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AVM Faculdade Integrada

Enfermagem em UTI Pediátrica e Neonatal


Heloisa de Lima Coppi Barros

SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM: AÇÕES


VOLTADAS AO TRATAMENTO INDUZIDO DA HIPOTERMIA NA
ENCEFALOPATIA HIPÓXICO-ISQUÊMICO EM NEONATOS

Pariquera-Açu/SP
2015
AVM Faculdade Integrada
Enfermagem em UTI Pediátrica e Neonatal
Heloisa de Lima Coppi Barros

SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM: AÇÕES


VOLTADAS AO TRATAMENTO INDUZIDO DA HIPOTERMIA NA
ENCEFALOPATIA HIPÓXICO-ISQUÊMICO EM NEONATOS

Projeto de pesquisa apresentado à


AVM Faculdade Integrada como parte integrante
do conjunto de tarefas avaliativas da disciplina
Metodologia da Pesquisa e da Produção Científica.
Nome do Tutor: Egle Pires Santos

Pariquera-Açu/SP
2015
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ................................................................................... 3

TEMA ............................................................................................ 3

PROBLEMA ................................................................................... 3

JUSTIFICATIVA ................................................................................... 3

OBJETIVOS .................................................................................. 4

Objetvos Geral ......................................................................... 4

Objetivos Específicos ................................................................ 4

REVISÃO DE LITERATURA ...................................................... 4

METODOLOGIA ........................................................................ 6

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................ 7


INTRODUÇÃO

Tema

Sistematização da assistência de Enfermagem: ações voltadas ao tratamento induzido


da hipotermia na encefalopatia hipóxico-isquêmico em neonatos.

Problema

Qual a importância de sistematizar as ações de enfermagem no tratamento induzido, da


hipotermia na encefalopatia hipóxico-isquêmico em neonatos?

Justificativa

A Encefalopatia Hipóxico-Isquemica (EHI) é uma importante causa de dano neurológico


ao nascimento, responsável por muitos óbitos e desabilidades, as características do
dano hipóxico hisquemico indicam que existe um período intermediário, em que se é
possível intervir interrompendo a cadeia de eventos que levam a destruição celular
definitiva. A hipotermia induzida é uma terapia neuroprotetora segura e eficaz
demostrada no tratamento de recém-nascidos a termo com EIH, que consiste em um
resfriamento do corpo até 33,5 ºC realizada nas primeiras 6 horas de vida e continuada
por 72 horas, sugere-se que a hipotermia aplicada um período de latência, inibe o
mecanismo de lesão do Sistema Nervoso Central decorrente da fase tardia da EHI. No
Brasil o procedimento é recomendado pela Sociedade Brasileira de Pediatria desde
2012, e por seu uma nova terapia proposta os profissionais da área da saúde procuram
meios para se informar sobre o tal procedimento, e mais relevante ainda por ser neste
momento a única terapia proposta para uma condição grave que acomete o neonato.
Objetivos:

Objetivo geral:

Sistematizar as ações de enfermagem voltadas ao tratamento induzido da hipotermia,


na encefalopatia hipóxico-isquêmico em neonatos

Objetivos específicos:

Descrever a fisiopatologia da encefalopatia hipóxico-isquêmico em neonatos;

Explicar o tratamento da hipotermia, na encefalopatia hipóxico-isquêmico;

Citar os benefícios e as contra indicações do tratamento induzido da hipotermia em


neonatos;

Relacionar de forma sistematizada, as ações de enfermagem, prestadas ao neonato


durante o tratamento induzido da hipotermia.

