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Edição Especial O MANUAL – MINI PRÉVIA

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SUMÁRIO

Editorial – Apresentação ............................................................................. 2


Antes de iniciar... ........................................................................................... 4
Sessão 1 – Conhecendo a UFMG ................................................................ 5
1- Medweek .................................................................................................... 5

Sessão 2 – Manual de Redação ................................................................... 7


1- Redação ENEM 2018, Giovana Carvalho, turma 67 – 2ºano ............................ 7
2- Conteúdo teórico para o aprimoramento da ecrita .......................................... 11

Sessão 3 – Jornal O Esqueleto propriamente dito .............................. 19


Sessão 4 – Artigo Dr. Pedro Miranda ..................................................... 25
Sessão 5 – O caminho percorrido por acadêmicos inspiradores ... 27
1. Trajetória – Luciana Martins Rosa, turma 64 – 5º ano ..................................27

Sessão 6 – A faculdade que eu quero ...................................................... 28


1. Sucesso ......................................................................................................................... 28

Sessão 7 – Bagagem de mundo ................................................................. 30


1. Diversas fontes do saber (sites, páginas, vídeos, filósofos e sociólogos).. 30
Sessão 8 – Otimizando os estudos e estratégias de prova ................ 31
Sessão 9 – Saúde Mental ............................................................................ 34
1. Vamos falar sobre saúde mental? ....................................................................... 34
2. Meditação transcedental ....................................................................................... 35
3. Outras práticas ......................................................................................................... 36

Sessão 10 – Surpresa preparada aos futuros calouros ..................... 39

Mural de fotos ............................................................................................... 39

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Editorial - Apresentação

Saudações, discentes!

Esta é uma mini-prévia da “Edição Especial O Manual” que


contempla uma exímia seleção de textos de todas as 10 sessões de
conteúdo em que foi organizada o versão integral deste material.

“O Esqueleto’’ é um tradicional Jornal produzido pelos acadêmicos da


Faculdade de Medicina da UFG (FMUFG), que visa compartilhar, por meio do
texto, as vivências, aprendizados, subjetividades, opiniões e visões de mundo
com foco no contexto do estudante de medicina. Atualmente, o “Jornal O
Esqueleto” é um projeto de extensão vinculado a UFG, e adquiriu esse status
devido ao seu legado e ao seus objetivos, que, por sua vez, perpassam pela
promoção da escrita livre, da cultura, do viés reflexivo e contribui para a
manutenção da saúde mental dos alunos do curso.

No intuito de ampliar a democratização do acesso ao conhecimento,


especialmente em tempos de fragilidade econômica e social, os coordenadores
do Jornal vislumbraram a organização e a veiculação de uma Edição Especial
que abarcasse um conteúdo voltado ao estudante de
ensino médio e/ou cursinho que almeja cursar medicina
em uma faculdade renomada. Eis que o projeto intitulado
“O Manual” finalmente tornou-se possível a partir da
colaboração de inúmeros acadêmicos inspiradores da
FMUFG, que buscaram compartilhar conhecimentos
importantes em suas trajetórias até a aprovação em uma
universidade pública. Assim como a específica “Maiê
Escola de Redação”, que enriqueceu ainda mais o
conteúdo oferecendo material teórico de redação de
excelente qualidade, indicado pelos idealizadores deste
projeto. A edição O Manual é composta por dez sessões
que expõem diversos caminhos e possibilidades para
obter sucesso na jornada de “tornar-se médico”, com
ênfase na fase pré-vestibular. Sem dúvidas, este é um
dos maiores presentes que vocês podem dar a si mesmos
e a seus amigos que se preparam para o vestibular, sendo
um investimento não só em motivação e qualificação,
mas também em saúde integral, junto a uma percepção
abrangente do universo acadêmico e da medicina.

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Pelo trabalho desenvolvido em mais de 150 páginas de material e
pelos nobres propósitos que motivaram os envolvidos na elaboração
do Manual, sobretudo os coordenadores, contamos com você,
discente, docente ou instituição de ensino para que divulgue
amplamente esta mini-prévia feita especialmente para isso.
Compartilhe nas redes sociais evidenciando nosso contato via
instagram do projeto: @jornaloesqueleto e via email:
jornaloesqueleto@gmail.com. A partir deles é possível realizar o
pedido do Manual, basta responder o formulário na Bio do
Instagram e realizar o pagamento de um valor simbólico de 5,00
reais. Também abrimos um pedido de insenção desta quantia para
os estudantes que passam por dificuldades financeiras.

Gabriela Ferreira Fernandes Ribeiro, turma 65 – 4ºano

Laysa Moreira Campos Costa, turma 67 – 2º ano

Capas de
Edições
anteriores do
Jornal

O Esqueleto

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Antes de inicar...

O Açoite

Mas que ideia de jerico


De juiz e réu dividirem a cara
É mesmo função ingrata
Ser detento do próprio xadrez
E guarda segurando a chibata

Trem de doido, na certa


Uma mão carcando o chicote
A outra amarrada no poste
É mais outro causo
De vítima e carrasco num só pacote

Para a maioria dos vestibulandos, a iminência das provas é a grande causa


das noites em claro. Nada mais justificável – é o momento em que você
confronta a eficácia de todo o seu aprendizado e, sobretudo, o seu desempenho.
Em instantes tão decisivos, muitos cometem o erro de encarar esses processos
seletivos como uma provação do seu próprio valor. Sim, são esses números que
determinarão a sua entrada na universidade dos sonhos, mas eles de forma
alguma medirão sua capacidade.
Acontece que essa autocobrança exagerada é, mais do que um problema
individual, uma característica inerente dos sistemas de trabalho e produção
atuais. É o que o filósofo sul-coreano Byung Chul Han chama de “sociedade de
desempenho”: antes capitalismo clássico de empregados e empregadores, agora
neoliberalismo de empreendedores. O sujeito outrora oprimido pelo patrão
virou o próprio algoz. A cobrança externa no horário comercial se transmutou
em cobrança interna 24 horas por dia.
E como no capitalismo nada é verdadeiramente evitável, esse modo de
autoexploração verte para atividades não-remuneradas como o estudo. É
justamente essa busca incessante pela otimização pessoal e pelo aumento da
eficiência que nos leva a acreditar que não temos valor a não ser quando
mostramos resultado. Em dias produtivos, até que é uma motivação eficaz. Mas
em dias difíceis, essa suposta solução cria novos obstáculos, como a depressão,
os transtornos de ansiedade e a tão famosa Síndrome de Burnout. Você acaba
por criar um círculo vicioso no qual você é tanto a vítima quanto o carrasco.
Aos que desejam ingressar na UFG, um pouco mais de perdão. Que vocês
possam se compreender como seres complexos e merecedores de
reconhecimento independentemente de seus desempenhos. Que o juiz dentro de
vocês possa absolver o réu, para que os dois possam trabalhar juntos em prol
desse sonho.
Maria Clara Arouche Cobucci, turma 68 – 1º ano
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Sessão 1
Conhecendo a FMUFG

A primeira Sessão do Manual é dedicada à Faculdade de Medicina da UFG


como um todo. Aqui, na versão completa da Edição O Manual, serão
apresentados as principais instituições e eventos que a tornam tão sui generis:

 CAXXIA - Centro Acadêmico XXI de Abril


 Bateria Madrasta
 Atlética Madrasta AAAJMR
 Coletivo Feminista Bertha Lutz
 Coletivo Negrex
 CineKalunga Goiás
 Show do Esqueleto
 Ligas Acadêmicas
 GestMed
 Semana Cultural
 Cine Clube e Clube do livro
 Medweek.

Medweek

O evento Medweek foi idealizado em 2018 na elaboração das propostas da


chapa ELO, chapa eleita para a gestão 2019 do CAXXIA. Baseado em workshops
já realizados em outras faculdades de medicina, especialmente as paulistas, a
ideia foi a abertura da faculdade para os futuros acadêmicos (alunos de ensino
médio e cursinho) para conhecerem melhor alguns aspectos da formação
médica, além de promover um espaço acolhedor de motivação e encanto em
relação ao curso superior.

Na primeira edição o evento recebeu mais de 160 alunos de mais de 40


diferentes escolas. O evento foi realizado simultaneamente no Campus Colemar
Natal e Silva e Campus Samambaia em dois dias, totalizando 20 horas de
atividades. Os temas que foram abordados na área da saúde são partes do
curriculum do ciclo básico do curso de Medicina e incluiam temáticas das
matérias de Histologia, Anatomia, Genética, Parasitologia, Patologia, Técnica
Operatória, Semiologia e Habilidades Médicas.

A segunda edição passo por uma repaginada! Aumentou a quantidade de


vagas (180 alunos) e contou com oficinas teórico-práticas mais direcionadas à
área médica. Foram mantidas algumas oficinas como de Técnicas Operatórias
(sutura em língua de boi, lavagem de mãos e instrumentação cirúrgica) e

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Semiologia (exame físico do sistema locomotor) e criadas novas oficinas
como as de Ginecologia e Obstetrícia (manobras de Leopoldi e exame da
mama), Ortopedia (prática com gesso e tala) e Ressuscitação Cardiopulmonar.

Diante de todos os esforços, o espírito do Medweek pode ser “resumido”


abaixo:

“Queremos mostrar que a universidade é mais do que apenas aulas,


conhecimentos acumulados e um diploma ao final. Queremos mostrar que ser
universidade é participar dela, é integrar-se a ela! A universidade é um
ambiente de diálogo, de formação pessoal e intelectual, de criar laços. A
universidade pode e deve ser um lar e possibilitar experiências
engrandecedoras”.

Curiosidades!

1. O evento sempre teve responsabilidade social com o ensino público. Diante


disso, 10% de suas vagas em cada edição são destinadas gratuitamente para
escolas públicas, sendo, até o momento, mais de 10 escolas beneficiadas.
2. Nas suas duas edições as inscrições para o Medweek se esgotaram em menos de
1 hora!
3. O evento também conta com um enorme quantitativo de alunos e professores.
Ao todo, mais de 120 alunos e 15 professores auxiliaram na execução das duas
edições!
Luciana Martins Rosa, turma 64 – 5º ano
Renato Gomes Castr, turma 66 – 3º ano
Julia Victoria Gonçalves Mourão, turma 67 – 2º ano

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Sessão 2
Manual de Redação

Esta sessão será um importante guia para o aprimoramento da sua


escrita e, consequentemente, sua redação. A edição completa do Manual
comtempla os seguintes tópicos:

 Análise detalhada de 2 redações nota 1000 de alunas da FMUFG;


 Métodos de aprimoramento da escrita (Maiê Escola de Redação);
 Textos modeladores para o enem, com detalhamento dos recursos
utilizados;
 Estratégias chave em redação.

