Pag.

1 | Introdução
Índice
Introdução 3 Maturidade dos brasileiros para
o cuidado com a saúde  23

Bem-vindo à jornada digital da

saúde: o presente e o futuro  5 O paciente no controle da sua
saúde  26

O hospital do futuro: o paciente

no centro do cuidado  8 O olhar do profissional com as
tecnologias  28

O que é a Jornada da Saúde? 11

Os benefícios da coleta de
dados aplicados à saúde 33

Panorama da Jornada da Saúde

no Brasil  14
O futuro da jornada: o que
iremos encarar pela frente? 36

Maturidade das regiões para a

jornada da saúde  20
Introdução
O MoVing The Future é um relatório trime- Nesse contexto, esta segunda edição do
stral realizado pela MV, multinacional brasi- MoVing The Future funcionará como im-
leira especializada na transformação digital portante material de consulta para todos
da saúde, com o intuito de analisar tecnolo- que desejam entender melhor os desafios,
gias e tendências que estão impactando o benefícios e todo o panorama da Jornada da
cenário da saúde em todas as esferas.    Saúde.    

Em sua segunda edição, o levantamento traz Em seus 35 anos de trajetória, a MV atua

como tema “A Jornada da Saúde”, reunindo conectando as demandas do presente sem
informações e pesquisas sobre esse conceito deixar de olhar para o futuro. Pautada pela
que vem transformando a rotina de organi- inovação, a empresa desenvolve tecnologias
zações, profissionais, especialistas e da socie- que facilitam a rotina de todo o segmento da
dade.   saúde e contribuem para salvar vidas, com
diversas soluções de gestão integradas para
O tema se tornou cada vez mais falado na hospitais, clínicas, operadoras, centros de
saúde, principalmente quando se trata do medicina diagnóstica, rede de atendimento
atendimento assistencial humanizado. A fi- pública e pacientes.  São mais de 3 mil institui-
nalidade do relatório é promover a reflexão ções espalhadas pela América Latina, Central
e o debate a respeito da importância dessa e na África que utilizam as tecnologias da
jornada e como ela pode contribuir com a multinacional para garantir eficiência, agili-
evolução da saúde promovendo mais acesso, dade, precisão e segurança na prestação de
segurança e qualidade.     serviços de saúde.

Pag. 4 | Introdução
Bem-vindo à
jornada digital da
saúde: o presente
e o futuro
Com o objetivo de manter a
qualidade de vida das pessoas, a
saúde conectada vai transformar a
experiência de cuidado assistencial
a partir do compartilhamento de
informações

Por Emerson Zarour, diretor de Global

Health - MV

Muito se fala sobre o empoderamento do pa-
ciente a sua saúde, e graças ao acesso à infor-
mação cada vez mais facilitado e ao controle
de seus dados de saúde. Essa é uma verdade
irrefutável - mas não é o único lado da moeda.
Desde que a internet é internet, pessoas con-
sultam à rede e hoje ao ChatGPT e confiam
em métodos sem orientação de médicos.
Por isso, conhecer melhor a história de saúde
de cada pessoa é essencial para não olhar de
forma episódica cada dor ou doença, a jorna-
da do paciente do futuro é fundamental para
que a tecnologia seja usada da forma como
deve ser: oferecendo mais acesso, segurança,
controle e humanização da assistência.
“A saúde digital impactou fortemente a
jornada do paciente ao transformar a ex-
periência de ida a um hospital. De forma
disruptiva e com mais conectividade, a tec-
nologia melhorou a satisfação do cliente e
reduziu desperdícios operacionais”
Pag. 6 | Bem-vindo à jornada digital da saúde: o presente e o futuro
O começo da jornada
Quando começamos o projeto de digita-
lização da jornada do paciente nós tínha-
mos no sistema uma trava em que era preci-
so aguardar 3 horas para agendar uma con-
sulta. Hoje, esse tempo é de apenas 15 minu-
tos, porque ninguém mais precisa atravessar
a cidade de carro para ser atendido por um
profissional de Saúde. E esse acesso facilita-
do tem esvaziado as emergências hospitala-
res de maneira importante, para que recebam
de fato os casos necessários.
Mas chegar até aqui não foi um caminho fácil
- e posso dizer que essa jornada segue sen-
do construída dia a dia. Como toda inovação,
o começo impactou diretamente os forma-
dores de opinião e só depois deles usarem as
soluções e mostrarem os benefícios aos co-
legas que foi possível educar o mercado com
exemplos e modelos de saúde digital. Mas,
como costumo repetir, toda boa experiência
vivida até aqui não retrocede. Quem perce-
be o ganho de tempo e de qualidade com o
modelo digital escolherá a Saúde Conectada,
como já faz com tecnologias que simplificam
a vida em outras áreas. Afinal, não dá para vi-
ver no passado.
As vantagens de ser
automatizado
Hoje já existem instituições em que a au-
tomação começa na porta de entrada. Só
para que tenham uma ideia: antes, para a re-
cepção autorizar o atendimento pela opera-
dora de Saúde levava cerca de 6 minutos e 20
segundos. Hoje, a autorização do faturamento
é feita em 6 segundos! E tamanha diferença
não diz respeito à capacitação dos profissio-
nais da recepção, já que é praticamente im-
possível aprender todas as especificidades
dos planos de saúde que o hospital atende.
O futuro é usar o sistema que faz isso em se-
gundos, graças à automação.
Quem topa usar essa solução logo na entra-
da oferece ao paciente do futuro um hospital
sem filas de recepção, onde tudo é feito por
meio de um QR Code que chega no celular do
usuário e é rapidamente validado em um to-
tem na entrada. E ali mesmo o paciente pode
assinar na tela uma eventual autorização ou
fazer o reconhecimento facial para ter a segu-
rança de identidade garantida.
“O paciente do futuro espera que o médi-
co olhe para ele de forma histórica e não
mais episódica. Só assim ele será capaz de
cuidar de sua saúde e não mais da doença
em si. E essa boa experiência não vai retro-
ceder”
Atendimento
conectado
Durante a consulta em si, três coisas cham-
am atenção do paciente do futuro. A primei-
ra delas é que o médico tem acesso ao seu
histórico de saúde e, portanto, existe mesmo
uma vida digital desse paciente a ser preenchi-
da por dados relevantes. Depois, ao fim do
atendimento, o indivíduo sai do consultório
sem nenhum papel nas mãos - o módulo de
prescrição digital já enviou o receituário e os
pedidos de exame diretamente para o aplica-
tivo e ele só precisa com um clique agendar o
exame ou comprar o remédio.
Pag. 7 | Bem-vindo à jornada digital da saúde: o presente e o futuro
Por fim, dessa experiência é criada uma ver-
dadeira conexão entre médico e paciente,
que estarão próximos digitalmente e acom-
panhando a evolução das recomendações
passadas em consulta, como a realização dos
exames solicitados, em um avanço do con-
ceito de cuidado integral.
Tudo isso para dizer que o objetivo maior da
saúde conectada é oferecer acesso, segu-
rança, controle e humanização para o atendi-
mento assistencial. E que, sem isso, continua-
remos a cuidar da dor e não da saúde em si.
Não olhe para trás
Para quem ainda é resistente à mudança digi-
tal eu gosto de repetir uma frase que escu-
tei no passado, mas que continua ainda muito
atual: ‘a inovação não anda na velocidade do
mais lento.’ Vou repetir usando o nosso tema
de hoje: ‘a Saúde digital também não deve
andar na velocidade do mais lento’. E incor-
porar essa máxima significa saber que, hoje,
a saúde conectada consegue dar atenção
àquelas pessoas que têm uma maior dificul-
dade no uso da tecnologia, ainda que para
isso seja necessário rever processos 100%
digitais para atender uma exceção.
Ainda assim, mesmo quando isso acontece,
o paciente do futuro estará em contato com
algo novo e, quando for atendido em outra
instituição, vai perceber a diferença da ex-
periência que teve - e o ganho que recebeu
ao ser digital e iniciar a sua própria jornada de
vida digital. A experiência, realmente, não re-
trocede.
O hospital
do futuro: o
paciente no
centro do
cuidado
Como a jornada da saúde humaniza o
atendimento e melhora a gestão das
instituições de saúde

