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UNIDADE HOSPITALAR

Hospital é um local destinado ao atendimento de doentes, para


proporcionar o diagnóstico e o tratamento necessário.
Historicamente, os hospitais surgiram como lugares de acolhida de
doentes e peregrinos, durante a Idade Média.
Atualmente há diferenciação entre Hospitais públicos e privados. Os
Hospitais públicos são financiados e mantidos pelo estado, sendo o custo menor
para os doentes em comparação com os hospitais privados. Geralmente os
Hospitais Privados têm melhor qualidade que os Públicos.

ORIGEM DA PALAVRA
A palavra hospital vem do latim "hospes", que significa hóspede, dando
origem a "hospitalis" e a "hospitium" que designavam o lugar onde se
hospedavam na Antiguidade, além de enfermos, viajantes e peregrinos. Quando
o estabelecimento se ocupava dos pobres, incuráveis e insanos, a designação
era de "hospitium", ou seja, hospício, que por muito tempo foi usado para
designar hospital de psiquiatria.

UNIDADE DE INTERNAÇÃO
Unidade que presta assistência básica integral à saúde, de forma
programada ou não, nas quatro especialidades básicas, podendo oferecer
assistência odontológica e de outros profissionais, com unidade de internação,
sob administração única.

ADMISSÃO DO PACIENTE
É a entrada e permanência do paciente no hospital, por determinado
período. Tem por objetivos facilitar a adaptação do paciente ao ambiente
hospitalar, proporcionar conforto e segurança. Na unidade de internação o
paciente é recebido por um profissional da unidade e encaminhado ao quarto ou
enfermaria.

Recepção do paciente: Recepção do paciente: Cortesia, segurança, transmitir


confiança, informar sobre normas e rotinas, apresentar equipe e unidade, objetos
de uso pessoal, controlar sinais vitais, peso e altura, iniciar procedimentos
terapêuticos, registros, horários de visitas, orientações gerais.

Admissão de enfermagem: • Horário e motivo da internação, diagnóstico


médico, meio de locomoção, estado geral, sinais e sintomas, hábitos
(alimentação, eliminação, sono e repouso), uso de medicamentos, alergias, uso
de próteses, sinais vitais.

PRONTUÁRIO
O prontuário do paciente é definido pelo Conselho Federal de Medicina
como sendo: O documento único constituído de um conjunto de informações,
sinais e imagens registradas, geradas a partir de fatos, acontecimentos e
situações sobre a saúde do paciente e a assistência a ele prestada, de caráter

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legal, sigiloso e científico, que possibilita a comunicação entre membros da
equipe multiprofissional e a continuidade da assistência prestada ao indivíduo
(Resolução no 1.638/2002) e considerado de elaboração obrigatória pelo Código
de Ética Médica (Artigo 69).

Uma boa gestão em saúde depende diretamente da qualidade do


prontuário médico. Esse documento — gerado não apenas na consulta médica,
mas também na de outros profissionais da área de saúde (dentista, nutricionista,
enfermeiro, psicólogo, fisioterapeuta, etc.) — é essencial para a segurança do
paciente e do profissional, oferecendo um respaldo legal para ambos quando
necessário. Como documento legal, de conteúdo sigiloso e científico, o prontuário
do paciente é uma forma de comunicação oficial entre os diversos profissionais
da equipe multidisciplinar, permitindo a continuidade dos cuidados prestados ao
indivíduo, e servindo de referência para questões administrativas, legais e
financeiras. Em casos de extravio ou perda do prontuário, é necessário
comunicar o fato a uma autoridade policial e abrir um boletim de ocorrência, já
que se trata da perda de um documento valioso para a instituição de saúde.

O prontuário pertence ao paciente, já que ali estão contidas informações


referentes à sua saúde e ao seu tratamento. Cabe ao médico e à instituição de
saúde, no entanto, elaborar e guardar o prontuário de forma segura, sendo
obrigatório que eles produzam uma cópia do prontuário para o paciente quando
solicitado. As dificuldades na manipulação e no armazenamento de uma grande
quantidade de prontuários em papel fizeram com que surgisse o prontuário
eletrônico do paciente, já regulado pela Câmara Técnica de Informática em
Saúde do Conselho Federal de Medicina. Vantagens desse sistema: Busca
rápida do prontuário; fácil acesso a toda a história médica do paciente; garantia
de legibilidade das anotações; estruturação do formulário de preenchimento de
dados; mais agilidade no preenchimento do prontuário; menor risco de erros
terapêuticos devido a incongruências de informações; menor risco de danos ou
perda dos prontuários por erros humanos ou acidentes, incêndios, furtos, etc;
armazenamento digital dos prontuários sem necessidade de ocupação de um
espaço físico; backups automáticos e regulares.

FINALIDADE
O principal objetivo do prontuário é facilitar a assistência ao paciente,
constituindo-se em um meio de comunicação entre os diferentes profissionais da
saúde e em um recurso indispensável para assegurar a continuidade do
atendimento, tanto durante uma internação como no período entre as consultas
de ambulatório. O prontuário é, também, uma fonte de dados e conhecimentos.
Estudos retrospectivos realizados por meio de consulta a prontuários têm sido
fundamentais para o desenvolvimento da pesquisa médica e das demais áreas
da saúde. Além desses fins, o prontuário é um suporte para a área administrativa
do hospital, em seus aspectos financeiros e legais. Seus registros são cada vez
mais, documentos essenciais para a elucidação de questões jurídicas e éticas

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cada vez mais frequentes, envolvendo pacientes, serviços de saúde e seus
profissionais.

Por todos esses motivos, o prontuário não deve ser visto como um
conjunto de formulários a serem preenchidos de rotina, mas sim como um
depositário de importantes informações que merecem todo o empenho no sentido
de se garantir sua qualidade, integridade e confiabilidade. Consideram-se como
componentes do prontuário tanto as informações armazenadas em papel como
em meio digital, magnético ou qualquer outra forma de registro de dados.

ORGANIZAÇÃO

 Identificação do paciente: Na maioria das instituições de saúde, essa


identificação se dá por dois itens, como por exemplo: O nome completo e
data de nascimento (conforme explanado por mim no post anterior a esse).

 Anamnese: É um questionário com dados obtidos do paciente (físico ou


histórico), realizados na admissão do paciente, seguindo formulários
padrões de cada instituição. Nele podemos evidenciar possíveis alergias,
tratamentos com medicamentos, entre outros.

 Plano terapêutico: É um conjunto de alternativas terapêuticas definidas


pelo médico, a partir da avaliação de cada caso, com enfoque
multiprofissional e interdisciplinar (no decorrer dos exames e/ou
internação), que visa obter maior adesão do paciente e de seus
responsáveis ao tratamento.

 Resultados (laudos) de exames: São exames complementares como


análises clínicas (urina, sangue, etc.), imagens (ultrassonografia, RX,
ressonância, etc.) ou qualquer outro exame necessário.

 Prescrição médica: É o registro de todas as medidas necessárias ao


tratamento do paciente, como cuidados gerais, prescrições
medicamentosas, medidas de reabilitação e interação com as equipes
multidisciplinares (fisioterapia, nutrição, laboratório, psicologia, etc.).

 Evolução médica e da enfermagem: Deve ser diária ou a cada


necessidade e devem conter informações dos sinais vitais, sintomas,
alteração físico patológica, diagnóstico, medicamentos, necessidades
especiais em ordem cronológica.

 Termos de consentimentos: São termos assinados pelo paciente ou


responsável para qualquer processo evasivo (anestesia, cirurgia,
administração de contrastes, etc.)

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 Sumário de transferência, alta ou óbito: Registros do motivo e local de
transferência, registros das condições de alta e plano pós-alta e registros
das causas do óbito.

 Documentos diversos específicos: Ficha anestésica, descrição


cirúrgica, laudos de consultoria, registro obstétrico e exame do recém-
nascido, identificação do recém-nascido, registros de quimioterapia,
radioterapia, hemodiálise, entre outros.

 
APRAZAMENTO
O aprazamento da prescrição médica trata-se do planejamento dos
horários e intervalos de administração dos medicamentos, de acordo com a
prescrição médica. Esta ação visa prevenir as interações medicamentosas, além
de assegurar uma prática contextualizada na ciência.

Considerando o risco de ocorrência de interações medicamentosas, as


quais podem vir a prejudicar o processo terapêutico instituído ao paciente e o
conhecimento mais aprofundado do enfermeiro em farmacologia, o Parecer
COREN-SP 036/2013, prevê que esta atividade compete exclusivamente ao
Enfermeiro.
Aos auxiliares e técnicos de enfermagem, cabe a realização dos
medicamentos prescritos e seu devido registro (“checar”, e realizar o registro na
anotação de enfermagem).

TRANSFERÊNCIA
É a transferência do paciente de um setor para o outro, dentro do próprio
hospital. Poderá ser transferido quando necessitar de cuidados intensivos,
mudança de setor e troca do tipo de acomodação.
Procedimentos:
1. Após confirmação da vaga pela chefia, orientar o paciente;
2. Checar na prescrição toda a medicação que foi administrada e cuidados
prestados;
3. Separar medicamentos para encaminhá-los junto com o paciente;
4. Proceder às anotações de enfermagem no plano assistencial;
5. Fazer rol de roupas e pertences do paciente, entregando-os à família ou
encaminhando junto ao paciente;
6. Proceder ao transporte do paciente, com auxílio;
7. Levar o prontuário completo, medicamentos e pertences;
8. Auxiliar na acomodação do paciente;
9. Retornar ao setor levando a maca ou cadeira de rodas;
10. Preparar a unidade para receber outro paciente.

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ALTA
Alta Hospitalar é o encerramento da assistência prestada ao paciente no
hospital. O paciente recebe alta quando seu estado de saúde permitir ou quando
está em condições de recuperar-se e continuar o tratamento em casa.

Procedimentos:
1. Certificar-se da alta no prontuário do paciente, que deve estar assinada pelo
médico;
2. Verificar no prontuário as medicações ou outros tratamentos a serem feitos
antes da saída do paciente;
3. Informar ao paciente sobre a alta, hora e de como será transportado;
4. Entregar ao paciente a receita médica e orientá-lo devidamente;
5. Auxiliar o paciente a vestir-se;
6. Reunir as roupas e objetos pessoais e colocá-los na mala ou sacola;
7. Devolver objetos e medicamentos ao paciente, que foram guardados no
hospital.
8. Providenciar cadeira de rodas ou maca para transportar o paciente até o
veículo;
9. Transportar o paciente;
10. Preparar a unidade para receber outro paciente.

CUIDADOS COM O CORPO PÓS-MORTE


São os cuidados dispensados ao corpo após a constatação médica de óbito.
Objetivos:
• Deixar o corpo limpo;
• Preservar a aparência natural do corpo;
• Evitar a saída de gazes, odores fétidos, sangue e secreções;
• Preparar o corpo para o funeral;
• Facilitar a identificação do corpo.

Após a constatação do óbito:


• Observar a hora;
• Fechar os olhos do corpo;
• Elevar ligeiramente a cabeceira deixando os membros alinhados;
• Colocar prótese dentária se houver;
• Retirar sondas, drenos, cateteres, cânulas...;
• Retirar da cama travesseiro e roupas extras;
• Cobrir o corpo com um lençol.

Material:
• Algodão;
• Atadura de crepe;
• Pinça longa;
• Esparadrapo;

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• Etiquetas de identificação (conforme rotina da Instituição);
• Cuba rim;
• Luva de procedimento;
• 2 lençóis;
• Bacia com água e luva de banho, se necessário.

Procedimentos:
1. Prestar assistência à família;
2. Colocar o paciente em posição anatômica, elevando ligeiramente a cabeça;
3. Fechar os olhos com benzina ou éter;
4. Desligar aparelhos e soros conectados ao paciente;
5. Proceder à higienização do corpo;
6. Vestir o corpo com roupa pessoal, recolocar próteses dentárias. Fixar
mandíbula com ataduras;
7. Cobrir o corpo com lençol;
8. Identificar o corpo com impresso próprio;
9. Encaminhar o corpo ao necrotério;
10. Entregar pertences para a família.

ANOTAÇÕES DE ENFERMAGEM
Como já foi falado em outro artigo, a anotação de enfermagem é o que
garante legalmente que o cuidado foi prestado pelo profissional de enfermagem,
além disso, nos fornecem dados importantes para garantir a continuidade da
assistência, para subsidiar o enfermeiro na realização de um boa Sistematização
da Assistência de Enfermagem, para fins de pesquisa, auditoria e para respaldo
legal dos profissionais de enfermagem. Por tratar-se de um assunto tão
importante para a nossa categoria profissional, precisamos sempre refletir sobre
ele e saber também como realizar uma boa anotação de enfermagem.

ROTEIRO PARA ANOTAÇÕES DE ENFERMAGEM

1) Estado ou Nível de Consciência:

 Qual estado de consciência do paciente? Alerta? Letárgico? Obnubilado?


Torporoso, Comatoso?

 Se o paciente estiver alerta, avaliar o estado mental (item 02), que é a


qualidade deste estado.

 Se o paciente não estiver alerta, é claro, não tem como avaliar o estado
mental, então segue para o item 3.

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2) Estado Mental:

Está orientado no tempo e espaço? Para avaliar a orientação é preciso


perguntar ao paciente:

 Avaliação da orientação no tempo: Que dia da semana estamos?


 Avaliação da orientação no espaço: Onde você está?

3) Estado emocional/ expressão facial:

 Calmo? Apático? Alegre? Triste? Preocupado? Hostil? Agitado?


 Qual o comportamento que retrata o estado emocional do paciente? Por
exemplo: Refere estar triste por estar longe dos filhos e choroso durante o
diálogo.

4) Condição de Deambulação:

 Deambulante? Tipo de marcha? Deambula com dificuldade? Com auxílio


da enfermagem? Locomove-se em cadeira de rodas? Com auxílio de
muletas, bengala, andador?

5) Acamado?

 Em cama com grades elevadas? Qual decúbito? Encontra-se com


restrição mecânica? Em que segmento corporal? Está com aparelho
ortopédico? Especificar. Quais os métodos utilizados para evitar lesão por
pressão? Colchão piramidal? Colchão pneumático? Placas de proteção?

 Na primeira anotação o registro é da posição em que você encontrou o


paciente e no decorrer do plantão, a cada 2 horas, é preciso anotar em
que decúbito foi colocado o paciente, além das medidas de proteção
utilizadas, como coxins, e os sinais e sintomas observados (alterações
cutâneas, etc)

6) Repouso no leito?

 Relativo ou absoluto?

7) Sono e Repouso:

 Refere ter dormido bem à noite? Não? Por quê? Especificar.


 Ex: Refere insônia devido a dor difusa em região abdominal, de
intensidade 6 (ENV: 0-10)

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8) Equipamentos/ Dispositivos/ Aparelhos/ Cateteres/ Sondas/ Uripen/
Drenos/ Curativos/ Venóclise:

 Todos os dispositivos que o paciente mantem e todas informações


necessárias relacionadas à eles devem estar descritas. Exemplos:
 Mantem cateter vesical de demora aberto, com débito de 400 ml, amarelo-
escuro, turvo, com grumos.
 Mantem cateter nasogástrico aberto, em narina direita, com débito de 120
ml, esverdeado.

9) Sinais – aqueles identificados por meio da observação.

 Integridade da pele: íntegra? lesão?


 Em caso de lesão – especificar: tipo, tamanho, localização e outras
características, se houver. Neste caso utilizamos o termo “Apresenta”. Por
exemplo:
 Apresenta lesão escoriativa, de 4,0 x 5,2 cm, em região antero-medial da
perna D, com exsudato seroso, em pequena quantidade (quando não for
possível mensurar o volume em ml)
 Outros exemplos que devem ser observados: dispneia, hemorragia,
edema, descamação, hematoma, incisão cirúrgica, cicatriz, febre, entre
outros. Lembrando que qualquer alteração identificada deve ser
comunicado o enfermeiro, por exemplo, a dispneia.
 Os sinais vitais mensurados devem ser registrados pontualmente, ou seja,
os valores exatos aferidos, livre de julgamentos.

10) Sintomas – aqueles referidos pelo paciente.

 Dor? Especificar: tipo, localização, intensidade e outras características, se


houver.
 Outros exemplos: náuseas, mal estar, insônia, prurido.

11) Condições dos Membros Superiores e Inferiores:

 Coloração, perfusão, temperatura do membro, pulso.

12) Aceitação da dieta

 Especificar o que e quanto consumiu. Evite os termos, “baixa” aceitação,


“boa” aceitação alimentar. Esse tipo de termo não nos fornece parâmetros
confiáveis, o que é pouco para você, pode não ser para mim. De
preferência, tente mensurar em número de colheres ou por exemplo,
“aceitou 1/3 da dieta”.
 Recusou a dieta? qual o motivo?

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 Está em jejum? Especificar no início da anotação o motivo, se é para
cirurgia, tipo de cirurgia, se é para algum exame.

13) Eliminação Vesical

 Espontânea? Por sonda vesical de demora? por sonda vesical de alívio?


uripen? cistostomia?
 Quantidade? Mensurar o volume em ml, sempre que mantiver sonda,
estiver em controle de diurese ou balanço hídrico.
 Qual as características? Coloração (amarelo-claro, escuro, alaranjado)?
Odor? (fétido? característico?)
 Presença de anormalidades? hematúria? piúria? disúria?