REVISÃO DE LITERATURA

A asfixia perinatal é um agravo ao feto ou recém-nascido que ocorre com maior


frequência nos períodos pré e intraparto, por privação de oxigênio (hipóxia) e distúrbios
perfusionais (isquemia), com repercussões sistêmicas múltiplas. Dentre os órgãos mais
afetados destaca-se o sistema nervoso, cujo envolvimento chama-se Encefalopatia
Hipóxico-Isquemica. A encefalopatia neonatal consiste numa síndrome pela disfunção
neurológica com início no primeiro dia de vida, que se manifesta por dificuldade em
iniciar e manter a respiração, diminuição do tônus e reflexo, depressão do estado de
consciência e convulsões. (SAMPAIO et al, 2010; FONSECA et al, 2011;
BINKOWSKI,2015)
Na fisiopatologia da lesão celular na EHI inclui um padrão bifásico de morte
celular, pensando-se atualmente que o período mais relevante para o estabelecimento
da lesão neuronal ocorre após a recuperação da hipóxia. Numa primeira fase ocorre
morte celular por falência energética secundária a uma depleção de adenosina trifosfato
(ATP) provocada pela hipóxia (o que origina lesão membranar, acumulação intra-celular
de cálcio, sódio e água, edema citotóxico e morte celular necrótica). Com a reanimação
ocorre a reperfusão e a reoxigenação dos tecidos comprometidos, iniciando-se uma
série complexa de processos bioquímicos interligados entre si e que levam a uma morte
celular secundária. (SAMPAIO et al, 2010)
Estes processos incluem a formação de radicais livres e a acumulação de
neurotransmissores excitatórios como o glutamato e citoquinas pro-inflamatórias, e
condicionam disfunção micro-circulatória cerebral, lesão celular direta e estimulação da
apoptose. O processo de lesão celular secundária prolonga-se por horas a dias depois
da agressão inicial, constituindo uma oportunidade de intervenção terapêutica.
(ARAUJO et al, 2008; SAMPAIO et al, 2010)
Sugere-se que a hipotermia aplicada no período de latência, portanto nas
primeiras 6 horas de vida, inibe os mecanismo de lesão do Sistema Nervoso Central
decorrente da fase tardia da EHI, a hipotermia atua através de diversos mecanismos
fisiopatológicos, tais como a diminuição do metabolismo cerebral, a redução do edema
cerebral citotóxico, a redução da pressão intracraniana e a inibição da apoptose. Por
cada redução de um grau Celsius na temperatura corporal, o metabolismo cerebral
diminui cerca de sete por cento, e uma redução de três a quatro graus Celsius associa-
se a uma redução dos níveis de glutamato e de radicais livres. (SAMPAIO et al, 2010;
PROCIANOY, 2012)
Assim, perante a evidência de segurança e eficácia e na ausência de outras
intervenções terapêuticas disponíveis, esta técnica tem sido crescentemente utilizada
no contexto clínico e foi considerada recentemente uma abordagem de eleição no
tratamento de recém-nascidos com encefalopatia hipóxico-isquémica moderada a
grave, devendo ser recomendada para todos os recém-nascidos com esta entidade que
preencham determinados critérios de inclusão. (SAMPAIO et al, 2010)
Por ser atualmente a única forma terapêutica de minimizar os efeitos deletérios da
encefalopatia neonatal, este estudo busca descrever a sistematização da assistência de
enfermagem, nas ações prestadas durante este período decisivo a manutenção da
saúde do neonato.
METODOLOGIA

Será realizado um estudo qualitativo descritivo, por meio de referencial teórico


utilizando revisão bibliográfica de livros, artigos acadêmicos, revistas eletrônicas no
período de 2005 à 2015. Na análise dos artigos, será adotada como critério inicial para
seleção o site de pesquisa Google acadêmico através de seu sistema de busca e
utilizando as palavras-chave “Encefalopatia Hipóxico-Isquêmica” e “hipotermia
induzida”. A seleção buscará alcançar os artigos em língua portuguesa publicados no
período compreendido nos últimos 10 anos. A opção por este site de pesquisa
decorrerá do fato de ser fonte de publicações científicas, e, também será incluídos
capítulos de livros, em decorrência de seu valor como referência histórica.
Ocorrerá uma leitura cuidadosa de todo o material coletado. Esses materiais
serão apreciados por meio de uma leitura analítica, classificando-os de acordo com o
conteúdo temático.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ARAUJO A. S., et al, A hipotermia como estratégia protetora de Encefalopatia


Hipóxico-Isquêmica em recém-nascidos com asfixia perinatal, Ver. Bras,
Crescimento Desenvolvimento Humano, 2008, p. 346-357.

BINKOWSKI R. T. K, WEINMANN A.R.M, Hipotermia terapêutica em recém-


nascidos com diagnóstico de Encefalopatia Hipóxico-Isquêmica: Revisão da
Literatura, Rev. Saúde Santa Maria, Vol. 41, nº1, 2015, Jan/Jul, p. 37-48.

FONSECA L. F., XAVIER C., PIANELTI G., Compêndio de Neonatologia Infantil, 2ª


ed., Medbook, Rio de Janeiro, 2011.

PROCIANOY R. S., Hipotermia terapêutica, Profº de Pediatria da Universidade


Federal do Rio Grande do Sul, Chefe do Serviço de Neonatologia do Hospital das
Clínicas de Porto Alegre, Presidente do Departamento de Neonatologia da SBP, 2012.

SAMPAIO I., et al, Hipotermia induzida na Encefalopatia Hipóxico-Isquêmica: da


evidência científica à implementação de um protocolo, Acta Pediatrica Portuguesa,
Portugal, 2010.

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