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SIC OBSTETRÍCIA

OBSTETRÍCIA VOL. 3
© 2017 by

PRINCIPAIS TEMAS EM OBSTETRÍCIA


Fábio Roberto Cabar

Produção Editorial: Fátima Rodrigues Morais


Coordenação Editorial e de Arte: Martha Nazareth Fernandes Leite
Projeto Gráfico: SONNE - Jorlandi Ribeiro
Diagramação: Jorlandi Ribeiro - Diego Cunha Sachito - Jovani Ribeiro - Matheus Vinícius
Criação de Capa: R2 Editorial
Assistência Editorial: Tatiana Takiuti Smerine Del Fiore
Preparação de Originais: Andreza Queiroz
Revisão Final: Henrique Tadeu Malfará de Souza
Revisão de Texto e de Provas: Marcela Zuchelli Marquisepe - Maria Adriana Taveira -
Mariana Rezende Goulart - Mônica d’Almeida
Serviços Editoriais: Anna Clara Pirani Silva - Eliane Cordeiro
Serviços Gráficos: Thaissa Câmara Rodrigues

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)


(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Principais temas em Obstetrícia / Fábio Roberto Cabar - 1. ed. -- São Paulo:


Medcel, 2017. --
(Principais temas em Obstetrícia)

1. Obstetrícia - Concursos - 2. Residentes (Medicina)

Texto adaptado ao Novo Acordo Ortográfico.

O conteúdo deste livro é específico para provas, visando, principalmente, informar o leitor sobre as
tendências das avaliações e prepará-lo para elas. Além disso, não é recomendado para a prática médica
ou para a formação acadêmica. Acrescente-se que há a probabilidade de discordâncias entre conceitos das
diferentes instituições, e que as informações contidas neste material estão de acordo com o regime vigente
no momento da publicação, a serem complementadas conforme surgirem novos conhecimentos.

Julho, 2017
Proibida a reprodução total ou parcial.
Os infratores serão processados na forma da legislação vigente.
Direitos exclusivos para a língua portuguesa licenciados
à Medcel Editora e Eventos Ltda.
Av. Paulista, 1776 - 2º andar - São Paulo - Brasil
www.medcel.com.br
(11) 3511 6161
Autoria e colaboração

Fábio Roberto Cabar


Graduado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Mestre e doutor em
Obstetrícia e Ginecologia pelo HC-FMUSP, onde é médico preceptor do Departamento de Obstetrícia e
Ginecologia. Título de especialista pela Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia
(FEBRASGO).

Atualização 2017
Fábio Roberto Cabar
Revisão técnica

Cinthia Ribeiro Franco


Dan Yuta Nagaya
Daniela Andrea Medina Macaya
Edivando de Moura Barros
João Guilherme Palma Urushima
Luan Forti
Lucas Kenzo Miyahara
Mariana da Silva Vilas Boas
Matheus Fischer Severo Cruz Homem
Nadia Mie Taira
Priscila Schuindt de Albuquerque Schil
Ryo Chiba
Viviane Aparecida Queiroz
Wilian Martins Guarnieri
William Vaz de Sousa
Yuri Yamada
Apresentação

Os desafios da Medicina a serem vencidos por quem se decide pela área


são tantos e tão diversos que é impossível tanto determiná-los quanto
mensurá-los. O período de aulas práticas e de horas em plantões de vários
blocos é apenas um dos antecedentes do que o estudante virá a enfrentar
em pouco tempo, como a maratona da escolha por uma especialização e do
ingresso em um programa de Residência Médica reconhecido, o que exigirá
dele um preparo intenso, minucioso e objetivo.

Trata-se do contexto em que foi pensada e desenvolvida a Coleção SIC


Principais Temas para Provas, cujo material didático, preparado por profis-
sionais das mais diversas especialidades médicas, traz capítulos com inte-
rações como vídeos e dicas sobre quadros clínicos, diagnósticos, tratamen-
tos, temas frequentes em provas e outros destaques. As questões ao final,
todas comen­tadas, proporcionam a interpretação mais segura possível de
cada resposta e reforçam o ideal de oferecer ao candidato uma preparação
completa.

