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Universidade Politécnica - Á Politécnica

Instituto Superior de Humanidades, Ciências e Tecnologias

Enfermagem Geral

2º Semestre

Asfixia Neonatal

Raissa Aquil João

Quelimane
2022

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Raissa Aquil João

Asfixia Neonatal

Trabalho de pesquisa, apresentado como exigência


do programa de aulas da cadeira de Trabalho
Prático de Enfermagem do Curso de Licenciatura
em Enfermagem Geral do Instituto Superior de
Humanidades Ciências e Tecnologias. Leccionada
pela:
Docente:

Quelimane
2022

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Índice
1. Introdução.......................................................................................................................5

1.1. Ojectivos...................................................................................................................5

1.1.1. Objectivo Geral.................................................................................................5

1.1.2. Objectivos Específicos......................................................................................5

1.2. Metodologias............................................................................................................5

1.3. Estruturação do Trabalho.........................................................................................6

2. Asfixia neonal.................................................................................................................7

2.1. Conceito....................................................................................................................7

2.2. Contextualização do tema........................................................................................7

2.3. Etiologia...................................................................................................................8

2.3.1. Fatores pré -parto:.............................................................................................8

2.3.2. Fatores intraparto..............................................................................................8

2.4. Fisiopatologia...........................................................................................................9

2.5. Fatores de risco.........................................................................................................9

2.6. Quadro clínico........................................................................................................10

2.6.1. Sistema nervoso central..................................................................................10

2.6.2. Sistema cardiovascular....................................................................................10

2.6.3. Sistema respiratório.........................................................................................10

2.6.4. Rim e trato urinário.........................................................................................11

2.6.5. Sistema digestivo............................................................................................11

2.6.6. Sistema hematológico e fígado.......................................................................11

2.6.7. Comprometimento Metabólico.......................................................................11

2.7. Diagnóstico.............................................................................................................11

2.8. Tratamento..............................................................................................................12

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2.9. Prevenção...............................................................................................................13

2.10. Recomendações nos protocolos de atendimento................................................14

3. Conclusão......................................................................................................................16

4. Referências bibliográficas.............................................................................................17

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1. Introdução

O presente trabalho surge no âmbito da cadeira de trabalhos práticos de enfermagem


cujo o tema é Asfixia Neonatal (conceito, etiologia, quadro clínico, diagnósticos,
tratamento entre outros). A asfixia no período perinatal, é um tema que vem sendo muito
discutido entre os profissionais devido sua gravidade, sendo caracterizada pela deficiência
do fornecimento de nutrientes específicos e necessários para a vida e também pela
deficiência do metabolismo mãe-feto. É considerada uma das principais causas de
mortalidade perinatal e morbidade neurológica. Pode-se citar como alguns dos mais
importantes mecanismos que se ligam à asfixia perinatal (AP): interrupção da circulação
umbilical, alteração da troca gasosa placentária, perfusão inadequada e falha da expansão
pulmonar do recém-nascido (RN) na transição de vida. Essa transição se dá pela passagem
da vida intrauterina para extrauterina e onde o RN deve adaptar-se à vida fora do útero,
com a devida alteração fisiológica das vias circulatórias.

1.1. Ojectivos

1.1.1. Objectivo Geral

 Desenvolver um estudo contextual e sucinto sobre Asfixia Neonatal.

1.1.2. Objectivos Específicos

 Definir e contextualizar a Asfixia Neonatal;


 Abordar sobre sua etiologia e quadro clínico;
 Indicar o seu tratamento e suas formas de prevenção.

1.2. Metodologias

A metodologia opcionada para a realização deste trabalho foi o método descritivo,


esta opção justifica o facto do método escolhido permitir uma descrição clara e flexível em
relação as ideias que foram reunidas e analisadas neste trabalho. Enquanto procedimento, o
trabalho realizou-se por meio da observação directa e indirecta.