Por Gustavo Ribeiro Neves, Presidente

da Unimed Sorocaba

Como será a jornada da saúde de todos nós?
Essa é uma pergunta que temos feito há um
certo tempo no campo da gestão hospitalar. O
caminho deixou de ser unilateral, com o diag-
nóstico feito sem uma visão 360° e passou a
ser muito mais completo e dinâmico.
A realidade mostra, para quem fornece
serviços de saúde, que o preparo para um
caminho integrado de atendimento, conecta-
do e contínuo, passa pelo uso de tecnologias
que possibilitem um acompanhamento des-
de antes da entrada na recepção.
Além dos grandes softwares de gestão, a cone-
xão com o que é gerado no hospital aliada
ao monitoramento de indicadores por smart-
phones ou de smartwatches é um dos pontos
cruciais para o hospital do futuro.
“Pela experiência com a qual nos depa-
ramos na Unimed Sorocaba, passamos a
oferecer uma saúde mais personalizada,
colocando o paciente no centro do cuida-
do. Através do apoio da tecnologia da MV,
quem é atendido hoje em nossas unidades
pode ter um caminho contínuo e o histórico
disponível caso haja um eventual retorno”
Pag. 9 | O hospital do futuro: a pessoa no centro do cuidado
Novos passos da
jornada
Com todos os dispositivos alinhados e conecta-
dos, a jornada passa a ser muito mais fluida.
O uso da tecnologia permitiu uma grande
economia de tempo, crucial tanto para pa-
ciente quanto para o profissional. Fatores
como a telemedicina e o agendamento de
consultas via aplicativo têm proporcionado
um processo muito mais enxuto e contribuído
para o foco no que é realmente necessário.
De uma maneira genérica, a adoção das fer-
ramentas em diversos “checkpoints” serve
para que o paciente tenha um cuidado e uma
saúde melhor, na entrada e após a saída.
Setores como a assistência farmacêutica são
um bom exemplo disso. Hoje já falamos em
uma prescrição digital, com a receita sendo
gerada diretamente para o paciente na tela
do celular e o acompanhamento por alertas
de horário e dosagem.
São indicativos de que estamos nos direcio-
nando de fato para um cenário de centrali-
zação na palma da mão de quem é atendido,
incluindo o prontuário eletrônico.
O que é construído hoje, seja na Unimed
Sorocaba ou em outra instituição de saúde,
caminha para a confluência dos dados do
consultório, do hospital, do centro diagnósti-
co e nos demais setores da instituição.
O que virá pela frente?
Pensando no futuro dos estabelecimentos de
saúde, trabalharemos com uma perspectiva
dos hospitais fora dos centros médicos, com
o cuidado acontecendo na casa das pessoas.
Isso será aliado a um tempo de permanên-
cia cada dia menor e procedimentos cada
vez menos invasivos, que priorizam a saúde
e uma recuperação bem mais rápida para
quem é atendido.