14) Eliminação Intestinal

 Presente? Ausente? Há quantos dias?


 Via de eliminação: em caso de ostomia, descrever qual – ileostomia,
jejunostomia, colostomia.
 Episódios: Geralmente na primeira anotação registra o que o paciente
referiu, mas nos respectivos horários, descreve-se após cada episódio
 Quantidade: pequena, média ou grande quantidade?
 Consistência: Pastosa? Líquida? semi-pastosa? Aspecto: Qual
frequência? Cor?
 Características: coloração, odor, consistência, quantidade;
 Queixas.

15) Anotar orientações dadas, as condutas adotadas e os resultados das


mesmas. Por exemplo:

 16/08/16 – 10h: Refere dor de intensidade 4, comunico enfermeira Raquel,


que avalia e orienta administrar Dipirona 500 mg/ml, 40 gotas, por via oral,
conforme prescrição médica (se necessário).

 16/08/16 – 11h: Refere dor zero após administração da Dipirona. Oriento


comunicar em caso de qualquer desconforto, via campainha. Mantenho
campainha próxima ao paciente.

Lembre-se:
De uma forma didática, para que você tenha sempre em mente o que é
preciso registrar, lembre-se de avaliar o paciente no sentido cefalopodálico (da
cabeça aos pés) e da sequência de registro “Apresenta”, “Mantem” e
“Refere”:

 Apresenta: tudo aquilo que foi possível observar no paciente (pele,


cabeça, pescoço, tronco, membros superiores, inferiores, genitália).

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 Por exemplo: Apresenta escoriação em região orbital D, com crosta, de
aspecto limpo e seco, edema em 5º pododáctilo D.
 Mantem: todos os dispositivos que o paciente mantem:

Por exemplo: Mantem cateter venoso central em subclávia E, ocluído com


película transparente realizado no dia 15/08, com inserção sem sinais flogísticos.

 Refere: tudo que o paciente te relatou durante a coleta de dados. Por


exemplo: Refere dor em região abdominal após as refeições, baixa
aceitação alimentar devido à dor.
 É importante anotar as orientações realizadas ao paciente, as condutas
adotadas e os resultados da mesma.

Exemplo de uma anotação de enfermagem de início de plantão:

18/08/2016 – 07h10 – Alerta, orientado em tempo e espaço, calmo,


comunica-se verbalmente, em repouso relativo no leito, em posição de fowler,
deambula com auxílio de bengala. Apresenta hematoma em região orbital D,
escoriação em região escapular E, de aspecto limpo e seco, edema 2+/4+ em
perna D. Mantem cateter nasoenteral em narina D, com dieta instalada 30
ml/hora, com fixação íntegra e limpa, cateter venoso central em subclávia E,
salinizado, ocluído com película transparente do dia 15/08, com inserção sem
sinais flogísticos. Refere boa aceitação alimentar, nega algia, eliminações, vesical
amarelo-clara em grande quantidade e intestinal ausente há 1 dia. João Lucas
Ferreira-COREN-SP-11111-TE.

Bom, a primeira visita ao paciente foi realizada, já me apresentei, aferi os


sinais vitais, coletei os dados necessários para a minha primeira anotação de
enfermagem. E agora, como continuar o registro? Cada um descobre a sua forma
de se organizar durante o plantão, o importante é que as medicações sejam
administradas no horário, o paciente consiga ser encaminhado para o exame,
para a cirurgia, que o profissional consiga prestar uma assistência com
excelência, segura e que realize os registros, com o horário correspondente, logo
após a ação realizada, pois sem eles é o mesmo que não ter feito.

Por exemplo, administrei um medicamento e não registrei, como o próximo


profissional vai saber se administrei ou não? Ele administra de novo para
garantir? Ou ele não administra e o paciente fica sem? Você consegue perceber
o quanto a segurança do paciente é afetada? E caso tenha algum problema
judicial, quem ler, vai considerar que não foi feito, porque não está anotado.

Portanto, cuidado prestado é cuidado anotado!


 

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O QUE ANOTAR !?
Realizado a primeira anotação de enfermagem, conseguimos imaginar o
estado geral do paciente, sem precisar olhar para ele. Para que eu consiga
imaginar toda assistência prestada e como o paciente esteve durante o plantão, é
preciso realizar o registro. Mas, o que devo anotar?

 Procedimentos realizados, observações feitas, sejam eles os já


padronizados, de rotina e/ou específicos;
 Todos os cuidados prestados: registro das prescrições de enfermagem e
médica cumpridas, além dos cuidados de rotina, medidas de segurança
adotadas, encaminhamentos ou transferências de setor, entre outros.
 Medicamentos administrados;
 Orientações fornecidas;
 Intercorrências com o paciente, resposta do paciente frente aos cuidados
prescritos pelo enfermeiro e a conduta adotada em cada situação;

CARACTERÍSTICAS GERAIS DE UMA ANOTAÇÃO DE ENFERMAGEM:

 Devem ser legíveis, completas, claras, concisas, objetivas e cronológicas;


 Deve ser precedidas de data e hora, conter assinatura e identificação do
profissional ao final de cada registro;
 Devem ser registradas logo após o cuidado prestado, a orientação
fornecida ou informação obtida;
 Não devem conter rasuras, entrelinhas, linhas em branco ou espaços;
 Não deve ser utilizado corretivo, esparadrapo ou qualquer forma para
apagar o registro realizado, por tratar-se de um documento legal.
 Caso aconteça uma anotação errada, utilize o termo “digo” entre vírgulas.
Por exemplo: Mantem cateter venoso periférico em mão direita, digo,
esquerda.
 Caso o erro percebido seja extenso, por exemplo, realizado a anotação de
um paciente no impresso de outro paciente, é preciso “passar” um traço na
diagonal e utilizar o termo “SEM EFEITO”, continuando o registro correto
na linha subsequente.

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DESCRIÇÕES SUBJETIVAS
As descrições subjetivas são colhidas através do que o paciente lhe
descreve sem que você possa utilizar seus 5 sentidos para mensurar.

DESCRIÇÕES OBJETIVAS
Este tipo de descrição podemos obter usando nossos sentidos e com
auxílio de dispositivos. É um ato de medir e observar.

CONDUTA
Modo de agir, de se portar, de viver; procedimento.

HIGIENE E CONFORTO

HIGIENE ORAL

A Higiene bucal é considerada a melhor forma de prevenção de cáries,


gengivite, periodontite e outros problemas na boca, além de ajudar a prevenir o
mau - hálito.
Como Escovar Os Dentes?
 Escove as superfícies voltadas para a bochecha dos dentes superiores e,
depois, dos inferiores.
 Escove as superfícies internas dos dentes superiores e, depois, dos
inferiores.

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 Em seguida, escove as superfícies de mastigação.
 Para ter hálito puro, escove também a língua, local onde muitas bactérias
ficam alojadas.

BANHOS

Tipos:

1- Aspersão - banho de chuveiro;

2- Imersão - banho na banheira;

3- Ablução - jogando pequenas porções de água sobre o corpo;

4- No leito - usado para pacientes acamados em repouso absoluto.

Objetivos:

- limpeza da pele e conforto do paciente;

- estímulo a circulação e prevenção de úlceras de pressão.

Material:

- material para higiene oral;

- bacia;

- balde;

- jarro com água morna;

- material para lavagem externa;

- luva de banho;

- sabonete;

- roupa de cama e de uso do paciente;

- luva de procedimento.

Cuidados importantes
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- Retirar todo sabão ao enxaguar e enxugar corretamente para evitar irritação
da pele (principalmente da região genital).

- Sempre que possível, orientar e estimular à higiene.

- Manter o diálogo e respeitar a privacidade. 

Higiene capilar
A higiene dos cabelos é essencial para mantê-los saudáveis. Usar produtos
adequados ao tipo de cabelo, que não causem alergias e ressecamentos, é uma
tarefa muitas vezes árdua.  Alguns produtos comuns quando se fala em higiene
capilar são:
  Xampus: responsáveis por limpar os fios, retiram a oleosidade, o suor, a
descamação das células do couro cabeludo, os resíduos de poluição e de outros
produtos capilares. Além disso, também proporcionam brilho, maciez, retiram a
eletricidade estática dos fios e facilitam o pentear. Os principais componentes do
xampu são detergentes ou tensoativos, estabilizadores de espuma,
condicionadores, conservantes, agentes corretivos, fragrâncias e corantes. Ativos
complementares podem ser adicionados aos produtos para direcionar sua ação,
seja controladores de oleosidade, hidratantes e substâncias anti-inflamatórias,
entre outros.
  A higiene capilar não possui uma regra, depende do tipo de cabelo do
paciente e da região na qual ele mora. Isso porque existem fatores individuais e
ambientais que influenciam na oleosidade e ressecamento dos fios. Em regiões
mais úmidas, como Brasília e Rio de Janeiro, por exemplo, as pessoas podem
lavar os cabelos todos os dias, especialmente aquelas que têm a raiz oleosa e
fios finos. Pessoas mais maduras, mulheres na pós-menopausa, negras e
aquelas com cabelos secos, em geral, lavam menos, pois o sebo não se distribui
uniformemente da raiz à haste, seja pela baixa produção ou pelo formato do fio
ser encaracolado. 
Se um paciente tem o couro cabeludo oleoso e passa um período sem
lavá-lo, a tendência é que ele fique ainda mais oleoso, com aspecto nada bonito.
Isso pode até mesmo favorecer o surgimento da dermatite seborreica naqueles
que já tenham essa tendência. Se uma pessoa com cabelos secos lavá-los mais
do que deveria, a tendência é que fiquem ainda mais ressecados, com aquele
efeito frizz(arrepiado). Além disso, é importante evitar o excesso de detergente
que os xampus contêm. 
A maioria dos laboratórios que comercializam xampus recomenda duas
aplicações do produto. A primeira funcionaria para tirar o grosso dos resíduos
superficiais e a segunda para lavar o couro cabeludo. Porém, a maioria das
pessoas faz só uma aplicação.  Como o nível de detergência de grande parte dos
xampus é muito alto, para os pacientes com cabelos mais secos, ou muitas vezes
quimicamente tratados, uma lavagem é suficiente.
O paciente sempre deve dar mais atenção ao couro cabeludo na hora da
higienização. Por isso, o xampu deve ser aplicado especialmente nessa região
que, em seguida, deve ser massageada ainda com o produto. O ideal é que o

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xampu permaneça ali, em geral, por dois a três minutos. Na sequência, ele vai
descendo e removendo os resíduos que ficam no comprimento dos cabelos até a
ponta.
  Condicionadores: 
Produtos usados após a lavagem cuja função é neutralizar as cargas
negativas dos fios, reduzindo o frizz, melhorando o pentear e a maciez. Os
principais componentes são detergentes catiônicos, formadores de filme,
derivados de proteínas e silicones.
Substâncias modeladoras, géis e fixadores sem álcool, desde que de boa
qualidade, não prejudicam os fios e não causam queda de cabelo, desde que não
sejam usadas diariamente.

Higiene íntima
Antes de falarmos dos procedimentos para higiene íntima no paciente, é
importante relatarmos que o banho é uma atividade normal nas rotinas
hospitalares, pois, além da remoção de sujidades que podem causar infecções
ele transmite a sensação de bem-estar e conforto aos indivíduos.
Oferecendo assim, uma melhora biofuncional e fortalecendo a
autoimagem… que convenhamos, é extremamente importante para os que estão
em situação vulnerável.
Todavia é necessário salientar que essa atividade precisa ser avaliada
com cuidado e planejada corretamente pelos enfermeiros para não causar mais
danos à saúde dos pacientes.
A pergunta para ajudar a evitar estes danos é: qual sua situação clínica?
Porque, em algumas situações de gravidade, a higienização completa não é
aconselhada.
No caso de cirurgias cardíacas, por exemplo, não é recomendado nas
primeiras quatro horas após o procedimento.
Algumas UTIs modernas possuem banheiro com chuveiro, para que o
próprio paciente, se possível, possa tomar banho com privacidade, em pé ou
sentado.
Um fato interessante é o tipo de sabonete, pois o pH deve estar de
acordo com a pele para não retirar a proteção natural e abrir caminho para
infecções. Indicamos os sabonetes neutros líquidos ou toalhas com soluções
umectantes.
Banho não é apenas uma atividade para higiene, mas também uma ação
terapêutica que estimula a circulação sanguínea, substituindo as atividades
físicas.

TÉCNICA

1. Identificar-se

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2. Explicar o procedimento a paciente
3. Lavar as mãos
4. Reunir o material e colocá-los sobre a mesa de cabeceira
5. Calcar as luvas
6. Trazer o hamper próximo ao leito
7. Proteger a unidade com biombos
8. Colocar a paciente em posição ginecológica, procurando expô-la o mínimo
possível.
9. Colocar o forro sobre o saco plástico, colocando-os sobre a região glútea.
10. Colocar a comadre sob a região glútea da paciente, com ajuda da mesma.
11. Irrigar monte pubiano e vulva com água, despejando-a suavemente com o
auxílio da jarra.
12. Despejar pequena porção de sabão liquido ou P.V.P.I. degermante sobre o
monte pubiano.
13. Ensaboar a região pubiana com a pinça montada em gaze, de cima para
baixo sem atingir o ânus, desprezando a gaze, apos cada movimento
vulva – ânus.
14. Afastar os grandes lábios e lavar no sentido anteroposterior, primeiro de
um lado, desprezando a gaze e depois do outro lado.
15. Lavar por último a região anal.
16. Despejar a água da jarra, sobre as regiões ensaboadas.
17. Retirar a comadre.
18. Enxugar a região lavada com a toalha de banho ou com o forro que esta
sob a região glútea da paciente.
19. Colocar a paciente em posição de conforto.
20. Desprezar as roupas (toalha, forro) no hamper.
21. Lavar a comadre no banheiro, juntamente com o balde e jarra e guardá-
los.
22. Retirar as luvas.
23. Lavar as mãos.
24. Anotar no prontuário.

Observação
Se houver presença de secreção uretral e/ou vaginal, utilizar gazes montadas na
pinça auxiliar para retirar o excesso, antes de iniciar a limpeza com água e sabão
liquido ou P.V.P.I. degermante.
16
Masculina

Materiais
Balde
Jarra
Pacote de gazes
Comadre
Toalha de banho
Sabão liquido ou P.V.P.I. degermante
Luvas para procedimento
Hamper
Pinça auxiliar (Cheron)
Biombo
Forro e saco plástico.

Técnica

1. Identificar-se
2. Explicar o procedimento ao paciente
3. Lavar as mãos
4. Reunir o material e levá-lo a unidade do paciente
5. Proteger a unidade com biombos
6. Trazer o hamper próximo ao leito
7. Calçar as luvas de procedimentos
8. Posicionar o paciente expondo somente a área genital
9. Colocar o forro com plástico sob a região glútea do paciente
10. Colocar a comadre sob a região glútea em cima do forro com a ajuda do
paciente
11. Irrigar com a jarra com água, a região genital.
12. Dobrar e pinçar gaze com a pinça auxiliar
13. Despejar pequena porção de sabão líquido ou P.V.P.I. degermante, sobre
os genitais
14. Ensaboar os genitais com a pinça montada em gaze, desprezando a gaze,
a cada etapa.
15. Tracionar o prepúcio para trás, lavando-o em seguida, com movimentos
únicos e circulares.
16. Iniciar a higiene intima pelo meato urinário, prepúcio, glande, corpo do
pênis, depois região escrotal e por último a região anal.
17. Despejar o conteúdo da jarra sobre a região pubiana, pregas inguinais,
pênis e bolsa escrotal.
18. Tracionar o escroto, enxaguando a face inferior no sentido escroto
perineal.
19. Retirar todo o sabão liquido ou P.V.P.I. degermante
20. Retirar a comadre
17
21. Enxugar a região lavada com a toalha de banho ou com o forro que esta
sob a região glútea do paciente
22. Posicionar o prepúcio
23. Colocar a paciente em posição de conforto
24. Desprezar as roupas no hamper (toalha, forro)
25. Lavar a comadre no banheiro, juntamente com o balde e jarra e guardá-los
26. Retirar a luva
27. Lavar as mãos
28. Anotar no prontuário.

Observação
Se houver presença de secreção purulenta na região uretral, limpá-la com gaze,
antes de proceder à limpeza com água e sabão. 

USO DE COMADRES
As comadres são muito úteis para ajudar pessoas que não podem se levantar
com facilidade da cama a evacuarem e urinarem, seja devido a uma doença,
lesão ou devido ao estado físico debilitado. Ao ajudar alguém a usar uma
comadre – seja de forma profissional ou para auxiliar um amigo ou parente –, é
necessário ter delicadeza física e tranquilidade psicológica ao fazer isto. Apesar
de parecer ser complicado colocar uma comadre de início, basta seguir certos
procedimentos para aprender a fazer a tarefa sem problemas.
Preparando o procedimento

1º PASSO
Cumprimente o paciente e explique que irá ajudá-lo a usar a comadre.
Demonstre paciência e compaixão, já que a situação pode ser constrangedora
para o paciente.
 Tranquilize o paciente dizendo que sabe o que precisa ser feito, deixando
a situação o mais leve possível.
 Explicar isso ao paciente de antemão pode ajudá-lo a ficar mais calmo,
reduzindo o medo e a insegurança dele.