1- Redação ENEM 2018, de Giovana Carvalho, turma 67

Tema: Manipulação do comportamento do usuário pelo controle de dados


na internet.
“Tecnologia multiplicada pela capacidade humana conduz à Suma
Felicidade”. Essa fórmula, criada pelo personagem Jacinto, do romance “A
Cidade e As Serras”, define a visão acerca da tecnologia típica da Primeira
Revolução Industrial. Contudo, tal harmoniosa relação entre homem e meio
tecnológico fica restrita à Europa do século XVIII. Afinal, no Brasil do século
XXI, o que há é a manipulação do usuário da internet pelo controle de seus
dados, seja pela falta de transparência das empresas, seja pela atual legislação
ineficaz.
Nesse sentido, há de se ressaltar que a ausência de conhecimento acerca dos
algoritmos das redes sociais resulta na completa subordinação dos usuários aos
interesses das empresas. Essa dominação fica evidente no uso, por parte da rede
social, de dados pessoais, como sites mais visitados pelo usuário, para veicular
propagandas personalizadas, as quais possibilitam maior chance de venda do
produto anunciado e, consequentemente, maior lucro para a empresa. Assim, se
“a liberdade é um sonho que a humanidade acalenta”, como diria Cecília
Meireles, no Brasil, tal conceito ético restringe-se a ser essa utopia, uma vez que
as ações na internet são condicionadas pelo lucro empresarial.
Essa padronização pela ética mercadológica é sustentada pela ineficácia da
legislação atual, que falha em verdadeiramente proteger os dados pessoais dos
brasileiros na internet. Dessa forma, o não estabelecimento dos parâmetros de
punição aos sites que violam o sigilo dos usuários perpetua a manipulação de
comportamentos na internet. Logo, com impunidade e hegemonia de empresas
privadas, concretiza-se o que a Escola de Frankfurt chamou de “standartização
cultural”, ou seja, predeterminação de hábitos e produção de costumes
homogêneos.
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Portanto, é preciso que empresas donas de redes sociais adotem condutas
mais transparentes sobre o funcionamento das plataformas digitais, por meio da
demonstração de como funcionam os algoritmos, os quais definem o conteúdo
visto pelos usuários, a fim de conscientizá-los acerca dos mecanismos de
controle da internet. Ademais, urge que o Poder Legislativo contribua com a
proteção dos dados dos usuários na internet, por meio da mudança da atual
legislação de crimes digitais, visando estabelecer punições mais eficazes para tal
violação. Dessa maneira, com o constitucional direito à privacidade assegurado,
a relação do homem com a tecnologia no Brasil ficará mais próxima daquela
descrita no romance de Eça de Queirós.
Argumentos: A redação do Enem sempre procurou estimular o pensamento
crítico e o posicionamento social dos participantes, seja ao abordar temas
latentes e relevantes no cenário nacional, seja ao definir como uma competência
de avaliação a elaboração de propostas para solucionar os problemas discutidos
no texto. Assim, é importante dedicar uma atenção especial aos argumentos que
serão desenvolvidos no texto para que a proposta de intervenção seja coerente,
eficaz e executável, e para que o texto seja sólido, condizente com o tema
pedido. A estratégia que utilizei é muito conhecida e utilizada por ser simples e
eficiente. Selecionei dois problemas relativos ao tema que acredito serem
relevantes e expus ambos na introdução de forma explícita, posteriormente
repetindo cada um deles no começo do parágrafo em que eu detalharia cada
problema selecionado. No primeiro parágrafo, argumentei sobre a falta de
transparência das empresas e, no segundo parágrafo, sobre a ineficácia da
legislação em relação à proteção de dados na internet. Escolhi parafrasear cada
problema no começo dos parágrafos de desenvolvimento para evitar repetição.
Muitos professores e estudantes gostam de trabalhar o conceito da "tese",
porém sempre acreditei que ela pode estar diluída no texto e, por isso, a
introdução que fiz parece não possuir uma tese bem definida. Nunca percebi
corretores penalizarem uma redação por causa disso, pelo menos em minhas
experiências. Acredito ser importante também elaborar propostas de
intervenção que estejam diretamente ligadas aos problemas selecionados, uma
vez que demonstra domínio e conhecimento do projeto de texto elaborado, o
que é critério de avaliação.

Recursos coesivos: A correção das redações do Enem também pontua o uso e


a diversificação de recursos coesivos, tanto entre parágrafos quanto dentro de
um mesmo parágrafo. Na transição da introdução para o primeiro parágrafo de
desenvolvimento, utilizei um recurso coesivo muito usado por sua praticidade.
Embora seja eficiente, acredito não ser a forma mais rica de demonstrar coesão
paragrafal, mas funciona sem exigir muitas linhas do texto, o que sempre foi
uma dificuldade para mim - eu sempre desejava ter mais 5 linhas para escrever
meu texto. Na transição do primeiro para o segundo parágrafo de
desenvolvimento, usei um recurso coesivo um pouco menos utilizado: paráfrase
de seu argumento anterior. Percebi, ao longo das redações que fiz me
preparando para o Enem, que variar entre um recurso mais comum e outro um
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pouco mais elaborado é forma muito eficaz e rica de construir a coesão dentro
do texto como um todo. Na transição para a conclusão, usei apenas uma
conjunção também pela necessidade de reduzir o tamanho do texto. Nos
recursos coesivos dentro de um mesmo parágrafo, empreguei aqueles que
ajudam no estabelecimento da argumentação, usando conjunções, pronomes e
advérbios que demonstravam as relações de causa e consequência, adversidade,
conclusão e outras ferramentas argumentativas, como "assim", "uma vez que",
"essa", "dessa forma", "logo", "portanto", "afinal".

Repertório sociocultural: Encontrar e desenvolver informações e referências


pertinentes à discussão sempre foi uma de minhas maiores dificuldades. O
momento da prova sempre me deixava ansiosa e construir o repertório
sociocultural produtivo era um desafio grande. Consegui superar essa
dificuldade com muita prática e muita leitura. Meus textos sempre possuíram
referências a textos literários por sentir que eu me lembrava de passagens e dos
enredos dos livros de forma fácil e natural. Acho que, na competência referente
ao repertório, a prática é a maior e melhor solução. Escrever usando certo dado
estatístico, citação ou alusão possibilita a sua memorização e,
consequentemente, seu uso no momento da prova. É importante também
sempre lembrar de retomar os repertórios utilizados e desenvolvê-los para que
fiquem sólidos e bem articulados ao parágrafo de argumentação. Em meus
parágrafos, o trecho subsequente a "tal harmoniosa relação" (introdução), "tal
conceito ético" (segundo parágrafo) e "com impunidade e hegemonia de
empresas privadas" (terceiro parágrafo) foram estratégias argumentativas para
consolidar o uso dos repertórios, justificando sua relação com o tema e os
problemas selecionados. Na conclusão, retomar o repertório usado na
introdução é uma estratégia eficiente para demonstrar que o projeto de texto foi
bem desenvolvido, como busquei fazer na última frase do texto, na qual também
citei brevemente um direito constitucional, que é contabilizado como repertório
sociocultural por fazer alusão à Constituição Federal de 1988.

Propostas de intervenção: Sempre acreditei ser a conclusão a parte mais


direta da redação do Enem, já que ao menos uma proposta deve conter
especificamente cinco elementos concretos e detalhados para que seja uma
proposta considerada completa e passível de avaliação com nota máxima. Em
minha primeira proposta de intervenção, os elementos são: "empresas donas de
redes sociais" (agente), "adotem condutas mais transparentes sobre o
funcionamento das plataformas digitais" (ação), "demonstração de como
funcionam os algoritmos" (modo/meio), "os quais definem os conteúdos vistos
pelos usuários" (detalhamento) e "conscientizá-los acerca dos mecanismos de
controle da internet" (finalidade). Na segunda proposta, elaborei apenas quatro
elementos: "Poder Legislativo" (agente), "contribua com a proteção dos dados
dos usuários na internet" (ação), "mudança da atual legislação de crimes
digitais" (modo/meio) e "estabelecer punições mais eficazes para tal violação"
(finalidade).
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O mais importante, em minha opinião, a ser dito para um longo ano de
preparo é: conheça a sua forma de escrever, faça testes
para encontrar aquilo que você faz bem e que os
corretores/professores elogiam e para saber em que
momentos você é mais suscetível a erros para evitar fazer
no dia da prova e para corrigir o que der. Não se
preocupe em analisar e se comparar com a
"concorrência": foque em você, pense que você fez o seu
melhor e ele é o suficiente para seus sonhos se
realizarem. Você está no lugar certo, no momento certo,
com todas as oportunidades certas. Eu acredito muito
que a vida é traiçoeira, mas não no sentido ruim. A vida é
traiçoeira no sentido em que desejamos algo, cultivamos esse algo dentro de nós
e lutamos por esse algo, mas ele não vem. A vida é traiçoeira no sentido de
traçar caminhos que jamais imaginamos, fazer com que acreditemos que jamais
chegaremos lá, no “lá” que sonhamos. A vida é traiçoeira e, por isso, pode ser
vista como injusta. Prefiro acreditar que ela pode ser inconveniente, mas não
errada. Inconveniente porque nos força a tentar de novo, e de novo, e mais uma
vez. Inconveniente porque nos força a sermos melhores, mais duros, mais
fortes. Inconveniente porque nos força a não desistir quando procurar outra
alternativa é mais fácil. Acho que, no fim, a vida é boa. Boa porque ela nos
fornece os meios para lutarmos por aquilo que sonhamos e o entrega para
aqueles que persistem no momento ideal. Boa porque os caminhos que ela traça,
aqueles que jamais cogitamos, são melhores do que aqueles que idealizamos.
Boa porque o sonho chega da melhor forma, no melhor momento, com as
melhores pessoas ao seu lado e com os melhores aprendizados por um caminho
pedregoso. A verdade é que precisamos entender que dúvidas, inseguranças e
medo não são negativos. Saramago acertou: “a nós é que compete encontrar
sentidos e definições, quando o que nos apeteceria seria fechar sossegadamente
os olhos e deixar correr um mundo que muito mais nos vem governando do que
se deixa, ele, governar”. O que precisamos é fazer das pedras no meio do
caminho um meio para crescer e florescer. O que precisamos é aceitar que, às
vezes, a culpa é nossa, e reconhecê-la é um gigante passo rumo ao progresso
individual, mas, em outras vezes, a culpa nos escapa. A culpa é do sistema, mas
os planos, infinitamente melhores, são do destino. O que precisamos é confiar.
Confiar que conseguimos tentar novamente e errar novamente, mas errar
melhor, porque só se chega errando e superando. O que precisamos é seguir:
seguir sendo melhores, seguir dando o máximo que podemos oferecer. No fim, o
nosso melhor é suficiente para alcançarmos tudo o que desejamos. Nenhum
sonho nasce sem motivo: o objetivo final é que o alcancemos,
independentemente do tempo, das opiniões alheias e das dúvidas pessoais.
Ainda bem que a vida é traiçoeira. No fim, o “lá” vira “aqui” devido, sobretudo,
às falhas que engrandecem nossa força de não parar pelo caminho.
Giovana Carvalho de Resende, turma 67 – 2º ano
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2 – Conteúdo Teórico para o
aprimoramento da escrita

A Maiê Escola de Redação elaborou e


cedeu, com muito carinho e dedicação, 36
páginas de conteúdo teórico para redação com
enfoque na prova do ENEM. O Material
encontra-se na Edição O Manual completa, portanto, para ter acesso basta
adquiri-lo por 5,00 reais e seguir as orientações do Editorial/Apresentação
desta prévia. A diretoria do Jornal reconhece contribuição da Maiê para a
qualidade e relevância do Manual, que vai de encontro ao propósito da
democratização do conhecimento.
APRESENTAÇÃO E AGRADECIMENTO:
É com muito orgulho e demasiada alegria que compartilhamos
uma prévia do trabalho ministrado pela Maiê Escola de Redação
quanto às estratégias de escrita necessárias à excelência na redação
do ENEM, por meio do qual será possível a realização do sonho de ser
aprovado para Medicina na Universidade Federal de Goiás.
Agradecemos à idealizadora deste manual, Gabriela Fernandes (ex-
aluna da professora Fernanda e estudante de Medicina da UFG), a
confiança em nosso trabalho, exclusivo em Goiânia, e parabenizamos
a iniciativa de compartilhar educação de qualidade com os alunos do
país. Nós, que também priorizamos a humanização do ensino,
mediante aulas individuais personalizadas, aulas em turmas
niveladas, oficinas de gramática e de inteligência emocional, reforçamos a importância de que
cada aluno seja tradado em respeito às suas singularidades e de que o texto, para o qual não
há fórmula mágica, seja sempre produzido com CONSCIÊNCIA, método e autonomia. Afinal,
para a feitura de uma redação nota MIL, é preciso se preparar!
Fernanda Faria, Professora e proprietária da Maiê Escola de Redação