Um excelente estudo!
Índice

Capítulo 1 - Síndromes hemorrágicas da 1ª 8. Etiologia ...................................................................... 87


metade da gestação ......................................... 15 9. Diagnóstico ................................................................91
1. Aborto...........................................................................16 10. Conduta assistencial ..............................................93
2. Gestação ectópica ................................................... 26 11. Assistência ao parto .............................................. 95
3. Doença trofoblástica gestacional ....................... 34 Resumo .............................................................................97
Resumo ............................................................................40
Capítulo 6 - Oligoâmnio e polidrâmnio........ 99
Capítulo 2 - Síndromes hemorrágicas da 2ª 1. Introdução ................................................................100
metade da gestação .........................................41 2. Origem e composição do líquido amniótico ...100
1. Introdução .................................................................. 42 3. Oligoâmnio ................................................................101
2. Descolamento prematuro de placenta ............. 42 4. Polidrâmnio .............................................................104
3. Placenta prévia ..........................................................47 Resumo .......................................................................... 107
4. Rotura uterina .......................................................... 50
5. Rotura de vasa prévia ............................................ 52 Capítulo 7 - Amniorrexis prematura .......... 109
6. Rotura de seio marginal .........................................53 1. Introdução .................................................................110
Resumo ............................................................................ 54 2. Incidência ..................................................................110
3. Etiologia ......................................................................111
Capítulo 3 - Vitalidade fetal ............................55 4. Diagnóstico ............................................................... 112
1. Introdução e indicações.......................................... 56 5. Complicações............................................................ 114
2. Métodos biofísicos de avaliação ..........................57 6. Conduta ..................................................................... 114
Resumo .............................................................................74 7. Aspectos controversos .......................................... 118
Resumo .......................................................................... 120
Capítulo 4 - Pesquisa de maturidade fetal ... 75
1. Introdução ...................................................................76 Capítulo 8 - Prematuridade .......................... 121
2. Desenvolvimento pulmonar fetal .......................76 1. Introdução .................................................................122
3. Surfactante.................................................................77 2. Fatores de risco associados .................................122
4. Métodos de avaliação da maturidade fetal ..... 78 3. Prevenção .................................................................126
5. Conclusão .................................................................. 82 4. Condução do trabalho de parto prematuro ..... 131
Resumo ............................................................................ 82 Resumo ..........................................................................140

Capítulo 5 - Restrição do crescimento fetal ...83 Capítulo 9 - Pós-datismo e gestação


1. Introdução ..................................................................84 prolongada ....................................................... 141
2. Crescimento fetal normal......................................84 1. Introdução ................................................................ 142
3. Curvas de crescimento fetal ................................ 85 2. Incidência e fatores de risco ............................... 142
4. Definição..................................................................... 85 3. Complicações........................................................... 142
5. Incidência ................................................................... 86 4. Diagnóstico ...............................................................143
6. Morbidade e mortalidade ..................................... 86 5. Conduta assistencial ..............................................143
7. Classificação ............................................................... 86 Resumo .......................................................................... 148
Capítulo 10 - Infecção puerperal..................149
1. Introdução................................................................. 150
2. Incidência................................................................... 150
3. Fatores predisponentes........................................ 150
4. Etiologia...................................................................... 151
5. Quadro clínico e diagnóstico ...............................152
6. Propedêutica subsidiária......................................152
7. Diagnóstico diferencial ..........................................152
8. Tratamento................................................................153
Resumo........................................................................... 154

Capítulo 11 - Distúrbios psiquiátricos no


puerpério...........................................................155
1. Blues puerperal.........................................................156
2. Depressão puerperal..............................................156
3. Psicose puerperal................................................... 158
4. Transtorno bipolar, transtorno obsessivo-
compulsivo e síndrome do pânico...................... 158
Resumo........................................................................... 160
Fábio Roberto Cabar