2º PASSO

 Lave as mãos e coloque as luvas. Higiene as mãos usando água


quente e sabão; ao terminar, seque-as e coloque um par de luvas
descartáveis.

3º PASSO

Dê privacidade à pessoa. Durante todo o procedimento, forneça o máximo


de privacidade que for possível para o paciente. [3]
 Feche a porta e as cortinas da janela.

18
 Caso o paciente compartilhe o quarto com outra pessoa, puxe a cortina
que separa as camas.
 Mantenha as pernas do paciente cobertas com um lençol ou cobertor até
que esteja pronto para posicionar a comadre.

4º PASSO

Proteja os lençóis. Se possível, cubra os lençóis sob a pessoa com um


protetor à prova d’água.
 Se não tiver acesso a este produto, cubra os lençóis sob as nádegas do
paciente usando uma toalha de banho grande e limpa.

5 º PASSO

Esquente a comadre.
1- Encha-a com água bem quente e deixe-a repousar por alguns minutos.
Jogue-a fora e seque a comadre.[5]
2-O calor da água deve ser transferido para a comadre, esquentando-a. É
muito mais confortável para um paciente usar uma comadre quente do que
uma fria. Se ela for feita de metal, cuidado para não a deixar quente
demais.

6 º PASSO

Passe um pouco de talco nas bordas. Despeje uma fina camada de talco
sobre as bordas da comadre.
 A comadre com talco será mais fácil de ser posicionada sob a pessoa.
 Faça isso apenas se o paciente não possui nenhum corte ou hematoma
por ficar muito deitado. Evite o talco se ele apresentar lesões abertas.

7º PASSO

Encha a comadre com água suficiente para cobrir todo o fundo. Outra
opção é colocar quadradinhos de papel higiênico na parte inferior dela ou revesti-
la com um pouco de spray de óleo vegetal, se estiverem em casa.
 Qualquer uma destas práticas facilitará a limpeza.

8º PASSO

Peça para o paciente remover a roupa da parte inferior do corpo.


Agora que todo o material está em mãos, peça para que o indivíduo retire a roupa
da parte inferior do corpo.
 Ajude o paciente se ele não conseguir fazer isto sozinho.
 Caso a pessoa esteja usando um roupão de hospital com uma abertura na
parte de trás, não tire a vestimenta. Se o roupão não apresentar abertura,
será preciso levantá-lo até um pouco acima da cintura dela.
 Verifique se é possível puxar o lençol ou cobertor na parte superior para
trás.

POSICIONAMENTO DO PACIENTE

19
1º PASSO
Abaixe a cama. Abaixe-o o máximo possível para reduzir o risco de
lesão se o paciente cair durante o procedimento.
 A cabeceira da cama também deve ser abaixada, já que será mais fácil
para que o indivíduo levante o corpo ou vire quando necessário.

2º PASSO
Oriente o paciente a deitar na posição decúbito dorsal. Ele deverá
ficar de barriga para cima, com os joelhos dobrados e os pés plantados no
colchão.

3º PASSO

Coloque a comadre ao lado do paciente. Posicione-a bem perto dos


quadris dele ou no lado da cama.
 Ao posicioná-la o mais perto possível antes de mover o paciente, a chance
de machucá-lo é menor.

4º PASSO

Ajude o paciente a levantar a parte central do corpo. Será


necessário que o indivíduo erga os quadris; caso ele não tenha força para isso,
vire-o para o lado.
 Se o paciente conseguir erguer os quadris:
 No três, diga para ele levantar os quadris.
 Dê apoio ao paciente colocando sua mão sob as costas dele. Evite aplicar
muita força e tentar erguê-lo; o suporte deve ser leve.
 Se o paciente não conseguir erguer os quadris:
 Com cuidado, vire o paciente para o lado oposto ao seu. Vá com calma,
evitando que a pessoa caia da cama ou vire de barriga para baixo.

5º PASSO

Posicione a comadre sob as nádegas da pessoa. Insira a comadre


embaixo das nádegas do paciente com a borda curvada voltada para trás.
 Quando o paciente conseguir erguer os quadris:
 Coloque a comadre embaixo das nádegas do paciente e diga para ele se
abaixar lentamente sobre ela. Use sua mão para guiá-lo.
 Quando o paciente não conseguir erguer os quadris:

 Posicione a comadre bem ao lado das nádegas da pessoa. A ponta aberta


deve ficar virada na direção dos pés do paciente.

 Cuidadosamente, coloque o paciente de barriga para cima e sobre a


comadre. Segure-a perto do corpo do paciente à medida que você o
arruma.
6º PASSO

Erga a cabeceira da cama. Lentamente, levante a cabeceira da cama,


fazendo com que o corpo da pessoa fique em uma posição mais natural para se
aliviar.

20
7º PASSO

Observe o posicionamento. Peça para o paciente abrir um pouco as


pernas para ver se a comadre está corretamente posicionada.
 No geral, é preciso deixar a comadre em uma posição segura e abaixo
da região das nádegas.

8º PASSO

Pegue papel higiênico. Coloque papel higiênico ao alcance da pessoa e


avise-a.
 Além disso, dê lencinhos umedecidos para o paciente higienizar a
próprias mãos.
 Deixe ao lado do paciente qualquer dispositivo – como um alarme, em
hospitais, ou um sino, em casa – que possa ser usado para chamar os
enfermeiros. Ele deverá ser usado quando terminar de fazer as
necessidades fisiológicas.

9º PASSO

Saia do quarto. Dê privacidade para o paciente enquanto está usando a


comadre e diga que voltará em cinco minutos. No entanto, fale para ele tocar o
alarme ou usar o sino para avisar que já terminou.
 Nunca deixe o indivíduo sozinho se houver perigo de ele cair.

REMOVENDO A COMADRE

1º PASSO
Lave as mãos e coloque luvas descartáveis novas. Assim que deixar o
quarto, tire as luvas usadas e lave as mãos.
 Na hora de voltar ao quarto do paciente, lave as mãos novamente e
coloque um par limpo de luvas descartáveis.

2º PASSO
Volte para o quarto. Logo que ele tocar o alarme ou usar o sino, volte
para o quarto.
 Leve uma bacia de água quente, sabão, papel higiênico e lenços
umedecidos ao retornar.
 Caso o paciente não o chame de volta dentro de cinco a dez minutos,
volte ao quarto. A cada dois ou três minutos, veja se ele terminou.

3º PASSO
Abaixe a cabeceira da cama. Abaixe a cabeceira da cama o máximo
possível, sem deixar o paciente desconfortável.
 Esta posição é melhor para que a pessoa consiga sair de cima da
comadre.

4º PASSO

21
Ajude o paciente a sair de cima da comadre. Se ele conseguiu se
posicionar sobre a comadre, não deverá ser difícil sair de cima dela; caso precise
tirá-lo desta posição, será necessário virá-lo de lado.
 Se o paciente conseguir se erguer:
 Peça para ele dobrar os joelhos.
 Instrua-o a erguer a parte inferior do corpo. Coloque a mão sob a
parte de baixo das costas para dar maior apoio.
 Se o paciente não conseguir se erguer:
 Segure a comadre com firmeza para que o conteúdo não vaze.
 Ao mesmo tempo, coloque o indivíduo de lado, virado para o lado
oposto ao seu.

5º PASSO
Retire a comadre. Remova a comadre da posição e deixe o paciente
descansar.
o Tenha cuidado para não encostar a comadre na pele da pessoa
durante a remoção.
o Cubra a comadre com uma toalha e deixe-a de lado, por enquanto.

6º PASSO
Limpe o paciente. Verifique se ele conseguiu se limpar bem; do
contrário, ajude-o.
o Pegue lencinhos umedecidos ou uma toalha molhada com sabão
para ele lavar as mãos.
o Limpe a parte inferior do paciente com papel higiênico. Passe o
papel de frente para trás, especialmente em mulheres, já que isto
diminui a chance de contaminar o trato urinário com bactérias do
reto.

7º PASSO
Higienize o leito. Assim que a região anal estiver limpa, retire a toalha
ou o lençol protetor do leito.
o Caso os excrementos caiam no leito, troque imediatamente a roupa
de cama ou a roupa do paciente, se ela também ficar suja.
o Quando houver forte odor no quarto, borrife um pouco de bom ar.

8º PASSO
Coloque o paciente novamente em uma posição confortável.
Ajude-o a voltar a uma posição boa para repousar.
o Se necessário, erga ou abaixe a cama inteira ou a cabeceira,
deixando a pessoa mais confortável.

9º PASSO
Observe ou anote o conteúdo excretado. Leve a comadre até o
banheiro e analise o conteúdo.
o Procure por qualquer coisa incomum, como linhas vermelhas,
pretas ou verdes, bem como muco ou diarreia.
o Caso seja necessário, meça e anote a quantidade excretada.

10º PASSO

22
Descarte o conteúdo. Despeje a urina ou fezes no vaso sanitário e
dê a descarga.

11º PASSO
Limpe ou substitua a comadre. Ao menos que ela seja descartável,
é importante limpá-la bem antes de guardá-la.
o Descarte o conteúdo da comadre junto a água fria. Despeje tudo no
vaso sanitário.
o Com uma escova sanitária e água fria misturada com sabão,
esfregue a comadre. Enxágue-a com mais água fria e descarte no
vaso sanitário.
o Seque e guarde-a após terminar.

12º PASSO
Lave as mãos. Retire as luvas e lave as bem as mãos, utilizando água
quente e sabão.
o Recomenda-se lavar as mãos durante um minuto inteiro ou até
mais.
o Assim quer tudo estiver limpo, abra as cortinas, janelas e portas que
estavam fechadas durante o procedimento.

USO DO PAPAGAIO

Finalidades:
- Promover aos clientes acamados, condições para eliminações vesicais.
 
Material Necessário:
- 01 Par de luvas de procedimento, 01 papagaio, material de higiene
íntima.
 
Pré - Execução:
- Lavar as mãos;
- Preparar o material.
 
Execução:
- Identificar-se;
- Orientar o cliente e/ou acompanhante quanto ao procedimento;
- Promover privacidade;
- Dispor o material próximo ao cliente;
- Entregar o papagaio ao cliente;
- Deixá-lo sozinho;
- Deixar a campainha ao seu alcance;
- Retirar o papagaio;
- Desprezar o conteúdo em local adequado (após controle de débito se
necessário);
- Deixar o ambiente em ordem.
 

Pós Execução:
- Desprezar o material utilizado no expurgo;
- Lavar as mãos;

23
- Realizar anotações necessárias. 

Avaliação:
- Garantir privacidade;
- Aspecto das eliminações.

Riscos/ Tomada de Decisão:


- Exposição inadequada: garantir a privacidade;
- Extravazamento de eliminações: realizar higiene e trocar a cama.
TIPOS DE CAMA

Definições.

·   Cama aberta: Quando está ocupada por paciente, (que deambula ou esta
em exames).
·   Cama fechada: Quando o leito está vago, (sem paciente).
·   Cama de operado: Quando está aguardando o retorno do paciente do
centro cirúrgico.

NORMAS
01 - O leito dever ser trocado quantas vezes forem necessárias durante o
plantão.
02 - O leito dever ser preparado de acordo com a sua finalidade.
03 - Abrir portas e janelas antes de iniciar o trabalho.
04 - Utilizar lençóis limpos, secos e sem pregas.
05 - Caso os lençóis sejam reutilizados, não deixar migalhas, fios de cabelo.
06 - Observar o estado de conservação dos colchões e travesseiros.
07 - Não sacudir as roupas de cama.
08 - Não arrastar as roupas de cama no chão.

Preparo da cama aberta.


Material

-01 travesseiro.
-02 lençóis.
-01 cobertor (se necessário).
-01 fronha.
-01 lençol para móvel (se necessário).
-01 rolo para costas (se necessário).
 -01 forro/impermeável (se necessário).
-Camisola ou pijama.

Técnica.
01 - Lavar as mãos.
02 - Colocar a roupa na mesa de cabeceira.
03 - Explicar o que se vai fazer ao paciente e/ou acompanhante.
04 - Colocar o hamper próximo a porta do quarto.
05 - Desprender a roupa do leito, do lado do paciente e depois vir e ir soltando
do outro lado.
06 - Colocar o travesseiro sem fronha na mesa de cabeceira.
07 - Colocar o paciente em decúbito lateral.

24
08 - Enrolar o móvel e lençol de baixo separadamente, até o meio da cama e
sob o corpo do paciente.
09 - Substituir o lençol de baixo, e o móvel, pela roupa limpa.
10 - Virar o paciente para o lado pronto, nunca o expondo.
11 - Passar para o lado oposto;
12 - Retirar a roupa usada, e descartar no hamper, retirar as luvas, e esticar os
lençóis limpos, prendendo-os e fazendo os cantos;
13 - Colocar a fronha no travesseiro, acomodando o paciente;

Obs.: - Se o paciente for totalmente dependente, a troca de cama dever ser


feita por duas pessoas.

Preparo da cama fechada.


Material
-Luvas de procedimento
-02 Lençóis.
-01 Travesseiro.
-01 Fronha.
-01 lençol para móvel.
-01 Cobertor, se necessário.
-Hamper.

Técnica
01 - Lavar as mãos.
02 - Preparar o material.
03 - Colocar o material no carrinho de banho ou mesa de cabeceira.
04 - Retirar a roupa de cama suja e colocá-los no hamper próximo do leito.
05 - Desprezar as luvas.
06 - Estender o lençol sobre o leito, amarrando as pontas do lençol na cabeceira
e nos pés.
07 - Estender o móvel sobre o leito prendendo-o sob o lençol na parte inferior.
08 - Estender o lençol superior e fazer uma meia dobra na cabeceira.
09 - Colocar a fronha no travesseiro.
10 - Colocar o travesseiro na cama.
11 - Recompor a unidade.
12 - Lavar as mãos.

Preparo da cama de operado.


Material
-Luvas de procedimento
-02 Lençóis.
-01 Travesseiro.
-01 Fronha.
-01 lençol para móvel.
-01 Cobertor, se necessário.
-Hamper.

Técnica
01 - Lavar as mãos.
02 - Preparar o material.
03 - Colocar o material no carrinho de banho ou mesa de cabeceira.

25
04 - Retirar a roupa de cama suja e colocá-los no hamper próximo do leito.
05 - Desprezar as luvas.
06 - Estender o lençol sobre o leito, amarrando as pontas do lençol na cabeceira
e nos pés.
07 - Estender o móvel sobre
o leito prendendo-o sob o lençol na parte inferior.
08 - Estender o lençol superior e fazer um rolinho de forma que fique no canto da
cama.
09 - Colocar a fronha no travesseiro.
10 - Colocar o travesseiro na cama.
11 - Recompor a unidade.
12 - Lavar as mãos.

EXAME FÍSICO E POSIÇÕES

FOWLER
Paciente fica semi sentado. Usado para descanso, conforto, alimentação e
patologias respiratórias

SIMS
Lado direito: deitar o paciente sobre o lado direito flexionando-lhe as pernas,
ficando a direita semi flexionada e a esquerda mais flexionada, chegando
próxima ao abdômen. Para o lado esquerdo, basta inverter o lado e a posição
das pernas. Posição usada para lavagem intestinal, exames e toque.

GENU-PEITORAL
Paciente se mantém ajoelhado e com o peito descansando na cama, os
joelhos devem ficar ligeiramente afastados. Posição usada para exames vaginais,
retais e cirurgias.

GINECOLÓGICA
A paciente fica deitada de costas, com as pernas flexionadas sobre as
coxas, a planta dos pés sobre o colchão e os joelhos afastados um do outro. É
usado para sondagem vesical, exames vaginais e retal.

LITOTOMIA
A paciente é colocada em decúbito dorsal, as coxas são bem afastadas uma
das outras e flexionadas sobre o abdome; para manter as pernas nesta posição
usam-se suportes para as pernas (perneiras). Posição usada para parto, toque,
curetagem.

TREDELEMBURG
O paciente fica em decúbito dorsal, com as pernas e pé acima do nível da
cabeça, posição usada para retorno venoso, cirurgia de varizes, edema.

ERETA ou ORTOSTÁTICA
O paciente permanece em pé com chinelos ou com o chão forrado com um
lençol. Posição usada para exames neurológicos e certas anormalidades
ortopédicas.

26
CONTROLE DE SINAIS VITAIS
Os Sinais vitais são reflexos ou indícios de mudanças no estado do paciente.
Eles indicam o estado físico do paciente e ajudam no seu diagnóstico e

27
tratamento.

NORMAS
01 - Os sinais vitais deverão ser verificados a cada 06 horas. Quando o caso
exigir dever ser verificado, quantas vezes forem necessárias.
02 - Ao se verificar qualquer um dos sinais vitais, deve ser explicado ao paciente
o que vai ser realizado.
03 - Quando houver alteração de alguns dos sinais vitais devem ser
comunicados ao enfermeiro da unidade e ao médico responsável pelo paciente,
se for necessário.