COMO SEDUZIR O LEITOR NA INTRODUÇÃO DO TEXTO

Conforme o linguista russo Mikhail Bakhtin, cada gênero do discurso é dotado de um estilo
próprio e cada parte de um texto apresenta também suas características estilísticas peculiares.
Assim, a introdução, o desenvolvimento e a conclusão de dado enunciado têm direcionamentos
específicos. Vale ressaltar que o estilo é basicamente modelado a partir das escolhas lexicais,
sintáticas e semânticas. Desse modo, com as estratégias adequadas, poderemos conferir à
introdução, objeto deste módulo, características apropriadas para que ela cumpra suas funções
com êxito.
O autor, como um artista, deve trabalhar minuciosamente sua introdução, lembrando-se dos
três aspectos elencados por Bakhtin que formam o estilo. Logo, precisa escolher as palavras
apropriadas ao contexto, aquelas que se encaixam plenamente umas nas outras, conferindo
expressividade, precisão e registro adequado ao gênero discursivo. Também, a sequência do
encadeamento desses vocábulos, ordenados pela sintaxe, deve ser bem pensada. Experimente
mover orações, adjetivos e adjuntos adverbiais na frase. E cuidado com períodos longos. Você
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pode brincar ainda com as colocações pronominais facultativas, pode trocar uma oração
desenvolvida por uma reduzida. Quem disse que a gramática não tem uma margem maleável?
Experimente. Crie. Arrisque-se. Os professores, selecionando o que é funcional ou não, poderão
ajudá-lo a encontrar a sua voz estratégica no texto.
Outro elemento fundamental a todo parágrafo introdutório é a contextualização da
temática com que se trabalha. Para tanto, podemos validar uma estratégia, que não é única, mas
que possibilita ótimos resultados, sobretudo aos alunos com dificuldades de iniciar a produção:

4. Contextualização do assunto
5. Recorte temático
6. Tese

Atenção:
Para não fugir ao tema ou tangenciar, use ao longo da introdução, as palavras centrais da
frase temática bem como seus sinônimos.

Estratégias composicionais
A Maiê selecionou para você vários exemplos de parágrafos introdutórios, nos quais
lançamos mão de estratégias composicionais que irão ajudá-lo na construção de introduções de
excelência. Elas servirão como base, e não como regra, para que você mesmo crie suas próprias
estratégias. Vamos!

FRASE NOMINAL + EXPLICAÇÃO

A frase nominal é uma estratégia carregada de estilo e criatividade. O objetivo é que o leitor
fique impactado já no início do texto.
A introdução é iniciada com uma frase nominal curta, que, em seguida, deve ser retomada e
explicada. Para isso, o próximo período precisa conter algum elemento anafórico que retome a
frase nominal, como “esse”, “essa”, “eis”, “assim”, etc. O autor segue contextualizando seu
público e, por fim, insere sua tese. Vamos analisar um exemplo:

Tema: Razões para o fracasso do sistema penitenciário brasileiro


Reeducação e reinserção social. Esses são, segundo Michel Foucault, alguns dos objetivos
propostos para nortear o sistema penitenciário na modernidade. Contudo, no Brasil, os tempos
modernos ainda não alcançaram as instituições prisionais, que, deturpadas por uma
incontestável barbárie, galgam ínfimos resultados na recuperação do preso. As razões de seu
fracasso são óbvias: ausência de investimentos infraestruturais e de um eficiente projeto de
reeducação dos apenados.
Desse modo, fazem-se imprescindíveis medidas que solucionem o déficit do sistema
prisional brasileiro.

OPOSIÇÃO

Nas duas frases iniciais, o aluno estabelece uma oposição construída a partir de aspectos
inerentes à temática. Em cada um dos períodos, enuncia-se uma face que se opõe à outra, que
pode abarcar, por exemplo:

7. Uma situação ideal (frase 1) que é contraposta à realidade (frase 2);


8. Dois argumentos contraditórios que expressem distintos pontos de vista da sociedade
sobre o tema ou o assunto;
9. Duas situações adversas concernentes à problemática posta em cena pelo tema.

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Por exemplo, se a temática gira em torno do capitalismo, pode-se explicitar a oposição entre
pobres e ricos; se o foco for a eutanásia, pode-se refletir sobre os argumentos contrários e
favoráveis a essa prática. Atente-se para o fato de que cada uma das duas frases de entrada deve
ser introduzida por um elemento de oposição (tabela abaixo).
Em seguida, na terceira frase, a oposição deve ser retomada explicitamente e explicada ao
leitor, de modo a contribuir para o desenvolvimento temático e a evitar problemas de coesão e
de coerência. Para essa retomada, lance mão de algum recurso anafórico, como “esse”, “essa”,
“tal” e “eis”.

Elementos de oposição
De um lado, De outro,
Em uma face, Em outra,
Sob um ponto de Sob outro ponto de
vista, vista,
Em uma direção, Em outra,
Em um extremo, Em outro,
Em uma perspectiva, Em outra,

Vamos aos exemplos?

Tema: A desigualdade social no Brasil


De um lado, condomínios de luxo, mesas fartas, motoristas particulares. De outro, casebres
frágeis, fome, ônibus lotados. Esse é o inaceitável – e dicotômico – retrato da sociedade
brasileira, vendida às migalhas do capital, sistema que, conforme o sociólogo Karl Marx, tende a
intensificar, ainda mais, as desigualdades sociais. No Brasil, esse cenário de disparidades,
resultante também da inoperância estatal e da resignação social, lança, todos os anos, milhões
de indivíduos à miséria.

SEQUÊNCIA CINEMATOGRÁFICA + EXPLICAÇÃO

Baseada na técnica do cinema, que coloca em sequência pequenas cenas, verdadeiros flashes
com fragmentos da realidade fílmica, a estratégia de sequência cinematográfica + explicação é
um bom recurso, sobretudo, para artigos de opinião. Sua composição é simples: construa uma
sequência de frases curtíssimas de conteúdo relacionado à temática – essas frases podem ser
nominais e constituir-se de apenas um vocábulo. Em seguida, mediante elementos anafóricos
para a retomada dos pequenos períodos, o aluno deve explicitar ao leitor a que se referem a
sequência e, então, desenvolver a temática. Vejamos:

Tema: O consumo de drogas ilícitas entre os brasileiros


Depressão. Ansiedade. Colapso nervoso. Overdose. Morte. Esses são alguns dos efeitos
causados pelo consumo de drogas ilícitas, que, conforme o Instituto Oswaldo Cruz, atinge mais
de 3,5 milhões de brasileiros. Diante desse preocupante cenário, é válida a compreensão de que
as pressões instituídas pela pós-modernidade – que impelem o indivíduo ao escapismo da
realidade – e a inoperância do Estado configuram-se como os principais impasses para a
urgente e necessária resolução dessa grave problemática.

ALUSÃO HISTÓRICA

Com esta estratégia, você mostra ao leitor domínio de conteúdo acerca da constituição da
realidade e ainda tem sua nota otimizada pelo uso de repertório sociocultural. Para fazer uma
boa alusão histórica, basta agenciar algum conteúdo da história que tenha conexão com o tema,

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seja para estabelecer uma comparação, seja para encontrar as origens da questão levantada pela
frase temática. Mas não se esqueça: a alusão é apenas integrante da contextualização do
parágrafo introdutório, você precisa, explicitamente, conectá-la ao recorte temático e, em
seguida, enunciar a tese. Analisemos os exemplos:

Tema: Universalização do acesso ao ensino médio no Brasil


O problema da universalização do ensino é histórico no Brasil. Afinal, sabe-se que a primeira
lei que fez referência a uma escolarização coletiva e gratuita no país foi promulgada apenas em
1824. Diante desse contexto de atraso, não é de se estranhar o contingente de brasileiros que, na
atualidade, não finalizou o ensino médio: 52% da população entre 25 e 64 anos, segundo a
OCDE. Mas quais desafios enfrenta a nação para acesso e término da educação básica?
Destacam-se, a priori, a desigualdade social e uma metodologia de ensino inegavelmente
arcaica.

Tema: Os desafios para o desenvolvimento científico no Brasil


A “Belle Époque” foi um período histórico europeu caracterizado, sobretudo, pelo
investimento em prol da expansão da ciência e da pesquisa, o que tornou a Europa referência no
campo de invenções tecnológicas. No entanto, ao se observar a realidade brasileira
contemporânea, percebe-se a deterioração do potencial científico e tecnológico, destoando-se do
modelo europeu no fim do século XIX, uma vez que a paralisia das políticas públicas voltadas à
área é persistente no dito país do futuro. Nesse sentido, em uma reflexão mais crítica, é possível
perceber que a falta de investimento governamental na pesquisa e a ausência de programas
escolares que despertem o interesse pela ciência são os principais impasses ao avanço técnico-
científico no país.
METÁFORA

Uma boa metáfora, recurso poético por excelência, tem o poder de criar as mais belas
imagens que podemos elaborar. O uso de tal figura de linguagem demonstra sensibilidade e
criatividade, nada melhor para convencer o leitor a acompanhar as linhas de seu texto.
Desenvolver uma metáfora requer a substituição de um termo por outro mediante analogia,
evidenciando semelhança semântica entre os elementos relacionados. Veja:

Para fincar a bandeira da vitória sobre a educação precária, a melhor


tática que o Brasil pode usar é munir-se de bons professores.

Tema: Publicidade infantil


Os capitalistas, no jogo das vendas, colocam em campo várias artimanhas. Uma das jogadas
de mestre é a propaganda destinada às crianças. Aproveitam-se da fragilidade do time infantil
para lhe empurrar o consumismo, que ataca, sobretudo, mediante a indústria cultural, estudada
pelos filósofos de Frankfurt. É preciso, portanto, que a sociedade drible a alienação infantil,
dando cartão vermelho à publicidade direcionada a esse público. Para tanto, urge forte defesa
com leis mais rígidas e maior atenção dos pais.
CITAÇÃO

Com esta estratégia, você pode enriquecer tematicamente sua redação e atrair a atenção do
leitor. Leve à sua produção um fragmento textual – intimamente relacionado à temática –
enunciado por alguma autoridade intelectual. Todavia, essa citação não deve simplesmente ser
“jogada” em seu parágrafo inicial. Você deve comentá-la, conectando-a ao restante da
introdução; caso contrário, será provocado um problema de coerência. Explique ao leitor por
que você acha pertinente ao tema a citação selecionada. É importante também indicar a área de
atuação da autoridade de quem a citação é tomada.
15
Lembre-se: há dois tipos de citação, a direta e a indireta.

CITAÇÃO DIRETA (COM ASPAS)


Neste caso, você transcreve a citação exatamente como enunciada pelo autor e vale-se de
aspas para cercá-la.

Tema: Depressão social no Brasil contemporâneo


“Tinha uma pedra no meio do caminho.” Um dos trechos mais célebres da poesia moderna,
do poeta Carlos Drummond de Andrade, publicado em 1928 na “Revista de Antropofagia”,
aborda os obstáculos que as pessoas encontram durante a vida. Analogamente às pedras do
poema, a depressão social tem-se mostrado como um dos grandes obstáculos da
contemporaneidade. Afinal, a doença ganha cada vez mais força e já é considerada, de acordo
com a Organização Mundial da Saúde (OMS), como a mais incapacitante do século XXI. Para
contê-la, a sociedade brasileira precisa, urgentemente, combater suas raízes: as pressões
instauradas pelo cotidiano capitalista e a falta de inteligência emocional em âmbito escolar.

CITAÇÃO INDIRETA (SEM ASPAS)


Quando você não sabe exatamente as palavras do autor ou não quer usá-las, parafraseie-as.
Ou seja, lance mão de seu próprio vocabulário para enunciar as ideias daquela autoridade que é
encaixada ao texto, operação que dispensa as aspas. Nesse terreno, vale o alerta do escritor
sergipano Antônio Carlos Viana: “É melhor citar de forma indireta que de forma errada.”