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1.3. Estruturação do Trabalho

O presente trabalho foi dividido em três capítulos, constando no primeiro uma


introdução ao assunto deste trabalho, os conceitos iniciais, e ainda são listadas as principais
normas sobre o assunto, bem como os objetivos da pesquisa, descrição da metodologia, as
limitações e a descrição dos capítulos.

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2. Asfixia neonal

2.1. Conceito

Asfixia etimologicamente significa falta de ar ou falta de ar. Clinicamente, é uma


síndrome caracterizada pela suspensão ou diminuição grave das trocas gasosas ao nível da
placenta ou dos pulmões, que resulta em hipoxemia, hipercapnia e hipóxia tecidual com
acidose metabólica. A asfixia é frequentemente acompanhada de isquemia, que por sua vez
agrava a hipóxia tecidual, e pelo acúmulo de produtos do catabolismo celular. Falamos de
asfixia perinatal porque pode ocorrer antes do nascimento, durante a gravidez, trabalho de
parto e parto, bem como após o nascimento.

Na asfixia, quando ocorre a aspiração de algum fluído, pode haver obstrução parcial
ou total da passagem do ar. A aspiração geralmente ocorre nas primeiras inspirações após o
nascimento, mas também podem ocorrer intraútero. O feto com asfixia – tanto intraútero
quanto no trabalho de parto e parto – inala grande quantidade de mecônio, podendo obstruir
a traqueia.

2.2. Contextualização do tema

Após um episódio asfíxico, algumas crianças podem se recuperar neurologicamente


sem sequelas, enquanto outras podem desenvolver déficits permanentes. Vários sistemas
orgânicos podem ser afetados no Recém-Nascido (RN) de termo asfixiado, particularmente
o Sistema Nervoso Central (SNC) e os rins, que são os mais comprometidos. Complicações
cardiopulmonares são também descritas. A grande maioria dessas lesões ocorre antes do
nascimento, sendo primariamente resultante do comprometimento das trocas placentárias.
Alteração do fluxo sanguíneo uterino, hipoxia materna, insuficiência placentária, prolapso e
compressão do cordão umbilical podem interferir com a transferência de substratos para o
feto ou alterar a passagem de catabólitos procedentes do feto para a sua mãe.

No RN várias causas ainda podem levar à asfixia perinatal, entre elas trauma de
parto, parto pélvico, síndromes aspirativas (síndrome de aspiração meconial, etc.),
insuficiência respiratória de outras causas e crises de apnéia.A asfixia, por sua vez, produz

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hipoxia, hipercapnia, acidose metabólica e insuficiência cardíaca, com redistribuição do
fluxo sanguíneo para órgãos mais nobres como o SNC, os rins e as adrenais, em detrimento
de outros órgãos.

Alguns estudos têm demonstrado, também, alterações no funcionamento da


glândula tireoide devido a episódios asfíxicos.

2.3. Etiologia

A grande maioria das causas de hipóxia perinatal são de origem intrauterina.


Aproximadamente 5% ocorrem antes do início do trabalho de parto, 85% durante o trabalho
de parto e parto e os 10% restantes durante o período neonatal. (Volpe). A asfixia
intrauterina se expressa clinicamente ao nascimento como depressão cardiorrespiratória,
que se não tratada prontamente agravará esta patologia. Outras causas que podem se
apresentar como depressão cardiorrespiratória são: malformações congênitas,
prematuridade, doenças neuromusculares e drogas depressoras do SNC administradas à
mãe durante o parto. As causas obstétricas mais frequentemente associadas à asfixia
perinatal são as seguintes:

2.3.1. Fatores pré -parto:

 Hipertensão com toxemia gravídica;


 Anemia ou isoimunização;
 Sangramento agudo;
 Infecção materna;
 Diabetes;
 Ruptura prematura de membranas;
 Gestação pós-termo;

2.3.2. Fatores intraparto

 Apresentando distocia;
 Diminuição da atividade fetal;
 Frequência cardíaca fetal anormal;

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 Mecônio no líquido amniótico;
 Hipertonia uterina;
 Prolapso do cordão.