Anos atrás o paciente ia fazer um exame de

glicemia diretamente no hospital, por exem-
plo, e hoje já temos o teste rápido da farmá-
cia e os testes em casa. Então, áreas como
exames laboratoriais, que estão cada vez mais
facilitadas e rápidas no sentido da promoção
da saúde, mostram um cenário de futuro em
que a pessoa passa a ser protagonista do seu
próprio cuidado, e passa a entender que a jor-
nada da vida vai além da doença.

“O uso de tecnologias vai acabar transfor-

mando a saúde geral em tratamentos per-
sonalizados e dedicados aos casos indivi-
duais. A ideia não é mais olhar sua receita
de maneira genérica, mas olhar tudo como
um caso individual, considerando todo o
histórico fora da doença, por mínimo que
seja”

A instituição que passará a oferecer um siste-

ma com esta noção e um tratamento per-
sonalizado, integrado e alinhado com as
demandas do presente, estará plenamente
preparada para o futuro com o principal: o pa-
ciente no centro do cuidado.

Pag. 10 | O hospital do futuro: a pessoa no centro do cuidado

O que é a Jornada
da Saúde?
Desde o acompanhamento diário,
passando pelo atendimento
assistencial em um hospital até o
pós-tratamento em casa, a jornada
é fundamental para um cuidado
qualificado
A Jornada da Saúde engloba todo o trajeto de
cuidado da saúde de um indivíduo por meio
da tecnologia. Tudo, desde o início, deve con-
siderar a experiência de quem é atendido.
No conceito estão englobadas várias etapas
considerando o acompanhamento diário e
o primeiro sintoma (o “Antes”), a entrada e
atendimento assistencial em uma institui-
ção de saúde (o “Durante”) e o tratamento (o
“Depois”), todas priorizando a qualidade e a
vida de quem é atendido. Cada pessoa preci-
sa ter sua jornada acompanhada de perto, de
forma individualizada.

Quando se fala na priorização daquilo que im-

porta para o paciente, na Jornada da Saúde,
os números falam por si só. De acordo com
uma pesquisa divulgada pelo Beryl Institute,
70% dos pacientes que possuem uma ex-
periência positiva com uma instituição ten-
dem a recomendar e compartilhar com outras
pessoas. Por isso, uma gestão fluida, sem bar-
reiras, é o principal lema da jornada da saúde.

Para gerar um fluxo completo e de forma ágil,

é necessário aderir soluções que comple-
mentem o trabalho humano e assistencial,
misturando o digital com o toque do espe-
cialista. Esta conexão entre ferramentas, lado
humano do atendimento e a percepção dos
dados faz com que menos pessoas passem
tempo no hospital com burocracias e demais
problemas e mais tempo cuidando das enfer-
midades.

Pag. 12 | O que é a Jornada da Saúde?

No conceito geral, a Jornada da Saúde pode ser
composta pelas seguintes fases:
1. O cuidado diário:
antes mesmo da detecção da doença,
o acompanhamento de indicadores de
saúde é essencial para o bem-estar
da pessoa. Seja através de um smart-
phone ou um smartwatch, o monitoramento de batimentos
cardíacos e até da oxigenação já faz parte da jornada da
saúde e servem para uma análise posterior pelo especia-
lista.
2. Percepção do problema:  5. Exames complementares:
nesse primeiro momento a pessoa
tomará decisões importantes para a
sua jornada. Ao perceber que seu corpo
apresenta algo incomum ou indeseja-
do, o indivíduo irá tentar buscar informações na internet;
usar tratamentos caseiros ou agendar um atendimento
médico. 
3. Primeiro contato com o
sistema de saúde:
consciente do seu estado de saúde, a
pessoa optou por agendar uma avali-
ação clínica. Dentro do sistema, ela se
torna de fato um paciente, que será atendido e avaliado.
Quanto mais informações o indivíduo tiver sobre os sinto-
mas e do seu histórico médico, mais efetivo será o atendi-
mento.   
Para melhorar a integração de dados e
aperfeiçoar o atendimento, existem fer-
ramentas como o Prontuário Eletrônico
do Paciente. Nele são registradas todas
as informações do histórico clínico do in-
divíduo, além de ser um documento de
saúde com valor jurídico
Pag. 13 | O que é a Jornada da Saúde?
4. Avaliação do estado de
saúde:
essa é a porta de entrada para com-
preender o caso. No atendimento clíni-
co, a pessoa se torna consciente do
problema e que precisa de ajuda médica para entendê-lo
e resolvê-lo. Nesse atendimento, ele receberá os primeiros
direcionamentos para realização de exames, orientações
clínicas e tratamento. 
se for necessário, há mais etapa extra
para ser adicionada à jornada: a rea-
lização de exames complementares
para aprofundar o diagnóstico do pa-
ciente.
6. O tratamento do problema:
após avaliação, exames complementa-
res, contatos com especialistas, o paci-
ente irá iniciar o tratamento adequado
e indicado para o seu caso. 
7. Mudança do estilo de vida
e cuidados continuados: 
a alta médica não significa fim da as-
sistência.  Cabe ao paciente continuar
os cuidados conforme as orientações
do profissional de saúde, por isso é tão importante engajar
o paciente para que ele se mantenha saudável. A tecno-
logia ajuda a checar indicadores, através de dispositivos
móveis como wearables, que permitem o monitoramento
contínuo da saúde.
Panorama da
Jornada da
Saúde no Brasil
Cenário nacional aponta evolução na
utilização de tecnologias que otimizem
a experiência do paciente
As discussões sobre a construção de uma jor-
nada aprimorada da saúde no Brasil têm cres- Utilização de
cido, assim como os investimentos na melho- ferramentas da jornada
ria da experiência de quem é atendido com
o auxílio da tecnologia. O uso da informática por região no Brasil
aplicada à medicina teve início na década de
1970 no Brasil, através de aplicações como o
No Brasil, o aprimoramento da jornada da
sistema de controle de farmácia, e foi evoluin-
saúde ainda é um desafio para hospitais, ope-
do para o cenário atual, aonde as discussões
radoras e clínicas. Mesmo com o registro
vão além da digitalização e passam a ganhar
eletrônico das informações de quem é aten-
uma visão mais ampla.
dido em constante evolução, com todas as
regiões superando os 80% de digitalização, a
Nos dias atuais, falamos em uma Jornada
virtualização e praticidade de algumas etapas
Digital, com a inclusão não somente de fer-
em consultas e exames ainda não é plena na
ramentas de exames, mas tecnologias que
maioria das regiões brasileiras.
apoiem quem é atendido antes mesmo da
entrada na recepção. Um levantamento do
Cada região demonstra uma maior disponibi-
Cisco AppDynamics aponta que 88% dos bra-
lidade de ferramentas nos diversos níveis da
sileiros acreditam que a tecnologia wearable
jornada, desde a consulta de informações até
tem o potencial de transformar positivamente
o registro do histórico do paciente.
tanto a saúde pessoal quanto os serviços de
saúde pública como um todo.
O Sudeste, por exemplo, lidera tanto em vi-
sualização de exames quanto pelo agenda-
Além disso, a pesquisa TIC Saúde 2022, do
mento em websites e aplicativos das institui-
Cetic, mostra que 77% dos estabelecimentos
ções de saúde, de acordo com a pesquisa
do setor no País possuem eletronicamente o
TIC Saúde 2022, promovida pelo Cetic. Cerca
histórico ou anotações clínicas sobre o atendi-
de 38% dos estabelecimentos da região pos-
mento ao paciente. Ambos os dados indicam
suem agendamentos de consultas e exames
uma base propícia para a construção de uma
através destas ferramentas virtuais, seguidos
jornada completa através da união entre o
pela região Sul (33%), Nordeste (32%), Centro-
digital e o conhecimento dos profissionais.
oeste (27%) e Norte (20%).