Tema: Os entraves para a inserção do idoso no mercado de trabalho


Segundo Voltaire, é preferível morrer a viver uma velhice insípida e ociosa. Sob essa ótica,
em consonância com o filósofo, pode-se afirmar que o homem precisa vivenciar experiências
que não restrinjam sua existência à monotonia, sobretudo quando em idade avançada. Todavia,
ao se observar a realidade brasileira, é indubitavelmente notória a crença de que velhice é
sinônimo de ociosidade, o que corrobora as dificuldades enfrentadas pelos idosos para a sua
inserção no mercado de trabalho brasileiro. Nesse sentido, vale destacar que a disseminação de
estigmas sociais e a inexistência de leis que assegurem a participação ativa do idoso em âmbito
laboral configuram-se como os principais impasses frente à necessidade de transformação dessa
realidade.

Tema: A questão da alfabetização no Brasil


Segundo o filósofo prussiano Immanuel Kant, a educação é o maior e mais difícil desafio
imposto ao homem. Em conformidade com esse pensamento filosófico, observa-se que, no
Brasil, há um grave problema no que diz respeito aos desafios da esfera educacional, já que
continuam alarmantes os índices de analfabetismo no país. Diante desse crítico cenário, vale
considerar que a falta de investimento governamental em métodos qualificados para o
aprendizado e, por conseguinte, a manutenção dos espaços de poder por aqueles que detêm o
conhecimento configuram-se como os principais fatores que reforçam a problemática.

REFERÊNCIA A PRODUTOS CULTURAIS

Nesta estratégia, você leva ao texto algum produto cultural (filme, livro, música, poema,
pintura, etc.) que tenha relação clara com o tema da redação. Mencione a obra (sempre entre
aspas) e seu autor, conectando-a, explicitamente, à temática da proposta.

Tema: A doação de órgãos no Brasil


O filme “Sete Vidas”, dirigido por Gabriele Muccino, aborda a temática da doação de órgãos,
explicitando a possibilidade de um único doador salvar múltiplas vidas. Fora da ficção, é
16
inegável que as doações de órgãos, destacando-se as de pulmão, de rim, de coração, de córnea,
de fígado, de intestino, de ligamentos, de osso e de pele, podem beneficiar muito mais que sete
vidas. Entretanto, embora essa seja uma ação de solidariedade vital, é fato que, no Brasil, a
doação, que é amparada legalmente, ainda enfrenta desafios, seja devido à ausência de
conhecimento relativo ao próprio procedimento, seja devido ao despreparo dos hospitais
brasileiros.

Tema: Os desafios da educação brasileira nas zonas rurais


No livro “Vidas secas”, Graciliano Ramos critica a precária condição de vida a que Fabiano e
sua família estão submetidos, sobretudo em decorrência da ineficácia educacional nas zonas
rurais, ilustrando a subordinação do “homem-bicho” ao patrão e ao soldado amarelo, frente ao
abandono do Estado. Apesar de fictício, o cenário apresentado pelo autor modernista descreve
bem a realidade no Brasil contemporâneo, visto que milhares de brasileiros estão sujeitos a essa
mesma condição, o que nada é senão reflexo do baixo acesso à educação, principalmente no
meio rural. Sob tal ótica, é imprescindível analisar que a falta de escolas na zona campestre, bem
como a dificuldade de locomoção dos estudantes que vivem no campo para a cidade
representam os principais entraves para que o cidadão brasileiro, diferentemente de Fabiano,
possa ser escolarizado.

ILUSTRAÇÃO COM FATOS REAIS

Ilustrar sua introdução com um fato real mostra ao leitor que você está conectado aos
acontecimentos mais importantes de nossa época. Por isso, esta estratégia é tão eficiente. Para
realizá-la, recorra a notícias de jornais, a dados estatísticos, a resultados de pesquisas em geral
que mantenham estreita relação com o horizonte temático demandado pela proposta. Adicione a
informação ao seu texto, sempre se lembrando de explorá-la, evidenciando ao leitor a conexão
do fato selecionado com o assunto ou com o recorte temático. Vamos aos exemplos?

Tema: A alimentação no Brasil


Segundo dados do Ministério da Saúde, o índice de obesidade no Brasil cresceu 67% entre os
anos de 2006 e 2018. Por outro lado, uma pesquisa do IBGE aponta que mais de 7 milhões de
brasileiros passam fome. Diante desse dicotômico cenário, vê-se que a balança da alimentação
brasileira está bastante desequilibrada. Essa situação, indiscutivelmente, nada é senão reflexo
de um país que não promove educação alimentar, tampouco efetiva propostas políticas que
visem ao combate da fome.

Tema: Os impasses para a consolidação do turismo sustentável no Brasil


De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), o ano de 2017 foi proclamado
internacionalmente como o ano do turismo sustentável em reconhecimento ao gigantesco
potencial da atividade para o desenvolvimento social das diversas culturas e da biodiversidade.
Entretanto, países como o Brasil, em que se observa enorme circulação de turistas locais e de
estrangeiros, apresentam visíveis dificuldades de consolidar essa prática. Diante disso, vale
pontuar que o turismo predatório e a ausência de políticas públicas voltadas à prática turística
favorável às comunidades locais impedem que a atividade turística garanta, de fato, o ainda
utópico desenvolvimento nacional.

ALUSÃO A TEORIAS

Mais uma vez, estamos diante de uma estratégia que seduz e, ao mesmo tempo, enriquece o
conteúdo de sua redação. Aqui, alguma teoria de qualquer área do conhecimento, desde que
haja compatibilidade com o tema e com a tese, é colocada em sua introdução a serviço da
17
excelência. Sempre informe o nome da teoria e, se possível, seu autor e a época em que foi
desenvolvida. Destaque dela um aspecto que possa ser claramente relacionado à discussão que é
colocada em cena. O importante é possibilitar a fácil compreensão do leitor.

Tema: O obscurantismo e a influência das mídias sociais no posicionamento


ideológico do homem contemporâneo
O termo indústria cultural foi conceituado pelos pensadores Adorno e Horkheimer como
mecanismo de produção em massa de bens culturais cujo objetivo é disseminar a ideologia da
elite. Contudo, o que os frankfurtianos não previram é que tal indústria subverteria sua lógica
tradicional e colocaria toda a população como operária dessa fábrica de perversidades. O cenário
consubstanciou-se com o advento das redes sociais, que têm sido, no Brasil, ferramentas de
decisiva influência na formação ideológica do homem, promovendo, em decorrência da sua
pretensa configuração democrática, a proliferação do ódio em um obscuro contexto.

Texto para refletir o processo da escrita

Escrita
Existe um mito segundo o qual todo bom escritor abstrai facilmente suas
inspirações de vida e as transporta para o papel, sem tantas tentativas. E, de
certo modo, existe também um encantamento por trás dessa habilidade: a
sensibilidade e o lirismo de resgatar impressões e pensamentos por meio de
uma seleta combinação de estruturas da linguagem. É encantador porque não é
real. Aqueles que têm a escrita como ofício, ou melhor, os profissionais da
escrita são tidos quase que como pessoas “especiais” ou “visionárias”, pelo
menos, quando tornam-se populares. E de fato, é possível que seja assim mesmo
com muitos escritores. O que me incomoda nessas alcunhas é que elas estão
inseridas em um imaginário popular romântico e simplista. Repito: é
encantador porque não é real. E quem, na prática, padece com esse
reconhecimento ilusório é o escritor. É ilusório porque invisibiliza o trabalho da
escrita enquanto obra não acabada. O escritor não tem o “dom” da escrita
porque dedica sua vida a isso. O escritor não é paciente ou resiliente para a
escrita por essência. O escritor não escreve uma obra, nem uma página, nem um
parágrafo, as vezes nem uma palavra, as vezes sim, as vezes não, em uma
“sentada” só. O escritor subordina-se a sistemas do mercado e mídias de massa
para ser razoavelmente remunerado, ou, apenas, para poder se expressar. O
escritor confronta e desenvolve sistematicamente os meios de comunicação e o
incentivo à leitura e à literatura. O escritor cru destrincha a si e ao mundo
porque ele se esforça para isso. Eis aí o reconhecimento verdadeiro que falta ao
escritor: ecreve porque se esforça. Não (só) porque estampa a capa de um best
seller ou um livro de poesias bem sucedido no instagram. Tais “conquistas”
partem de um trabalho bem fundamentado, que enquanto em curso, é
amargamente desvalorizado.
Com efeito, o bom escritor não supre seu trabalho de escrita somente com
“insights inspiradores”, antes fosse! Ele está e deve ser atento aos processos e
acontecimentos a sua volta mais do que ninguém. Ele é um curioso do
18
vocabulário e da gramática e um estudioso da linguagem. Ele pesquisa por
técnicas de concentração e inteligência emocional. Ele faz seus mapas mentais e
exercita a escrita constantemente para se aperfeiçoar, nem que fique horas na
frente de um computador, nem que frite sua mente, nem que perca o apetite. E
ele também se frustra, oras. No dia seguinte, la está ele em sua busca de si,
descobrindo mais do que serve ou faz bem durante o exercício da escrita
saudável, sensível e com foco. Portanto, ele é como nós! afinal. Ele é O Escritor,
e merece o reconhecimento dessa alcunha por sua determinação, assim como
nós, estudantes de pré-vestibular, devemos ser mais obstinados e menos
românticos em relação a escrita, de modo geral. Com o passar do seu
desenvolvimento a tal “habilidade lirica” passa de encantadora a realista.
Eu sei muito bem que não sou nenhuma escritora, e nem que estou
escrevendo para escritores, e também não preciso disso! Basta que meu público
seja familiarizado com a leitura tanto quanto eu espero que seja. Meu intuito
com o texto é trazer à tona que o processo da escrita, especialmente voltada ao
vestibular, é mais prático e pragmático do que parece, e aí, não podemos
confundir com a ideia de que a escrita não deva ser subjetiva. O fato é que o
campo da subjetividade também deve ser praticado para agir em função do texto
e fundamentar uma sensibilidade autoral. Particularmente, acredito que a
dimensão do subjetivo e do objetivo devem estar associadas conjuntamente na
tecitura da forma e do sentido do texto. Por fim, é preciso enaltecer o brilho e o
brio dos que exercem a escrita! Continuemos assim, todos nós.
Laysa Moreira Campos Costa, turma 67 – 2º ano

Sessão 3
Jornal O Esqueleto propriamente dito

Esta sessão objetiva dar uma mostra dos textos veículados no Jornal O
Esqueleto cujo público alvo são os alunos da Fauldade de Medicina e quem se
interessa e fascina pela escrita de uma maneira geral. Portanto, fizemos uma
seleção dos mais brilhantes textos, de temáticas variadas, de edições
anteriores ou inéditos.

Tocado pelo QUÊ


Hoje acordei com um “quê” que nem sei.

Com os olhos fechados, tentei decifrá-lo. Em vão. Aéreo, tentei encontrar


uma concretização para ele. Sim, foi um esforço inútil.

Levantei daquilo que eu chamava de leito. Opa. Sentei-me novamente.


Aquele breu de tontura abateu meu espírito por cinco segundos, mas consegui
domá-lo. Achei melhor recomeçar e, assim, voltei para a posição de bípede como
se nada acontecera.
19
Por que toda manhã sofria assim? Será que preciso procurar um médico?

Antes de mais indagações – não quero devanear por aqui - volto ao “quê”:
motivo de estar agora em frente ao meu computador, ouvindo o som de meus
dedos deslizando sobre as teclas. Por causa dele (quê), este dia foi bastante
atípico. Esse objeto de estudo estava a me desafiar e eu não consegui me
concentrar em absolutamente nada. Estranho, não? Logo eu, que costumava ser
centrado em tudo. Mas a cascata de pensamentos e emoções tão vagos consegue
vencer a razão linear.

A todo momento, eu o sentia voltar - das mais profundas agonias me


atormentava. Enquanto eu comia, dirigia até a universidade, assistia às aulas
densas de Bioquímica... Após longas horas de vazio existencial, em um mar
quente de penúria, o desejo de se manifestar aflorou. A primavera do dia chegou
com labaredas à vista, o verão caótico ao seu lado.

