sistema de informação em saúde, incluindo detalhes como dosagem,
frequência e via de administração. Os profissionais de saúde podem acessar essas
informações para garantir uma administração precisa e segura dos medicamentos.
5. Resultados de Exames e Testes: Os resultados de exames laboratoriais, testes diagnósticos e
procedimentos médicos são registrados no sistema de informação em saúde. Isso permite que
os profissionais de saúde acessem facilmente essas informações durante o tratamento e a
tomada de decisões clínicas.
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6. Comunicação Interprofissional: Os sistemas de informação em saúde permitem a


comunicação e colaboração entre diferentes membros da equipe de saúde. Isso inclui a
capacidade de compartilhar informações relevantes sobre o paciente, coordenar o cuidado e
garantir uma abordagem integrada no tratamento.
7. Alta do Paciente: Quando o paciente recebe alta, são registradas informações sobre o
tratamento recebido, orientações de acompanhamento e recomendações para cuidados em
casa. Esses registros ajudam a garantir uma transição suave entre o ambiente hospitalar e o
cuidado ambulatorial.

No geral, o processo de registro e gerenciamento de informações de pacientes em instituições


hospitalares e clínicas é projectado para garantir a precisão, segurança e eficiência na prestação de
cuidados de saúde. A utilização de sistemas de informação em saúde desempenha um papel crucial
nesse processo, facilitando a colecta, registro, acesso e compartilhamento de informações clínicas
relevantes.

2.2. Utilização dos sistemas de registro electrónico de saúde (EHR-Electronic Health Record)
pelos profissionais de saúde no dia-a-dia
Os profissionais de saúde enfrentam vários desafios na utilização dos sistemas de informação em
saúde. Alguns desses desafios incluem:
 Curva de aprendizado: Aprendizado e adaptação aos novos sistemas de informação podem
ser demorados e exigir treinamento contínuo.
 Usabilidade: A usabilidade dos sistemas de informação pode variar, e interfaces complexas
ou mal projectadas podem dificultar o uso eficaz.
 Interrupções no fluxo de trabalho: A integração dos sistemas de informação no fluxo de
trabalho clínico pode causar interrupções, especialmente se os sistemas não estiverem bem
integrados.
 Questões de privacidade e segurança: Os profissionais de saúde precisam garantir a
segurança e privacidade dos dados do paciente ao acessar e registrar informações nos
sistemas de informação.
 Custos: Implementar e manter sistemas de informação em saúde pode ser caro, e algumas
instituições podem enfrentar restrições orçamentárias.
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2.3. A integração dos sistemas de informação em saúde em diferentes áreas do hospital


A integração dos sistemas de informação em saúde em diferentes áreas do hospital, como
laboratórios, farmácias e departamentos administrativos, é crucial para garantir uma prestação de
cuidados de saúde eficaz e eficiente.

No entende de Osheroff, J. A. (2014), os sistemas de informação em saúde são integrados em


diferentes áreas do hospital para garantir uma prestação de cuidados de saúde coordenada e eficaz.
Por exemplo:
 Laboratórios: Os resultados dos testes laboratoriais são integrados aos registros electrónicos
de saúde (EHRs) dos pacientes, permitindo que os profissionais de saúde acessem facilmente
essas informações durante o tratamento.
 Farmácias: Os sistemas de informação em saúde são usados para gerenciar estoques de
medicamentos, processar pedidos de prescrição e garantir a segurança na administração de
medicamentos.
 Departamentos administrativos: Os sistemas de informação são utilizados para
agendamento de consultas, faturamento, gestão de recursos humanos e outras funções
administrativas.

Entretanto, a interoperabilidade entre esses sistemas é crucial para garantir que as informações do
paciente sejam compartilhadas de forma eficaz entre os diferentes departamentos. Isso pode ser
alcançado por meio de padrões de comunicação e integração de sistemas, como HL7 (Health Level
Seven) e FHIR (Fast Healthcare Interoperability Resources).

De acordo com Wang e Yu (2018), existem padrões e protocolos estabelecidos, como HL7 (Health
Level Seven) e FHIR (Fast Healthcare Interoperability Resources), que visam facilitar a
interoperabilidade entre os sistemas de informação em saúde. Esses padrões ajudam a garantir que os
sistemas de diferentes fornecedores possam se comunicar e trocar dados de forma consistente e
padronizada. No entanto, ainda existem desafios técnicos, regulatórios e de segurança que precisam
ser superados para alcançar uma interoperabilidade ideal entre os sistemas de informação em saúde.
2.4. Estratégias para garantir o uso eficaz dos sistemas de informação em saúde pelos
profissionais de saúde
Existem várias estratégias para garantir o uso eficaz dos sistemas de informação em saúde pelos
profissionais de saúde:
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 Treinamento e educação contínuos: Fornecer treinamento regular sobre o uso dos sistemas de
informação em saúde e suas actualizações.
 Design centrado no usuário: Desenvolver interfaces de usuário intuitivas e amigáveis que
facilitem a entrada e recuperação de informações.
 Suporte técnico adequado: Garantir que haja suporte técnico disponível para ajudar os
profissionais de saúde com quaisquer problemas ou dúvidas relacionadas aos sistemas de
informação.
 Envolvimento dos profissionais de saúde no processo de implementação: Consultar os
profissionais de saúde durante o processo de selecção e implementação dos sistemas de
informação para garantir que atendam às suas necessidades e fluxos de trabalho.
 Incentivos e reconhecimento: Reconhecer e recompensar os profissionais que utilizam
efectivamente os sistemas de informação em saúde para promover uma cultura de adopção e
uso dessas tecnologias.
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3. Conclusão
Em conclusão, os sistemas de informação em saúde desempenham um papel fundamental na
modernização e eficiência dos serviços de saúde. Embora apresentem benefícios significativos,
como melhoria na qualidade do atendimento ao paciente e otimização dos processos clínicos e
administrativos, também enfrentam desafios, como curva de aprendizado, usabilidade e
interoperabilidade. No entanto, com o desenvolvimento de estratégias adequadas de implementação,
treinamento e suporte, é possível garantir o uso eficaz desses sistemas pelos profissionais de saúde,
contribuindo para uma assistência mais segura e eficiente.
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4. Bibliografia
Bates, DW e Gawande, AA (2003). Melhorando a segurança com tecnologia da informação. New
England Journal of Medicine, 348(25), 2526-2534.

Blumenthal, D. e Tavenner, M. (2010). O regulamento de “uso significativo” para registros


eletrônicos de saúde. New England Journal of Medicine.

Borycki, E. M (2016). Sistemas de informação clínica: superando consequências adversas.


Imprensa CRC.

Organização Mundial de Saúde. (2009). Quadro e normas para os sistemas nacionais de informação
sanitária. Organização Mundial de Saúde.

Osheroff, J. A. (2014). Um roteiro para a acção nacional no apoio à decisão clínica. Jornal da
Associação Americana de Informática Médica.

Wang, N. e Yu, P. (2018). Integração de sistemas de apoio à decisão clínica em fluxos de trabalho
clínicos: uma revisão narrativa. Jornal de Bioinformática Clínica.

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