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JATAÍ
2006
i
Orientador:
Prof. MSC. Tiago Luiz Kunz
Supervisores:
Dra. Christina Siqueira Mendonça
Médico Veterinário Luiz Augusto de Souza
JATAÍ
2006
ii
_________________________________
Prof. MSc. Tiago Luiz Kunz
Presidente da Banca
____________________________________
Profa. MSc. Alana Flávia Romani
Membro da Banca
___________________________________
Prof. MV Filipe Augusto Sales Gomes
Membro da Banca
iii
AGRADECIMENTOS
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO.............................................................................................. 1
3.3 Anamnese............................................................................................ 6
3.5.1 Ultra-sonografia............................................................................ 10
3.7 Pós-operatório...................................................................................... 17
4 REVISÃO DE LITERATURA........................................................................... 18
4.3 Diagnóstico........................................................................................... 20
4.5.5 Assepsia....................................................................................... 25
6 CONCLUSÃO................................................................................................. 40
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................ 41
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LISTA DE QUADROS
LISTA DE FIGURAS
Figura 9 Primeira linha de sutura, com pontos simples separados a fim de realizar
a anastomose do segmento resseccionado...........................................................15
Figura 17 Omentalização.......................................................................................32
LISTA DE ABREVIATURAS
1 INTRODUÇÃ0
Além de possuir uma sala isolada para internação de animais acometidos por
doenças infecto-contagiosas, onde o acesso é restrito.
O Setor de Cirurgia é equipado com três salas cirúrgicas, com dois
aparelhos de anestesia inalatória, um ecocardiograma, foco cirúrgico, Caixas
contendo medicamentos como anestésicos, medicamentos, e ou drogas para
atendimento de emergências, podendo-se assim realizar mais de um
procedimento cirúrgico simultaneamente, além de possuir também uma sala de
tricotomia e uma sala com canil contendo dez baias para pós-operatório.
O Setor de Laboratório Clínico Patológico realiza exames de diversas
espécies, tais como hemograma, pesquisa de hematozoários, urinálise completa,
bioquímicas séricas, parasitológico de fezes, exame direto de raspado de pele,
entre outros de grande importância para o fechamento do diagnóstico clínico dos
casos atendidos.
O Setor de UTI, é munida de dois leitos com campânula para
aquecimento, oxigênio, além de equipamentos e medicamentos e drogas para
atendimentos emergenciais.
O Setor de Diagnóstico por Imagem é munido de um aparelho
Ultrasonográfico, contendo uma sala separada e devidamente climatizada para
tal, além de possuir três aparelhos de Raios-X, sendo que dois são fixos e um
portátil. O Setor ainda possui abertura para o lado externo do Hospital Veterinário
para que se possam ser realizados os exames de Raios-X em grandes animais.
O Hospital Veterinário funciona somente em horário comercial, onde os
atendimentos são realizados pelos estagiários e residentes, além de serem
supervisionados pelos médicos veterinários responsáveis por cada setor do
Hospital. Ele ainda possui enfermeiros contratados, que revezam e auxiliam no
atendimento clínico, na coleta de materiais para exames, administração de
medicamentos receitados, e cuidados com os animais internados durante o
horário de atendimento do hospital.
Durante o estágio foram acompanhadas atividades relacionadas tanto
no atendimento clínico quanto aos procedimentos cirúrgicos. No setor de
atendimento clínico, foram acompanhados diversos procedimentos, além de
atendimentos de retorno, colheita de materiais para exames laboratoriais,
acompanhamento de exames radiológicos e ultrassonográficos, acompanhamento
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3.3. Anamnese
Segundo a proprietária, o animal se alimentava exclusivamente de
ração comercial de boa qualidade, convivia com outro animal da mesma raça que
não apresentava sintomatologia clínica semelhante; permanecia dentro de casa
em de piso cimentado e não tinha acesso à rua. O animal recebeu as vacinações
em clínicas particulares, embora o paciente não tenha recebido reforços anuais; a
everminação estava em dia, sendo a última realizada há três meses; foi informado
que o animal há pouco tempo encontrava-se com uma leve infestação por
carrapatos.
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3.5.1 Ultra-sonografia
A ultra-sonografia foi então solicitada como método auxiliar, a fim de se
chegar a um diagnóstico preciso a respeito do quadro clínico do paciente
atendido, pois somente com os exames realizados tais como hemograma com
pesquisa, parasitológico de fezes e urinálise, não se pode comprovar o
diagnóstico conclusivo.
O procedimento foi realizada com o animal em decúbito dorsal, e o
transdutor sendo colocado na região abdominal, tornando possível a visualização
de vários órgãos da cavidade abdominal. No exame ultrasonográfico foi possível
observar bexiga com parede anecóica e lisa em sua porção interna. O rim direito
mostrava estruturação interna preservada; o rim esquerdo apresentava
estruturação interna definida, sensível ao toque, com estrutura hiperecogênica,
sem definição de bordas ao seu redor.