Quanto à visualização dos resultados dos

exames, a região Sul lidera com 33% dos es-
tabelecimentos de saúde disponibilizando a
consulta. Na sequência estão o Centro-oeste
(29%), Norte (27%), Sudeste (25%) e Nordeste
(22%).

Pag. 15 | Panorama da Jornada da Saúde no Brasil

Já o Nordeste está praticamente no mesmo
patamar que outros lugares do Brasil quan-
do o assunto é a visualização do prontuário,
com os mesmos 8% dos estabelecimentos
do Sudeste e do Norte. Sul e Centro-oeste do
País lideram com 9%.

Mesmo sem o oferecimento de serviços vir-

tuais pela maioria, o cenário é melhor que o
de 2021. 33% das instituições de saúde do
Brasil ofertam agendamento ao paciente por
aplicativo e website, contra 26% no ano ante-
rior, por exemplo.

De Norte a Sul do País, a corrida por uma jor-

nada integrada e cada vez mais completa tem
sido uma prioridade para as instituições.

Estabelecimentos de saúde no Brasil por sistema eletrônico

para registro das informações do paciente (TIC Saúde 2022):

Pag. 16 | Panorama da Jornada da Saúde no Brasil

 Estabelecimentos de saúde no Brasil por sistema eletrônico
para registro das informações do paciente (TIC Saúde 2022):

Agendamento de Consultas

Agendamento de Exames

Pag. 17 | Panorama da Jornada da Saúde no Brasil

 Visualização de resultados de exames

Visualização do prontuário

Pag. 18 | Panorama da Jornada da Saúde no Brasil

 Interação com a equipe médica

Estabelecimentos de saúde no Brasil por agendamentos em

website e aplicativo (TIC Saúde 2022):

Pag. 19 | Panorama da Jornada da Saúde no Brasil

Maturidade das
regiões para a
jornada da saúde
Dentro da realidade que temos no setor da
saúde, vemos um cenário de evolução em
comparação com outros anos quando fala-
mos em jornada. Mas como serão os próximos
anos? Antes mesmo de responder essa per-
gunta, é necessário ver como está a situação
das instituições do Brasil em relação ao rece-
bimento de novas tecnologias que otimizem a
assistência ao paciente.
Olhando regionalmente, algumas bases pre-
cisam ser consideradas, tanto a perspectiva
do hospital, clínica ou operadora, quanto o
preparo dos profissionais para tal.
Atualmente, 89% dos estabelecimentos de
saúde no Brasil possuem um sistema eletrôni-
co para o registro das informações. O Centro-
Oeste é a região com maior percentual de
instituições com tal tecnologia, com 92%. Em
seguida estão o Sul e do Sudeste (91% em
cada), Nordeste (85%) e Norte (81%), de acor-
do com dados do TIC Saúde 2022.
Pag. 21 | O paciente no controle da sua saúde
Além disso, quando falamos no “diálogo” en-
tre os vários componentes da jornada, a inte-
gração entre os softwares de entrada até o
faturamento é um ponto essencial para um
caminho fluido. Apenas 25% dos estabeleci-
mentos de saúde possuem um sistema com
interoperabilidade, sendo a maioria no Sul
(32%), seguido pelo Norte (31%), Nordeste
(25%), Centro-Oeste (24%) e Sudeste (22%).
Trazendo para o olhar profissional, mesmo
com ambientação com tecnologias comuns
do dia a dia (smartphones ou uso básico do
computador), a capacitação para a utilização
de softwares e ferramentas da saúde ainda
tem baixa adesão no País.
Somente 30% dos médicos participaram de
algum curso, treinamento ou capacitação em
informática em saúde nos últimos 12 meses,
sendo a maioria no Sul (61%), seguido do
Norte (36%), Sudeste (26%), Nordeste (18%) e
Centro-Oeste (16%), de acordo com dados do
TIC Saúde 2022.
   