Bandeja:
- Aparelho P.A. – (Esfigmomanômetro).
- Estetoscópio.
- 01 Termômetro.
- Relógio.
- Bolas de algodão seco.
- Bolas de algodão embebidas no álcool a 70%.
- Gazes.
- Caneta

PRESSÃO ARTERIAL.
 Depende do:
-Debito cardíaco, representa a quantidade de sangue ejetado do ventrículo
esquerdo para o leito vascular em um minuto.
-Resistência vascular periférica, determinada pelo lumem (calibre), pela
elasticidade dos vasos e viscosidade sanguínea.
-Viscosidade do sangue Decorre das proteínas e elementos figurados do
sangue.

A PA é alterada em algumas situações fisiológicas, como:


 a) Alimentação, medo, ansiedade, exercícios, estimulantes aumentam a PA
b) Repouso, jejum, depressão, diminuem a PA

Local de Verificação - Membros superiores (braços).


- Membros inferiores (região poplítea).

Variação PA: Sistólica - 90 - 140 mmhg


Diastólica - 60 - 90 mmhg.

NORMAS
01- Na presença de lesões ou doenças contagiosas, proteger o
Esfigmomanometro envolvendo o membro do paciente com papel toalha.

28
02 - Caso haja alterações no som e importante anotar para análise de dados
clínicos.
03 - Verificar todos os sinais vitais de um paciente, anotar. Lavar as mãos e
passar para outro.
04 - Em casos de verificar a PA com o paciente sentado, o membro superior deve
ser posicionado de forma que o braço permaneça no mesmo nível que o coração,
isto e, ao longo do corpo.
05 - Não verificar a PA nos membros com fistulas arterio-venosa.
06 - Lembrar que a PA pode ser verificada nos membros inferiores, se
necessário.

Técnica
01 - Lavar as mãos.
02 - Preparar o material.
03 - Promover a desinfecção das olivas e diafragma do estetoscópio com álcool a
70%.
04 - Explicar ao paciente o que vai ser feito.
05 - Colocar o paciente em condições confortáveis, com antebraço apoiado e a
palma da mão para cima.
06 - Expor o membro superior do paciente.
07 - Colocar o manguito (Esfigmomanômetro) 5 cm acima da prega do cotovelo,
na face interna do braço prendendo-o de modo a não comprimir nem soltar.
08 - Localizar com os dedos a artéria braquial na dobra do cotovelo.
09 - Colocar o estetoscópio no ouvido e segurar o diafragma do estetoscópio
sobre a artéria, evitando uma pressão muito forte.
10 - Fechar a válvula da pêra de borracha e insuflar ate o desaparecimento de
todos os sons (cerca de 200 mmhg).
11 - Abrir a válvula vagarosamente.
12 - Observar o manômetro, o ponto em que ouvir o primeiro batimento e a PA
sistólica máxima.
13 - Soltar o ar do manguito gradativamente até ouvir claramente o ultimo
batimento lendo o manômetro, PA diastólica mínima.
14 - Retirar todo o ar do manguito. Repetir a operação se for necessário.
15 - Remover o manguito e deixar o paciente confortável.
16 - Promover a desinfecção das olivas e do diafragma do estetoscópio com
álcool a 70%.
17 - Anotar os valores.
18 - Lavar as mãos.

Técnica de Verificação de PA nos Membros Inferiores


01 - Lavar as mãos.
02 - Preparar o material.

29
03 - Promover a limpeza das olivas e diafragma do estetoscópio com álcool a
70%.
04 - Explicar ao paciente o que vai ser feito.
05 - Colocar o paciente em posição confortável com os MMII estendidos.
06 - Expor o membro inferior do paciente.
07 - Colocar o manguito (Esfigmomanômetro) 5 cm acima da prega do joelho,
prendendo-o de modo a não comprimir nem se soltar.
08 - Localizar com os dedos a artéria poplítea na dobra do joelho.
09 - Colocar o estetoscópio no ouvido e segurar o diafragma do estetoscópio
sobre a artéria, evitando uma pressão muito forte.
10 - Fechar a válvula da pêra de borracha e insuflar até o desaparecimento de
todos os sons (cerca de 200 mmhg).
11 - Abrir a válvula vagarosamente.
12 - Observar o manômetro. O ponto em que ouvir o primeiro batimento e a PA
sistólica máxima.
13 - Soltar o ar do manguito gradativamente até ouvir claramente o último
batimento lendo o manômetro PA diastólica mínima.
14 - Retirar todo o ar do manguito. Repetir a operação se for necessário.
15 - Remover o manguito e deixar o paciente confortável.
16 - Promover a limpeza das olivas e do diafragma do estetoscópio com álcool a
70%.
17 - Anotar os valores.
18 - Lavar as mãos.

Terminologia:
* Normotenso: PA normal.
* PA sistólica: máxima.
* PA diastólica: mínima.
* Hipertensão: PA elevada.
* Hipotensão: PA baixa.
* PA convergente: Quando a máxima e a mínima se aproximam.
* PA Divergente: quando a máxima e mínima se distanciam.
* PA causal: verificada por acaso.
* PA basal: vista quando o paciente está em repouso por 12 horas.

OBS: Em casos de triagem sempre orientar ao paciente que fique sentado uns 10
ou 15 min. para fazer a verificação.

Pulso.
· é a expansão e a contração das artérias resultantes dos batimentos cardíacos.

30
NORMAS
01 - Evitar verificação do pulso em membros afetados de pacientes neurológicos
e vasculares.
02 - Não verificar pulso em membro com fistula arterio-venosa.
03 - Verificar o pulso sem usar o dedo polegar, pois se o fizer estará contando o
próprio pulso e não o do paciente.

O Pulso é alterado em algumas situações fisiológicas, como:


Emoções, exercícios físicos, alimentação e drogas podem provocar alterações
passageiras do pulso.

Local de Verificação:
- Artéria Temporal.
- Artéria Carótida.
- Artéria Braquial.
- Artéria Radial.
- Artéria Femoral.
- Artéria Poplítea.
- Artéria Pediosa.
- Apical.

Variações do Pulso:
- RN 120 - 140 bpm.
- Crianças 80 - 100 bpm.
- Lactantes 100 - 120 bpm.
- Adultos 60 - 80 bpm.

Técnica
01 - Lavar as mãos.
02 - Manter o paciente em posição confortável, preferencialmente em repouso.
03 - Colocar as pontas dos dedos médio e indicador sobre a artéria escolhida.
04 - Pressionar suavemente ate localizar os batimentos.
05 – evitar o contato de seu polegar com o paciente.
06 - Procurar sentir bem o pulso antes de iniciar a contagem.
07 - Contar as pulsações durante 1 minuto, avaliando freqüência, volume e ritmo.
(pode ser também proceder a contagem durante 15 segundo e multiplicar o valor
por 4).
08 - Anotar o valor obtido.
09 - Lavar as mãos.

TERMINOLOGIA:
- Normocardia Freqüência normal.
- Bradicardia Freqüência abaixo do normal.

31
- Taquicardia Freqüência acima da normal.
- Taquisfigmia Pulso fino e taquicardico.
- Bradisfigmia Pulso fino e bradicardico.
- Dicrótico: Tum – ta.
- Bigênico: Tum – Tum.

Volume do pulso:
- cheio.
- filiforme.
- alternante.

Ritmo do pulso:
- regular.
- irregular.
- rítmico.
- arrítmico.

Respiração.
E a troca de gazes (oxigênio e gás carbônico) ocorrido nos alvéolos pulmonares,
ransformando o sangue venoso rico em CO2 (Dióxido de Carbono) em sangue
arterial rico em O2 (Oxigênio).

A respiração é alterada em algumas situações fisiológicas, como: Exercícios


físicos, emoções, choro, variações climáticas, drogas, podem alterar a
respiração.

Variação Respiração - RN 30 – 40 mpm.


- Crianças 20 - 25 mpm.
- Adultos 16 - 20 mpm.

NORMAS
01 - Como a respiração e um dos dados vitais devera ser verificada junto dos
mesmos.
02 - Se observar anormalidades, comunicá-las.
03 - Não deixar que o paciente perceba que você esta verificando a respiração,
pois ele poder controlar a mesma, o que ir alterar o resultado.

Técnica
01 - Lavar as mãos.
02 - Colocar o paciente deitado confortavelmente.
03 - Colocar os dedos no pulso do paciente como se fosse verificá-lo, apoiando-o
sobre o tórax.
04 - Observar os movimentos respiratórios (inspiração e expiração), contando-os
durante 1 minuto. (pode se também proceder à contagem durante 15 segundo e
multiplicar o valor por 4).

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05 - Anotar o valor.
06 - Lavar as mãos.

TERMINOLOGIA
- eupnéico: respiração normal.
- Bradipneia: Freqüência respiratória abaixo do normal.
- Taquipneia: Freqüência respiratória acima do normal.
- Dispnéia: Dificuldade respiratória.
- Ortopneia: Respiração facilitada em posição vertical.
- Apnéia: Parada respiratória.
- Respiração Cheyne Stokes: Caracterizada por movimentos respiratórios que
vão se tornando profundos intercalados por período de apnéia.
- Respiração Estertorosa: Respiração com ruído.
- respiração kassmaul: é uma respiração rápida acima de 20mpm, profunda com
suspiros e trabalhosa sem pausa.

Temperatura.
Temperatura Corporal E o equilíbrio mantido entre produção e perda de calor
pelo organismo no ambiente e deve-se ao mecanismo controlado pelo hipotálamo
no cérebro.

A Temperatura pode ser alterada em algumas situações fisiológicas, como:


Sono e repouso, idade, exercício físico, fator hormonal, alimentação, banho,
agasalho, emoção e desnutrição.
Ha também fatores patológicos, que alteram a temperatura, como:
Processos infecciosos, determinadas drogas e distúrbios emocionais.
LOCAIS DE VERIFICACAO:
 - Região axilar ou inguinal.
 - Região bucal.
 - Região retal.

VARIACAO DA TEMPERATURA DE ACORDO COM A REGIAO:


- Axilar ou Inguinal - 36,0 a 36,8.
- Bucal - 36,5 a 37,0.
- Retal - 37,0 a 37,5.

Técnica
Temperatura Axilar.
01 - Lavar as mãos.
02 - Preparar o material.
03 - Explicar ao paciente o que vai ser feito.
04 - Desinfetar o Termômetro com bola de algodão embebido em álcool a 70%
da extremidade para o bulbo.
05 - Secar o Termômetro com bolas de algodão seco.
06 - Descer coluna de mercúrio abaixo de 35 graus.

33
07 - Enxugar a axila do paciente com gaze.
08 - Colocar o Termômetro com a extremidade do bulbo no ápice da axila,
posicionando-o perpendicular mente a parede medial da axila.
09 - Pedir ao paciente para comprimir o braço de encontro ao tórax, com a Mão
na direção do ombro oposto.
10 - Aguardar de 3 a 5 minutos.
11 - Proceder à leitura.
12 - Refazer a limpeza do Termômetro.
13 - Retornar a coluna de mercúrio ao ponto inicial.
14 - Anotar o valor.
15 - Lavar as mãos.

Temperatura Bucal.
01 - Lavar as mãos.
02 - Preparar o material.
03 - Explicar ao paciente o que vai ser feito.
04 - Certificar se o paciente ingeriu alimentos quentes ou frios, ou se fumou a
menos de 30 minutos.
05 - Fazer a limpeza com bola de algodão embebido em álcool a 70% e secar o
Termômetro da extremidade para bulbo.
06 - Colocar o Termômetro sob a língua do paciente, recomendando que
conserve a boca fechada.
07 - Retirar o Termômetro depois de 3 minutos.
08 - Fazer a leitura do Termômetro e limpa-lo com bola de algodão embebida no
álcool a 70%.
09 - Descer coluna de mercúrio.
10 - Anotar o valor.
11 - Lavar as mãos.

Obs.: - E contra indicado o uso desta técnica em crianças, velhos doentes


graves, inconscientes e psiquiátricos, portadores de doenças orofaríngeas, apos
fumar e ingestão de alimentos quentes ou frios.

Temperatura Retal

Material
- Termômetro próprio.
- Luvas de procedimento.
- Lubrificante (vaselina liquida ou xylocaina gel).
- Biombo.

Técnica
01 - Lavar as mãos.
02 - Preparar o material.
03 - Proteger o paciente com biombo.

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04 - Explicar ao paciente o que vai ser feito.
05 - Calcar as luvas de procedimento.
06 - Colocar o paciente em decúbito lateral esquerdo, mantendo-o coberto.
07 - Fazer limpeza do Termômetro com bolas de algodão embebidas no álcool a
70% e secá-lo da extremidade para o bulbo.
08 - Abaixar a coluna de mercúrio.
09 - Lubrificar a ponta do Termômetro com vaselina liquida que vai ser inserida
no reto.
10 - Descobrir o paciente e separar as nadegas de modo que o esfíncter anal
seja visível.
11 - Inserir o Termômetro - 01 cm.
12 - Retirar o Termômetro apos 3 minutos.
13 - Fazer a leitura.
14 - Deixar o paciente e a unidade em ordem.
15 - Encaminhar o Termômetro para pré desinfecção em hipoclorito por 30
minutos.
16 - Lavar o Termômetro com água e sabão após pré desinfecção.
17 - Desprezar luvas.
18 - Anotar o valor.
19 - Lavar as mãos.

Obs.: - Esta técnica e contra indicada em casos de intervenção cirúrgica do reto e


períneo, processos inflamatórios locais.

TERMINOLOGIA:
- Hipotermia: Temperatura abaixo de 43°C
- colapso: de 34 a 34,9°C.
- Hipertermia/hiperpirexia: Temperatura acima de 40 a 41°C ou mais
- Afebril: Temperatura normal;
- Febricula: Variações entre 37,0 a 37,5°C
- febre: 37,6 a 39°C.
- pirexia: 39 a 40°C.

Fases da febre:
- Efervescência: faze em que a temperatura esta subindo.
- Fastidium: faze em que a temperatura estabiliza.
Tipos de febre:
- Continua: diária não ultrapassa 38,5°C.
- Remitente: diária ultrapassa a 38,5°C.
- Intermitente: aparece e desaparece periodicamente nas mesmas horas.
- Habitual: individuo com a temperatura mais elevada que a medida
COLETA DE MATERIAIS PARA EXAMES LABORATÓRIAIS E EXAMES

Orientações Gerais:

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O resultado correto de um exame de análises clínicas não depende
somente de quem os analisa, mas também da qualidade da amostra coletada. A
equipe de enfermagem atua no processo de coleta do material biológico, e,
conforme a qualidade da amostra, os erros pré-analíticos são minimizados e os
resultados garantidos. Para tanto são necessários cuidados especiais no
momento da coleta.
A coleta de material biológico para análise é muito comum e útil no período
pré-operatório e quando solicitado pelo médico.

Cuidados para evitar erros pré-analíticos


 Jejum do cliente;
 Tempo de jejum do cliente;
 Tempo de coleta de amostras;
 Horário da coleta;
 Tempo de envio da amostra para o laboratório;
 Uso prolongado do torniquete;
 Erro de identificação da amostra;
 Erro do volume ou quantidade da amostra para analise;
 Tubos e equipamentos usados apropriados para coleta de material
biológico;

Materiais biológicos e exames mais solicitados

Sangue Urina Fezes Secreções


Hemograma Tipo 1 ou Parasitológico Líquor
EAS
Hb/Ht Urina de 24 Cropocultura Vaginal
horas
Sorologia Urocultura Pesquisa de Uretral
Sangue
Gasometria Pesquisa de Conjuntival
Sangue

Os exames mais usuais são:

A – Urina
Urina tipo1: avalia as características físicas e químicas e os sedimentos
urinários;
 Primeiro jato: investigação do trato urinário baixo (urina mais concentrada).
 Jato médio: colhe-se o jato médio da urina porque a primeira parte da
uretra é colonizada pela flora normal, que pode interferir nos resultados
(urina menos concentrada).
 Jato final: útil na investigação de sangramentos.
Urina 24horas: avaliação da função renal.

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Urocultura: pesquisa de microrganismos que pode evoluir para pesquisa de
antibiograma.

B - Fezes
A composição das fezes se caracteriza por:
 Resíduos de material indigerível, como a celulose dos alimentos digeridos;
 Bile (pigmentos e sais), que dá a cor característica das fezes;
 Secreções intestinais, incluindo o muco intestinal;
 Leucócitos que migram da corrente sanguínea (em pouquíssima
quantidade);
 Células epiteliais que foram eliminadas;
 Grande número de bactérias que podem constituir um terço da parte sólida
total;
 Material inorgânico, principalmente cálcio e fosfato (10% a 20%);
 Alimentos não digeridos ou não absorvidos;
 Cerca de 70% de água;
 A análise das fezes determina as várias propriedades existentes para fins
diagnósticos. Os testes mais solicitados são pesquisas de sangue, bile,
larvas e ovos de helmintos, protozoários, câncer do cólon e ulcerações
assintomáticas de outras massas do trato gastrointestinal.