2
Neste capítulo, serão abordadas as causas de sangra-
mento gestacionais a partir da 20ª semana, eventos de
alta morbimortalidade perinatal devido à prematuridade
associada a esses quadros, que envolve principalmente
Descolamento Prematuro de Placenta (DPP), Placenta
Prévia (PP) e rotura uterina, seguidos por rotura de vasa
prévia e rotura do seio marginal. O DPP compreende a
separação abrupta da placenta normalmente inserida
em gestação acima de 20 semanas e antes da expulsão
do feto. Geralmente sintomática, a gestante queixa-se Síndromes
hemorrágicas
de dor súbita e intensa no baixo-ventre, sangramento
vaginal e parada de movimentos fetais. O diagnóstico é
clínico, e a conduta é parto pela via mais rápida. A PP é

da 2ª metade da
aquela que se insere parcial ou totalmente no segmento
inferior do útero após a 28ª semana de gestação e apre-
senta-se como hemorragia genital sem causa aparente,

gestação
indolor, de coloração vermelho-viva, com início e cessar
súbitos em episódios que se repetem e se agravam. O
diagnóstico é confirmado pela ultrassonografia obs-
tétrica, e a conduta depende da idade gestacional e se
há ou não repercussão clínica para o feto. A rotura ute-
rina é uma grave complicação da gestação que pode
ocorrer durante a gravidez ou o trabalho de parto. O
quadro clínico na iminência da rotura uterina envolve
ansiedade e agitação, com contrações uterinas muito
fortes e dolorosas. No momento da rotura, a mulher
frequentemente relata dor súbita, de forte intensi-
dade, na região do baixo-ventre. O trabalho de parto
é imediatamente interrompido, e partes fetais podem
ser palpadas no abdome da mãe. Ao toque vaginal, a
subida da apresentação é o sinal mais importante. A
principal conduta é a profilaxia.
síndromes hemorrágicas da 2ª metade da gestação 43

C - Etiologia
As causas do DPP podem ser divididas em 2 grupos: traumáticas e não
traumáticas.
Os fatores traumáticos, embora raramente associados ao DPP (cerca
de 1% dos casos), podem decorrer de manobras e procedimentos obs-
tétricos (versão externa, por exemplo) ou de pressão exercida direta-
mente sobre o útero, como verificado em acidentes automobilísticos,
ou, ainda, de agressão física.
Sem dúvida, as causas não traumáticas são as maiores responsáveis Importante
pelo DPP. As síndromes hipertensivas (hipertensão arterial crônica e
doença hipertensiva específica da gestação) representam o fator etio- As não traumáticas são as
lógico mais importante, estando presentes em até 75% das vezes. principais causas de DPP,
Outros fatores que podem contribuir para a ocorrência de DPP são ta- especialmente as síndro-
bagismo, uso de drogas ilícitas (cocaína), miomas uterinos, idade avan- mes hipertensivas.
çada, multiparidade, polidrâmnio e gemelaridade.

Tabela 2 - Fatores de risco


- Hipertensão;
- Amniorrexis prematura;
- Trombofilias hereditárias;
- Uso de cocaína;
- Trauma;
- Tabagismo;
- DPP em gestação anterior;
- Multiparidade;
- Gestação múltipla;
- Rápida descompressão uterina;
- Leiomioma uterino;
- Anomalias uterinas ou placentárias.

D - Fisiopatologia
A hemorragia decidual inicia o DPP; um hematoma retroplacentário
começa a se formar e cria uma erosão na superfície placentária. Tal
processo aumenta a área de descolamento, provocando maior extra-
vasamento sanguíneo e aumentando o volume do coágulo, fechando
o círculo vicioso que caracteriza a progressão e a irreversibilidade do
DPP. Quanto maior a área placentária descolada, maior a mortalidade
fetal.
A hemorragia vaginal ocorre quando o sangue separa o espaço entre as
membranas e a decídua. Em alguns casos (20%), ocorre a formação de
coágulo restrito ao espaço retroplacentário, sem sangramento vaginal.
A hipertonia uterina acontece pela ação irritativa ocasionada pelo con-
tato do sangue com a fibra muscular uterina. Com a evolução do pro-
cesso, pode ser observada intensa infiltração sanguínea no miométrio,
que passa a apresentar desorganização de sua arquitetura histológica
e necrose isquêmica. Macroscopicamente, o útero apresenta-se ede-
maciado, arroxeado e com sufusões hemorrágicas (útero de Couvelaire
– Figura 1). O útero torna-se hipotônico, predispondo a maiores perdas Figura 1 - Útero de Couvelaire
sanguíneas.
Fábio Roberto Cabar

