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1 INTRODUÇÃO......................................................................................... 2
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1 INTRODUÇÃO
Prezado aluno!
Bons estudos!
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2 ORGANIZAÇÃO DOS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO NA ÁREA DA SAÚDE
O movimento ambientalista, que passou a ganhar força nos anos 1960 e 1970,
contribuiu sobremaneira para a ampliação da compreensão dos problemas
ambientais, antes restritos aos aspectos de saneamento e controle de vetores, bem
como para a recuperação da estrutura política e social relacionadas a estes, as
condições ambientais adversas nos países em desenvolvimento passaram a ser
identificadas como riscos à saúde, que geraram a necessidade de estudar e intervir
sobre novos problemas, bem como abordar antigos problemas em uma nova
perspectiva integradora. Essa tendência apontou a necessidade de superação do
modelo de Vigilância à Saúde baseado em agravos, incorporando a temática
ambiental nas práticas da Saúde Pública (ROHLFS et al., 2011).
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Para atender às necessidades de informação do setor saúde, nasceram os
Sistemas de Informação em Saúde - SIS com o objetivo de apoiar a gestão dos
serviços, orientando a implantação de modelos de atenção, de promoção da saúde e
das ações de prevenção e controle, pois, o conhecimento sobre a situação de saúde
possibilita estabelecer prioridades de alocar recursos de forma direcionada para a
mudança positiva das condições de saúde das populações (Mota & Carvalho, 1999
apud GONÇALVES, 2001).
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Mínimas de Agregação-UMA. Como exemplo, quando se objetiva correlacionar óbitos
por Setor Censitário (FIBGE). O SIM tem como Unidade Mínima de Agregação-UMA
a cidade, o município e o bairro, e a Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística-FIBGE, tem como UMA o setor censitário, que é a divisão do bairro, da
cidade ou do município em diversos estratos.
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Brasileiro de Geografia e Estatística -FIBGE, cuja representação esquemática pode
ser descrita na figura:
Figura – 1
Como pode ser visto nesta figura, o SIAB atua como uma interseção de outros
SIS; havendo assim variáveis comuns a esses diversos sistemas e ainda destinguindo
outras variáveis que são específicas de cada um. Percebe-se que existe ligação do
Censo da FIBGE com os demais SIS, especialmente no cálculo de taxas e coeficientes
que utilizam o dado populacional, sendo esta informação fornecida pela FIBGE.
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No entanto, em observações iniciais, observa-se ainda, que as equipes do
PACS/PSF não utilizam devidamente o SIAB em sua totalidade principalmente com
relação às informações do Ambiente. Embora o SIAB possibilite análises do tipo
ambiente e saúde, sua finalidade tem sido preponderantemente voltada para atender
a demandas relacionada ao repasse de dinheiro do Ministério da Saúde para o
município, cada vez mais vinculadas ao envio dos dados do SIAB atualizados (MS,
2000 apud GONÇALVES, 2001).
Devido a isto os dados do SIAB, são processados “às pressas”, para cumprir
os prazos, cujo objetivo é a manutenção do teto financeiro dos programas implantados
(PSF/PACS). A não utilização pelas equipes e usuários dos locais de onde vêm as
informações, impossibilita ajustes e aprimoramentos ao sistema, bem como a perda
de oportunidade de orientar o planejamento e a tomada de decisão.
3 ASPECTOS HISTORICOS
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compreensão atual e os avanços que vem se processando nestes 20 anos do SUS
em relação ao tema (NETTO. G. F et al., 2009).
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pesquisadores as “causas necessárias”, de acordo com os postulados de Stuart Mills
--constituindo o período de hegemonia das teorias unicausais da doença, em que a
questão social aparece apenas como contexto (Paim, apud Barata, 1997).
No início dos anos 70 era realizada a Conferência das Nações Unidas Sobre
o Ambiente Humano (Conferência de Estocolmo, 1972) e publicado o Relatório
Lalonde (Canadá, 1974). Na primeira, o meio ambiente que foi modificado pelo
homem surge como um dos grandes temas, afetando-o por meio de doenças como
as causadas pela poluição. Na segunda, são lançados os alicerces do movimento de
promoção da saúde, o que significa uma renovação da Saúde Coletiva ao deslocar o
foco de atenção de práticas voltadas para aspectos biomédicos para uma perspectiva
que tem a saúde ambiental como uma de suas dimensões (NETTO. G. F et al., 2009).