Os exames mais usuais são:


 Parasitológicos;
 Coprocultura (exame bacteriológico das fezes)

C – Sangue

O sangue desempenha inúmeras funções, e os vasos sanguíneos são


órgãos que viabilizam sua passagem para os diversos tecidos e/ou órgãos. Esses
vasos estão conectados entre si, formando uma extensa e complexa rede de
irrigação. Os vasos que entram no coração são chamados veias e os que saem
do coração artérias. Em todo lado direito do coração circula sangue venoso, que
vai para os pulmões para sofrer hematose. E em todo lado esquerdo do coração
circula sangue arterial, que vai nutrir todos os órgãos e tecidos com oxigênio e
nutrientes. O sangue é de importância vital, pois participa da regulação da
temperatura corporal, do controle do pH, do equilíbrio hidrossalino, da
oxigenação tecidual, da defesa do organismo, da distribuição de nutrientes, entre
outros.

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Hemograma:

Consiste na contagem global de eritrócitos, índices hematimétricos, valor


de hemoglobina e valor hematrócrito (Ht), contagem global de leucócitos,
contagem diferencial de leucócitos (neutrófilos, eosinofilos, basófilos, linfócitos e
monócitos) e contagem global de plaquetas. È útil na avaliação de anemias,
infecções bacterianas e viróticas, inflamações, leucemias e plaquetopenias.

Gasometria Arterial e Venosa:


Constitui a análise de gases sanguíneos, como O2 e CO2 e do equilíbrio
acidobásico, como bicarbonato e pH sanguíneo.

Sorologia:
É a avaliação da presença de determinados anticorpos no soro
sanguíneo. É útil no diagnóstico de infecções por vírus, bactérias, fungos e
protozoários.

Coagulograma:
Consiste na análise do tempo de sangramento, contagem de plaquetas,
tempo de protrombina e tempo de tromboplastina. È útil na avaliação
homeostática pré-operatória.

Tipagem Sanguínea:
Determina o tipo sanguíneo de acordo com o sistema ABO e Rh antes
das transfusões, no pré-operatório e no perfil pré-natal.

Glicemia:
É útil para a detecção de glicose e diagnóstico das hipoglicemias e
hiperglicemias. Para o diagnóstico de diabetes melito é necessário valor igual ou
superior a 99mg/dl na amostra em jejum em pelo menos duas ocasiões. O
diagnóstico de hipoglicemia estabelece-se com valores abaixo de 60mg/dl.

Bioquímica:
Utiliza o plasma ou soro para qualificação de eletrólitos, como sódio (Na),
potássio (K) e Cloro (Cl).

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Observações úteis na coleta sanguínea
 Jejum – a falta de jejum aumenta a lipemia (gordura no sangue) e altera o
resultado da glicose; jejum prolongado pode elevar as concentrações de
bilirrubina sérica.
 Medicamentos – o uso de medicamentos pode causar interferências na
analise.
 Períodos de repouso – a falta de repouso provoca alterações no
hemograma, glicose, alguns hormônios, transaminases, etc.
 Temperatura do cliente – a hipotermia promove vasoconstrição e dificulta
venopunção; o estresse aumenta a temperatura afetando a secreção de
hormônios as adrenal.
 Infusão intravenosa – deve-se evitar coletar material pelo cateter da
infusão venosa. Fazê-lo somente quando não houver outra alternativa.
Deve-se retirar de 10ml a 15ml de sangue, desprezá-lo definitivamente e
com outra seringa fazer a coleta da amostra desejada.
 Torniquete – a utilização incorreta do torniquete (muito apertado ou por
muito tempo) pode causar hemoconcentração local, alterando os valores
de enzimas, proteínas, hematócrito, sódio, potássio, cálcio, ferro,
colesterol, triglicérides, plaquetas e fatores de coagulação.
 É preciso estar familiarizado com o material a ser utilizado.
 Deve-se evitar que o cliente abra e feche a mão, pois pode levar a
alterações dos resultados.
 A punção deve ser finalizada sem desenvolver hematomas.

Como proceder:
 Lavar as mãos;
 Preparar o material: bandeja contendo tubos de coleta, luvas de
procedimento, seringas, dispositivos intravenosos, torniquetes, bolas de
algodão, antisséptico, adesivos e etiquetas;
 Realizar a identificação do cliente (conferir pulseira e perguntar o nome);
 Solicitar o consentimento do paciente para execução do procedimento;
 Orientar o paciente para o procedimento;
 Acomodá-lo confortavelmente;
 Posicionar a bandeja;
 Observar a rede venosa e escolher a melhor veia para puncionar;
 Calçar luvas de procedimento;
 Garrotear de 10cm a 15cm acima do local da punção;
 Deixar o menor tempo possível o cliente garroteado;
 Apalpar a veia escolhida;
 Fazer antissepsia ampla do local da punção com movimentos firmes num
único sentido;
 Pegar o dispositivo intravenoso escolhido de modo que o bisel esteja
voltado para cima;
 Fixar a veia;

39
 Puncionar a veia, introduzindo o dispositivo intravenoso acoplado á
seringa;
 Fixar o dispositivo;

Aspirar o volume sanguíneo determinado para o exame solicitado:


1. Se seringa passar o conteúdo da seringa (sem agulha) para o tubo de
modo que o sangue escorra pela parede do mesmo.
2. Se vácuo, o conteúdo vai diretamente para o tubo.
 Observar a reação do paciente;
 Retirar o dispositivo;
 Fazer compressão do local com algodão seco;
 Orientar o paciente a não dobrar o braço;
 Descartar materiais perfurocortantes em local próprio;
 Retirar as luvas de procedimento;
 Lavar as mãos;
 Checar na prescrição médica correta;
 Manter a unidade em ordem e encaminhar material colhido;
 Realizar anotações de enfermagem;

Exemplo de registro de enfermagem:


Data:   Hora:   Relatório de enfermagem: Coleta para análise de Na, K,
Glicemia, etc. Encaminhado para:  Assinatura: 

SWAB
Em laboratórios de microbiologia, são realizados diversos tipos de atividades
que dependem do isolamento de microrganismos, que serão estudados,
pesquisados e analisados. Para isso, são necessários alguns materiais e
equipamentos específicos para a coleta de material, como é o caso do swab
estéril..

Prolab Swab estéril é um utensílio que tem a funcionalidade de coletar amostras


clínicas.
Parecido com um cotonete, o swab estéril é um instrumento que serve
para coletar amostras clínicas.
Quanto à composição do produto, os swabs estéreis apresentam:

40
– algodão especial com alta capacidade de absorção
– haste em plástico ou madeira;
– versão com tubo sem meio;
– fabricação em polipropileno (PP);
– tampa com lacre;
– superfície voltada para identificação do paciente e da amostra.

Após a coleta da amostragem, a mesma deve ser colocada em um tubo de


cultura isolado, evitando contaminações e comprometimento do material. Em
seguida, o material deve ser transportado com rapidez para um laboratório de
análises, e o swab precisa ser corretamente descartado.

ESCARRO
A assistência da equipe de enfermagem é importante para que a coleta
da amostra do escarro esteja adequada às condições necessárias para o exame.
Assim, é indispensável a atenção da equipe com o paciente que será
submetido a este exame, a fim de mantê-lo tranquilo e cooperante durante a
coleta.
A seguir a técnica de coleta de escarro baseada nas Orientações da
Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA (2004):

- Orientar ao paciente quanto à coleta do escarro e não da saliva;

- Colher a amostra na primeira hora da manhã antes que o paciente faça


ingestão de alimentos;

- Orientar o paciente para que realize a escovação dos dentes somente


com água sem uso de antissépticos e nem creme dental, realizando gargarejos
por várias vezes somente com água;

- Solicitar ao paciente que respire profundamente por várias vezes, e,


após, tossir profundamente colocando a amostra em frasco de boca larga;

- Nos casos em que a coleta for difícil, por falta de expectoração suficiente,
instrui-se que o paciente realize a inalação, para após efetuar a coleta;

- Encaminhar o material imediatamente ao laboratório;

- Em algumas situações pode ser solicitada a coleta de escarro para


análise de microbactérias e fungos, recomenda-se então a coleta de três
amostras em dias consecutivos sendo uma amostra por dia.

Um dos cuidados mais importantes na coleta da amostra de escarro é a


obtenção de uma amostra vinda das vias aéreas superiores, desta forma, é
necessário esclarecer ao paciente a diferença entre o escarro e a saliva(cuspe),
principalmente, quando o procedimento é realizado em casa, informando que a
saliva não deve fazer parte da maioria da amostra.

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Coleta de Escarro para Investigação da Tuberculose Pulmonar

Na prática diária da enfermagem em hospitais e/ou postos de saúde


identifica-se um considerável número de coletas de escarros para investigação
da tuberculose. Por isso, torna-se importante o profissional ter conhecimento
acerca deste procedimento e dos principais cuidados preconizados.

TIPOS DE LESÃO
Lesão é um termo que congrega todas as modificações anormais de
um tecido biológico. Ela pode se tratar de um simples corte, queimadura ou
ferida. A lesão pode igualmente resultar da ação de um agente patogênico, bem
como de um problema metabólico, fisiológico ou imunológico.

Classificação das feridas


As feridas podem ser classificadas de três formas diferentes de
acordo com:

1. o agente causal;
2. o grau de contaminação e;
3. o comprometimento tecidual.
 1 – Classificação das feridas quanto ao agente causal:

 Incisivas ou cirúrgicas: São feridas limpas produzidas por um


instrumento cortante, fechadas por suturas. Agentes utilizados: bisturi,
faca, lâmina;
 Contusas: São causadas por traumatismo das tecidos moles
provocada por objeto rombo sendo caracterizadas por hemorragia e
edema;
 Lacerantes: São ferimentos caracterizados por margens irregulares
provocados por lesão por tração evidenciando um rasgo ou
arrancamento tecidual. Exemplo: Mordedura de cão;
 Perfurantes: São lesões caracterizadas por pequenas aberturas na
pele com um predomínio da profundidade sobre o comprimento.
Exemplo: ferimentos provocados por armas de fogo ou ponta de faca.

2 – Classificação das feridas quando ao grau de contaminação:


Podemos classificar as feridas quanto ao grau de contaminação em:

 Limpas: Não apresentam sinais de infecção e em que não são


atingidos os tratos respiratórios, digestivo, genital ou urinário. A
probabilidade de ocorrência de infecção nas feridas limpas é bem
baixa, cerca de 1 a 5%. Exemplo: Feridas produzidas em ambiente
cirúrgico;
 Limpas-contaminadas:São feridas ocorridas no ambiente doméstico ou
feridas cirúrgicas que atingem tratos respiratórios, digestivo, urinário e

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genital. No entanto, em situações controladas, o risco de infecção não
ultrapassa 10%;
 Contaminadas: São consideradas contaminadas, aquelas feridas
acidentais com mais de seis horas de trauma ou que tiveram contato
com substâncias contaminadas como terra e fezes. São exemplos as
cirurgias que não respeitaram a técnica asséptica. Apresentam índice
de infecção entre 20 a 30%;
 Infectadas: Aquelas que apresentam sinais nítidos de infecção.

3 – Classificação das feridas quanto ao comprometimento tecidual:

 Estágio I: Não há perda tecidual com o comprometimento apenas da


epiderme.
 Estágio II: Há perda tecidual com o comprometimento da epiderme,
derme ou ambas.
 Estágio III: Comprometimento total da pele e necrose de tecido
subcutâneo, porém não atinge a fáscia muscular.
 Estágio IV: Há grande destruição de tecido, chegando a correr lesão
óssea ou muscular.

Fatores que interferem na cicatrização


Existem vários fatores que interferem na cicatrização como:

1. Fatores locais: relacionados às condições da ferida e técnica cirúrgica


envolvida.
2. Fatores gerais: relacionados às condições clínicas do paciente.

Fatores Locais que interferem na cicatrização.


As condições da ferida e o meio pelo qual ela é tratada interferem na
cicatrização da mesma. São considerados fatores locais que interferem na
cicatrização:

 Vascularização das bordas da ferida: A vascularização das bordas da


ferida é essencial para a cicatrização pois permite o aporte adequado
de nutrientes e oxigênio necessários para o metabolismo celular. No
entanto, a vascularização depende das condições gerais do paciente
como co-morbidades e tratamento da área da ferida.
 Grau de contaminação da ferida: Uma incisão cirúrgica tem melhores
condições de cicatrização do que uma ferida ocasionada por trauma no
ambiente doméstico. É essencial a limpeza mecânica, remoção de
corpos estranhos, detritos e tecido morto.
 Tratamento adotado no tratamento da ferida: O tratamento adequado
da ferida pode oferece condições ideais de cicatrização como a

43
assepsia e antissepsia, técnica cirúrgica adotada e escolha do fio
cirúrgico.

Fatores Gerais que interferem na cicatrização.


Os fatores gerais que interferem na cicatrização são aqueles que
envolvem a condição clínica do paciente como:

 Idade: Quanto mais idoso for o paciente menos flexíveis são os


tecidos. A diminuição da produção de colágeno leva a um tempo maior
de cicatrização.
 Hiperatividade do paciente: O repouso favorece a cicatrização. A
hiperatividade dificulta a aproximação das bordas da ferida.
 Oxigenação e perfusão dos tecidos: As doenças que alteram o fluxo
sangüíneo normal podem afetar a distribuição dos nutrientes das
células, assim como a dos componentes do sistema imune do corpo.
Essas condições afetam a capacidade do organismo de
transportacélulas de defesa e antibióticos, o que dificulta o processo
de cicatrização. Além disso, o tabaco reduz a hemoglobina funcional e
leva à disfunção pulmonar, o que reduz o aporte de oxigênio para as
células e dificulta a cura da ferida.
 Nutrição: uma deficiência nutricional pode dificultar a cicatrização, pois
deprime o sistema imune e diminui a qualidade e a síntese de tecido
de reparação.
 Diabetes: a diabetes melito prejudica a cicatrização de ferida em todos
os estágios do processo. O paciente diabético com neuropatia
associada e aterosclerose é propenso à isquemia tecidual, ao
traumatismo repetitivo e à infecção.
 Medicamentos: Os corticosteroides, os quimioterápicos e os
radioterápicos podem reduzir a cicatrização de feridas, pois interferem
na resposta imunológica normal à lesão. Eles interferem na síntese
protéica ou divisão celular agindo diretamente na produção de
colágeno. Além do mais, aumentam a atividade da colagenase,
tornando a cicatriz mais frágil.
 Estado imunológico: nas doenças imunossupressoras, a fase
inflamatória está comprometida pela redução de leucócitos, com
consequente retardo da fagocitose e da lise de restos celulares. Pela
ausência de monócitos a formação de fibroblastos é deficitária.

Tipos de Cicatrização:
Existem três tipos de cicatrização ou formas pelas quais uma ferida
pode cicatrizar que dependem:

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1. da quantidade de tecido lesado ou danificado;
2. e da presença ou não de infecção: primeira intenção, segunda
intenção e terceira intenção.

Tipos de cicatrização quanto á presença de infecção:

1. Primeira intenção: Não há presença de infecção e as bordas estão


próximas ou aproximadas para ocorrer a cicatrização. Não há perda de
tecido ou há perda mínima. Presença mínima de edema. A formação
do tecido de granulação não é visível.
2. Segunda intenção: Pode ter ou não infecção. No entanto, não é
possível aproximar as bordas da ferida que deverão permanecer
abertas para que ocorra a contração e epitelização.
3. Terceira intenção: Presença de infecção na ferida. A ferida é mantida
aberta e somente após o tratamento adequado deverá ser feito a
aproximação das margens da ferida (pele e subcutâneo)

Ulceras por pressão

As escaras de decúbito, ou de pressão, são feridas que aparecem na


pele de indivíduos que permanecem muito tempo na mesma posição, como
ocorre em pacientes internados em um hospital ou que ficam acamados dentro
de casa, sendo muito comum também nos paraplégicos, já que estes passam
muito tempo sentados na mesma posição.
As escaras podem ser classificadas de acordo com a sua gravidade, podendo
ser:
 Grau 1 – Eritema ou hiperemia: a lesão atinge as camadas superficiais da
pele, que permanece íntegra. No local, surge uma mancha avermelhada que
costuma desaparecer depois de algum tempo, se a pressão for aliviada;

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 Grau 2 – Isquemia: o ferimento compromete todas as camadas da pele e o
tecido subcutâneo e, pode formar- se uma bolha, aparecer uma esfoladura
ou um orifício superficial na área afetada;
 Grau 3 – Necrose: a lesão e atinge o tecido muscular, adquire coloração
arroxeada e pode abrigar um nódulo endurecido;
 Grau 4 – Ulceração: a lesão progride em profundidade, há destruição da
pele e dos músculos; os ossos e articulações ficam expostos.

EVOLUÇÃO DE UMA ESCARA


O maior perigo é a infecção que pode ocorrer nessas feridas. Bactérias
podem entrar facilmente no corpo do indivíduo por uma escara aberta e
malcuidada, trazendo maiores complicações. Nas pessoas com a sensibilidade
preservada, as escaras doem muito. Caso contrário, podem evoluir sem que o
paciente se dê conta de sua presença.