Nas alças intestinais foi observada grande quantidade de gases, sendo
que as mesmas apresentavam-se deslocadas cranialmente. Foi constatada uma
estrutura tubular longa, de mais ou menos 15 cm, na região média do abdome,
com parede hiperecóica, constituído de ecogenicidade mista. Não foi possível
uma boa visualização do fígado.
De acordo com os achados ultrassonográficos, foi possível suspeitar de
intussuscepção de alças intestinais e ou de obstrução do lúmen por corpo
estranho, mas não foi possível confirmar precisamente o diagnóstico. Sendo
assim, o paciente foi encaminhado para realização do exame radiográfico para
confirmar o diagnóstico.
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3.7. Pós-operatório
No Pós-operatório foi recomendado ao paciente que pernoitasse em
uma Clínica Veterinária de plantão afim de que recebesse por toda a noite fluida
terapia de suporte, já que o Hospital Veterinário funcionava apenas em horário
comercial, para que no dia posterior retornasse a fim de receber todo o tratamento
de suporte pós-cirúrgico.
Foi então prescrito ao paciente antibióticoterapia à base de Cefalexina
30mg/kg (medicamento manipulado) TID, durante 10 dias, Cloridrato de Tramadol
2,0 mg /kg, (Tramal, Pfizer São Paulo – SP), TID durante 3 dias, Metronidazol 2
mg /kg (Flagyl, Aventis Pharma Ltda – Suzano – São Paulo), BID, durante 10
dias, Fluido terapia a base de Soro Fisiológico 0,9% associado à glicose,
Antiinflamatório à base de Meloxican 0,1 mg/ kg, (Maxican comprimido 2,0 mg -
Ouro Fino Pet), SID, durante 06 dias, e Ornitagin Flaconete 10 ml (Suplemento
associado de Arginina, citrulina, e ornitina, Laboratório Baldacci S/A São Paulo –
SP), na quantidade de Meia Ampola por dia durante 3 dias.
Foi então recomendada ao paciente, que recebesse hidratação com
fluido terapia à base de solução glicofisiológica. Após a hidratação, recomendou-
se uma alimentação semi-líquida durante mais três dias, sendo constituída de
ração umedecida e batida em liquidificador, e posteriormente, alimentação semi-
sólida também durante três dias, além de utilização do colar Elisabetano.
Foi recomendado também, que se realizasse curativo no local da
incisão, com base em uma limpeza no local com solução fisiológica e
posteriormente utilizado spray à base de Rifamicina SV sódica 10mg/ml, (Rifocina
spray 10mg/ml, Aventis Pharma Ltda – Suzano – SP), até que se realizasse a
retirada dos pontos.
No retorno do animal para retirada da sutura de pele após 12 dias, o
animal se mostrava ativo, urinando e defecando normalmente, se alimentando
normalmente e sem episódios de vômitos.
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4. REVISÃO DE LITERATURA
4.3. Diagnóstico
Segundo Willard (2006), a palpação de uma alça intestinal alongada,
obviamente espessada, permite estabelecer o diagnóstico presuntivo; entretanto,
algumas doenças infiltrativas produzem alterações semelhantes. A
intussuscepção ileocólica curta, que não se estende distalmente para o cólon
descendente, pode especialmente difícil de ser palpada, pelo fato de se encontrar
sob o gradil costal. Ocasionalmente as Intussuscepções “deslizam” para dentro ou
para fora do cólon e pode passar despercebida durante a palpação. Se a
intussuscepção protrui distalmente até o reto, o clínico deve palpar
cuidadosamente ao seu redor, para se certificar de que existe um fórnix (é um
prolápso retal) e não deixar de lado o diagnóstico mais importante de
intussuscepção (na qual o fórnix não pode ser encontrado).
De acordo com Jergens & Willard (2004), a palpação de uma alça
intestinal acentuadamente aumentada (isto é, do tipo “salsicha”) é sugestiva de
intussuscepção aguda, entretanto é difícil palpar intussuscepções curtas.
Intussuscepções ocasionais “deslizam” para dentro e para fora, tornando possível
palpar o abdome quando a intussuscepção está ausente.
As radiografias abdominais simples não permitem estabelecer o
diagnóstico de intussuscepção ileocólica, porque ela comumente causa acúmulo
mínimo de gás intestinal. O enema contrastado de bário pode revelar defeito de
preenchimento de cólon característico, causado pelo íleo intussusceptado
estendendo-se para o cólon (Willard, 2006).
Jergens & Willard (2004) citam que além dos enemas baritados, a ultra-
sonografia é a técnica diagnóstica preferida, podendo se realizar também a
colonoscopia flexível, que quase sempre revela a intussuscepção preenchendo a
luz do cólon.