8
A Organização Mundial da Saúde define prematuri-
dade como todo recém-nascido vivo com menos de 37
semanas completas de gestação. Trata-se daquela que
é considerada a principal causa de morbidade e mor-
talidade neonatal. Geralmente, ocorre a associação de
fatores de risco obstétricos, ginecológicos, epidemioló-
gicos, clínico-cirúrgicos, iatrogênicos e desconhecidos.
Na tentativa de prevenção, podem ser detectadas alte-
rações bioquímicas, da contratilidade uterina e das
características do colo uterino antes do trabalho de
parto. Em caso de insucesso, na condução do trabalho

Prematuridade
de parto devem ser tomadas as seguintes precauções:
parto vaginal se apresentação cefálica fletida e pélvica
e peso >2.500g ou <1.000g; parto cesárea quando de
apresentação cefálica defletida e pélvica e peso entre
1.000 e 2.499g; analgesia do parto sempre que possí-
vel; amniotomia tardia para proteção do polo cefálico;
e desprendimento lento do polo cefálico ao nascimento.
130 sic obstetrícia

Pergunta Figura 5 - Local de coleta

2013 - HCPA
1. Uma paciente (G2P1), com 20
semanas de idade gestacional
e história de trabalho de parto
pré-termo (30 semanas) na ges-
tação anterior e longo período
de internação da criança em UTI
neonatal, veio à consulta pré-
-natal de rotina com resultados
de exames laboratoriais normais.
Apresentava-se com 60kg (ganho
adequado), PA = 120x70mmHg, FC
= 80bpm e Tax = 36,6°C. A medida
da altura uterina era de 17cm, e
o colo estava grosso, posterior,
com o orifício externo permeável
e o interno fechado. Os batimen-
tos cardiofetais eram de 142bpm.
Qual é a conduta mais adequada?
Figura 6 - Descrição dos resultados do teste
a) cerclagem do colo uterino
b) cerclagem do colo uterino e Recentemente, surgiram evidências de que o parto prematuro fosse
administração de progesterona precedido por alterações na concentração da proteína-1 fosforilada li-
vaginal gada ao fator de crescimento insulina-símile no conteúdo cervical. A
c) administração de progesterona phIGFBP-1 é uma proteína produzida pela decídua humana, cuja função
vaginal ainda não está totalmente esclarecida. Há estudos que sugerem sua
d) administração de corticoste- participação no processo de invasão das células do trofoblasto, além
roide antenatal parenteral de estimular a proliferação, a diferenciação e o metabolismo celular. A
e) administração de progesterona partir do 2º trimestre, com a fusão do cório e do âmnio, sua concentra-
vaginal e corticosteroide antena- ção no líquido amniótico se torna 100 a 1.000 vezes maior em relação
tal parenteral ao soro materno. A detecção da phIGFBP-1 no colo uterino, com mem-
Resposta no final do capítulo branas intactas, sugere comprometimento da decídua.
SIC OBSTETRÍCIA VOL. 3 - REVALIDA
QUESTÕES E COMENTÁRIOS
Questões

Obstetrícia Questões
Obstetrícia

d) encaminhar para tratamento cirúrgico imediato por


laparotomia
Síndromes hemorrágicas da 1ª metade da
gestação Tenho domínio do assunto Refazer essa questão
Reler o comentário Encontrei dificuldade para responder