AGENTE CAUSADOR
As causas das escaras estão relacionadas à má circulação sanguínea
naquela região específica e elas começam de dentro para fora. Quando uma
escara aparece na pele, significa que ela já estava sendo formada há algum
tempo dentro do músculo do indivíduo. Os locais mais frequentes das escaras
são: sacro, quadril, calcanhar, orelhas, ombros, joelhos e escápulas.
Vários são os fatores que podem influir no sentido de provocar uma lesão deste
tipo como fricção, incontinência urinária, deficiência de vitamina, infecções,
pressão arterial alterada, edemas, umidade excessiva, incontinência
fecal, desnutrição, traumas e imobilidade, por exemplo.
O problema é passível de ocorrer tanto em homens quanto em mulheres sem
qualquer espécie de restrição de idade.  Quando uma região de tecido mole fica
por muito tempo comprimida entre uma estrutura óssea e uma superfície dura é
comum a escara se desenvolver.
A parte da população mais vulnerável a esta condição PCDs, Tetra/Paraplégicos,
idosos e pacientes que se encontram hospitalizados, por exemplo, acabam
enfrentando as úlceras de pressão com maior frequência, até mesmo devido ao
fato da locomoção restrita.

DIAGNÓSTICO
É fácil observar o desenvolvimento das lesões. No início é apenas uma
leve vermelhidão local, porém com o passar dos dias pode haver destruição da
pele e até mesmo exposição dos ossos. Desta forma é bastante comum que
pessoas com escara procure por ajuda médica.
Através de uma minuciosa análise clínica o profissional já começa a suspeitar do
mal. A aparência da lesão é característica. Alguns exames laboratoriais podem
ser feitos, assim como biopsia de tecido, para que outras enfermidades sejam
excluídas. Após a certeza do diagnóstico, deve-se dar início imediato a
um tratamento.

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A escara pode piorar consideravelmente caso não seja tratada e pode
voltar a aparecer se os devidos cuidados não forem tomados. Portanto, é muito
importante que pessoas pré-dispostas tomem medidas preventivas, caso
contrário irão viver com este incômodo frequentemente.

SINTOMAS
Logo no início diz haver uma situação de  hiperemia, ou seja, há uma
vermelhidão no local, porém a pele ainda não foi gravemente atingida.
Geralmente este sinal ocorre quando a pressão dura algo em torno de 30 minutos
no máximo. Em poucas horas tende a desaparecer.
Quando a pressão é contínua e por mais de 2 horas a lesão começa a
comprometer a pele. Pode surgir algo semelhante a uma bolha ou a uma
abrasão. Nestes casos diz-se haver uma situação de isquemia e o machucado
tende a desaparecer por volta de 3 dias depois. Caso haja necrose devido a uma
pressão por mais de 6 horas na mesma região. Logo se pode notar
um arroxeado e, em certos casos, um pequeno nódulo endurecido. Nesta
situação a lesão já é mais grave e necessita de um tempo maior para sumir e de
um tratamento adequado.
O estágio de ulceração é o mais grave. Caso a pressão não cesse a
escara vai se aprofundando a ponto de destruir a pele, os músculos e até mesmo
expor os ossos. A aparência é preocupante e o tratamento deve ser intensivo.

PREVENÇÃO
Os princípios básicos para a prevenção de qualquer úlcera de
pressão são uma alimentação adequada, cuidados e higiene com a
pele, estimulação da área pressionada e alívio da pressão na mesma de
tempos em tempos.

Para algumas pessoas como os paraplégicos e os hospitalizados, pode


ser difícil evitar estas lesões. Por isto é importante estar sempre mudando estes
indivíduos de posição, manter a pele hidratada e limpa, evitar a umidade, utilizar
colchões macios e manter as roupas de cama limpas e bem esticadas, por
exemplo.
Uma alimentação rica em proteína ajuda na cicatrização da pele e na
prevenção das lesões, assim como a movimentação, já que promove
uma circulação. Portanto, é necessário estimular a deambulação. Pacientes que
utilizam fraldas devem ter estas trocadas de 3 em 3 horas no mínimo. Outra
medida muito indicada é utilizar sabonetes com ph neutro na região genital.
Sempre que possível é bom mudar de posição, nem que seja de um lado para o
outro na cama. Manter travesseiros macios na região embaixo dos ombros e
dos cotovelos também é uma boa alternativa.

TRATAMENTO
O tratamento para as escaras varia de acordo com a gravidade e extensão
das lesões.

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Lesões iniciais nos graus 1 e 2 e até mesmo no grau 3, se forem
pequenas, costumam regredir por si mesmas, desde que a pressão sobre a pele
seja interrompida e os cuidados profiláticos (as medidas preventivas já citadas)
forem mantidos. Há casos, porém, em que pode ser necessário recorrer ao uso
de antibióticos e curativos especiais.
O tratamento consiste na limpeza da ferida com jatos de sorofisiológico,
de preferência morno. O soro fisiológico, além de limpar a ferida, não destrói o
que o corpo já vinha reconstruindo. É, portanto, uma excelente opção
de tratamento.
Caso a lesão esteja em um estágio mais avançado e já
apresente crosta preta, um profissional deve ser contatado para que cuide
da ferida, com a finalidade de retirar esta camada endurecida. Após a limpeza
um curativo deve ser feito de forma a manter a umidade no nível ideal. É preciso
retirar o excesso de exsudato e garantir o isolamento térmico. A gaze deve ser
impermeável – a gaze deve ser estéril ou o rayon deve ser estéril.

TRATAMENTOS CIRÚRGICOS PODEM SER CONSIDERADOS EM CERTAS


CIRCUNSTÂNCIAS.
Úlceras que atingiram o grau 4 podem demandar uma
intervenção cirúrgica de desbridamento para eliminar os tecidos infectados e
mortos, assim como um transplante de pele para facilitar o fechamento da ferida.
A escarectomia, por exemplo, é a retirada total da região necrosada. Já
a osteotomia retira algumas proeminências ósseas debaixo da escara. Pode-se
também elaborar uma cobertura especial para cada escara. Entretanto,
a prevenção é a melhor solução para estas lesões. Diante de qualquer espécie
de machucado, não hesite em consultar um médico.
A osteomielite – infecção óssea causada por bactérias provenientes de
um foco infeccioso com origem nas escaras – é uma complicação grave e de
tratamento difícil dessas lesões de pele.
Sempre é bom relembrar que o melhor remédio para as escaras é evitar que elas
se formem nas áreas mais sensíveis à pressão. Existem alguns recursos úteis
para ajudar as pessoas que correm maior risco:
* usar almofadas de proteção para aliviar a pressão nas regiões mais
vulneráveis à compressão;
* examinar a pele de todo o corpo, especialmente nos pontos de pressão;
* não esfregar a pele durante os cuidados básicos de higiene pessoal;
* secar bem a pele depois do banho e hidratá-la convenientemente com fórmula
de Dersani/Óleo de girassol, capriche nas massagens;
* dar preferência à roupa de cama de algodão, que deve ser bem esticada e
livre de dobras que possam pressionar ou macerar a pele;
* trocar com frequência as fraldas dos pacientes com incontinência urinária ou
fecal;
* estimular a movimentação respeitando sempre as possibilidades físicas e
motoras do paciente de 2 em 2 horas.

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Técnicas de curativos
Em um ambiente onde seja em uma Uti, enfermaria, ou na residência do
cliente, é indispensável o bom conhecimento técnico para realizar os curativos,
acompanhar as cicatrizações e controlar as possíveis infecções. Quem poderá
avaliar as feridas, e indicar o tipo de tratamento, é o enfermeiro, onde o mesmo
realiza o exame físico e a anamnese. O técnico de enfermagem as executa, de
forma correta, anota os aspectos e características da ferida, e acompanha
juntamente com o enfermeiro a evolução da mesma.

Um bom curativo começa com uma boa preparação do carro de


curativos. Este deve ser completamente limpo. Deve-se verificar a validade de
todo o material a ser utilizado. Quando houver suspeita sobre a esterilidade do
material que deve ser estéril, este deve ser considerado não estéril e ser
descartado. Deve verificar ainda se os pacotes estão bem lacrados e dobrados
corretamente.
O próximo passo é um preparo adequado do paciente. Este deve ser
avisado previamente que o curativo será trocado, sendo a troca um procedimento
simples e que pode causar pequeno desconforto. Os curativos não devem ser
trocados no horário das refeições. Se o paciente estiver numa enfermaria,
devem-se usar cortinas para garantir a privacidade do paciente. Este deve ser
informado da melhora da ferida. Esses métodos melhoram a colaboração do
paciente durante a troca do curativo, que será mais rápida e eficiente.
A limpeza das mãos com água e sabão, que deve ser feita antes e
depois de cada curativo. O instrumental a ser utilizado deve ser esterilizado; deve
ser composto de pelo menos uma pinça anatômica (par de ferro), duas
hemostáticas e um pacote de gaze; e toda a manipulação deve ser feita através
de pinças e gazes, evitando o contato direto e consequentemente menor risco de
infecção.

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Exemplo de bandeja de curativo.

Deve ser feita uma limpeza da pele adjacente à ferida, utilizando uma
solução que contenha sabão, para desengordurar a área, o que removerá alguns
patógenos e vai também melhorar a fixação do curativo à pele. A limpeza deve
ser feita da área menos contaminada para a área mais contaminada, evitando-se
movimentos de vai-e-vem.

Nas feridas cirúrgicas, a área mais contaminada é a pele localizada ao


redor da ferida, enquanto que nas feridas infectadas a área mais contaminada é a
do interior da ferida. Deve-se remover as crostas e os detritos com cuidado; lavar
a ferida com soro fisiológico em jato, ou com PVPI aquoso (em feridas infectadas,
quando houver sujidade e no local de inserção dos cateteres centrais); por fim
fixar o curativo com atadura ou micropore.

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Em certos locais o micropore não deve ser utilizado, devido à motilidade
(articulações), presença de pêlos (couro cabeludo) ou secreções. Nesses locais
deve-se utilizar ataduras. Esta vede ser colocada de maneira que não afrouxe
nem comprima em demasia. O enfaixamento dos membros deve iniciar-se da
região dista para a proximal e não deve trazer nenhum tipo de desconforto ao
paciente.
O micropore deve ser inicialmente colocado sobre o centro do curativo
e, então, pressionando suavemente para baixo em ambas as direções. Com isso
evita-se o tracionamento excessivo da pele e futuras lesões.

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O micropore deve ser fixado sobre uma área limpa, isenta de pêlos,
desengordurada e seca; deve-se pincelar a pele com tintura de benjoim antes de
colocar o mesmo. As bordas devem ultrapassar a borda livre do curativo em 3 a 5
cm; a aderência do curativo à pele deve ser completa e sem dobras. Nas
articulações o micropore deve ser colocado em ângulos retos, em direção ao
movimento.
Durante a execução do curativo, as pinças devem estar com as pontas
para baixo, prevenindo a contaminação; deve-se usar cada gaze uma só vez e
evitar conversar durante o procedimento técnico. Os procedimentos para
realização do curativo devem ser estabelecidos de acordo com a função do
curativo e o grau de contaminação do local.
Obedecendo as características acima descritas, existem os seguintes tipos de
curativos padronizados:

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CURATIVO LIMPO

A) Ferida limpa e fechada


a) o curativo limpo e seco deve ser mantido oclusivo por 24 horas.
b) após este período, a incisão pode ser exposta e lavada com água e sabão.
c) utilizar PVPI tópico somente para ablação dos pontos.

CURATIVO COM DRENO

a) O curativo do dreno deve ser realizado separado do da incisão e o primeiro a


ser realizado será sempre o do local menos contaminado.

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b) O curativo com drenos deve ser mantido limpo e seco. Isto significa que o
número de trocas está diretamente relacionado com a quantidade de drenagem.
c) Se houver incisão limpa e fechada, o curativo deve ser mantido oclusivo por 24
horas e após este período poderá permanecer exposta e lavada com água e
sabão.
d) Sistemas de drenagem aberta (p.e. penrose ou tubulares), devem ser
mantidos ocluídos com bolsa estéril ou com gaze estéril por 72 horas. Após este
período, a manutenção da bolsa estéril fica a critério médico.
e) Alfinetes não são indicados como meio de evitar mobilização dos drenos
penrose, pois enferrujam facilmente e propiciam a colonização do local.
f) A mobilização do dreno fica a critério médico.
g) Os drenos de sistema aberto devem ser protegidos durante o banho.

CURATIVO CONTAMINADO

Estas normas são para feridas infectadas e feridas abertas ou com perda de
substância, com ou sem infecção. Por estarem abertas, estas lesões são
altamente susceptíveis à contaminação exógena.
a) O curativo deve ser oclusivo e mantido limpo e seco.
b) O número de trocas do curativo está diretamente relacionado à quantidade de
drenagem, devendo ser trocado sempre que úmido para evitar colonização.
c) O curativo deve ser protegido durante o banho.
d) A limpeza da ferida deve ser mecânica com solução fisiológica estéril.
e) A anti-sepsia deve ser realizada com PVP-I tópico.
f) As soluções anti-sépticas degermantes são contra-indicadas em feridas
abertas, pois os tensoativos afetam a permeabilidade das membranas celulares,
produzem hemólise e são absorvidos pelas proteínas, interferindo
prejudicialmente no processo cicatricial.
e) Gaze vaselinada estéril é recomendada nos casos em que há necessidade de
prevenir aderência nos tecidos.

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f) Em feridas com drenagem purulenta deve ser coletada cultura semanal (swab),
para monitorização microbiológica.

APLICAÇAO DE CALOR E FRIO


As aplicações externas de calor e frio têm por objetivo ajudar as funções
naturais do corpo. É um dos tratamentos mais antigos e os pacientes são
receptivos ao tratamento, por ser eficaz e proporciona alivio imediato.
O calor age estimulando ou relaxando os músculos facilitando a circulação
através da vasodilatação diminuindo a dor e um pouco o edema local.
O frio diminui a circulação local pela contração dos vasos sanguíneos
(vasoconstrição), impede a formação hematomas e abscessos. Em certos tipos
de ferimentos abertos, controla a hemorragia.

APLICAÇÕES QUENTES – Proporciona conforto e bem estar, aliviando a dor e


inflamação. O calor é aplicação através de: bolsas de água quente, compressas
quentes e raios infravermelhos. Para o calor úmido é usado à compressa quente
.
FINALIDADES
- Aquecer o paciente
- Aumentar  a circulação no local da aplicação
- Aliviar a dor
- Facilitar os processos supurativos
- Relaxar a musculatura

CONTRA-INDICAÇÕES
- Feridas cirúrgicas
- Hemorragias
- Lesões abertas
- Luxações ou contusões antes de 24 ou 48 horas
- Hemofilia ou fragilidade capilar
- Presença de tromboembólicos nos MMII

Bolsa de água quente: Encher dois terços da capacidade total da bolsa, retirar o
ar da bolsa, fechá-la e garantir o não vazamento da bolsa, além de secá-la e
proteger a pele.

Compressa de água quente: Torcer bem a compressa para não molhar o


paciente e a cama, proteger a pele.

MATERIAL
Bolsa de borracha, forro para cobrir a bolsa, de preferência flanela, toalha de
rosto ou fronha, água quente a 55ºC.

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TÉCNICA PARA APLICAÇÃO DE BOLSA DE ÁGUA QUENTE:
1. Orientar o paciente sobre o procedimento
2. Lavar as mãos
3. Reunir o material
 Testar as condições da bolsa, para não ocorrer vazamento
 Colocar a água quente na bolsa, retirar todo o ar do interior da mesma e
fecha-la.
 Virar a bolsa com o gargalho para baixo, observar se está bem fechada e
enxuga-la.
 Cobrir a bolsa com o forro e observar se a temperatura através do pano
está adequada
 Certificar-se do local que deverá receber a aplicação
 Aplicar no local indicado e deixar no local no mínimo 20 minutos e no
máximo 40 minutos
 Avaliar as condições da pele no local, 2 ou 3 minutos após a aplicação da
bolsa para Certificar-se de que essa temperatura não vai causar
queimaduras no paciente
 Terminada a aplicação, retirar a bolsa e manter a região agasalhada para
evitar corrente de ar.
 Deixar o paciente em ordem e confortável
 Esvaziar a bolsa e pendura-la com o gargalho para baixo até secar
 Anotar o procedimento e o efeito no relatório.

APLICAÇÕES FRIAS – é realizada através de bolsa de gelo, frio úmido com


compressas frias.

FINALIDADES
- Diminuir a hipertermia
- Diminuir a dor
- Estancar a hemorragia
- Diminuir a congestão e processos inflamatórios
- Diminuir a dor e edema nas contusões e luxações

CONTRA-INDICAÇÕES
- Estase circulatória
- Estado de desnutrição
- Debilidade acentuada e idoso

Bolsa de gelo: Proteger a pele, encher a bolsa até a metade da capacidade e


retirar o ar, além de fechá-la e verificar vazamentos.

Compressa fria: Torcer a compressa, proteger a pele, observar sinais de


isquemias e necroses em aplicações demoradas. Aplicada na testa ou sobre os
olhos, para diminuir congestão e dor.

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MATERIAL
Bolsa de borracha, tecido de preferência flanela, toalha de rosto para cobrir a
bolsa e gelo picado.