25% dos estabelecimentos de saúde
no Brasil possuem um sistema de in-
teroperabilidade (TIC Saúde 2022)

Visão da regional

30% dos médicos brasileiros partic-

iparam de algum curso, treinamen-
to ou capacitação em informática
em saúde nos últimos 12 meses (TIC
Saúde 2022)

Visão da regional

Pag. 22 | O paciente no controle da sua saúde    

Maturidade dos
brasileiros para
o cuidado com a
saúde
Se por um lado temos instituições e profis-
sionais se preparando para o futuro na jorna-
da da saúde, é necessário que a sociedade
também esteja disposta a receber e utilizar as
novas ferramentas tecnológicas que integrem
o bem-estar com o atendimento. Dentro do
cenário atual no Brasil, principalmente após
a pandemia da Covid-19, temos o brasileiro
muito mais propenso a cuidar da saúde e aliar
tecnologia com o cuidado diário.
Segundo dados da Pesquisa Panorama Político
2022, do Instituto DataSenado, a saúde segue
sendo a maior preocupação da população,
com 26% sinalizando-a como a principal de-
manda. Além disso, 64% dos brasileiros estão
mais preocupados com a própria saúde e a
dos familiares após a pandemia, segundo um
relatório da Ticket, marca de benefícios de ali-
mentação e refeição da Edenred.
No cenário atual, a Região Sul é a que apre-
senta o melhor índice populacional de pes-
soas que dizem possuir uma boa saúde, com
67%. O dado pode ser reiterado pelo fato de
que a região também é a que apresenta siste-
mas mais desenvolvidos com as novas tecno-
logias no País.
Esse movimento de maior busca pelo cuida-
do é acompanhado pelo desenvolvimen-
to dos sistemas e ferramentas auxiliares do
monitoramento em casa, aliado à evolução do
próprio sistema que passa a se integrar com
mais dados.
De acordo com um levantamento do IPSOS
na Pesquisa Globo Covid-19 e o Ministério da
Saúde, após a pandemia, 9 a cada 10 brasilei-
ros pretendem aumentar os cuidados com a
saúde. É um número expressivo e que segue
sendo impulsionado mesmo com a baixa na
incidência de contaminação pelo coronavírus.
Pag. 24 | Maturidade dos brasileiros para o cuidado com a saúde
E quem terá grande papel nesta precaução é
a tecnologia. 54% da população deseja o auxí-
lio da tecnologia para o cuidado com a saúde,
mas para monitoramento dos indicadores de
familiares e amigos, segundo pesquisa da
Abbott.
Com novas ferramentas também existem no-
vas preocupações não somente com o aten-
dimento, mas também com a continuidade da
jornada e o destino dos dados coletados ao
longo dos anos. O histórico médico passou
para além das fichas físicas, restritas ao con-
sultório, e se tornou um desejo de domínio do
paciente.
Hoje, 83% dos brasileiros gostariam de ter um
cadastro único com todo o histórico médi-
co, segundo o relatório da Abbott. Para este
caminho, a expectativa é de progressão com
as ferramentas. A população espera que a
qualidade do setor da saúde melhore em 62%
nos próximos anos, sendo um dos países mais
otimistas em relação ao tema (a média global
é de 33%).
Ainda existem barreiras principalmente em
termos de infraestrutura, como conexões mais
rápidas à internet e aos meios digitais de en-
trada, como smartphones ou computadores,
mas a expectativa é a de termos uma popu-
lação ainda mais conectada com a saúde e
com a instituição que a atende.
 » A Região Sul apresenta o melhor índice
populacional de respondentes que dizem
possuir uma boa saúde - 67% (Ministério da
Saúde/Pesquisa IPSOS)

» A saúde é a maior preocupação para

26% dos brasileiros (DataSenado)

» 9 entre 10 brasileiros pretendem aumen-

tar os cuidados com a saúde (Ministério da
Saúde/Pesquisa IPSOS)

» 17% dos brasileiros elencaram a teleme-

dicina como caminho para profisisonais de
saúde (Abbott)

» 83% dos brasileiros gostariam de ter um

cadastro único como todo o histórico médi-
co (Abbott)

» 79% dos brasileiros esperam que a tec-

nologia permita formas mais rápidas de ob-
tenção do diagnóstico (Abbott)