Nos anos 80, 1986 foi um marco. Foi realizada a histórica VIII Conferência
Nacional de Saúde que propôs uma concepção ampliada da saúde como expressão
de formas de organização da vida social; foi publicada a Carta de Ottawa, introduzindo
um conceito de saúde levando em consideração os determinantes sociais e um
ambiente saudável; e lançou o Projeto Cidades Saudáveis pela OMS, que propôs uma
estrutura para compreender e administrar os problemas de saúde que afetam uma
grande proporção da população urbana. No ano seguinte, em 1987, foi publicado o
Relatório Nosso Futuro Comum, um marco na articulação das questões sociais e
ambientais nos processos de desenvolvimento, sendo a saúde uma das edições.
Entre o início dos anos 70 e a Constituição de 1988, encontramos uma série de
acontecimentos e movimentos, dentro e fora do setor saúde, que acabaram por
levantar questões ambientais e de saúde mediadas pelos determinantes sociais como
questões fundamentais das gerações presentes e futuras (NETTO. G. F et al., 2009)
Nos anos 90 foi realizada a Conferência das Nações Unidas sobre Meio
Ambiente e Desenvolvimento (Conferência do Rio em 1992), resultando na Agenda
21, um programa de ações para o século XXI. Constitui um marco na questão
ambiental e nos seus primeiros capítulos dedicado um à saúde ambiental como
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prioridade social para a promoção da saúde. Em 1995, como parte do movimento do
setor saúde neste processo, é realizada a Conferência Pan-Americana Sobre Saúde,
Ambiente e Desenvolvimento em Washington. Em 1997, ao se aproximar dos dez
anos do SUS, o Ministério da Saúde formula o projeto Vigisus, dando início a
estruturação e institucionalização da vigilância em saúde ambiental no âmbito do
Ministério da Saúde, resultando no decreto 3.450 de 2000 e na Instrução Normativa
SVS/MS no 1 de 2005. Em 2006, a CGVAM publica pela primeira vez o portfólio com
dados e indicadores sobre saúde ambiental, organizado em uma perspectiva que
inclui simultaneamente determinantes sociais e econômicos que levam a mudanças
na situação ambiental, exposições e efeitos sobre a saúde (NETTO. G. F et al., 2009)
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(Funasa), com base no Decreto nº 3.450/2000, que estabeleceu, dentre suas
competências, “a gestão do sistema nacional de vigilância ambiental”. No início, as
atividades da VSA foram centradas na capacitação de recursos humanos, no
financiamento da construção e reforma dos Centros de Controle de Zoonose e na
estruturação do Sistema de Informação da Qualidade da Água para Consumo
Humano (Sisagua).
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Departamento de Vigilância em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador (DSAST),
instituído pelo Decreto nº 6.860/2009 e regulamentado pelo Decreto nº 7.530/2011,
possibilitando melhor integração das ações de vigilância em saúde ambiental e saúde
do trabalhador nos territórios (ROHLFS. D. B et al., 2011). De acordo com o autor
citado:
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A publicação do Decreto nº 7.336, de outubro de 2010, atualizou as
competências da SVS, quanto à responsabilidade nacional da gestão da
vigilância em saúde ambiental, executada pela CGVAM, a qual compete: a
gestão do SINVSA; a coordenação e implementação da política e o
acompanhamento das ações de Vigilância em Saúde Ambiental; a proposição
e desenvolvimento de metodologias e instrumentos de análise e comunicação
de risco em vigilância ambiental; o planejamento, coordenação e avaliação
do processo de acompanhamento e supervisão das ações de vigilância em
saúde ambiental; e a gestão do Sistema de Informação da Vigilância em
Saúde Ambiental (ROHLFS. D. B et al., 2011).
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atribuições, procedimentos e ações relacionadas à vigilância ambiental nos
diversos níveis de competência; (3) identificar os riscos e divulgar as
informações referentes aos fatores ambientais condicionantes e
determinantes das doenças e de outros agravos à saúde; (4) promover ações
de proteção à saúde relacionadas ao controle e recuperação do meio
ambiente; (5) conhecer e estimular a interação entre ambiente, saúde e
desenvolvimento a fim de fortalecer a participação popular na promoção da
saúde e melhoria da qualidade de vida (FUNASA, 2002a).