TÉCNICA PARA APLICAÇÃO DE BOLSA DE GELO


Orientar o paciente sobre o procedimento
1. Lavar as mãos
2. Reunir o material
3. Testar as condições da bolsa, para não ocorrer vazamento
4. Colocar as pedras de gelo na bolsa, enchendo até a metade;
5. Fechar a bolsa, testar se não há vazamento e enxuga-la
6. Envolver a bolsa com a coberta, (toalha, flanela)
7. Aplicar no local e deixar o tempo que for indicado, conforme prescrição
médica;
8. Trocar o gelo sempre que necessário se o tempo da aplicação for
prolongado.
9. Retirar a bolsa ao termino da aplicação, verificar o local observando o
resultado;
10. Deixar o paciente confortável e em ordem
11. Anotar o procedimento e o resultado no relatório de enfermagem.

OBSERVAÇÕES
- Observar constantemente a área de aplicação. Qualquer alteração da pele e
queixas do paciente, suspender o procedimento e comunicar o médico.
- Em pacientes idosos, inconscientes, desnutridos e crianças deve se ter cautela
quanto ao limite da temperatura, devido à maior sensibilidade da pele.
- Nunca colocar bolsa com água quente debaixo do paciente para evitar
compressão excessiva da mesma, pois resulta em vazamento, e queimaduras ao
paciente.
- Não fazer aplicação de bolsa de gelo além de 30 minutos devido ao risco de
causar necrose.

CUIDADOS COM SONDAGEM


A sondagem nasogástrica é frequentemente utilizada no ambiente
hospitalar. Neste procedimento, utilizamos uma sonda de Levine onde
introduzimos a mesma através da boca ou nariz até o estômago com a finalidade
de estabelecer via pérvia para alimentação e/ou administração de medicamentos
ou para alívio de distensão abdominal por meio de drenagem de conteúdo
gástrico.

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A sonda nasogástrica é feita de PVC e é transparente, flexível e
atóxico. Ela não é radiopaca e não possui fio guia.

Indicação:
 Descompressão estomacal;
 Diagnosticar motilidade intestinal;
 Prevenção de distensão abdominal no pós cirúrgico;
 Administração de dietas ou medicações;
 Obter amostras de materiais gástricos para exames;
 Remover substâncias tóxicas ingeridas;
 Remover gás e secreções do estômago;
 Controlar sangramento gástrico;
 Dificuldade para deglutição.

Pode ser utilizada:


Aberta: drenagem de conteúdo gástrico e gases.
Fechada: Administração de medicamentos e dietas.
Contraindicações:
 Atrésias e estenoses de esôfago;
 esofagianas sem sangramento (a sonda pode ferir as varizes ou deslocar
coágulos tamponantes);
 Pós operatório de cirurgia realizada via transnasal;
 Traumas de base de crânio;
 Fraturas de face;
 Fístulas nasais;
 Restrições anatômicas;
 Lesões de mucosas orais ou nasais por ingestão cáustica
Materiais:
 EPI’S (Óculos de proteção, máscara, luvas de procedimento);
 Sonda de calibre adequado (nº 12, 14,16 ou 18 French para adulto normal
e nº 04, 06,08 ou 10 para crianças dependendo da idade);
 Lubrificante hidrossolúvel (xilocaína a 2% sem vasoconstritor);
 Gazes;

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 Seringa de 20 ml;
 Toalha;
 Recipiente com água;
 Estetoscópio;
 Luvas de Procedimento;
 Tiras de fita adesiva (micropore, etc)
 Coletor s/n.
Lembre-se de instruir que o cliente baixe o queixo, para fechamento da
traqueia; e pedir que ele faça movimentos de deglutição quando sentir a sonda
na garganta!

Após realizar os testes para observar se a sonda está bem locada:

Teste da aspiração do conteúdo gástrico: Conectar a seringa a sonda e


aplicar pressão negativa (aspiração) e observar se há retorno do conteúdo
gástrico.

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Teste da audição: Injetar de 10 a 20 cc de ar na sonda e verificar a presença
de ruídos com auxílio do estetoscópio na altura do epigástrio.

Sondagem Nasoentérica (SNE) e cuidados de enfermagem

Definição
As vias utilizadas para introdução da sonda enteral são nasogástrica,
nasoduodenal ou nasojejunal. As SNE são de silicone ou poliuretano, possuem
guia ou mandril, peso de mercúrio ou fio radiopaco para facilitar visualização
radiológica. A via nasojejunal é indicada em paciente com risco de aspiração do
conteúdo gástrico, insuficiência respiratória, e quando o paciente não pode ou
não deve alimentar-se por via oral ou o faz em quantidade insuficiente. O trato
gastrointestinal deve estar íntegro.

Agente: Enfermeiro

Material De Uso Domiciliar

Material para cada procedimento – Sondagem Nasoentérica:

· Sonda nasoenteral
· Fita adesiva não alérgica (micropore)
· 01 pacote de gazinhas estéreis
· 02 pares de luvas de procedimento
· Estetoscópio
· 01 seringa de 20ml

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· 03 copos descartáveis
· Papel toalha
· Abaixador de língua
· Gel anestésico a 2%

Descrição do procedimento

Lavar as mãos.

Reunir o material e levar para junto do paciente.

Explicar o procedimento ao paciente e familiares, visando obter colaboração e


reduzir a ansiedade.

Colocar o paciente em posição de Fowler com o pescoço levemente fletido


para o peito.

Colocar papel toalha sobre o tórax do paciente.

Retirar próteses dentárias caso exista.

Retirar a sonda nasoenteral da embalagem e examinar quanto a sua


integridade e qualidade do material.

Calçar as luvas.

Lubrificar o guia e introduzir na sonda.

Observação: a lubrificação do guia deve ser feita de acordo com a


recomendação do fabricante.

Observar o posicionamento interno do guia, para evitar a saída acidental


e lesão no trato digestivo.

Medir a distância da ponta do nariz, ao lóbulo da orelha correspondente a


narina escolhida até ao apêndice xifóide - acrescentar 20cm para posicionamento
duodenal ou 50cm para posicionamento jejunal.

Marcar a distância total com uma fita adesiva.

Lubrificar 10cm da ponta da sonda nasoenteral.

Introduzir a sonda na narina no sentido cranial inicialmente (atentar para


possíveis alterações estruturais e obstruções) e depois para trás e para baixo.
Oferecer ao paciente um pouco de água para favorecer a passagem da sonda

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durante a deglutição, se o paciente estiver consciente. Neste momento, a flexão
da cabeça pode favorecer a passagem da sonda.

Atenção

Se o paciente tossir, apresentar cianose ou agitação, suspender a


manobra e retirar a sonda até a faringe.

Aguardar a melhora do paciente e reiniciar o procedimento.

Caso ocorra resistência à progressão da sonda, não forçar, a rotação


suave pode ajudar. Se isto não for bem-sucedido, abrir a boca do paciente
usando abaixador de língua e verificar se a sonda não está enrolada na
nasofaringe, se positivo, retirar e iniciar novamente.

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Evitar que a sonda traumatize a mucosa nasal, evitar tracionar a asa do
nariz através de uma fixação inadequada.

Se houver sangramento no trajeto da sonda encaminhar o paciente para


a Unidade de Pronto Atendimento de referência.

Retirar o guia do interior da sonda com movimentos rotatórios ao


certificar que a sonda chegou ao estômago.

Confirmar a localização da sonda aspirando suco gástrico com seringa


de 10ml, desprezando a seguir em um copo descartável.

Se for difícil a aspiração, colocá-lo em decúbito lateral esquerdo para


deslocar o conteúdo gástrico para a grande curvatura do estômago.

Introduzir 10 a 20ml de ar para auscultar com estetoscópio os ruídos


hidroaéreos no quadrante superior do abdome.

Retirar as luvas e fixar a sonda com fita adesiva (micropore).

Deixar o paciente confortável em decúbito lateral direito e jejum absoluto.

Colocar data da instalação em volta da sonda.

Lavar as mãos.

Aguardar 3 horas para aspirar o líquido duodenal.

Encaminhar o paciente à Unidade de referência para exame radiológico e


confirmação do posicionamento da sonda e liberação da dieta.

Orientações Gerais

Em caso de saída da sonda esta pode ser reutilizada. Basta lavar com
água e sabão.

O mandril ou guia da sonda deve ser guardado na embalagem original


da sonda, adequadamente enrolado, para evitar “quebras” com a identificação do
paciente.

ausculta da região epigástrica não garante a adequada posição da


sonda e a realização do RX de controle da sonda é uma exigência da resolução
RDC n.º 63 da ANVISA e da resolução COFEN 277/2003, sendo este
considerado o método padrão ouro para confirmação do posicionamento da
sonda.

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Sondagem Vesical de Alívio
A sonda vesical de alívio serve para o esvaziamento imediato da
bexiga sem a permanência da sonda, sendo retirada após o alívio da bexiga. A
Sondagem Vesical de Demora, é instalada e deixada pelo tempo estipulado
pela equipe médica conforme a abordagem terapêutica adotada.

Sonda Vesical de Alívio

Antes da prescrição da sonda vesical de alívio, devemos adotar


técnicas não invasivas para o reconforto do sistema urinário:
 Incentivar a ida ao sanitário e acompanhar o paciente
adotando medidas que o deixem relaxado e confortável para urinar
naturalmente.
 Em casos de paciente acamado ou cuja locomoção lhe crie
uma situação penosa ou desconfortável, oferecer os recipientes sanitários
(papagaio no caso masculino e comadre no caso feminino), e proceder com
calma e tranquilidade para que a eliminação transcorra naturalmente.
 Na cama elevar a cabeceira e flexionar os joelhos pode
ajudar a aliviar a tensão da musculatura pélvica, proporcionando alívio da
compressão desses músculos nas extremidades do sistema urinário. Isso
pode liberar a urina sem necessidade da sondagem vesical de alívio.
 A aplicação de calor local, no ventre, logo abaixo do umbigo, auxilia no
alívio da tensão da musculatura pélvica, estimula a circulação local e
naturalmente relaxa a musculatura.
 O barulho de água correndo (torneira aberta ou fio de água
vagarosamente entornada num copo), também serve de estimulo
psicológico válido para se evitar utilizar a sondagem vesical de alívio.

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 Cuidado com a ingestão excessiva de líquidos. Alguns problemas renais,
pela retenção de líquidos, comprometem o balanço hídrico e
consequentemente a regulação eletrolítica do paciente, podendo causar
distúrbios perigosos à fisiologia humana.
Em caso de paciente diagnosticado com alguma patologia renal
seguir rigorosamente a prescrição da equipe médica. Os procedimentos de
sondagem vesical de alívio e sondagem vesical de demora devem ser
adotados apenas com a prescrição de profissional técnico habilitado.
Não havendo sucesso na estimulação natural, o procedimento de
sondagem vesical de alívio é simples: introduz-se uma sonda, cateter estéril de
sondagem pela uretra, até chegar à bexiga; imediatamente a urina é expelida
causando sensação de conforto e alívio; cessada a drenagem da urina, retira-se
o cateter e se despreza o material.
Após a sondagem vesical de alívio alguns cuidados devem ser
observados:
A introdução do cateter causa microlesões no canal da uretra,
quando ocorrer à passagem da urina após este procedimento pode causar
pequeno desconforto e/ou ardência.
Redobrar o cuidado com a higiene íntima (região perianal).
Observar alterações locais ou sintomas como dor, febre, secreções,
vermelhidão (hiperemia) local; comunique à Equipe Enfermagem e à Equipe
Médica que lhe acompanha.
Pessoas com histórico de infecções urinárias frequentes devem
informar à Equipe Médica que a acompanha que será realizado sondagem
vesical. Em alguns casos pode ser necessário tomar medidas preventivas a
eventuais processos infecciosos decorrentes do procedimento.

Sondagem Vesical de Demora


A sondagem vesical serve para o esvaziamento da bexiga
proporcionando conforto imediato para pacientes com disfunção na eliminação da
urina. A sondagem vesical pode ser usada para duas finalidades: a Sondagem
Vesical de Alívio, utilizada para esvaziamento imediato da bexiga sem a
permanência da sonda, que após o procedimento é retirada; e a Sondagem
Vesical de Demora, que é instalada e deixada pelo tempo estipulado pela equipe
médica conforme a abordagem terapêutica adotada.

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Sonda Vesical de Demora

A Sondagem Vesical de Demora é um procedimento invasivo que


deve ser prescrito dentro de uma estratégia terapêutica ou em casos especiais de
problemas renais diagnosticados. Como todo procedimento invasivo, é
indispensável a prescrição da equipe médica para a realização da Sondagem
Vesical de Demora.
Na sondagem vesical de demora deve-se observar:
Nunca tracionar a sonda, ela pode sair de posição dentro da bexiga
trazendo risco de lesionar a uretra e ocorrer extravasamento da urina pela uretra,
podendo ocorrer complicações no tratamento.
Alternar o lado de fixação da bolsa coletora para evitar lesão no
meato urinário (entrada da uretra) e a pele onde a sonda se apoia. Deve-se
alternar a posição da bolsa no momento da higienização, procurando não
exceder 6h à 8h contínuas para cada lado.
Não deixar a bolsa coletora da sondagem vesical de demora em
contato direto com o piso/chão. Isso proporciona alto risco de contaminação
podendo desencadear infecção do trato urinário.
Nunca elevar a bolsa coletora acima da linha média da cintura do
paciente. NUNCA promover o refluxo da urina, depositada no trajeto do extensor
que liga a bolsa coletora a sonda, pois seu retorno para o interior da bexiga pode
causar infecção do trato urinário.
Na drenagem da bolsa observar sempre o aspecto (cor, viscosidade e
cheiro) e o volume da urina depositada/excretada.

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Como alternativa ao uso da bolsa coletora tradicional, ou da bolsa de
perna, a Equipe Enfermagem tem utilizado com sucesso o dispositivo chamado
UROSTOP©. Ele estanca a urina como uma válvula. É colocado na ponta do
extensor, no lugar da bolsa coletora, e proporciona que o paciente preserve o
reflexo de micção, pois não permite que a bexiga esteja sempre vazia. Pode ser
utilizado para pacientes que não necessitem manter a bexiga sempre vazia
(problemas de próstata, por exemplo), ou ainda quando o paciente estiver apto à
retirar a sonda, serve para recompor o estímulo da micção, alguns dias antes da
remoção da sonda.

Cuidados de pacientes com gastrostomia


A alimentação por uma gastrostomia é semelhante a alimentação
pelo cateter nasogástrico. Uma das principais diferenças é o local de entrada do
cateter, que se faz pela parede abdominal. O alimento pode ser administrado por
uma bomba infusora ou através de seringa (alimentação em bolus). O preparo e
porcionamento da dieta terá que seguir rigorosamente a orientação dada pelo
nutricionista ou nutrólogo.
A higiene é fundamental para minimizar a contaminação da dieta e
consequentes complicações gastrointestinais. Antes do preparo da dieta, é
necessário realizar a lavagem adequada das mãos, dos alimentos e de todo
material que será utilizado, bem como dos utensílios e da bancada onde haverá a
manipulação. Depois da lavagem, recomendamos friccionar álcool a 70% na
bancada e utensílios.
Nas orientações a seguir, usaremos a abreviação CG para designar o
cateter de gastrostomia.
 
ASPECTOS GERAIS

 Não esqueça de administrar através do CG, água ANTES e DEPOIS de


cada alimentação; o CG pode e deve ser utilizado para hidratação do
paciente, suplementar à dieta enteral;
 NÃO deixe a pinça fechada se o tubo não estiver em uso, pois isto pode
estragar o material; a pinça deve ser utilizada apenas enquanto o orifício
externo do cateter está aberto, entre uma infusão e outra;
 Lave o CG com solução bicarbonatada a 1% para evitar acúmulo de
gordura no tubo;
 Evite o manuseio excessivo do CG. Cuide para que pacientes
desorientados não “brinquem com o dispositivo. Alguns artifícios são usar

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faixa de gaze ou camisetas para evitar a tração por parte do paciente,
sobretudo dos dispositivos recém-instalados;
 Troque equipos de dieta – no caso de fórmulas industrializadas – a cada
24h;
 A maior parte dos medicamentos orais líquidos pode ser administrado pelo
CG, mas devem ser diluídos em um volume igual de água, após
autorização pelo médico assistente. Comprimidos devem ser macerados
individualmente, em água filtrada ou mineral e administrados e NUNCA
devem ser administrados com a dieta. O CG deve ser lavado com 30mL
após a administração dos medicamentos, a fim de evitar resíduos.

 CUIDADOS NA ALIMENTAÇÃO

1. Garanta que o paciente esteja com a cabeceira elevada. O tronco deverá


estar elevado entre 30-40 graus por 1h após a alimentação); esta medida
é importante para evitar refluxo gastro-esofágico;
2. Examine o tubo, procurando acotovelamentos ou bloqueios que impeçam
o fluxo do líquido a ser infundido;
3. Feche o tubo com a pinça/grampo/”pregador”;
4. Abra a conexão do CG e conecte uma seringa de alimentação de 50mL ou
60mL contendo água;
5. Abra a pinça e deixe a água fluir pelo CG. Se houver dor, pare
imediatamente e avise a enfermeira especialista ou o medico;
6. Feche a pinça e conecte o equipo da bomba ou a seringa ao CG;
7. No caso de administração por bomba infusora, ajuste a bomba e o tempo
de infusão conforme as recomendações da nutricionista ou do médico; no
caso de administração de dieta artesanal, conecte a seringa de 50 ou 60
mL;
8. Abra a pinça e inicie a alimentação; no caso de administração de dieta
pela seringa, faça-o na vazão de 5mL a cada 30 segundos, repetindo esta
operação até o esgotamento do volume da refeição;
9. Ao término da alimentação, desconecte o tubo e infunda 50mL de água,
como no início do procedimento;
10. Feche o CG e deixe a pinça aberta.