Pag. 25 | Maturidade dos brasileiros para o cuidado com a saúde

O paciente no
controle da sua
saúde
Aplicativos e dispositivos como
wearables se tornaram aliados na
prevenção e identificação de problemas
de saúde
Quando o assunto é o uso da internet e redes
sociais no mundo, o Brasil sempre aparece em
destaque. E na saúde não tem sido diferente,
a conexão aliada com wearables (dispositivos
vestíveis como smartphones, smartwatches,
smartband) e aplicativos têm caído no gosto
dos brasileiros como verdadeiros aliados para
prevenir e identificar problemas de saúde.  em dispositivos tecnológicos para auxiliar
Em pesquisa realizada pela MV, em fevereiro
deste ano, para o MoVing The Future, apontou
que 31% dos entrevistados utilizam alguma
via digital para monitoramento a sua saúde, e
87% fazem uso de pelo menos um aplicativo
para auxiliar o monitoramento de condições
como ciclo menstrual, comorbidade, ativi-
dade física, calorias ou remédios.   considerado o elemento crítico da jornada,
Os wearables, que ficaram famosos por quem
pratica esportes, para controle de tempo e
condições físicas, se tornaram ainda mais
populares na pandemia e, hoje podem ser
encontrados em diversos preços, modelos e
marcas. Nas versões mais atualizadas, esses
dispositivos são capazes de captar e analisar
diferentes parâmetros fisiológicos do corpo
do usuário como qualidade do sono, fibrilação
atrial e monitorar oxigênio, frequência respi-
ratória, entre outros.
Para o médico Kleber Araújo, CMIO da MV, os
dispositivos trouxeram mais informações para
os médicos sobre o que acontece com os pa-
cientes fora do ambiente do consultório, no
período entre as consultas médicas.  “Dados
sobre peso, alimentação, frequência cardíaca
e rotinas de atividades físicas já podem ser
quantificados diariamente por meio de apli-
cativos e uso de prontuário médico ou pes-
soal, que reúne as informações do indivíduo
e facilita o trabalho dos médicos. Além dis-
so, a aplicação da inteligência artificial na
Pag. 27 | O paciente no controle da sua saúde
análise destes dados, facilita o monitoramen-
to e identificação de riscos à saúde, trazen-
do maior grau de automação no cuidado, ao
mesmo tempo em que promove o enfoque na
singularidade do paciente”, explica.
De fato, as pessoas estão mais interessadas
os cuidados de saúde e bem-estar, que per-
mitem não apenas o monitoramento, mas
também a coleta e análise destes dados. Para
o mercado de healthtechs isso significa uma
vasta gama de oportunidades para o futuro
da medicina.  
“Com o avanço da digitalização do paciente,
espera-se um papel mais ativo em relação
aos cuidados. Muitos deles chegam ao aten-
dimento já com alguma opinião formada so-
bre os sintomas e buscam um olhar consul-
tivo do médico para tratar o problema. Além
disso, o cuidado não necessita mais de um
local específico, como o consultório, para ser
efetivo; smartphones, conectividade e todo
este emaranhado de tecnologias nos permite
transformar o sistema de saúde de um mode-
lo assistencial episódico para um modelo as-
sistencial contínuo.”, diz o médico.
Essa transformação digital também tornou as
pessoas mais dependentes de aplicativos e
serviços com internet em seu cotidiano, além
de deixá-las mais exigentes com relação às
experiências digitais.  Portanto, quando se tra-
ta do mercado de gadgets e aplicativos vol-
tados à saúde é fundamental considerar toda
a jornada do usuário, já que as pessoas estão
cada vez mais seletivas. Uma experiência digi-
tal ruim muitas vezes pode impedir o usuário
de tentar novamente outra tecnologia.
   
O olhar do
profissional com
as tecnologias
Para quem atende e gerencia, dispor
de diversas ferramentas integradas
propicia uma jornada mais segura
para quem é atendido, além de
um olhar para um futuro com a
interoperabilidade e análise de dados
Hoje a medicina dispõe de recursos cada vez
mais modernos. Nesse contexto, a interopera-
bilidade tem ganhado espaço nos serviços 35%
de saúde no Brasil, se tornando um conceito Agendamento online
promissor para facilitar processos do dia a dia
de profissionais e empresas. Essa inteligência
pode ajudar a sanar um dos maiores gargalos 23%
do segmento que é a troca eficiente de infor- Ferramenta de teleconsulta;
mações entre diferentes sistemas da saúde. 
Isso permite que dados sejam armazenados,
tratados, padronizados e organizados de ma-
neira correta. 
12%
Personal Health - Aplicativo de celular
White Label nas versões iOS e Android.
Na prática, a interoperabilidade dos sistemas
na saúde é a capacidade das ferramentas de
conversarem com outros recursos tecnológi-
cos sem a necessidade de intervenção huma- 7%
na, permitindo ainda que diferentes grupos Monitoring - Solução com foco no con-
de saúde agreguem diferentes jornadas. No trole dos sinais vitais ou atividades do
setor, o conceito oferece vantagens significa- individual com base em um plano de
tivas para que o cuidado seja mais assertivo e cuidados.
eficiente.  

Mas para um bom desempenho, tecnologias 6%

inteligentes, wearables e aplicativos volta-
dos para saúde e bem-estar precisam estar
conectados entre si para que toda a infor-
mação gerada e coletada possa ser analisada,
possibilitando a melhor tomada de decisão
pela saúde do paciente. E, para que essa in-
teroperabilidade seja realmente eficiente, pri-
meiramente as instituições precisam passar
pelo processo de transformação digital. 
Em mapeamento realizado com a base da
Global Health, plataforma de inovação da MV,
com instituições de saúde no Brasil, apontou
que apenas 6,3% delas usam cinco ou mais
soluções voltadas para melhorar a experiên-
cia na jornada da saúde.  Entre as ferramentas
adotadas por elas temos 35% de agendamen-
to online; 23% para teleconsulta; e 12% são
aplicativos móveis de saúde.
Automation- Solução que automatiza
processos mais repetitivos e burocráti-
cos na saúde através de RPA (Robotic
Process Automation).
6%
Check-in - Ferramenta que sinaliza a
chegada do paciente no estabeleci-
mento de saúde.
2%
One Touch – Ferramenta que oferece
autonomia ao individuo no início do
tratamento para processos como ca-
dastro, reconhecimento do paciente,
confirmação de presença e autori-
zação de atendimento.

Pag. 29 | O olhar do profissional com as tecnologias

 Uso de soluções voltadas para melhorar
a experiência na jornada

Pelo olhar do indivíduo, as ações preventi-

vas de saúde ainda são tímidas, mas o uso da
tecnologia pode ajudar no engajamento do
cuidado. A pesquisa promovida pelo MoVing
The Future revelou que as pessoas realizam,
em média, de um a três exames médicos por
ano e ainda costumam guardar os resultados
em pastas. Mas 97% dos entrevistados afirma-
ram que gostariam de ter um aplicativo para
reunir e armazenar os dados da sua saúde,
possibilitando gerir todas as informações em
um só lugar.   