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O Ministério da Saúde entende que através do modelo da OMS, podem ser
integradas as análises dos efeitos dos riscos ambientais ao desenvolvimento e
implantação de processos decisórios, políticas públicas e práticas de gerenciamento
de riscos. No entanto, no caso do Brasil, a inconsistência entre as diferentes áreas de
atuação do Estado tem resultado em uma política de informação mal integrada que
não faz a articulação entre temas transversais como a saúde, educação e meio
ambiente (AUGUSTO, et al., 2003 apud LIRIO. C. O 2019).
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doenças relacionadas com a higiene (micoses e infecções virais e bacterianas de
olho); e geo-helmintos e teníases (também conhecidas como verminoses) (COSTA,
et al., 2002).Essa categorização pode contribuir para o desenvolvimento de
programas de proteção à saúde e auxiliar na avaliação e desenvolvimento de políticas
públicas de saúde ambiental (SIQUEIRA, et al., 2017 apud LIRIO. C. O 2019).
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contribui para o aumento da incidência de DRSAI e impõem que medidas de manejo
ambiental sejam tomadas.
No município de Porto Alegre (“As informações que estão sendo citadas sobre
esse município em especifico, tem como intuito unicamente de exemplificar e agregar
no conteúdo do material”) se observou o aumento da ocorrência de dengue, no
período de 2001 a 2013. A taxa de incidência, que girava em torno de 2,5 a 3 por 100
mil habitantes/ano, elevou-se para 15, cerca de cinco vezes maior. A urbanização não
planejada foi apontada como fator agravante das desigualdades de saúde na cidade.
No caso das DRSAI, os aumentos das internações podem ser resultantes do aumento
da morbidade (NUGEM, et al., 2015). Quanto a dengue também temos o decreto
interministerial que regulamenta o Programa Saúde na Escola (PSE) que traz como
um dos objetivos prioritários do PSE ações de combate ao Aedes aegypti, para tanto
a articulação intersetorial entre educação e saúde e sua integração com a área
ambiental aparecem como imperativos na sociedade que deseja erradicar ou
minimizar os impactos dessa doença (BRASIL, 2017b apud LIRIO. C. O 2019).
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Um estudo que analisou as internações por DRSAI na região metropolitana
de Porto Alegre no período de 2010 a 2014 identificou que 20,4% destas eram por
crianças na faixa etária de até quatro anos. Quanto aos óbitos infecções intestinais
bacterianas (41,7%) e de diarreia e gastroenterite de origem infecciosa presumível
(21,6%) foram as maiores causas. O gasto total com as internações envolvendo as
DRSAI foi de cerca de 6,1 milhões de reais (SIQUEIRA, et al., 2017 apud LIRIO. C. O
2019). Neste cenário o saneamento básico, particularmente o abastecimento de água
e a coleta de lixo, se mostraram insuficientes nas periferias das grandes metrópoles.
Uma das consequências desta situação foi o aumento de criadouros potenciais do
mosquito.
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Outra doença importante é a leptospirose transmitida através do contato com
a água ou a lama de enchentes contaminadas com urina de animais portadores da
bactéria Leptospira, sobretudo ratos urbanos. As medidas de prevenção de doenças
estão novamente vinculadas ao meio ambiente e referem-se ao controle de roedores
por meio da remoção de resíduos e entulhos e objetos inúteis que possam servir como
abrigos, tocas e ninhos, bem como reduzir suas fontes de água e alimento ao dar
destinação adequada ao resíduo orgânico. Para tantas obras de saneamento básico
(principalmente coleta de resíduos e drenagem urbana suficiente e adequada)
também são apontadas como medidas importantes de controle da doença (BRASIL,
2014 apud LIRIO. C. O 2019).