2.4. Fisiopatologia

O suprimento insuficiente de oxigênio pode ser devido à hipoxemia (concentração


insuficiente de oxigênio) ou isquemia (suprimento inadequado do fluxo sanguíneo). A
asfixia é uma situação em que há diminuição abrupta e intensa da hematose, que causa
hipoxemia, hipercapnéia e acidose metabólica. São acionados mecanismos reflexos
mediados pela catecolamina, que produz redistribuição do fluxo sanguíneo, por meio da
qual é mantida a irrigação dos órgãos-alvo (cérebro, coração e glândulas adrenais) enquanto
o fluxo sanguíneo para os demais tecidos do corpo diminui. , por vasoconstrição arterial Se
a hipoxemia persistir, produz bradicardia, o que diminui ainda mais a irrigação hística, o
que causa isquemia e diminuição da pressão arterial sistêmica devido ao crescimento da
acidose.

2.5. Fatores de risco

Fatores de risco para asfixia perinatal são considerados:

 Trabalho de parto prematuro;


 Restrição de crescimento intrauterino;
 Pós-maturidade;
 Presença de mecônio no líquido amniótico;
 Monitoramento anormal;
 Período expulsivo prolongado (primíparas mais de duas horas, multíparas mais de
uma hora);
 Sangramento materno fetal;
 Acidentes de cordão umbilical;
 Hidropisia fetal;
 Grandes malformações.

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A presença desses fatores não confirma o diagnóstico, mas alerta a equipe
obstétrico-pediátrica para monitoramento rigoroso e coleta de gás de cordão ou, na falta
desta, do recém-nascido, na primeira meia hora de vida para descartar ou confirmar a
presença acidose metabólica associada.

2.6. Quadro clínico

A asfixia fetal produz comprometimento multissistêmico, portanto, a sintomatologia


depende do grau de acometimento de cada órgão. Em alguns casos, há apenas
manifestações em um único órgão. Os mais afetados são o rim, o SNC, o sistema
cardiovascular e o pulmão.

2.6.1. Sistema nervoso central.

O cérebro é o órgão mais vulnerável devido à sua baixa capacidade de regeneração


e às possíveis consequências que podem permanecer. As manifestações clínicas mais
características foram incluídas no termo de encefalopatia hipóxico-isquêmica .. A
determinação do grau de encefalopatia permite uma orientação terapêutica e prognóstica da
asfixia. Em recém-nascidos prematuros, essas manifestações não são tão claras, portanto,
essa classificação não se aplica.Nesse grupo de recém-nascidos, o tônus muscular e as
funções do tronco encefálico estão globalmente comprometidos. As encefalopatias de grau
I têm bom prognóstico, o grau II está associado a 20-30% das sequelas neurológicas a
longo prazo, e o acometimento mais grave, grau III, tem 50% de mortalidade no período
neonatal e dos que sobrevivem, mais de 95% deles ficam com sequelas graves.

2.6.2. Sistema cardiovascular

No nível cardíaco, a asfixia causa isquemia miocárdica transitória. Estão presentes


sinais de insuficiência cardíaca com polipneia, cianose, taquicardia, ritmo de galope e
hepatomegalia em graus variados. É mais comum a insuficiência ser do ventrículo direito,
podendo haver envolvimento do músculo papilar com insuficiência tricúspide manifestada
por sopro auscultável na borda esquerda do esterno. Há um aumento de 5 a 10 vezes na

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isoenzima cardíaca da creatina fosfoquinase. O diagnóstico precoce e o tratamento dessa
complicação determinam a sobrevivência imediata do recém-nascido asfixiado.

2.6.3. Sistema respiratório

A condição mais frequente é a Síndrome de Aspiração de Mecônio, frequentemente


associada a um grau diferente de Hipertensão Pulmonar Persistente.