Como uma nuvem negra que precede uma tempestade veranil, a consciência
daquilo que clamava no meu abismo interior começou a clarear. Choveram
reflexões de todos os gêneros. Imediatamente, passei a repensar nas paisagens
do meu cotidiano. Um lençol por dobrar, o estalar saboroso do queijo sobre um
bife na frigideira, a árvore resistente ao cinza da urbe voraz... Cada episódio
único que corria aos meus olhos (e ouvidos). Todos constantemente formando
meu subconsciente, influenciando meu agir e raciocinar. A mente, então, pulou
no passado, reverberando as inconstâncias tão constantes. Deu aquela piscadela
no futuro, pisando cautelosamente entre sonhos fúteis. Retornou ao presente,
esfaqueando e destrinchando aquilo que outrora era EU.

Mas por que ninguém oferece segundos preciosos de atenção a essa


magnificência? Impressões da trivialidade dos contratempos, da efemeridade
dos sofrimentos. Como viver sem essas raridades comuns? Eu tinha olhos para
ver, mas não via; ouvidos para ouvir, mas não ouvia. Portanto, eu tinha uma
vida para contemplar, mas apenas existia. Senti uma sensação tão estranha,
uma excêntrica certeza de que estava mudado para sempre. Não me questione,
pois também não conheço a origem disso, talvez nunca conheça.

A sensibilidade que me assolou trouxe um borbulhar de sensações. O calor


perfumado de um amanhecer esperado, o azul macio de um mar gelado, a aguda
beleza de um florescer temperado. Não me julgue, antes de mais nada já havia
declarado minha total ignorância sobre tais experiências.

Logo voltei-me a dúvidas mais cruéis... Como continuar a viver em um


oceano de insensíveis? Qual o sentido de vagar em um mundo no qual não
percebam a beleza ímpar do menor dos seres? Além de toda a solidão que isso
implica, eu seria sempre incompreendido. Isto já estava evidente: enlouqueceria
sem uma saída prudente...

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Atendendo a minha sanidade mental, meu desejo de esbravejar todo o dilema
em que me inseria se transformou. Surgiu, na ocasião, um impulso estrondoso
empurrando meu ser a um ciclo o qual eu ainda não compreendia. Apenas
pressentia. E ardia. Ardia muito, meu espírito queimava com o que estava por
vir. Por qual válvula esse fogo escaparia? Haveria algo para amenizar a profusão
de sentimentos, angústias e ideias ebulindo? Cheguei a temer os resultados da
erupção. Estaria à beira de um colapso? Uma revolução? Ou seria um
renascimento?

Só me restava demonstrar o “quê” que me tomou, compartilhá-lo, mostrar a


todos a vida fora da caverna, dar as ferramentas para quebrarem suas próprias
correntes. Sem demora, agarrei o computador e cá estou escrevendo. Já sei o
propósito de minha vida: escrever, buscando mais e mais aqueles outros tocados
pelo “quê”

Jônatas P. Bertholucci, turma 68 – 1ºano

Sentido(s)

Por muito tempo, as pessoas tentam buscar um sentido pra vida, seja na
religião, na realização profissional, na fama, no dinheiro, ou seja lá o que for que
satisfaça seu ego. A todo tempo, tentam se moldar para se encaixar em algo,
mesmo que isso lhe cause dor. E não temos culpa disso, porque é isso que
aprendemos desde pequenos. Que devemos sempre nos adaptar para que
sejamos aceitos. Não nos deixam que cresçamos sem molduras, apenas nos
colocam em uma que devemos caber a todo custo.

Nos vemos tendo que emagrecer pra caber na numeração de roupa que é
bonita e aceitável aos olhos da sociedade. Usando o corte de cabelo que ninguém
vai criticar... e assim vai, se perdendo uma identidade que nem ao menos teve a
oportunidade de ser criada.

São chamados de loucos aqueles que vão contra a tudo que é “normal”.

Eu prefiro que me chamem de louca por viver a vida como acredito que deve
ser vivida, do que chegar ao ponto de ficar louca mesmo, tentando me encaixar
em todos os paradigmas de perfeição que dizem ser o correto.

O correto pra mim, é ser feliz. É minha felicidade que está em jogo, e não o
ego daqueles que me cercam e dizem que sabem o que viver, quando vivem
apenas em uma caixinha e esquecem de olhar o sol.

Janiele Vidal Sousa Picanço, turma 66 – 3º ano

21
Ah a poesia....

Me pergunto as vezes como seríamos se olhássemos mais para ela.

Tantas questões não respondidas da humanidade, tantas incompreensões,


tantas dúvidas.... tudo respondido nos mais singelos versos.

Talvez, se lembrássemos do leiteiro tão sutil... aquele de passo maneiro e


leve que um dia um poeta me apresentou, não desprezaríamos tanto a vida do
outro. Mas...

"O outro é bandido", eles disseram....

"O outro é bandido", disse o médico. (Sim, até ele. Eu vi. Nós vimos.)

"O outro é bandido", disse o político.

"O outro é bandido", disse o empresário

"O outro é bandido"... dissemos nós.

Ladrões infestam o bairro. De nada adiantou nosso ignaro leiteiro


morador da Rua Namur, com 21 anos de idade, sair com seu passo maneiro e
leve. É certo que barulho sempre se faz.

Devemos salvar nossa propriedade, nós dissemos.

CPF cancelado, nós dissemos....

A poesia disse. Ela tentou nos alertar. Não a escutamos. Lembro-me bem.
Nosso inocente leiteiro que saía a distribuir leite bom pra gente ruim era mais
um inocente. Mas afinal, importa? Bala que mata gatuno também serve para
tirar a vida de nosso irmão.

Ah, é verdade. O moço que é leiteiro quando estilhaçar suas garrafas ao


chão será apenas a exceção do que devemos fazer: Ladrão? Se mata com tiro.
Há essa nova (?) legenda no país.

Infelizmente devo repetir o início de nossa tragédia anunciada: ladrões


infestam o bairro. O porquê? Não sei. A poesia sabe. Ela sempre sabe. Algum
dia venho dizer se descobri a resposta em Bandeira, Bilac, Vinicius, Andrade
ou quem sabe, Cecília. Hoje nosso desfecho é um só.

Ladrão? Se pega com tiro.

Tiros mesclam a transição do escuro da noite para o alvorecer. Róseo

Garrafas estilhaçadas.... O leite no asfalto. Nada mais sabemos de nosso


leiteiro. Ele é um erro do sistema. Ele é uma exceção. Se era virgem, moço,
alegre, não sei. O poeta não sabia. A poesia nos permite imaginar.

22
Assim, imaginemos ao contemplar o rosa formado de seu sangue com o
leite nos estilhaços.

Imaginemos. Imaginemos como a vida teria mais sentido com a poesia.


Não. Não conhecemos todos a morte do leiteiro. Será que se conhecêssemos,
ladrão se pegaria com tiro? Não sei.

Sei apenas que está salva a propriedade. Sei apenas que jamais saberemos
quem era nosso leiteiro. Sei apenas que os ladrilhos já serenos brilham
vermelhos no alvorecer da aurora.

Sei?

Apenas

Vinicius de Morais Santos, turma 67 – 2º ano

Consciente?

quarta-feira, 11 de março de 2020

20:11

A mente sabe do corpo à medida que o corpo obedece a mente. Escuto na


proporção que me ausculto. Aqui me incluo no mundo ou me aparto dele?
Digamos que não se deveria subestimar a presença. Se estou aqui e agora, já não
me importo com meus traumas e meus planos não interessam. Ao nada nomear,
percebo as origens do céu e da terra, contemplo a infinitude do universo e
recolho-me em insignificância. Não resignado, não em conflito, não em
desespero, mas em completude e autonomia de existência. Nesse cenário, meu
ego e todos os deuses se reúnem constantemente. O assunto nunca é o mesmo,
embora muito se repita. Assim, condenada a reviver padrões de insistências
quase perversas, a serpente da consciência quase sempre alcança e devora a
própria cauda, enquanto tenta escapar de si mesma. Se a ressignificação de todo
caos gera transformações estereotipadas do curso natural das coisas, por que
nada dessa vastidão faz algum sentido? O imenso emociona tanto quanto
assusta, como Kant designou de "apavorante sublime". A quase todo instante,
estamos demasiado absortos no fluxo contínuo e assustador de acontecimentos
que o abismo já nos observa sem temer qualquer gravidade. Ele nos atrai em
múltiplas telas interconectadas, ao mesmo tempo que nos afastamos em carne e
osso. Se tudo que foi considerado perfeito um dia foi simples, hoje a navalha de
Ockham de nada mais serve. E tudo aquilo de que quase nos lembramos
permanecerá para sempre incomunicável.

Jonatas Liah Ferraz, turma 65 – 4º ano

23
Crônica da moléstia atual

O nada melódico barulho do despertador

não desperta

Mas me mantém adormecida na rotina sobrecarregada de tarefas

cujas conclusões não trazem consigo a sensação de dever cumprido

A inconsciência se faz, então, uma benção

e a embriaguez da ignorância deixa latente a angústia da não realização

Anseio pela doce libertação dos dias de planejamento

e pela vitória sobre os ponteiros do relógio que tanto amargam o gosto dos
prazeres experimentados

em instantes de irrealidade

No presente, decifro o futuro próximo não tão imprevisível

de viver o agora travestido de pretéritos e dias que ainda não os são

Cômica consciência da própria estupidez que não atiça a sobriedade

É a dose crônica de rotina

que mantém a realidade

entorpecida

Larissa Dias, turma 64 – 5º ano

Quem és tu, televisão?

Mostras-me artes tão belas. Lugares que nunca vi, filmes que nunca assisti,
universos que nunca li. Tens trabalhos realmente impecáveis, são peças de
teatro na tela. Amorteamo, Malasartes, Velho Chico, Hoje é dia de Maria. Fazes-
me sonhar, amar, alegrar. Levas-me para tão distante que já nem me lembro
mais quem é Gabriela. Tens obras sociais, esperança de algumas crianças. És
canal para anúncios publicitários criativos, engraçados, envolventes, créditos
para aquele que nos convida a repensar o novo ano. Tu, televisão, fazes-me
respirar sonho ao ouvir brasileiros cantar, cozinhar, dançar. Ah... como facilitas
minha vida ao passar uma informação devida ou ao mostrar histórias de gente
da gente em novelos, que se desenrolam e me prendem no eco de minha
identificação com o que eu bem vejo.
Porém, me pergunto: quem és tu? Quem é esta televisão, se não uma sem
coração?! Ora, como podes trair friamente todas essas gentis faces a me
encantar e, simplesmente, dividir pódio, tempo e espaço com aberração?! Como
24
queres que eu te ligue sempre se és incapaz de filtrar programas e discursos tão
hostis? Tu (re)constrói o senso comum e, muitas vezes, trata-se de sensos
perigosos, minha jovem. Queres que eu engula com naturalidade que bandido
bom é bandido morto, que manifestação e greve são coisas de preguiçosos, que o
SUS não presta, que mulher é rival de mulher, que lugar de menor infrator é na
cadeia, que Agro é só vida... mentes tanto para mim! Eu já acreditei em ti.O
problema é que guardas o teu melhor para horários tão nobres que quase nunca
nem vi. O problema é que só lanças lama em cima de lama e não explicas, não
desenvolves, não encanas. No máximo, conto com um imperativo comentário de
boteco, um tanto falso e fingido, que tem sido engolido. Mas ele não desce como
água natural. Ele corrói cada célula e implora para ser devolvido. Agora estou
enjoada. Enojada. Quero divorciar-me de ti. Até o dia que realmente tu decidires
se vais servir ao teu senhor branco, banco de privilégios, ou se vais vestir a tua
função social. Além de entreter, promover.
Promovas sensibilidade crítica. Promovas, de forma simples, sociologia e
historiografia que lapidem tua lama em escultura bonita. Que mostrem as
origens da violência que tu tanto exibes. Que discutam a razão para a aparente
rivalidade feminina. Que informem a exímia extensão do SUS. Que mostrem o
quanto lutar por sociedades com menos privilégios previamente determinados é
indispensável e nos trouxe até aqui. Que desconstruam, sem medo, mais e mais
tabus e que os traga à luz das discussões cotidianas. Afinal... És fera ou ferida?
És humana ou inimiga? És voz ou censura? És cultura ou ditadura? Não sei
quem és tu, televisão. Só percebo que quem te mandas é covarde. Ele vas meu
eu lúdico, me ganha. Depredas meu eu político, me perde.