E para manter o autocuidado, seja na saúde,

bem-estar ou no acompanhamento de ativi-
dades físicas, as pessoas destacaram que se
sentem ainda mais motivadas quando utili-
zam aplicativos gamificados (que oferecem
dinâmica de jogo). 

Pag. 30 | O olhar do profissional com as tecnologias

 40% 60%
Masculino Feminino

Pesquisa sobre hábitos

e cuidados com a saúde

Possuem
filhos
Faixa etária
Sim Não
48% 52%
Até 20 anos 1%

41 a 50 anos 21%

20 a 30 anos 26%

31 a 40 anos 39%

Acima de 51 anos 13%

Possuem
emprego

Localização geográfica Trabalham Não Trabalham

95% 5%
1%
NO NORTE
46%
NO NORDESTE

Tem plano
de saúde
Possuem plano
de saúde 91%
Não possuem 8%

2,2%
NO CENTRO-OESTE
Coparticipação com a
empresa em que trabalha
47%
A própria
8,6% Quem paga
41,5% pessoa
NO SUL NO SUDESTE
o plano 24%

Terceiros
8%
0,6%
FORA DO BRASIL
A empresa em
que trabalha
21%
 Onde armazena
exames médicos
Pesquisa sobre hábitos em pastas 43%
e cuidados com a saúde

Como cuidam
da saúde
Renda mensal com a alimentação 46%
Até um salário-mínimo 7%

2 a 5 salários-mínimos 56%

6 a 10 salários-mínimos 22% Motivos para não

cuidar da saúde
Acima de 10 salários-mínimos 16%
falta de tempo 47%

Monitora a saúde
por alguma via digital
Divorciado
9% Sim 31% Não 69%
União
estável
11%
Casado Monitora a saúde
43% de alguma maneira
Sim 89% Não 11%
Solteiro
37% Estado Civil

Costumar ser acompanhado

pelos mesmos médicos
e laboratórios
Sim 68% Não 32%
6 a 10 por ano
12%
 4 a 6 vezes
por ano 1 a 3 vezes Teria interesse
41% por ano em aplicativo
47%
único para
Média de
monitorar a saúde
consulta
por ano Sim 91% Não 8%
Os benefícios da
coleta de dados
aplicados à
saúde
Nunca se produziu tanta informação como
nos últimos anos.  À medida que a tecnologia
avança, mais dados são gerados e coletados
pelas empresas de saúde e que se forem uti-
lizados de forma correta, serão um grande
aliado estratégico. Contudo, para que essa
coleta seja realmente eficiente, ela precisa
ser processada, armazenada e analisada para
uso.    versos setores, no acesso ao paciente. Por
As organizações de saúde estão reconhecen-
do a importância de adotar modelos efi-
cientes e econômicos de aproveitar a extensa
quantidade de dados produzidos, para ger-
ar insights e promover tanto ganhos de qua-
lidade quanto financeiros na prestação dos
serviços.    mos dar continuidade no tratamento”, des-
Nesse sentido, a implementação de soluções
tecnológicas e instrumentos adequados na
saúde permite rastrear e analisar informações
sobre pacientes, hospitais e outros sistemas
médicos. Assim, o envolvimento da gestão
hospitalar com a inteligência de dados se tor-
na bastante relevante para realizar uma lei-
tura de todo o histórico e conseguir calcular
uma projeção para o futuro.     resultados dos exames, acompanhamento da
A análise resulta em uma melhor com-
preensão dos processos na saúde, de forma
que as melhorias nas práticas assistenciais e
administrativas são pensadas de forma mais
estratégica e segura.  Para os usuários do
sistema de saúde, a importância da coleta de
dados também é evidente, a tecnologia in-
tegra as informações do prontuário de saúde
pessoal e médico, permitindo que o paciente
receba um tratamento assistencial mais per-
sonalizado. 
Pag. 34 | Os benefícios da coleta de dados aplicados à saúde
Tais ferramentas tecnológicas geram
benefício não apenas para o paciente, mas
também para o profissional, que ganha tem-
po para se dedicar a tarefas mais urgentes e
menos burocráticas.  Ao menos é o que apon-
tam os usuários das soluções MV:   
“Veio como uma porta que se abriu para di-
meio do sistema, a assistência é mais com-
pleta. O prontuário integrado é a segunda voz
do usuário, que algumas vezes não consegue
passar todas as informações que o médico
precisa, porém, pelas anotações dos outros
profissionais e exames laboratoriais e de im-
agens, que agora temos acesso, consegui-
taca o clínico-geral Dr. Fábio Zanusso Prates,
que atua no Consultório Municipal Josephina
Pirotello Pesciotto, no bairro Pozzobon, em
Votuporanga.     
A instituição é parte de um sistema integra-
do através do aplicativo Santa Casa Votu, dis-
ponível para Android ou iOS, que reúne em
uma mesma plataforma atestados, receitas,
saúde e muito mais. A ferramenta é um exem-
plo claro de como a conexão entre o que está
na tela do celular do paciente e o sistema do
hospital ou clínica pode ser benéfica.     
O futuro de tudo o que circula nesse fluxo
desemboca em uma integração total de inú-
meras áreas, antes mesmo da chegada do ci-
dadão à instituição de saúde. O profissional,
preparado para o uso de tais ferramentas, já
tem se adequado a isso.     
 Edson Cumpian Paulossi Jr., Diretor Administrativo da que envolve um aplicativo de celular integra-
Unimed Sorocaba
do com outras soluções de gestão hospitalar
e um espaço físico com o intuito de colocar
o indivíduo no centro do cuidado, promoven-
do automatização de fluxos no atendimento
do hospital e autonomia do paciente sobre o
cuidado com a sua saúde.  As soluções uti-
lizadas pelo Hospital Mãe de Deus e pelos
seus pacientes também são da plataforma da
Global Health da MV.     