 CUIDADOS COM O ESTOMA

 O orifício por onde o tubo entra no tubo digestório, mais frequentemene no


estômago, é chamado ESTOMA (do latim stoma = boca);
 O estoma não deve ser tocado nas primeira 8 – 12 horas após a
instalaçãom quando esta for feita por via cirúrgica ou endoscópica;
 Após 24 horas limpe em torno da saída do CG. O estoma deve ser limpo
inicialmente duas vezes ao dia com água fervida ou salina, e com higiene
meticulosa;
 A drenagem serosa deve parar de sair em poucos dias;

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 Duas semanas após a instalação, o estoma pode ser limpo diariamente
com sabão neutro, água morna e gaze, ou com salina se estiver no
hospital;
 É importante que o estoma seja secado gentilmente, mas por completo.
Essa operação de secagem pode ocorrer várias vezes por dia;
 O tubo deve ser girado em torno do próprio eixo (axialmente) uma vez por
semana, como parte do processo de limpeza. Isto auxilia a manutenção de
um estoma limpo e facilita o processo de limpeza;
 Procure por vazamentos, edemas, irritação, vermelhidão, fissuras na pele.
Se o local tornar-se inflamado ou doloroso, procure o medico ou
enfermeira especialista;
 Nos primeiros 10 a 14 dias pós-confecção de gastrostomia não
recomendamos imersão em água. Chuveiro é permitido desde que a PEG
esteja fechada e que o estoma não seja molhado. Após duas semanas, o
banho pode ser dado normalmente. Seque sempre muito bem a área após
o banho para prevenir infecção.

  ROTINA DE LIMPEZA DIÁRIA

 Antes de limpar o estoma, lave as mãos com água e sabão. Seque-as


bem. Não é necessário o uso de luvas estéreis;
 Atente sempre para o número que aparece no tubo próximo ao local de
saída. Esta graduação indica se o cateter está muito ou pouco introduzido
e deve ser acompanhada sempre;
 Limpe o estoma com sabão neutro e agua morna usando uma gaze. Pode
ser necessário um leve deslizamento do cogumelo externo de fixação a fim
de melhorar a exposição do óstio para a limpeza de sujidades. Remova
gentilmente qualquer debri ou crosta em torno do estoma e do dispositivo
de fixação com água morna e gaze. A higienização do óstio da
gastrostomia é realizada com sabonete neutro e água.
 Seque o local cuidadosamente com panos macios ou gaze, sem fazer
fricção;
 O estoma normalmente não necessita de cobertura, mas se houver
transudação excessiva ou vazamento, um absorvente seco pode ser
necessário. Nesses casos, consulte o enfermeiro especialista;
 Após limpeza, o dispositivo de fixação (cogumelo externo) deve ser
recolocado em sua posição original, conforme a marcação próxima ao
estoma. É importante que o fixador não esteja apertado junto à pele, sob o
risco de lesioná-la.
 Soluções irritantes como o álcool ou oleosas (p.ex.: hidratantes de pele)
devem ser evitadas para minimizar a ocorrência de hiperemia
(vermelhidão), descamação ou maceração periestomal;
 A formação de granuloma (pele ou verrucosidade que ocasionalmente
surge ao redor do óstio da gastrostomia), pode ser ocasionado pela
umidade excessiva associada à fricção do cateter no óstio do estoma.

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Nesse caso, deve-se contactar o enfermeiro especialista
(estomaterapeuta).
 O desposicionamento ou tração do cateter de gastrostomia podem ser
evitados realizando fixação do mesmo no abdome com uma fita
hipoalergênica (micropore ou fita de silicone para pacientes com
fragilidade capilar). Deve-se observar a marcação do anteparo externo do
cateter de gastrostomia para que qualquer alteração seja percebida o
quanto antes.
 Se houver desposicionamento do cateter ou, até mesmo, saída total do
mesmo, a administração da dieta deverá ser interrompida e o médico ou
enfermeiro devidamente capacitado para tal será chamado para avaliar o
reposicionamento do mesmo cateter ou de um cateter novo.

  MANTENHA A BOCA LIMPA

 Mesmo com o CG é necessário manter a higiene bucal.


 Se você foi submetido a cirurgia da face, pescoço ou boca, uma
enfermeira ou odontólogo irá orientá-lo;
 Escove os dentes, gengivas e lingual pelo menos duas vezes ao dia,
utilizando sua pasta de dentes e escova comuns;
 Tente não umedecer os lábios com saliva, pois pode aumentar a secura;
 Para umedecê-los, use crème ou loção própria;
 Saliva artificial ou enxaguatório bucal podem ajudar se a boca estiver
seca.

Enfermagem cuidados e controle de drenos

 Dreno pode ser definido de forma simples como sendo um material


colocado pelo médico no interior de uma ferida ou cavidade, com o
objetivo de permitir a saída de fluídos (linfa,sangre,pus,soro ,fluidos
intestinais ou ar )presentes em uma determinada cavidade corporal.
 Tem como função principal evitar infecções nas incisões cirurgicas e
agravamento do quadro clinico do paciente.
 Vejamos alguns tipos de dreno.
 Dreno aberto, ex.: penrose;
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 Dreno de borracha, tipo látex, utilizado em cirurgias que implicam em
possível acúmulo local de líquidos infectados, ou não, no período pós-
operatório.
 Dreno de penrose deve ser observado e mobilizado a cada 12 horas, ou
seja, tracionado em cada curativo (exceto quando contraindicado), cortado
seu excesso e recolocado o alfinete de segurança estéril, usando luva
esterilizada. O orifício de saída deve ser ocluído com gaze estéril, devendo
este curativo ser substituído sempre que necessário.
Dreno porto -vac Dreno de sucção fechada; É composto por um sistema
fechado de drenagem pós-operatória, de polietileno, com resistência
projetada para uma sucção contínua e suave.
Composto por uma bomba de aspiração com capacidade de 500 ml, se
assemelha a uma pequena sanfona comprimida ,e é relativamente
pequeno ,possui um cordão de fixação, uma extensão intermediária em
PVC com pinça corta-fluxo e um conector de duas ou três vias, e um
cateter de drenagem com agulha de aço cirúrgico (3,2 mm, 4,8 mm ou 6,4
mm) utilizada para perfurar o local de passagem do dreno.
 Dreno  JP
 Drenos com reservatório JP,  funcionam com pressão negativa e
diferenciando-se do anterior por possuir a forma de uma pêra.
 Indicação: cirurgias abdominais. O principal cuidado: manter vácuo (Caso
o contrario pode  provocar dor, desconforto, alteração de sinais vitais e
outros sintomas.
 Dreno de Kerr
 Introduzido nas vias biliares extra-hepáticas, sendo utilizado para
drenagem externa, descompressão, ou ainda, após anastomose biliar,
como prótese modeladora, devendo ser fixado por meio de pontos na
parede duodenal lateral ao dreno, tanto quanto na pele, impedindo sua
saída espontânea.
 DRENO TORÁCICO – JACKSON PRATT
 Utilizado na presença de colapso pulmonar, quando por perfuração devido
trauma, ou cirurgia, presença de ar, pus ou sangue, faz-se necessária
drenagem para reexpansão pulmonar e restauração da
pressão negativa.
 Cuidados de enfermagem.
 Observação cada tipo de dreno tem um cuidado específico, mas de forma
geral podemos citar:
 Ao transportar o paciente, pinçar a extensão.
 Nunca elevar o dreno aberto acima da cavidade que está sendo
drenada,risco de refluxo.
 Cuidado para não dobrar, e evitar obstrução, pois pode levar a PCR.
 A cada 24 horas  realizar a troca do selo d’água de forma asséptica
(Drenos compostos por selos d agua) Geralmente é o enfermeiro que faz
este procedimento  e avisa a sua equipe da quantidade de segreção
drenada afim de que haja um bom controle hidrico .

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 Realizar o curativo diário do dreno.
 Estimular deambulação, fisioterapia respiratória para evitar infecção
pulmonar.
 Manter a permeabilidade do dreno, visando garantir uma drenagem
eficiente;
 Realizar o adequado posicionamento do dreno;
 Evitar tração e posterior deslocamento;
 Realizar o curativo conforme necessário de acordo com a padronização da
instituição hospitalar;
 Observar caracteristicas das segreções. Ex:Serosa
Sanguinolenta
Sero sanguinolenta
Pio sanguinolenta
Prevenir infecção;
 Controlar a drenagem, atentando para o volume drenado, aspecto da
secreção drenada,bem como os sinais flogisticos :dor ,calor ,rubor e
hiperemia no local de inserção(comunicar)

ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS

A administração de medicamentos é uma das grandes


responsabilidades dos profissionais de enfermagem. A terapia medicamentosa
prescrita pelo médico deve ser aprazada pelo enfermeiro e esta prescrição deve
ser encaminhada a farmácia para que esta possa realizar a dispensação destes
medicamentos.
O sistema de medicamentos envolve vários profissionais da equipe de
saúde como médicos, enfermeiros, auxiliares e técnicos de enfermagem,
farmacêutico e técnico em farmácia hospitalar. Os profissionais de enfermagem
realizam a maior parte deste evento, portanto estão passíveis a erros, como os
demais profissionais, mas a assistência direta ao paciente pode evidenciar estes
erros.
Os principais erros relacionam-se a administração errada de
medicamentos, equívocos com dosagens, via de administração e horário de
administração e também sobre a administração em pacientes errados.
Para minimizar estes erros podemos utilizar um método denominado
cinco “certos”, ou seja: paciente certo, medicamento certo, via de administração
certa, dose certa e horário certo. Há literaturas que já consideram os sete “certos”
incluindo a diluição certa e o registro certo.
Estes métodos podem diminuir e muito a ocorrência de erros de
medicamentos, porém estes fatos possuem o relacionamento apenas com as
pessoas, mas devemos avaliar também todo o sistema de medicação, que vai
desde a prescrição até a avaliação dos efeitos destes medicamentos nos
pacientes.
É importante que tenha um protocolo em cada instituição determinando
quais as normas e rotinas na administração de medicamentos. Um avanço

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importante para que este sistema funcione adequadamente é a instalação das
prescrições e prontuários eletrônicos.

Contudo, a equipe de enfermagem deve sempre estar atenta as


principais funções dos medicamentos e as possíveis mudanças de rotinas, pois
assim podemos melhorar sempre a qualidade da assistência de enfermagem
prestada ao paciente.

ADMINISTRAÇÃO DE DIETAS
Nutrição Enteral Consiste na administração de alimentos liquidificados
ou de nutrientes através de soluções nutritivas com formulas quimicamente
definidas, por infusão direta no estômago ou no intestino delgado, através de
sondas. Está indicada em pacientes com necessidades nutricionais normais ou
aumentadas, cuja ingestão, por via oral, está impedida ou é ineficaz, mas que
tenham o restante do trato digestivo anatomofuncionalmente aproveitável.

Osmolaridade: A osmolaridade é o número de partículas dissolvidas na


solução. Quanto maior o número de partículas, maior é a osmolaridade. No
estômago, dietas com osmolaridade elevada reduzem os movimentos de
propulsão, dificultando o esvaziamento gástrico, enquanto mais distalmente, no
duodeno e jejuno, alimentos hiperosmolares aumentam o peristaltismo e ativam a
propulsão da dieta. Em algumas situações são até responsáveis pela aceleração
do trânsito intestinal e presença de diarréia osmótica. A osmolaridade sugerida
pela literatura, em nutrição enteral, varia em tono da osmolaridade plasmática
(mOm/L). Assim conforme os miliosmol/litro (mOm/L), as dietas podem ser
isotônicas (menor ou igual a 350); moderadamente hipertônicas (350 a 450) e
hipertônicas (maior ou igual a 550). Os componentes nutricionais que influenciam
a osmolaridade da solução são principalmente os açúcares mais simples; os
aminoácidos cristalinos e, em menor grau, os peptídeos; e o cloreto de sódio
(NaCl) os lipídeos não influenciam a osmolaridade, pois não formam solução.

Administração de modo geral, a via de acesso ao sistema venoso para


administração da terapia são as vias periféricas nos membros superiores e
centrais (veia subclávia ou a veia jugular interna ou externa). A velocidade de
infusão das fórmulas de alimentação parenteral varia de acordo com as
condições clínicas do paciente, A velocidade ideal da infusão de glicose varia de
entre 0,5 e 0,75 g/kg/hora. Os pacientes devem receber 1000 ml da fórmula de
alimentação parenteral no primeiro dia. Se estes 1000 ml forem bem tolerados,
ou seja, se não surgirem sinais de intolerância â glicose ou outro desequilíbrio
metabólico ou eletrolítico, 2000 ml podem ser infundidos no segundo dia. Se for
necessário, mais 1000 ml da fórmula podem ser adicionados. Uma regra prática
no aumento da velocidade de infusão até 20 a 50 ml/hora a cada um ou dois dias,
conforme a capacidade do paciente de tolerar mais líquido e a sobrecarga de
glicose. Um fato de extrema importância é que as soluções sejam administradas
em fluxo contínuo e regular.

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As oscilações na velocidade de infusão, frequentemente observadas
quando se utiliza o gotejamento livre por queda gravitacional, controlado por
pinças mecânicas, são notavelmente indesejáveis, dificultando sensivelmente a
adaptação metabólica do paciente frente ao aumento progressivo do aporte
nutricional. As bombas infusoras, disponíveis em várias modalidades, constituem
opção bastante recomendável para o controle seguro e eficaz da infusão
contínua e regular das soluções nutritivas.

Cuidados de Enfermagem Verificar rótulo observando: nome do


paciente, composição da solução e gotejamento; Orientar o paciente; Lavar as
mãos antes e depois da administração da dieta; O doente que recebe a nutrição
parenteral deve merecer rigorosos cuidados higiênico; O máximo rigor deve ser
observado para com as técnicas de assepsia e antissepsia, no manuseio do
instrumental e frascaria quando do preparo das soluções nutritivas finais; Manter
a via venosa central exclusiva para a infusão de NPT, mantendo a
permeabilidade; Realizar curativo com técnica asséptica a cada 24 horas ou de
acordo a necessidade utilizando solução estabelecida pelo protocolo da unidade
no acesso central; Observar o local da inserção quanto à fixação do cateter,
edema, dor, rubor, hiperemia e presença de secreção; A localização central do
cateter deve ser confirmada (RX) antes de iniciar a NP.

Cuidados de enfermagem Dieta Enteral

- Verifique sempre o prazo de validade da dieta.

- Separe todo o material que será utilizado. Siga sempre as orientações que lhes
foram dadas no hospital.
- O frasco de dieta e o abridor de garrafas devem ser limpos com um pano limpo
umedecido em álcool 70%, antes de sua abertura.

- Lave bem as mãos com água e sabão antes de iniciar o preparo.

- Observe se a sonda está bem fixada no nariz do paciente.

- A dieta que será administrada no paciente deve estar em temperatura ambiente.

- A dieta deve ser sempre administrada lentamente para evitar qualquer problema
(diarréia, gases, náuseas e vômito), se a sonda estiver no estômago do paciente,
o volume de um horário deve correr em 1h, se a sonda estiver no intestino, à
velocidade deve ser mais lenta, ou seja, o volume de um horário deve correr em
1h30min.
 - O nutricionista/ médico responsável pelo tratamento e alta deve ter
determinado qual o volume de dieta enteral que será usado e os horários para
administração.
- Os horários para administração da dieta são semelhantes aos horários das

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refeições normais: café da manhã, almoço, jantar, ceia e lanches. Por exemplo,
de 3 em 3horas: 6h, 9h, 12h, 15h,18h, 21h. Estes horários podem ser ajustados à
rotina da família.

- Para receber a dieta o paciente deve estar sentado no leito, formando um


ângulo de 45° (no mínimo) em relação à cama. Ele deve ficar nesta posição
durante o recebimento da dieta e por mais 30 minutos após o término dela. Esta
posição é extremamente importante, pois impede que o paciente se engasgue
com a dieta e que ela se dirija ao pulmão. 

- Se o paciente apresentar náusea, tosse excessiva, dificuldade respiratória ou


qualquer alteração, suspenda imediatamente a dieta e entre em contato com o
médico para orientação.

- Limpe diariamente a parte externa da sonda com gaze, água e álcool a 70% ou
sabonete suave. Seque bem.

- Cuidado para não puxar a sonda acidentalmente. Caso haja saída ou


entupimento, ela deverá ser trocada pelo médico.

IMPORTANTE:
No caso de entupimento da sonda ou saída acidental, procure ajuda
médica. Nunca tente reintroduzir a sonda sozinho.

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