Gabriela Ferreira Fernandes Ribeiro, turma 65 – 4º ano

Sessão 4
Artigo Dr. Pedro Miranda

Aqui será apresentado uma parte do texto da história do Médico que


transformou inteiramente sua carreira e sua vida quando entendeu o real
sentido da medicina, muito além de currículo e mercado de trabalho.

Experiência de Vida: Qual tipo de médico você quer ser?

Me inspiro muito em Deepak Chopra, o médico indiano cuja sabedoria diz


muito sobre medicina e felicidade. Ele me inspirou a ter mais cuidado com meus
alunos. Colaboro com muita gente para entrar na residência médica, uma
grande responsabilidade que eu encaro como missão de fazer com que sejam
médicos diferentes do tradicional e de perceberem que precisam trabalhar não
por um cifrão no final do mês e sim por um propósito.

25
Eu quero muito que meus alunos, meus colegas, meus pacientes se
importem. Ainda sobre Deepak Chopra, ele ensina os pilares da felicidade, sem
achismos ou conceitos complexos.
Ele diz que felicidade está em quatro pilares:
1. Realização profissional: quando você faz o que você ama.

2. Realização pessoal: quando você se sente bem com você e com


as pessoas ao seu redor.

3. Realização financeira: quando você chega no final do mês e


você tem condição de pagar suas próprias contas

4. Equilíbrio entre as três.

Por isso é importante ter realização profissional, para você acordar motivado
para fazer uma coisa que você ama. Se você não amar o que você faz, você não
vai fazer bem. E se você não fizer bem, você não será bem remunerado. Quando
você faz o que você ama e faz bem, sua hora dobra, sua hora triplica e chega uma
hora que você começa a ganhar 10, 20, 30 vezes mais que os outros.

E o equilíbrio na vida pessoal chega a passos largos, com tempo para estar
com quem se importa e com quem eu me importo. Você começa a trabalhar para
verdadeiramente fazer a diferença na vida das pessoas e da sua família.

É pegar um estudante de medicina que mora em uma favela e vê-lo passar


para dermatologia na USP.

É pegar um cara de uma universidade particular que


tinha FIES e que vendia bombons para se manter e vê-
lo passando em 1º lugar para clínica médica em uma
das melhores instituições de residência médica do
Brasil.

É isso que me move. É me importar


verdadeiramente com o próximo e fazer um impacto na
vida dele. E eu quero que você, como médico, entenda
que telemedicina não é o futuro, que robô não é o
futuro. A maior habilidade do médico é e sempre
será se importar com o outro. Tira o cifrão do
olho e comece a se importar com as pessoas e
com você mesmo.

Pedro Ernesto Miranda, médico radiologista, emergencista, professor


universitário e apaixonado no ensino médico e na simulação realística como
ferramenta de aprendizado.

26
Sessão 5
O caminho percorrido por acadêmicos inspiradores da
MEDUFG e suas principais #DICAS

Esta é uma sessão especial que objetiva expor e inspirar os alunos


pré-vestibulandos a seguirem determinados em sua caminhada de
desenvolvimento pessoal e construção dos sonhos, mesmo em tempos
de pouca perspectiva, assumindo, portanto, posturas de adaptação e
independencia diante do contexto. Tudo por meio da história de vida de 4
pessoas reais, que cursam medicina na UFG e que superaram inúmeros
obstáculos (sejam eles pessoais, sociais ou materiais) até a realização dos seus
sonhos. São eles:

 Ana Vitória Cordeiro Rocha – Turma 66 – 3º ano;


 Andra Sthephany Rodrigues Ferreira – Turma 67 – 2º ano;
 Luiz Fernando Sposito Ribeiro Baltazar – Turma 66 – 3º ano;
 Luciana Martins Rosa – Turma 64 – 4º ano.

Trajetória-Luciana Martins Rosa, turma 64 – 5º ano:

Meu nome é Luciana Martins Rosa, tenho 23 anos,


sou aluna do quarto ano de Medicina da Universidade
Federal de Goiás. Ingressei na UFG em 2016, sou aluna de
escola pública, baixa renda e PPI. Minha turma foi a
primeira da Medicina UFG a ser composta por 50% de
alunos de escolas públicas. Fui a segunda pessoa de toda
minha família a entrar na faculdade e a primeira a cursar
Medicina. No meio em que cresci, estudar medicina
parecia uma realidade inalcançável por vários fatores,
desde as dificuldades financeiras até a incompreensão
por parte da família de que este sonho poderia ser real.
O grande apoio emocional que recebi durante a vida para seguir meus estudos foi
de minha avó, que trabalhando como empregada doméstica sempre fez o possível
para me ajudar. Na minha casa somos cinco pessoas, sendo que sou a filha mais
velha. Comecei a trabalhar aos 14 anos em uma confecção para complementar o
sustento familiar. Ao concluir o ensino médio, passei um ano trabalhando em uma
escola e estudando em casa, pois queria muito cursar medicina. No ano seguinte,
prestei uma prova de bolsas de um renomado cursinho de Goiânia e consegui bolsa
integral. Passei a estudar lá e tive ajuda de dois professores da escola com as
despesas alimentares. Alcancei então a tão sonhada aprovação em Medicina na

27
UFG. Hoje meu pai trabalha como motorista de aplicativo e minha mãe como caixa
de supermercado. Consegui ainda no primeiro ano de faculdade auxílios estudantis
na UFG que me ajudam bastante com minhas despesas, a bolsa de alimentação no
Restaurante Universitário (RU) e a bolsa de auxílio permanência.

Sou muito grata a todos que me ajudaram a chegar onde estou hoje e tenho
como um dos grandes propósitos de minha vida, talvez o principal, ajudar as
pessoas que passam por minha vida. Para isso, me envolvo intensamente nas
atividades que a faculdade me proporciona, buscando desenvolver projetos que
tragam melhorias estruturais para o bem comum e também assistir como posso as
pessoas de forma individualizada. Em meu segundo ano de faculdade, reativei e
coordenei o Departamento de Apoio ao Estudante (DAE), que desempenha
atividades de assistência às necessidades psicológicas, sociais e acadêmicas dos
alunos da FM-UFG. Em 2019, no meu quarto ano, fui presidente do Centro
Acadêmico XXI de Abril (CAXXIA), podendo contribuir com a faculdade e resolver
problemas em período praticamente integral.

Sessão 6
A faculdade que eu quero

Na versão completa da Edição O Manual será apresentado um panorama


sobre a abertura de novas escolas médicas e dados estatísticos,
junto a uma reflexão crítica a respeito da instituição que o aluno
deseja se formar. Aqui está selecionado um texto valioso que acompanha a
sessão:

Sucesso

Sucesso. Essa palavra, desde que me lembre, sempre me remeteu ao


vestibular. Eu sabia que uma nota alta e uma boa redação eram as passagens
para o meu sonho de fazer medicina. Logo cedo aprendi que “para fazer
acontecer” eu teria que ser melhor. Muito melhor. Melhor do que todos. Estudar
mais. Estudar apesar do cansaço, do sono, de ser dia ou noite, domingo ou
feriado. Pelo menos foi o que me disseram. E eu acreditei.
Na faculdade, depois de passar no vestibular, vi que o cenário acadêmico
talvez não fosse tão diferente. Lá comecei a me dar conta de que nossos sonhos,
muitas vezes, podem ser motivo de dor e angústia. O vestibular não filtra a
competitividade. Logo nas primeiras semanas nos ensinam sobre a importância
do currículo médico para a residência. Residência essa que está ficando cada vez
mais difícil e caminha para uma realidade desastrosa. Nos dizem o que fazer,
como fazer. Apontam o dedo para um suposto “lugar ao sol”. Afinal, ninguém

28
quer ser Alexandre, o pequeno. Todos querem ser Alexandre, o grande. E isso é
“vencer na vida”.
Assim, além de ter que se ajustar a uma realidade acadêmica por si só
desgastante, devemos preencher nosso pouco tempo livre com atividades
extracurriculares, em troca de um valioso certificado. Ligas, monitorias,
campanhas: as vezes odeio algumas dessas atividades, mas faço. Faço porque
ganho certificado. E certificado pontua na residência.
O ciclo básico é intenso em carga horária e conteúdo, e o peso só aumenta
quando, entre os próprios colegas, começam as comparações de notas. Tirar um
6, embora esteja na média e tenha tido uma boa base do conteúdo, já não é
suficiente se a média da turma for 7. Se cria, no ambiente acadêmico um
gigantesco sentimento de insuficiência: nunca somos o bastante. Devemos ser
mais, produzir mais, estudar mais. Foi nesse momento que percebi que pelo
menos um terço da minha turma faz uso de antidepressivos, e outro um terço
também deveria usar.
A visita de um “coach” na faculdade, para uma palestra de “alta performance
nos estudos”, deixou muitas coisas claras para mim: o aumento crescente no
número de vagas das faculdades de medicina tornou o processo de formação
médica um negócio extremamente lucrativo. E, novamente, nos vendem um
futuro de “sucesso”. Será que nesse mercado acirrado serei capaz de me
destacar? Nessa lógica, é preciso empreender. Se formar não um médico, mas
um “transformador de vidas”, um publicitário com esteto no pescoço.
Esse ano perdi um colega para o suicídio. Não devemos ser reducionistas
quanto às causas, mas, com certeza, a luta da vida, essa eterna corrida de ser
melhor que tudo e que todos, essa angústia e ansiedade, foram fatores de grande
sofrimento psíquico. Seu último recado diz muito: “Talvez as coisas pudessem
ter sido diferentes em algum universo paralelo, mas infelizmente nesse aqui pra
mim já deu faz tempo”.
A reflexão que fica, diante desse contexto cada vez mais adoecedor, é um
questionamento à ideologia do vencer. Empreender na medicina e querer
ser reconhecido não é errado. Errado é tornar esse enredo uma
premissa para a felicidade de uma maioria. Talvez grande parte dos
estudantes encontrarão a felicidade em um emprego estável, com
tempo para curtir a família e extrair da medicina não só dinheiro,
mas paz e realização. Talvez encontrem a felicidade no simples, no
pequeno. E tudo bem. Isso não é ser medíocre. A sociedade não
comporta todos esses que sonham em serem “Alexandres”. Até porque
sempre haverá um “Napoleão”: alguém que saiba mais e faça algo
melhor do que você.
Talvez devêssemos aprender a encontrar a felicidade nas coisas poucas.
Relaxar e entender que a faculdade fica mais leve quando construímos um
ambiente de comunhão, ao contrário de rixas e competitividades fúteis. Talvez
esse seja o maior desafio da medicina hoje: deixar o ego de lado e focar não em

29
títulos e diplomas, mas na construção de um profissional justo, humano e
competente, que entende que seu único objetivo nestes 6 anos é aprender a
reconhecer e aliviar o sofrimento humano.
Jade de Oliveira Silva, turma 66 - 3 º ano

Sessão 7
Bagagem de Mundo

Nesta sessão há dicas de documentários,


textos, pensadores etc., que permitem ampliar
nossa visão de mundo. Ter acesso a essas múltiplas
fontes auxilia na escrita de redação, mas, sobretudo,
nos sensibilizam para aquilo que pertence à
coletividade, à polis. Ou seja: os exames buscam
selecionar os estudantes, vestibulandos e,
consequentemente, futuros profissionais (não só médicos) politizados, os quais
entendem processos, culturas, historicidades, podendo agir efetivamente no
aprimoramento de seu meio social. Tópicos da sessão na versão completa da
Edição O Manual:

 A cultura para de ser infinita quando entramos na faculdade?;


 A vida que vale a pena servivida;
 Diversas Fontes do Saber.