2.6.4. Rim e trato urinário

A diminuição da perfusão renal, secundária à redistribuição do débito cardíaco e à


hipoxemia, explica o comprometimento renal observado em grande porcentagem de recém-
nascidos asfixiados. As lesões observadas são necrose tubular e deposição de mioglobina,
derivadas da destruição tecidual. Pode ocorrer uma síndrome de secreção inadequada de
hormônio antidiurético. Clinicamente, detecta-se oligúria, retenção de nitrogênio e
hipertensão. Atonia do trato urinário pode levar à paralisia da bexiga. A asfixia é
provavelmente a causa mais comum de insuficiência renal aguda no período neonatal.

2.6.5. Sistema digestivo

A diminuição do trânsito intestinal, úlceras de estresse e necrose intestinal têm sido


descritas em recém-nascidos asfixiados, porém essa relação não é constante. A isquemia
intestinal é um dos fatores predisponentes para enterocolite necrosante.

2.6.6. Sistema hematológico e fígado

Leucopenia, leucocitose com desvio para a esquerda e trombocitopenia podem ser


observadas como consequência de hipóxia e estresse medular. Na asfixia grave, a lesão do
endotélio capilar produz consumo de produtos da coagulação, agravado pela menor
produção hepática; isto leva à coagulação intravascular disseminada. Transaminases
elevadas (SGOT, SGPT), gama glutamil transpeptidase e amônia no sangue são comuns. A
protrombina pode estar diminuída.

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2.6.7. Comprometimento Metabólico

O aparecimento de acidose metabólica é a manifestação mais típica de hipóxia e/ou


isquemia tecidual. Ao nascimento, a acidose pode ser diagnosticada medindo-se o pH de
uma amostra da artéria umbilical.

2.7. Diagnóstico

Alguns parâmetros podem dar uma idéia do grau de comprometimento na asfixia


perinatal, mas nenhum deles apresenta sensibilidade e especificidade desejáveis. A
cardiotocografia, a gasometria fetal e umbilical, o índice de Apgar, assim como os sinais
clínicos e neurológicos podem ser considerados em conjunto para avaliação do recém-
nascido com asfixia.

Cardiotocografia: A ausência ou pequena variabilidade na frequência cardíaca por


1 hora ou mais, desaceleração tardia recorrente, taquicardia persistente ou bradicardia
inferior a 80 bpm parecem se associam à acidemia no feto. A cardiotocografia tem baixo
valor preditivo positivo, mas o padrão normal se associa à ausência de acidemia no feto.

Gasometria de cordão umbilical: A gasometria de cordão umbilical pode ser


usada como indicador de oxigenação fetal, imediatamente após o nascimento. Para definir
acidemia, tem sido utilizado, pH de artéria umbilical menor que 7,20, entretanto, tem sido
observado maior morbidade apenas em recém-nascidos que apresentam pH < 7,0 ao nascer.
Boletim de Apgar: O índice de Apgar no 5o minuto < 3 tem se mostrado um bom preditor
de óbito neonatal, entretanto, o índice de Apgar do 1o e 5o minuto baixos em neonatos com
asfixia que sobrevivem tem sido um fraco preditor de sequelas neurológicas em longo
prazo.

Para o diagnóstico da asfixia neonatal pode ser necessária a análise conjunta de


vários indicadores. Segundo a Academia Americana de Pediatria e o Colégio Americano de
Obstetrícia e Ginecologia, para definir asfixia é necessário que haja todas as seguintes
alterações: pH < 7,0 em artéria umbilical, persistência de Apgar <3 por mais que 5 minutos
e sinais de comprometimento clínico e neurológico.

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2.8. Tratamento

Começa já na sala de parto com a reanimação adequada, efetiva e rápida.O


importante é sempre manter o paciente estável, oferecendo todas as medidas de suporte e
manutenção da perfusão e oxigenação adequadas, além de todo o cuidado com a
temperatura corpórea, correção dos distúrbios hidroeletrolíticos e metabólicos presentes,
tratamento das convulsões e profilaxia para edema cerebral. Os níveis de PaO2, PaCO2,
pressão arterial, glicose e eletrólitos devem ser mantidos a níveis favoráveis ao paciente.

