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Dermatologia
SIC CLÍNICA
MÉDICA
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O conteúdo deste livro é específico para provas, visando, principalmente, informar o leitor sobre as
tendências das avaliações e prepará-lo para elas. Além disso, não é recomendado para a prática médica
ou para a formação acadêmica. Acrescente-se que há a probabilidade de discordâncias entre conceitos das
diferentes instituições, e que as informações contidas neste material estão de acordo com o regime vigente
no momento da publicação, a serem complementadas conforme surgirem novos conhecimentos.
Abril, 2018
Proibida a reprodução total ou parcial.
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Autoria e colaboração
Atualização 2018
Alexandre Evaristo Zeni Rodrigues
Assessoria didática
Andrey Augusto Malvestiti
Revisão de conteúdo
Daniela Andrea Medina Macaya
Revisão técnica
Cinthia Ribeiro Franco
Dan Yuta Nagaya
Edivando de Moura Barros
João Guilherme Palma Urushima
Luan Forti
Lucas Kenzo Miyahara
Mariana da Silva Vilas Boas
Matheus Fischer Severo Cruz Homem
Nadia Mie Uwagoya Taira
Priscila Schuindt de Albuquerque Schil
Ryo Chiba
Viviane Aparecida Queiroz
Wilian Martins Guarnieri
William Vaz de Sousa
Yuri Yamada
Apresentação
5. Mucormicose ..............................................................93
Capítulo 3 - Doenças infectocontagiosas 6. Criptococose...............................................................93
bacterianas agudas ......................................... 49
Resumo ............................................................................ 94
1. Introdução .................................................................. 50
2. Impetigo e ectima .................................................... 50 Capítulo 7 - Doenças infectocontagiosas –
protozoárias e parasitárias ............................95
3. Furúnculos, carbúnculos e abscessos................ 52
4. Erisipela ......................................................................53 1. Introdução .................................................................. 96
3
Serão abordadas neste capítulo as infecções bacterianas
agudas, divididas como se segue: impetigo e ectima, em
que a infecção superficial da pele é causada por Strep-
tococcus (causa de impetigo crostoso) ou Staphylococcus
(causa de impetigo bolhoso) e cuja forma evolutiva com
úlcera mais profunda é o ectima; furúnculos, carbúnculos
e abscessos, os primeiros causados por Staphylococcus,
envolvendo o folículo piloso e o tecido circunjacente e
que, quando se conectam profundamente com a dis-
Doenças
seminação do quadro, fazem surgir os carbúnculos,
ao passo que as coleções supurativas maiores e mais
profundas são os abscessos; erisipela, infecção normal-
infectocontagiosas
mente desencadeada por Streptococcus, dependente de
porta de entrada para seu desenvolvimento e que se
apresenta como placa bem delimitada, acompanhada de
dor local, adenomegalia reacional e febre com calafrios,
afetando principalmente os membros inferiores; celu-
lite, uma infecção bacteriana de pele e subcutâneo com
envolvimento de estruturas mais profundas, como fás-
bacterianas agudas
cia, músculos e tendões e que se apresenta como placa
mal delimitada, dolorosa, afetando principalmente sítios
cirúrgicos; síndrome da pele escaldada estafilocócica,
uma dermatite esfoliativa e bolhosa causada por toxinas
epidermolíticas de Staphylococcus e praticamente res-
trita a crianças, podendo ocorrer surtos epidêmicos em
berçários e creches.
doenças infectocontagiosas bacterianas agudas 51
E - Métodos diagnósticos
O aspecto clínico oferece o diagnóstico, sem a necessidade de exames
confirmatórios. A cultura e o antibiograma podem ser solicitados se
não há resposta ao tratamento empírico inicial. Aquela também é reali-
zada na mucosa nasal nos casos recorrentes. No exame anatomopato-
lógico do impetigo bolhoso, a clivagem é intraepidérmica, logo abaixo
da camada granulosa.
F - Tratamentos
A maioria dos casos é resolvida com o uso de sabões antissépticos e
antibióticos tópicos (mupirocina, ácido fusídico, entre outros). Alguns
casos disseminados requerem antibióticos sistêmicos, como cefalospo-
rinas (cefalexina) ou macrolídeos (azitromicina). Atenção deve ser dada
à escolha do antibiótico correto (Tabela 1).