Sessão organizada por Renata Macedo de Oliveira Lopes, turma 66 – 3º ano

Diversas fontes do saber (Sites, Páginas, Vídeos, Filósofos, Sociólogos)


Segue aqui outras sugestões de vídeos, pensadores(as), canal do youtube,
com links e QR-Codes para acessarem algumas teorias muito significativas para
ampliar seus conhecimentos de mundo. Aqui está só a porta de entrada: diante
das teorias que achar mais interessante, sempre é válido buscar outras fontes
para se aprofundar no conteúdo.

 Casa do saber:
Canal do Youtube onde há vários mini-vídeos com altas reflexões de filósofos, sociólogos e
pensadores brasileiros sobre vários temas.

https://www.youtube.com/user/casadosaber

 Pierre Bourdieu:
Sociólogo que teoriza Capital Cultural e Violência Simbólica.

https://www.youtube.com/watch?v=a3eO6-D4nHo

https://www.youtube.com/watch?v=7qEjQOWk4kw
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 Michael Foucault:
-A microfísica do poder
https://www.youtube.com/watch?v=ydO_iLRZfqU
- Vigiar e Punir:
https://www.youtube.com/watch?v=eEB9Yj3j41s
- Loucura:
https://www.youtube.com/watch?v=1dzmaYv_1-w

 Teóricos da Escola de Frankfurt:


Teorizam a Indústria Cultural do capitalismo

https://www.youtube.com/watch?v=i_iMfA88R2U

 Chimamanda Ngozi Adichie:

- O Perigo de uma única história: fala sobre como o neocolonialismo europeu na África
ecoa até hoje sobre diversas formas de preconceitos culturais.
https://www.youtube.com/watch?v=D9Ihs241zeg

- Todos nós deveríamos ser feministas: o conceito de feminismo é muitas vezes distorcido
por aqueles que se alimentam da famigerada reprodução do machismo. Ser feminista é defender
a efetivação dos direitos da mulher e nada a ver com “machismo às avessas”.
https://www.youtube.com/watch?v=hg3umXU_qWc

 Sérgio Buarque de Holanda:


Teoriza, no livro Raízes do Brasil, o “Homem Cordial”, que é a base antropológica para
entender e poder argumentar sobre os mais variados comportamentos do homem brasileiro.

https://www.youtube.com/watch?v=3_AKJSs9eBM

https://gauchazh.clicrbs.com.br/porto-alegre/noticia/2015/09/como-devemos-entender-hoje-
o-homem-cordial-de-sergio-buarque-de-holanda-4841240.html

Sessão 8
Otimizando os estudos e estratégias de prova

Esta sessão se debruça em encontrar formas para a melhora do


desempenho do aluno durante os estudos e no momento da prova do
vestibular. Tópicos da sessão na versão completa da Edição O Manual:

 Sites, Aplicativos, Canais e Técnica de estudos;


 Sugestões de livros para estudar, por matéria;
 Estratégias CHAVE

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Projeto Medicina (IG: @projetomedicina)

Há o site e o grupo no facebook com diversos materiais e dicas de estudos.


No facebook, há uma rede de apoio mútuo, em que você pode conversar, pedir
ajuda e ajudar diversas pessoas que também estão nessa fase.
https://projetomedicina.com.br/

https://pt-br.facebook.com/projetomedicina

Provas Anteriores ENEM (normal e PPL)

Plataforma Geekie – Exames tradicionais:

https://geekiegames.geekie.com.br/blog/prova-gabarito-oficial-enem/

Provas de segunda aplicação – PPL:

https://enem.estuda.com/questoes_provas/instituicao-65/enem_ppl

Técnica de estudo - Pomodoro:


Passo 1) Fazer uma lista de tarefas a serem desempenhadas durante o dia.
Passo 2) Divida seu tempo em períodos de 25 minutos (chamados
“pomodoros”) e faça suas tarefas nesses pequenos períodos sem interromper
para nada. Marque os 25 min com um Timer ou despertador;
Passo 3) Quando o timer tocar, faça um X nas tarefas concluídas ou anote o
status de seu trabalho (70% concluído, por exemplo) e faça um intervalo de 5
minutos. Nessa pausa, aproveite para fazer outras coisas não relacionadas à
tarefa (ir ao banheiro, se alongar, mexer no zap).
Passo 4) A cada quatro ciclos, faça uma pausa maior para descansar
(entre 15 e 30 minutos).
Esses intervalos entres os pomodoros importantes para refrescar o cérebro
e aumentar a agilidade mental. É importante ressaltar que essas medidas
de tempo são apenas as sugeridas no método clássico, ou seja, você pode
encontrar o seu próprio equilíbrio e período de descanso ideal!
Os maiores resultados é a Redução da ansiedade e Aumento do foco e
concentração, evitando tempo desperdiçado e distrações.
Anotando o que precisa ser feito, você consegue organizar melhor suas
atividades e estabelecer metas para cada dia ou período, o que facilita você
perceber os seus resultados e avanços.
Saiba mais: https://www.youtube.com/watch?v=hfxfJ7Qa4sg

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Aplicativos:
- Forest: Stay Focused, be present: muito legal para aumentar nosso
FOCO nos estudos. Você planta árvores enquanto estuda e não pode mexer no
WhatsApp ou Instagram, se não perde sua árvore. Muito incentivador, sério!
(Quanto mais você planta, mais rico fica, então pode comprar uma muda de
árvore mais bonita que a outra).

OBS: Ele é de graça em Android e, às vezes, tem promoção para ser free em
Iphone também.

- TimeTune: interessante para se organizar e criar rotinas e hábitos. É,


basicamente, uma agenda. Só que o plus é que ele calcula quanto tempo você
gasta semanalmente com os estudos, com alimentação, atividade física. E saber
disso planilhadinho dá um choque de realidade.

Canais do Youtube SUPER úteis:


- Ponta do Lápis| Holiste Psiquiatria – (vídeos que esclarecem sobre
assuntos delicados e, muitas vezes, tabu, como saúde mental, depressão,
suicídio, transtorno bipolar).
https://www.youtube.com/playlist?list=PLSuAJY9mFJAGFg4aazQtGpOSJY6DkejAf

- Seja uma pessoa melhor – (Há vídeos sobre como levantar mais cedo;
autodisciplina; mudança de hábitos; dicas de estudo; memória).
https://www.youtube.com/channel/UCbG7_Agdb99rhG9-rhY8iTg

- IlustradaMente – (Vídeos sobre técnicas de estudo como Pomodoro e


Mapas Mentais; Síntese de Livros de pessoas milionárias, de economia e outros
assuntos que renderam best-sellers, como O Milagre da Manhã;
autorresponsabilidade; controle da mente);
https://www.youtube.com/channel/UCNmO5NWNLQkOr76WmHEq-DQ

- Phamella Rocha (insta: @vestibuleiros)

Estudantes de todo o Brasil, olá! Meu nome é Phamella Rocha, tenho 19 anos
e sou estudante de medicina da UFG e, apesar dessa frase parecer uma simples
apresentação, é também o bordão do meu canal no youtube, o qual vim
apresentá-lo hoje para vocês. No meu canal, eu posto dicas de estudo,
compartilho experiências, explico conteúdos, falo sobre táticas de
desenvolvimento pessoal, posto macetes e mais um monte de coisas,
além de tentar trazer um pouquinho de motivação a todos vocês que estão na
mesma batalha a qual passei há pouco tempo. E agora trago mais uma
novidade: a oferta de um curso de redação completo e gratuito, aonde eu irei
destrinchar toda a redação do ENEM, tirar dúvidas de vocês e, inclusive, corrigir
redações que vocês me mandarem! Por isso, se você precisar de ajuda, pode vir
falar comigo, tanto pelo canal (Phamella Rocha), quanto pelo meu studygram no
33
Instagram @vestibuleiros. Nós conversamos, trocamos experiências e eu
prometo tentar ajudar vocês com tudo o que eu puder!

Sessão 9
Saúde Mental

Aqui apresentaremos o contexto de saúde mental do vestibulando


e do acadêmico de medicina x técnicas de inteligência emocional de
relaxamentos e meditação, dentre outras práticas valiosas.

1- Vamos falar sobre saúde mental?

Querer medicina não é fácil e são inúmeros os fatores que afetam um


aspirante a médico. Ainda no ensino médio nos vemos em uma grande “sinuca
de bico” decisiva para o nosso futuro. Em meio a tantas dúvidas e competições,
é preciso se manter firme e garantir uma rotina de estudo eficiente para
alcançar o seu sonho ou, em alguns casos, sonho dos pais. E nesse dilema você
se encontra perdido, ansioso e muitas vezes depressivo. Quando o objetivo é
alcançado após 3 ou mais anos persistindo, um peso muito grande é tirado dos
seus ombros. Mas logo você entra na faculdade e os resquícios do trauma
psicológico persistem e o que durou 3 anos pode se arrastar pelos 6 de
faculdade, o que não é fácil. Fazer faculdade não é fácil, porque não é preciso
estudar. Fazer faculdade requer maturidade que às vezes não temos, partimos
de um ambiente escolar e de pré-vestibular para um outro totalmente diferente,
mudamos de rotina, frequentamos novos ambientes, lidamos com necessidades
que antes não tínhamos e nem sempre conseguimos fazer tudo como
planejamos – e tá tudo bem, não somos uma máquina, temos limites e
precisamos reconhecer isso e é a partir desse reconhecimento que você se
fortalece. Quando falamos sobre saúde mental conscientizamos as pessoas e as
ajudamos a se entenderem como parte de um coletivo e que está sendo
percebida, só que não podemos apenas falar – precisamos agir e é nesse ponto
que a empatia floresce. Por isso, é muito importante o apoio da família e amigos,
a ajuda psicológica especializada que alguns cursinhos e universidades
disponibilizam também são alternativas de apoio. Quando estiver mal, peça
ajuda, converse, desabafe ... ou ligue 188 - o contato do Centro de Valorização
da Vida que realiza apoio emocional, atendendo voluntária e gratuitamente
todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo 24 horas
todos os dias. Tornar-se médico não é fácil, mas é possível e cada um em seu
tempo e com sua determinação consegue.

Alexandre Santana Valadares, turma 67 – 2º ano

34
2- Meditação Transcendental:

A meditação transcendental (MT) é a arte de se conectar com a Inteligência


Criativa do Universo. MAS O QUE É A INTELIGÊNCIA CRIATIVA? A
Inteligência Criativa, é a responsável por toda a unidade da diversidade que
constitui o Universo. Essa unidade é assegurada pela inteligência que regula a
atividade do cosmos e que está permanentemente a criar e a transformar. A
Inteligência Criativa existe em toda a parte e não há nada na vastidão cósmica
que não seja constituído por ela. Estamos no seu interior e ela está dentro de
nós.

Através da prática da MT conseguimos silenciar todos os fatores externos e


internos que nos impedem que sentir a presença da Inteligência Criativa do
Universo. Nela mora a fonte infinita de criatividade, inteligência e energia. Os
pensamentos nada mais são que impulsos originados dessa fonte. E, para
alcançar essa fonte, é preciso silenciar os pensamentos.

MAS PORQUE É NECESSÁRIO SILENCIAR OS PENSAMENTOS?


Sempre que pensamos existe um espaço entre um pensamento e outro, uma vez
que eles são impulsos da fonte de inteligência infinita, e o objetivo da MT é
conseguir se fixar nesse ponto. Nesse espaço conseguimos visualizar com
clareza a fonte infinita de sabedoria, uma vez que os pensamentos não estão a
encobrindo, a MT visa aumentar o tempo de visualização desse espaço. Quando
alcançamos isso formamos a Consciência Transcendental. O corpo e a mente
entram em um estado de relaxamento e alerta, tornando se mais espontâneo e
assertivo nas decisões tomadas.