“A tecnologia é predominante na jornada

Segundo o TIC Saúde 2022, 82% dos médi- da saúde e a pandemia deixou isso ainda
cos sempre consultam a informação dis- mais evidente. O app Mãe 360° possibilita
ponibilizada digitalmente sobre o diag- o contato único do paciente aos inúmeros
nóstico, problemas ou condições de saúde serviços do hospital. Isso facilita a vida dele
do paciente. “Com a informação disponível para agendar uma consulta; marcar um exa-
sempre eletronicamente, fica mais fácil me; acompanhar e receber todos os lau-
para os profissionais de saúde no sentido dos, de exames de imagens e laboratoriais;
de dedicarem menos tempo a retrabalhos acessar o seu prontuário; acompanhar uma
e preenchimentos de fichas físicas e mais medição que precise ser tomada, tudo isso
tempo ao cuidado para quem precisa ser na palma da mão, sem precisar tê-los im-
atendido.”, explica Edson Cumpian Paulossi pressos em pastas. Se ele estiver em outro
Jr., Diretor Administrativo da Unimed estado, as informações ficam no formato
Sorocaba.     digital, que ele apresentará ao médico em
qualquer lugar, um ponto único de centrali-
Cliente da MV, a instituição utiliza soluções
zação dos seus dados de saúde”, explica
para a área hospitalar, gestão estratégica, in-
Fabrício Dhein, CIO da AESC/Hospital Mãe
fraestrutura de TI, operadora de saúde e ino-
de Deus.
vação para beneficiar milhares de cidadãos
da região. Entre as ferramentas Global Health
que apoiam a jornada da saúde estão o agen-
damento online de consultas, teleconsulta
e o aplicativo Personal Health, que combina
o histórico do paciente com indicadores de
bem-estar informados.     

As aplicações estão em funcionamento no

Banco de Olhos de Sorocaba, Hospital Cristão
de Sorocaba, Hospital Unimed Sorocaba Dr.
Miguel Villa Nova Soeiro e Unimed Sorocaba.    

O Hospital Mãe de Deus, no Rio Grande do

Sul, é outro desses exemplos. Em 2022, a in-
stituição implementou o projeto Mãe 360°, Fabrício Dhein, CIO da AESC/Hospital Mãe de Deus

Pag. 35 | Os benefícios da coleta de dados aplicados à saúde

O futuro da
jornada: o que
iremos encarar
pela frente?
Com todas as etapas da jornada da saúde
bem definidas e o panorama atual do Brasil
bem traçado, nos resta fazer uma última per-
gunta: como será o futuro desta jornada? A
resposta, por mais que seja imprevisível, não
deve fugir do caminho da inovação e da tec-
nologia.
Baseado no cenário atual, onde grandes em-
presas e startups trabalham em confluência
para a geração de uma jornada mais comple-
ta, o futuro do atendimento ao paciente no
país passará pelo desenvolvimento de novas
tecnologias.
A expectativa é que o mercado de health-
techs pelo mundo alcance 504 bilhões de
dólares já em 2025, segundo o relatório pro-
duzido pela Global Market Insights. Mesmo
com a forte presença atual, a expectativa é de
crescimento do setor nos próximos anos.
“O mercado está aquecido e a cada dia mais
surgem novas opções e healthtechs dispostas
a criar e inovar nas diversas áreas da saúde.
Para o futuro, teremos ainda mais empresas
que irão beneficiar pacientes e profissionais
com mais ferramentas e uma jornada muito
mais integrada e completa”, explica Andrey
Abreu, Diretor de Tecnologia da MV.
Segundo o Mapeamento Healthtech 2022, re-
alizado pela Associação Brasileira de Startups
(Abstartups) com a Deloitte, 57% das health-
techs brasileiras expandiram o time de cola-
boradores no ano de 2020. São números que
demonstram que estas startups chegaram
para ficar e que terão papel fundamental na
jornada da saúde.
Pag. 37 | O futuro da jornada: o que iremos encarar pela frente?
Saindo da ótica das empresas, outra grande
mudança poderá ser vista na mudança de
perfil do paciente. A jornada do futuro pas-
sará a incluir não somente o atendimento dos
profissionais, mas um engajamento maior por
parte de quem é atendido.
Segundo o relatório Saúde 2030, da KPMG,
espera-se que a população mais velha au-
mente de 17,7 milhões para 30,9 milhões. Com
isso, mais pessoas que estarão acostumadas
com o uso das tecnologias (telemedicina e
agendamentos) irão continuar no fluxo digital,
sendo mais receptíveis também a novas fun-
cionalidades.
E se hoje esse perfil e tantos outros começam
a dispor de um cuidado antes mesmo da
doença, no futuro a tendência é que o aten-
dimento não só comece, mas aconteça in-
tegralmente de casa, já com as tecnologias
alinhadas com o que temos hoje em grandes
hospitais.
Segundo estudos recentes, pacientes que
recebem atendimento domiciliar têm estado
mais satisfeitos, atingindo resultados iguais
ou melhores do que os pacientes internados
(KPMG).
Por isso, a jornada do futuro, além de contin-
uar sendo conectada e fluida, ganhará novos
perfis e novos ambientes, quebrando con-
ceitos atuais de atendimento e busca pelo
bem-estar e incluindo novos atores nesse
caminho, seja no Brasil ou no mundo.
BIBLIOGRAFIA

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es-for-ios-app-clips

Pag. 38 | Bibliografia
www.mv.com.br