A mupirocina tópica pode ser usada na mucosa nasal para tratar os
carreadores, em um regime de 1 semana/mês.
Diante de um caso de impetigo bolhoso, devem-se evitar penicilina e Importante
seus derivados, devido ao fato de S. aureus ser resistente naturalmente.
Em casos recorrentes de
impetigo, deve-se pro-
Tabela 1 - Agente causador e tratamento dos impetigos
ceder à descolonização
Crostoso Bolhoso bacteriana do paciente
Mais Streptococcus (principalmente S. Sempre Staphy- e familiares com uso de
Agentes antibióticos tópicos.
pyogenes) do que Staphylococcus lococcus aureus
8
Neste capítulo, serão abordados os eczemas, também
denominados dermatites. Clinicamente são semelhantes,
sendo a vesícula a lesão inicial, evoluindo para exulce-
ração com crosta sobre base eritematosa e, por fim,
liquenificação. São desencadeados por diferentes meca-
nismos, sendo o diagnóstico clínico dependente de
anamnese minuciosa e o tratamento, com base em cor-
ticoterapia tópica e afastamento do agente causal,
quando possível. O eczema de contato tem 2 variantes:
por irritante primário e de contato alérgico. O primeiro
Doenças
independe de sensibilização prévia e costuma ser desen-
cadeado por produtos ácidos e cáusticos, com as lesões
limitadas às áreas de contato direto. Já o eczema alérgico
eczematosas
necessita de contato prévio, com formação de antígenos
e manifestações clínicas somente no contato posterior. O
eczema atópico, por sua vez, é uma doença multifatorial
que leva a intenso prurido, com períodos apresentando
manifestações exuberantes intercalados por períodos
de acalmia. Para a confirmação diagnóstica, são utiliza-
dos critérios, sendo os maiores: prurido, quadro crônico
recorrente, lesões eczematosas típicas (nas faces exten-
soras em crianças e nas dobras em adultos) e história
pessoal de atopia; já os critérios menores são: pele xeró-
tica, dermografismo branco, prick test positivo ou IgE
positiva, cataratas anteriores subcapsulares, ceratocone,
pitiríase alba, ceratose pilar e prega de Dennie-Morgan.
O eczema seborreico relaciona-se a áreas ricas em glân-
dulas sebáceas, onde o fungo saprófita Malassezia furfur
desencadeia a doença. Sua forma leve é popularmente
denominada caspa. Portadores de HIV e doenças neu-
rológicas têm apresentações clínicas exuberantes, com
intensa descamação no couro cabeludo, na face e no
tronco. Já o eczema numular recebe essa denomina-
ção pela aparência clínica da lesão, em forma de moeda.
Pele xerótica associada a desbalanço da flora bacte-
riana, com predomínio do S. aureus, e hiperatividade
mastocitária levam a esse quadro, que invariavelmente
deve ser manejado com o emprego de antibióticos. No
eczema disidrótico, predominam vesículas em regiões
palmoplantares, podendo haver associação a infecções
fúngicas ou bacterianas. E, nos fotoeczemas, as lesões
são desencadeadas pela exposição solar, apresentando-
-se demarcadas em regiões corpóreas fotoexpostas.
Podem ter caráter fotoalérgico (associado a medica-
mentos, por exemplo) ou fototóxico (“queimaduras” por
plantas).
doenças eczematosas 111
d) Métodos diagnósticos
Na maioria dos casos, só se chega ao agente implicado com a ajuda do
teste de contato (patch test). Por intermédio dele, determina-se a qual
substância o paciente está sensibilizado e, a partir daí, pela história
clínica, faz-se a correlação com o produto que pode estar sendo uti-
lizado; por exemplo, um indivíduo que tenha positividade no teste de
contato para a neomicina e que vinha usando pomada para tratamento
de úlcera varicosa. Vale ressaltar que o teste de contato não deve ser
realizado com quadro agudo ativo, pois aumenta a incidência de falsos
positivos.
O níquel é a principal substância causadora de dermatite de contato
alérgica (Tabela 1).
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