Efeitos da MT - essa meditação é uma técnica milenar que, de acordo com


vários estudos, apresenta vários benefícios. Entre os principais estão:

 Cérebro: A MT amplia a conectividade do córtex pré-frontal com as


demais regiões do cérebro. Essa região está diretamente ligada à
capacidade de pensar, planejar, comportamento e criatividade. Logo com
a MT a funcionalidade do córtex pré-frontal é potencializada. Por isso
diversos estudos apontam que a MT é capaz de ajudar pessoas com
déficit de atenção.
 Stress: A MT diminui o tônus do sistema simpático reduzindo, dessa
forma, os hormônios do estresse, além de promover vasodilatação. Como
consequência disso, ainda há aumento da saúde e diminuição de
hospitalizações, pois o indivíduo se torna menos propício a adoecer ao
levar uma vida com pouco Stress.

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 Sala de aula: A Meditação Transcendental desenvolve o pleno potencial
do cérebro do estudante - aumentando o QI e melhorando a performance
acadêmica, ao mesmo tempo que reduz o stress, a ansiedade e a
depressão. Inúmeras são as pesquisas que demostram aumento do QI e
melhora em testes da faculdade, em alunos que realizaram meditação
transcendental comparados com grupos que não praticaram.

COMO PRATICAR A MT? A técnica de Meditação Transcendental é de


aprendizagem simples, fácil de implementar, e não envolve crença ou mudança
de estilo de vida!

Para praticar a MT você não precisa estar em posição de "flor de lotus ", não
é preciso um ambiente silencioso, sendo possível realiza-la até no ônibus. O
ideal é realizar duas sessões, de 20 min cada, antes de refeições, podendo ser
uma de manhã antes do café da manhã e uma antes do jantar.

É PRECISO DE UMA MANTRA? A Mantra não é algo obrigatório. A


mantra tem um função importante para ajudar você a refinar/diminuir os
pensamentos, mas sua própria mente já faz isso sem a necessidade de uma
mantra; você só precisa permitir que seus pensamentos se refinem cada vez
mais até eles desaparecerem; até que você alcance a Consciência
Transcendental. Nossa mente já tem essa tendência de refinar os pensamentos,
só precisamos relaxar a mente e o corpo por alguns minutos durante o dia para
obter todos os resultados dessa técnica. Os resultados da prática diária chegam
rápidos, em menos de uma semana já são perceptíveis!

Deixarei aqui alguns links nos quais você pode encontrar mantras e conhecer
mais sobre a MT, mas cuidado para não cair no mercado que cerca essa técnica.
Acredite em você! Muitas vezes acreditamos que para conseguir algo precisamos
da ajuda de alguém..., então criamos uma dependência imaginária. Quando você
faz isso, acaba dando muletas para algo que não precisa delas - seu cérebro.
Acredite em você, tire as correntes da sua mente e deixe ela livre para demostrar
seu potencial, apenas aceite que ela é capaz de tudo.

Jonas Bandeira Davis de Sousa, turma 66 – 3º ano

 https://unifycosmos.com/transcend-mental-meditation-tmm/
 https://www.meditationiseasy.com/meditation-
techniques/transcendental-meditation/
 https://pt.slideshare.net/ecpinto/meditao-transcendental

3 - Outras Práticas

Práticas de agradecer
Existem atividades práticas de gratidão rápidas e simples que podem ser
incluídas em nossa rotina diária e que nos ajudam a sintonizar com tudo de
melhor da vida.
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Ken-Ho (práticas de gratidão)
- Agradecer aos pais enquanto arruma a cama, lava louças ou arruma o
quarto.

(“Obrigado(a) papai. Obrigado(a) mamãe” Ou “Papai, muito obrigada.


Mamãe, muito obrigada.”; “Vocês são manifestação do amor de Deus” (essa
última frase, para quem é religioso). Pode ir intercalando e repetindo várias
vezes cada frase e o que vier a sua cabeça nesse sentido; A prática tem maior
efeito se você for puxando na memória momentos que são muito gratos a eles.
Se caso não tiver contato, ou achar que não tem motivos materiais para
agradecer a seus pais, agradeça por sua vida. Afinal, “se temos um segundo para
reclamar de nossos pais, esse um segundo se deve a eles.” Essa prática foi
retirada de uma filosofia de vida chamada “Seicho-No-Ie” (lar do progredir
infinito), para mais informações acesse: http://www.ajsi.org.br/

- Agradecer ao nosso corpo: muitas vezes reclamamos do nosso corpo por


não corresponder a um padrão imposto como o belo e esquecemos de agradecer
a perfeição que ele tem, por cada órgão cumprir exatamente a função dele, cada
célula ser saudável e cheia de vida..., então podemos lembrar de agradecer
enquanto ensaboamos no banho ou passamos creme no corpo. Por exemplo:
“obrigada minhas pernas, muito obrigada meus braços, minhas mãos, meus
rins, fígado, intestino, coração, pulmão, tecido sanguíneo, conjuntivo,
epitelial...” e vai agradecendo parte por parte, órgão por órgão. Depois agradece
todas as células, lindas e perfeitas que temos.

 Recitar Oh’ponopono: “(fulano\seu próprio nome) Abençoado,


te amo. Sinto muito, me perdoe, sou grato(a).”

 Ter o hábito de massagear os pés, mentalizando a seguinte


frase: “meus pés trilham o caminho do sucesso. Muito
obrigado(a)”.

 Caixinha da gratidão: separe ou compre uma caixinha, decore-


a (caso for uma antiga que não estava usando) e escreva “Sou
grato(a)” na capa dela. Em seguida, a cada dia você pode escrever
o(s) maiore(s) motivos para agradecer ao dia que se passou. No
final do ano você lê tudo e recorda somente das horas que o sol
brilhou em teu ano, além de estar conectado com a magia da
GRATIDÃO.

Outras práticas de Gratidão:


(ex: alguns minutos antes de dormir, pare para mentalizar tudo que ocorreu
de bom e agradeça por esses fatos. Agradeça a situações simples, mas
extremamente gratificantes...).

37
Neste site existem diversos outros exemplos:
https://vivercomprosperidade.com/como-praticar-gratidao/

Prática de Autoelogio:
Ao acordar, ou no momento que achar mais oportuno, você pode ler uma
listinha com uma sequência de vários elogios para si mesmo. É tipo assim:
foca no que é bom e em como considera o melhor para ser, que ajuda a
concretizar! Você está emanando PALAVRAS ao seu favor para o universo, e
elas retornam de alguma forma... Exemplo de lista, que eu falava ano
passado, pouco antes de ir para o cursinho/biblioteca:

“Muito obrigada, Sou alegre, Sou estudiosa, Sou linda, sou gentil, sou
maravilhosa, sou autêntica, sou amável, sou estilosa, sou rica, sou dinâmica,
sou harmoniosa, sou pontual – muito obrigada. Sou filha de Deus, sou
equilibrada, sou doce, sou luz, sou filha do melhor pai e da melhor mãe do
mundo! Eu amo todas as pessoas, todas as pessoas me amam, sou um só
com todas as pessoas. Sou educada, sou inteligente, eu sou o sucesso, nasci
para ser feliz, nasci para dar certo, já estou na lista dos aprovados para
medicina na UFG Campus Colemar Natal e Silva. Muito Obrigada! Eu
mereço, eu posso, eu sei e eu vou conseguir realizar todos os meus sonhos!
Muito obrigada!”.

Prática de cultivar o próximo


Essa é a prática mais bela da vida. Ajudar alguém, na verdade, é a maior
ajuda que damos a nós mesmos. Há inúmeras possibilidades:

- Visitar lar de idosos, sendo um ouvido para quem precisa: você pode
reunir um grupo de amigos e levar pessoas que sabem tocar, cantar, encenar e
compartilhar muita alegria com os senhores que ali estão. Mas também pode
fazer atividades que não demandam muita gente e nem um preparo prévio,
como ajudar a dar a comida (vai no horário do almoço). Na verdade, no fim de
tudo, descobrimos que essa experiência é uma grande troca, pois muitos deles é
que tem o humor imbatível e nos faz rir, ou um simples toque na mão e uma
simples história de vida nos faz ver o quanto temos a agradecer por nossas
vidas. Dica de dois lares de idosos que são muito abertos e receptivos a visitas
em Goiânia: Lar de Idosos São Vicente de Paulo e o Solar Colombino.

- Visitar creches ou orfanatos: pode levar doces, brincar com as crianças,


levar brinquedo..., mas o mais importante é sua presença ali, levando interação
e alegria – as crianças são pessoas extremamente sinceras e carinhosas, mais
uma vez, sendo uma troca de muita vida!

- Aderir a grupos que levam comida a moradores “de rua”: diversos grupos
religiosos praticam esse gesto tão bonito. Procure em sua igreja saber o horário
e como pode ajudar. Se não for ligado a uma religião, existem grupos que fazem
o trabalho sem essa ligação, basta procurar. Esse é um trabalho profundo de
38
desconstrução de preconceitos, vai internalizar que cada ser humano que está
ali carrega uma história, medos, problemas e felicidades, igualzinho quem não
mora nas calçadas. Perceberá também que muitos são bem menos egoístas do
que a gente (pois não pegam mais lanche que o necessário, já que sabe que o
colega da frente também está com fome e vai precisar).

- Frequentar grupo de jovens de sua igreja – de qualquer religião - (caso


tenha alguma): super recomendo, porque geralmente esses grupos são cheios de
atividades assim e de estudos mais profundos – que realmente nos tocam.

Porém, a maior prática de cultivo e de amor ao próximo é o


autocontrole para não machucar ninguém com as palavras ásperas e
frias. É a fofoca maldosa que você não espalha, é o controle da língua
para não ficar apontando, acusando e falando mal do outro. É o
pensar duas vezes e calar-se antes de revidar desaforos. É o ouvir
alguém que precisa ser escutado. É tratar com toda estima aqueles
que fazem parte de seu convívio diário (família, amigos,
profissionais e a si mesmo).

Sessão 10
Surpresa preparada aos futuros calouros!

Surpreenda-se ao descobrir o que foi preparado pela turma 68 da


FMUFG aos futuros calouros da turma 69, nesta sessão, na versão
completa do Manual

Mural de Fotos

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Prévia organizada por Laysa Moreira Campos Costa, turma 67 – 2º ano

Coordenadores do projeto:

Alexandre Santana Valadares

Gabriela Ferreira Fernandes


Ribeiro

Jônatas Pereira Bertholucci

Laysa Moreira Campos Costa

Natália Ribeiro Lajes

Phamella Rocha de Souza

Renata Macedo de Oliveira Lopes

Ig: @jornaloesqueleto Pedro Ernesto Miranda

(Na BIO do Instagram há os links Arte da Capa:


para poder comprar ou solicitar o
Manual Completo e, ainda, Laysa Moreira Campos Costa
receber correção de 2 redações!) Edição:

Facebook: Jornal O Esqueleto Matheus Henrique de Jesus Lima


https://www.facebook.com/Jornal-O-
Esqueleto-109888447504810 Revisão:

E-mail: jornaloesqueleto@gmail.com Fernanda Faria

Maria Clara Arouche Cobucci

Jonatas Liah Ferraz

Permitida a livre distribuição deste material (prévia do Manual O Esqueleto).


Faça parte deste projeto: divulgue este material e nossas redes sociais para
todas as pessoas que estão estudando para o vestibular, a fim de democratizar
o ensino.! Nas nossas páginas, aprenda (ou revise) ortografia e literatura por
meio de Quiz em nossos stories; receba dicas de estudos e correções de
redação feita pelos alunos de medicina da UFG. Não fique de fora dessa!

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