2015 - INEP - REVALIDA 2014 - INEP - REVALIDA


1. O Serviço de Atendimento Móvel de Emergência 3. Uma mulher de 39 anos, primigesta, com história de
(SAMU) foi encaminhado para atendimento de uma ges- atraso menstrual de 2 meses, deu entrada no serviço de
tante de 19 anos, com idade gestacional de 9 semanas urgência com queixa de sangramento vaginal há 1 dia e
(confirmada por ultrassonografia precoce) e queixa de cólica em baixo-ventre. Ao exame especular, observa-
sangramento vaginal intenso. A paciente nega comorbi- se pequena quantidade de sangue em fundo de saco
dade ou trauma. Ao exame físico, revela-se hipocorada vaginal. Ao toque vaginal, nota-se útero aumentado de
(++4+), com PA = 90x60mmHg e FC = 110bpm. O exame volume, amolecido, indolor, com colo uterino fechado. A
ginecológico evidenciou útero intrapélvico e aumen- ultrassonografia é compatível com gestação tópica de 9
tado de volume, colo amolecido com 1cm de dilatação, semanas e pequeno hematoma subcoriônico. A conduta
presença de sangramento vaginal ativo e saída de restos indicada para essa paciente é:
ovulares. A paciente foi encaminhada para atendimento a) tratamento com AAS® e progesterona
hospitalar. Quais seriam, respectivamente, o diagnósti- b) internação hospitalar e repouso absoluto
co e a conduta corretos nesse caso? c) realização imediata de cerclagem uterina
a) ameaça de aborto; realizar ultrassonografia transva- d) repouso relativo no domicílio e controle ambulatorial
ginal
b) aborto completo; estabilizar o quadro hemodinâmico Tenho domínio do assunto Refazer essa questão
e realizar curetagem uterina Reler o comentário Encontrei dificuldade para responder

c) aborto incompleto; estabilizar o quadro hemodinâmi-


2013 - INEP - REVALIDA
co e realizar curetagem uterina
4. Uma mulher de 25 anos deu entrada no serviço de
d) aborto infectado; iniciar antibioticoterapia de largo
emergência, prostrada, com vômitos. Ao exame físico,
espectro e realizar curetagem uterina
observou-se hipotensão arterial, febre de 39°C, defesa
Tenho domínio do assunto Refazer essa questão na fossa ilíaca direita, distensão e irritação peritoneal
Reler o comentário Encontrei dificuldade para responder difusas. O exame ginecológico e o toque retal eviden-
ciaram a presença de dor no fundo de saco posterior à
2014 - INEP - REVALIDA
2. Uma mulher de 25 anos, com 6 semanas de atraso mobilização do colo uterino. A punho-percussão lombar
menstrual, compareceu ao pronto atendimento com era negativa, bilateralmente. A melhor abordagem para
queixa de dor no abdome inferior há 4 horas. A dor irra- o caso é:
dia-se para o ombro esquerdo, acompanhada de sangra- a) reposição volêmica; realização de hemograma; soli-
mento vaginal de leve intensidade, há 2 dias. A paciente citação de tomografia computadorizada de abdome
fez teste de gravidez em urina, que revelou resultado para excluir o diagnóstico de pelviperitonite
positivo. Ao exame físico, apresentou estado geral re- b) reposição volêmica; realização de hemograma; iniciar
gular, mucosas hipocoradas ++/4+, pulso = 110bpm, PA = antibioticoterapia após coleta de sangue para hemo-
80x60mmHg, abdome distendido e doloroso. O exame cultura e indicar o tratamento cirúrgico
especular revelou sangramento em pequena quantida- c) reposição volêmica; solicitação de exame de urina e
de pelo colo uterino. Ao toque vaginal, apresentou úte- exames de rotina para abdome agudo; repetir a ul-
ro aumentado em 2 vezes o seu volume, globoso, com trassonografia e reavaliar periodicamente
amolecimento do colo uterino, fundo de saco doloroso e d) solicitação de hemograma; realização de exame de
abaulado. A conduta indicada é: urina e ultrassonografia para fazer o diagnóstico di-
a) realizar punção e aspiração de fundo de saco para ex- ferencial com ruptura de cisto ovariano
cluir diagnóstico de cisto ovariano roto e) reposição volêmica; solicitação de radiografia de ab-
b) solicitar beta-HCG sérico para avaliar possibilidade de dome inferior e reavaliar
tratamento clínico com metotrexato
c) encaminhar para tratamento cirúrgico imediato por Tenho domínio do assunto Refazer essa questão
laparoscopia Reler o comentário Encontrei dificuldade para responder
Comentários