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A Portaria da Secretaria Estadual da Saúde número 1.237 de 2014
regulamenta esse processo indicando que os prestadores deste tipo de serviço devem
seguir as normas constantes nesta bem como devem ter cadastro junto a Vigilância
em Saúde do município em que atuam, são citados como de grande importância para
a manutenção do padrão de potabilidade para tanto a vedação, integridade e
telamento do extravasor, essa Portaria ainda indica a limpeza mínima uma vez ao ano
e recomenda que seja feita de seis em seis meses a fim de evitar o acúmulo de
sedimentos e a contaminação da água nos reservatórios (RIO GRANDE DO SUL,
2014 apud LIRIO. C. O 2019). O autor citado fala que:
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no Anexo XX (vinte) da Portaria de Consolidação número 5 do Ministério da Saúde e
que devem considerar os aspectos socioambientais e a realidade local para avaliar se
a água consumida pela população apresenta risco à saúde humana (BRASIL, 2017ª
apud LIRIO. C. O 2019). Ainda como o autor citado:
Água para consumo humano é toda água considerada potável nos termos da
Portaria supracitada destinada à ingestão, preparação e produção de
alimentos e à higiene pessoal, independentemente da sua origem, podendo
ou não vir de um sistema público de abastecimento e é essa a água objeto
da vigilância em saúde. A lei não autoriza o uso de soluções alternativas para
o consumo humano, como poços, quando houver o fornecimento de água
através de um sistema de abastecimento, exceto em situação de emergência
e intermitência frequentes (BRASIL, 2017a). Em Porto Alegre o
Departamento Municipal de Água e Esgoto (DMAE) é o responsável pelo
fornecimento de água para consumo humano através de seis sistemas de
abastecimento de água (SAAs) – São João, Moinhos de Vento, Menino Deus,
Ilhas, Tristeza e Belém Novo. Até 2012 a cidade contava ainda com o Sistema
Lomba do Sabão. Em 2013 a Estação de Tratamento de Água (ETA) Lomba
do Sabão foi desativada e as áreas até então abastecidas por este sistema
foram absorvidas pelo Sistema Menino Deus (áreas próximas à Av. Bento
Gonçalves) e pelo Sistema Belém Novo (PORTO ALEGRE, 2015 apud LIRIO.
C. O 2019).
Em Santarém (“As informações que estão sendo citadas sobre esse município
em especifico, tem como intuito unicamente de exemplificar e agregar no conteúdo do
material”), no estado do Pará, uma pesquisa realizada através de questionário
aplicado em domicílios do município indicou que 31% dos entrevistados não
realizavam a limpeza dos reservatórios de água na frequência indicada (uma vez ao
ano) e 26% não sabiam de risco algum que isso pudesse causar para a saúde
(SOUZA, et al., 2019v apud LIRIO. C. O 2019). Em outro estudo realizado através de
entrevista na cidade de Araraquara (São Paulo) apenas 59,5% realizavam limpeza
periódica, apesar de 94,6% saberem da necessidade das limpezas, 40% justificaram
não as fazer devido às dificuldades de acesso aos reservatórios e 53,3% por outros
motivos (CAMPOS, et al., 2003 apud LIRIO. C. O 2019). Cabe ressaltar que a
legislação prevê que os reservatórios devam ser projetados de maneira a facilitar o
acesso a estes, justamente para facilitar a manutenção.
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doméstico como a exemplo de uma caixa de água sem tampa ou não
higienizada (CAINCROSS, 1984 apud LIRIO. C. O 2019). A falta de limpeza
e higienização dos reservatórios pode ocasionar várias doenças, dentre elas
hepatite A gastroenterite, leptospirose, febre tifoide, giardíase e amebíase,
até o surgimento de algas que podem liberar toxinas, ou bactérias e
protozoários que provocam sérios problemas à saúde, além de entupimentos
decorrentes da tendência de deposição e acúmulo de substâncias nas
paredes e fundo destes (SOUZA, et al., 2019 apud LIRIO. C. O 2019).
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a espécie está envolvida com graves acidentes, principalmente relacionado com
crianças e pode até mesmo levar ao óbito (BRASIL, 2009 apud LIRIO. C. O 2019).
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muitas pragas urbanas fortemente adaptadas aos ambientes antrópicos e o
escorpião-amarelo é mais um destes animais que perdeu o seu território
original (SALDARRIAGA, et al., 2001 apud LIRIO. C. O 2019).
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o acaso e a necessidade de consolidar uma ciência sistemática que permita enfatizar
as implicações inerentes a este contexto, especialmente no que diz respeito a saúde
humana e a manutenção da economia que é uma das bases da sociedade como
conhecemos (CAMPONOGARA et al., 2008 apud ALMEIDA, J. R. et al., 2019).
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constituir e lubricar argumentos e questões de relevância sobre a organização deste
tema (ALMEIDA, J. R. et al., 2019).