Em relação a ventilação e perfusão, muito cuidado com a hiperóxia e


hiperventilação, a qual pode trazer muitos efeitos deletérios ao recém-nascido. O uso de
drogas vasopressoras poderá ser necessária para manter o débito cardíaco em níveis
desejados, porém sempre dependerá da clínica e das condições de cada paciente (a droga
vasoativa indicada para esse momento é a dobutamina 7,5 mcg/kg/min EV).

O medicamento de escolha para as convulsões é o fenobarbital (20 mg/kg como


dose de ataque e 5 mg/mg/dia como dose de manutenção). Caso o quadro não seja
resolvido, pode-se agregar fenitoína (20 mg/kg como dose de ataque e 4 mh/kg/dia como
dose de manutenção).

Como medicação neuroprotetora é utilizado o alopurinol. Além disso, há estudos


sobre a terapêutica com resfriamento corpóreo, a fim de inibir e/ou reduzir lesões cerebrais
e sequelas da EHI, devendo a temperatura estar entre 33°C e 34°C, iniciando até 6 horas
após o nascimento e mantida por 72 horas. Está indicada para recém-nascidos com peso de
nascimento menor que 1.800 g, com menos de 6 horas de vida, idade gestacional maior que
35 semanas, evidência de asfixia neonatal (critérios diagnósticos e a necessidade de
ventilação mecânica por mais de 10 minutos de vida), com clínica de encefalopatia
moderada a severa (convulsão, alteração do nível de consciência, redução de movimentos
reflexos e do tônus).

2.9. Prevenção

O importante para prevenir a asfixia neonatal é um bom pré-natal da mãe, que deve
fazer no mínimo seis visitas ao seu obstetra do convênio, ou posto desaúde ou privado. O
médico fará a avaliação, pedirá os exames de rotina; exames de sangue, urina, diabete,
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verificação de infecções tipo sífilis e HIV. Às vezes surge a preocupação com algum
sintoma, acrescenta ele, e aparece uma infecção desconhecida pela mãe na urina ou é
detectado o vírus de HIV. Encontrando qualquer patologia, o médico tratará as causas. Caso
ela esteja com anemia, fará reposição através de uma dieta balanceada e sulfato ferroso;
identificando-a como portadora do vírus HIV, o procedimento envolve também o feto. A
partir daquele momento, a mãe iniciará o tratamento e será encaminhada para um hospital
especializado para esse tipo de paciente de forma que a criança, ao nascer, receba
imediatamente as doses dos medicamentos indicados para prevenir qualquer tipo de
infecção.

A melhor forma de evitar danos à criança recém-nascida, como já foi enfatizado, é um pré-
natal assistido pelo médico, exames periódicos para identificar problemas na mãe e no feto
e tratá-los desde início da gestação.

2.10. Recomendações nos protocolos de atendimento

Definir as melhores práticas na reanimação neonatal é medida fundamental e deve


ser tomada como uma prioridade na assistência ao parto e nascimento. Uma reanimação
neonatal efetiva e eficaz requer um grupo de profissionais habilitados tecnicamente, com
competência e que atuem como grupo de trabalho, com atribuições definidas e
compartilhadas e aceitas por todos. Destaca-se alguns procedimentos que devem ser
realizados nas seguintes situações:

1ª.Situação: Presença de fluido amniótico meconial. Se o recém-nascido


apresenta depressão respiratória ou respiração ausente, frequência cardíaca inferior
a 100 batimentos por minuto ou hipotonicidade muscular, recomenda-se aspirar a
hipofaringe e intubar e aspirar a traqueia para remoção do mecônio residual das vias
aéreas. Nessas situações utiliza-se cânula conectada ao adaptador e à fonte de
vácuo. Evidências científicas apontam que a aspiração meconial, sob visualização
direta da traqueia em recém-nascidos vigorosos, não altera o prognóstico e contribui
para desencadear complicações devido à intubação.
2ª.Situação: Prevenção da perda de calor, evitando-se a hipertermia.
3ª.Situação: Oxigenação e ventilação. Recomenda-se oxigênio a 100% para
ventilação assistida. Se não houver oxigênio suplementar disponível, a ventilação
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por pressão positiva deve ser iniciada com ar ambiente. Ventilar com balão e
máscara facial ou balão e cânula traqueal é preferível que utilizar máscara laríngea.
4ª.Situação: Compressão cardíaca. Recomenda-se massagem cardíaca quando a
frequência cardíaca estiver ausente ou inferior a 60 batimentos por minuto. A
massagem é indicada somente quando a expansão e ventilação pulmonar estiverem
estabelecidas, ou seja, se após 30 segundos de ventilação e oxigenação a 100% o
recém-nascido persistir com frequência cardíaca inferior a 60 batimentos por
minuto. Preferencialmente utiliza-se a técnica dos dois polegares: o profissional
coloca a mão envolvendo o tórax do recém-nascido e comprime com uma pressão
que atinja cerca de um terço do diâmetro anteroposterior torácico, suficiente para
gerar uma pulsação palpável.
5ª.Situação: Medicamentos expansores de volume e acesso vascular.
Adrenalina, administrada na dose de 0,1 – 0,3 mL/kg por dose de solução a
1:10.000 por via endotraqueal ou venosa, quando a frequência cardíaca for inferior a
60 batimentos por minuto após 30 segundos de ventilação adequada e compressão
cardíaca. Os expansores de volume podem ser administrados emergencialmente
com solução cristaloide isotônica (soro fisiológico 0,9%, solução de ringer lactato
ou sangue tipo O, Rh negativo) via umbilical ou por outro acesso venoso. Estas
recomendações representam o que de mais efetivo existe sobre reanimação
neonatal.

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3. Conclusão

Com a conclusão deste trabalho podemos constatar que a asfixia neonatal é uma doença
com alto potencial de gravidade, se não houver um tratamento inicial e suporte adequado ao
recém-nascido logo na sala de parto. Portanto, os cuidados devem começar muito antes,
durante o pré-natal, havendo assim a necessidade cada vez maior de que as gestantes façam
6 consultas ou mais durante a gravidez, além de ter todos os recursos necessários com
exames de imagem (para detecção de problemas o mais rápido possível), equipe
multiprofissional (fisioterapeutas, nutricionistas, enfermeiros, médicos) e uma atenção
especial voltada para toda a família (a fim de tirar todas as dúvidas existentes tanto do
período gestacional quanto após o nascimento do bebê).

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4. Referências bibliográficas

Anoxia: Falta de Oxigenação Que Pode Ser Prevenida. BoaSaúde, 2000. Disponível em: <
https://www.boasaude.com.br/artigos-de-saude/3830/-1/anoxia-falta-de-oxigenacao-que-
pode-ser-prevenida.html >.

DIAS, Leticia. Anóxia neonatal: tudo o que você precisa saber!. Sanarmed, 2021.
Disponível em: < https://www.sanarmed.com/anoxia-neonatal-tudo-oque-voce-precisa-
saber-colunistas >.

DINIZ, Edna. Asfixia neonatal e função tireoidiana. SciELO, 2001. Disponível em: <
https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0021
75572001000300002&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt >. Acesso em: 22, maio de
2021.NASCIMENTO, Talita B. asfixia perinatal: assistência do enfermeiro. Uniceplac,
2019. Disponível em: < https://dspace.uniceplac.edu.br/handle/123456789/88 >.

FERNANDES, Karina. assistência imediata ao recém-nascido asfixiado. Reme, 2003.


Disponível em: < https://cdn.publisher.gn1.link/reme.org.br/pdf/v7n2a12.pdf >. Acesso em:
22, maio de 2021.

FIGUEIREDO, Ana P. Cuidados de enfermagem ao recém-nascido com asfixia perinatal


submetido à hipotermia terapêutica: uma revisão integrativa da literatura. Research,

17
Society and Development, 2021. Disponível em: <
https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/download/11893/10640/157214 >.

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