Obstetrícia Comentários
Obstetrícia

Questão 3. Trata-se de caso de ameaça de abortamento,


pois a paciente apresentou sangramento vaginal, mas o
Síndromes hemorrágicas da 1ª metade da
colo uterino está fechado e a ultrassonografia mostrou
gestação gestação viável e tópica. A conduta é repouso e acompa-
nhamento. Analisando as alternativas:
a) Incorreta. Não há evidências de que a introdução de
Questão 1. Analisando as alternativas:
AAS® e progesterona reduzam as taxas de evolução
a) Incorreta. Nos casos de ameaça de abortamento, o
para abortamento ou reabsorção mais eficaz do hema-
colo uterino está impérvio. No caso apresentado, o colo
toma subcoriônico.
está pérvio, com saída de restos ovulares, o que deter-
b) Incorreta. Não há indicação de internação hospitalar e
mina o diagnóstico de abortamento em curso/aborto
repouso absoluto, já que estudos não mostram melhora
incompleto.
no prognóstico com tais medidas.
b) Incorreta. Nos casos de aborto completo, o colo uteri-
c) Incorreta. Não há evidência de incompetência istmo-
no está fechado e o útero menor do que o esperado para
-cervical, não há protrusão de bolsa amniótica ou afuni-
a idade gestacional.
lamento do colo à ultrassonografia.
c) Correta. O colo uterino pérvio e a saída de restos ovu-
d) Correta.
lares indicam o diagnóstico clínico de aborto em curso/
incompleto. A conduta é a estabilização hemodinâmica, Gabarito = D
visto que a gestante está taquicárdica e hipocorada e,
após, realização de esvaziamento uterino por meio de Questão 4. O caso apresentado é de uma mulher jovem,
curetagem ou aspiração manual intrauterina (AMIU). que se apresenta com sinais de instabilidade hemodinâ-
d) Incorreta. Não há sinais de aborto infectado (especial- mica, febre, e abdome agudo (peritonismo difuso e loca-
mente febre, queda do estado geral), não sendo necessá- lizado na fossa ilíaca direita). O quadro é compatível com
ria a instituição de antibioticoterapia. gravidez ectópica rota, cisto ovariano roto, apendicite
Gabarito = C supurada ou moléstia inflamatória pélvica aguda com
abscesso roto. Em todos os casos, devido à instabilidade
Questão 2. O caso descrito sugere abdome agudo he- da paciente, considera-se que haja sangramento ativo
morrágico, pois a paciente encontra-se instável, com para a cavidade e necessidade de abordagem cirúrgica
hipotensão, taquicardia, mucosas descoradas, além de para hemostasia.
dor em ombro esquerdo, que sugere irritação do nervo Analisando as alternativas:
frênico (geralmente por gás ou sangue sob as cúpulas a) Incorreta. A paciente está instável e, portanto, a reali-
diafragmáticas). A provável etiologia é gravidez ectópica zação de tomografia está contraindicada.
rota, pois a paciente apresenta atraso menstrual, teste b) Correta. Inclui a estabilização da paciente com expan-
de gravidez positivo, episódios de sangramento na úl- são volêmica, coleta de exames, início de antibioticote-
tima semana e o quadro de abdome agudo. A conduta rapia para eventual sepse (já que a paciente encontra-se
neste caso, por causa da instabilidade hemodinâmica da instável e com febre) e laparotomia exploradora.
paciente, é a abordagem cirúrgica imediata, por laparo- c) Incorreta. A paciente tem indicação de abordagem ci-
tomia exploradora. Analisando as alternativas: rúrgica pela instabilidade.
a) Incorreta. A paciente apresenta instabilidade hemodi- d) Incorreta. A paciente tem indicação de abordagem ci-
nâmica, e, ainda que não se soubesse o resultado do tes- rúrgica pela instabilidade.
te de gravidez, há indicação de laparotomia exploradora, e) Incorreta. A paciente não necessita de radiografia de
mesmo em se tratando de cisto ovariano roto. abdome inferior, que não esclareceria a etiologia do qua-
b) Incorreta. Novamente, o quadro de instabilidade exige dro, e deve ser abordada imediatamente.
conduta ativa, cirúrgica. Gabarito = B
c) Incorreta. Na presença de instabilidade hemodinâmica
e suspeita de grande quantidade de sangue na cavidade, Questão 5. O termo Doença Trofoblástica Gestacional
a laparoscopia fica contraindicada. (DTG) designa 5 entidades: mola hidatiforme, mola inva-
d) Correta. sora, coriocarcinoma, Tumor Trofoblástico de Sítio Pla-
Gabarito = D centário (TTSP) e Tumor Trofoblástico Epitelioide (TTE).

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