Deve ser sempre pesquisada a causa da intussuscepção (por exemplo,
massas, parasitos, enterite). Devem ser realizados exames fecais para parasitas
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4.5.5 Assepsia
Segundo Orsher & Rosin (1998), devemos envidar todos os esforços
para que seja minimizada a contaminação bacteriana da cavidade peritoneal
ocorrente nas cirurgias intestinais. O segmento de intestino preparado para
ressecção e anastomose e enterectomia é isolado e afastado da cavidade
peritoneal por camadas de gases umedecidas ou compressas de laparotomia. O
conteúdo intestinal é deslocado do local da ressecção antes que as pinças
atraumáticas sejam aplicadas transversalmente ao lúmen intestinal.
Os panos de campo cirúrgicos devem ser impermeáveis à água. Panos
confeccionados em tecido, particularmente depois de várias lavagens, perdem
suas propriedades de barreira. Os instrumentos e equipamentos utilizados
durante a ressecção e anastomose intestinal ou enterectomia serão descartados
depois de completado o procedimento; as luvas e roupas cirúrgicas serão
trocadas, a cavidade peritoneal será completamente lavada, e a oclusão do
mesentério e da parede abdominal será executada com instrumentos e materiais
de sutura esterilizados (Orsher & Rosin 1998).
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colocado em cada lado da parede intestinal (Figura 17). O omento é crítico para
uma cicatrização de sucesso dos ferimentos intestinais, pois pode selar pequenos
vazamentos anastomóticos e impedir uma peritonite. Os cães com omento maior
removido apresentam uma morbidade e uma mortalidade significativas
associadas a uma anastomose intestinal, enquanto a maioria dos cães sobrevive
e se dá bem quando o omento permanece (Ellison 2005).
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Figura - 13 Pinças proximal (A) e distal (B) são colocadas ao redor da área a ser
resseccionada. Vasos mesentéricos e acadianos são ligados duplamente, como
mostrados. O intestino é transeccionado com uma lâmina de bisturi
externamente às pinças (linhas tracejadas) e o mesentério é incisado com
tesouras de dissecção (linhas pontilhadas), (Ellison 2005).
5. DISCUSSÃO E CONCLUSÃO
em algumas vezes cursam também de dores abdominais e Levitt & Bauer (1992),
que citam além destes sinais, que pode ocorrer também a depressão e a
anorexia, que foi o demonstrado pelo animal que se encontrava apático.
De acordo com Twedt (2004), o vômito é um sintoma clínico que pode
determinar uma imensa quantidade de diferentes doenças, assim como a
hematoquesia e melena citadas por Guilford (2004). Dentre as possíveis
patologias que podem acometer pequenos animais com as sintomatologias acima
citadas, a intussuscepção aguda é uma delas.
No exame clínico mais detalhado, o clínico pôde detectar que o animal
apresentava dores à palpação de algumas regiões de seu abdome, além de
palpar algumas massas que o trazia dúvidas do que seria. Os sinais clínicos,
segundo (Kirk & Bistner, 2002), são freqüentemente leves, já que a maior parte
das intussuscepções ocorre no intestino delgado distal, o jejuno distal, o íleo e
junção ileocólica são localizações mais comuns. A obstrução é geralmente parcial
no início, mas progride com o tempo para completar a obstrução luminal (Kirk &
Bistner, 2002).
Segundo Willard (2006), a palpação de uma alça intestinal alongada
obviamente espessada, permite estabelecer o diagnóstico presuntivo, entretanto,
na palpação feita no animal, não se pôde constatar com certeza, este
espessamento, sendo assim, não havia conseguido até o determinado momento a
confirmação do diagnóstico presuntivo.
Após a realização do exame físico, o paciente foi então encaminhado
ao Setor de Diagnósticos por Imagem e levado então a realizar o exame
ultrassonográfico a fim de tentar o fechamento do provável diagnóstico.
A ultra-sonografia foi realizada com o animal em decúbito dorsal, e o
transdutor sendo colocado na região abdominal, fazendo que fosse possível a
visualização de vários órgãos da cavidade abdominal. No exame
ultrassonográfico foi possível observar alças intestinais com grande quantidade de
gases e deslocadas cranialmente, além de ser constatada uma estrutura tubular
longa, de mais ou menos 15 cm, na região média do abdome, com parede
hiperecóica, constituído de ecogenicidade mista.
De acordo com os achados ultrassonográficos, foi possível suspeitar o
diagnóstico de intussuscepção de alças intestinais, embora Jergens & Willard
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6. CONCLUSÃO
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
12. TWEDT D.C. Vômito. In: ETTINGER, S.J., FELDMAN, M.D. Tratado de
Medicina Interna Veterinária 5.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004.
cap.34. 2156 p.
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