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Mesmo com a implantação do Programa Saúde da Família - PSF no contexto
da atenção básica, este ainda resta um grande desafio em termos da aplicação
sistemática dos princípios da Atenção Primária em Saúde Ambiental (APSA) em sua
prática. O PSF vem avançando na perspectiva da melhoria do acesso das populações
à assistência e aos cuidados médicos (ALMEIDA, J. R. et al., 2019). Socioeconômico
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Movimento Popular de Saúde e setores de governo como a Agenda 21, Ministério da
Educação, Fundação Nacional de Saúde, áreas técnicas do Ministério da Saúde
(Secretaria de Vigilância em Saúde/Coordenação de Vigilância Ambiental em Saúde,
Secretaria de Gestão Participativa e outras) organismos internacionais como a OPAS,
no sentido de desenvolver mecanismos de implantar a APA e a Agenda 21 no SUS
(Tabela 1).
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ASPA se visualizada como um componente da atenção básica. Afinal, seus princípios
focalizam o papel do nível local na construção de espaços saudáveis, contextos,
principalmente o das populações mais isoladas que vivem no campo e que por sua
vez exigem esta estratégia, o que implicará no desenvolvimento de uma vigilância
participativa de suas condições ambientais que tenham repercussão na saúde. Estas
iniciativas (APSA, Agenda 21 Local etc.) devem ser incorporadas como um
componente de todos os subsistemas do Sistema Nacional de Vigilância Ambiental
em Saúde - SINVAS. A vigilância da qualidade da água, do ar, solos, desastres,
substâncias químicas, zoonoses etc., deve buscar parcerias que possam ir além do
âmbito estritamente governamental (ALMEIDA, J. R. et al., 2019).
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água para consumo humano; 2) contaminações do ar e do solo; 3) desastres naturais;
4) contaminantes ambientais e substâncias químicas; 5) acidentes com produtos
perigosos; 6) efeitos dos fatores físicos; e 7) condições saudáveis no ambiente de
trabalho (ALMEIDA, J. R. et al., 2019).
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voltadas ao diagnóstico precoce, por meio de consulta médica, triagem, exame
médico periódico, etc. No caso das doenças transmissíveis, a vigilância
epidemiológica atuou nesta fase, principalmente na investigação de comunicantes,
familiares ou não (ALMEIDA, J. R. et al., 20179).
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até mesmo meios alternativos como a desinfecção por raios ultravioleta e luz solar,
que são tecnologias (GARCIA. M. S. D. et al., 2017).
Muito promissores para o futuro, pois além disso para ser eficaz na
descontaminação promovem menor impacto ambiental em sua utilização já que não
geram subprodutos indesejáveis como é o caso do cloro e do ozônio. Com isto, cabe
ressaltar que cada método apresenta vantagens e desvantagens em sua utilização,
seja do ponto de vista ambiental ou financeiro. O fluxograma abaixo apresenta de
forma simplificada, o processo de tratamento do esgoto (GARCIA. M. S. D. et al.,
2017).
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Se as condições sanitárias nos centros urbanos continuarem precárias, a
situação nas áreas rurais se tornará ainda mais grave. Estudo do Instituto Trata Brasil
mostrou que 32,8% das cidades administradas nas áreas rurais têm abastecimento
de água, enquanto nas áreas urbanas essa proporção é de 93%. Em relação aos
serviços de saneamento, apenas 26% das cidades rurais possuem algum tipo de
serviço contra 91,9% nas áreas urbanas (GARCIA. M. S. D. et al., 2017).
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para se obter maior eficiência na execução dessas atividades. Entre as principais
técnicas encontradas podemos citar: estações de coleta e tratamento de resíduos
sanitários industriais; controle de focos de erosão e recuperação de cursos d'água
com o objetivo de restaurar seu equilíbrio dinâmico e restaurar suas condições
naturais (ALMEIDA, J. R. et al., 2019).
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desponta, assim, como sendo também um serviço de prevenção, mas que não deixa
de corroborar para o desenvolvimento econômico (GARCIA. M. S. D. et al., 2017).
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consideração de real escala por parte do poder público e por diversos atores sociais
que possuem importância na tomada de decisões econômicas da sociedade, um
exemplo discutido neste trabalho foi a atual pandemia pelo novo coronavírus (SARS-
CoV-2), que é fruto da degradação ambiental, cujo agente etiológico seria totalmente
evitável até a sociedade humana com investimentos em educação ambiental e outras
tomadas de decisões de políticas de Estado, caso este levasse em consideração a
divulgação feita pelas instituições de pesquisa científica, em solo brasileiro se viu que
o caso é semelhante com outras patologias como a lepra, a doença-de-chagas e a
psitacose (ALMEIDA, J. R. et al., 2019).
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