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Brasília-DF.
Atualização
Elaboração
Produção
APRESENTAÇÃO.................................................................................................................................. 5
INTRODUÇÃO.................................................................................................................................... 8
UNIDADE I
ESTÉTICA FACIAL................................................................................................................................... 11
CAPÍTULO 1
ACNE..................................................................................................................................... 11
CAPÍTULO 2
MELASMA............................................................................................................................... 23
CAPÍTULO 3
OUTRAS HIPERPIGMENTAÇÕES CUTÂNEAS............................................................................... 29
CAPÍTULO 4
ENVELHECIMENTO................................................................................................................... 34
CAPÍTULO 5
OUTROS TRATAMENTOS ESTÉTICOS........................................................................................... 46
UNIDADE II
ESTÉTICA CORPORAL............................................................................................................................ 51
CAPÍTULO 1
PERIMETRIA............................................................................................................................. 51
CAPÍTULO 2
FIBRO EDEMA GELOIDE........................................................................................................... 56
CAPÍTULO 3
ESTRIAS................................................................................................................................... 64
CAPÍTULO 4
GORDURA LOCALIZADA.......................................................................................................... 69
CAPÍTULO 5
FLACIDEZ DE PELE E FLACIDEZ MUSCULAR............................................................................... 74
UNIDADE III
ESTÉTICA CAPILAR................................................................................................................................ 80
CAPÍTULO 1
DIAGNÓSTICO CAPILAR.......................................................................................................... 80
CAPÍTULO 2
PREVENÇÃO E TRATAMENTO CAPILAR...................................................................................... 85
REFERÊNCIAS................................................................................................................................... 92
Apresentação
Caro aluno
Conselho Editorial
5
Organização do Caderno
de Estudos e Pesquisa
A seguir, apresentamos uma breve descrição dos ícones utilizados na organização dos
Cadernos de Estudos e Pesquisa.
Provocação
Textos que buscam instigar o aluno a refletir sobre determinado assunto antes
mesmo de iniciar sua leitura ou após algum trecho pertinente para o autor
conteudista.
Para refletir
Questões inseridas no decorrer do estudo a fim de que o aluno faça uma pausa e reflita
sobre o conteúdo estudado ou temas que o ajudem em seu raciocínio. É importante
que ele verifique seus conhecimentos, suas experiências e seus sentimentos. As
reflexões são o ponto de partida para a construção de suas conclusões.
Atenção
6
Saiba mais
Sintetizando
7
Introdução
Este caderno foi elaborado visando enriquecer seus conhecimentos relacionados aos
princípios da atuação do profissional da área estética.
Bons estudos!
Objetivos
Estética facial:
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»» Avaliar e tratar as diferentes causas da flacidez de pele.
Estética corporal:
Estética capilar:
9
10
ESTÉTICA FACIAL UNIDADE I
CAPÍTULO 1
Acne
Introdução
A acne é uma afecção dermatológica que atinge o conjunto pilossebáceo, ou seja, pelo e
glândula sebácea. A acne vulgar ou juvenil é uma das dermatoses (doenças que acometem
a pele) mais frequentes, afetando cerca de 80% dos adolescentes e acometendo ambos
os sexos. Dos 14 aos 17 anos, é sua fase de maior incidência em mulheres e apresenta,
nos homens, seu pico de surgimento dos 16 aos 19 anos.
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UNIDADE I │ ESTÉTICA FACIAL
Isso não quer dizer que em outras idades (antes ou após as citadas) elas não apareçam.
As faixas etárias, como citadas, referem-se ao período de maior aparecimento das acnes.
Fisiopatologia
Por se tratar de uma doença das unidades pilossebáceas (compostas pelo folículo piloso
e pela glândula sebácea), normalmente acomete áreas onde essas são maiores e mais
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ESTÉTICA FACIAL │ UNIDADE I
numerosas, principalmente face, tórax e dorso. Tal fato ocorre devido à interação de
alguns fatores. De acordo com Vaz (2003):
»» Inflamação, mediada quer pela ação irritante do sebo, que extravasa para
a derme quando há ruptura da parede folicular, quer pela presença de
fatores quimiotácticos e de mediadores pró-inflamatórios produzidos
pelo C. acnes.
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UNIDADE I │ ESTÉTICA FACIAL
Figura 1. Comedão fechado (ponto branco) à esquerda e comedão aberto (ponto negro) à direita.
Lesões inflamatórias
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ESTÉTICA FACIAL │ UNIDADE I
Figura 2. Exemplos de lesões não inflamatórias e inflamatórias: comedões abertos e fechados (A), papulopústulas
Fatores de risco
Existem diversas teorias sobre os fatores de risco, porém, muitas não possuem
comprovação científica. Por exemplo: é comum que as pessoas reproduzam a informação
de que não lavar e higienizar a região adequadamente, pode causar ou piorar a acne.
Apesar disso, não existem estudos científicos que suportem essa afirmação. A propagação
desse tipo de informação pode gerar um sentimento de culpa no adolescente, pois ele
pode acreditar que causou a acne.
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UNIDADE I │ ESTÉTICA FACIAL
Hormônios também podem ser alterados devido ao uso de alguns medicamentos e outros
produtos. Como exemplo, podemos citar o uso de anabolizantes e esteroides, utilizados
para aumento da performance e da hipertrofia muscular. Alguns medicamentos
utilizados no tratamento da epilepsia também podem causar alterações hormonais.
É comum que indivíduos que apresentam acne utilizem sabonetes e adstringentes para
higienizar a pele. Esses produtos removem o sebo da superfície da pele, porém, não
afetam a produção de sebo pelo folículo piloso. Deve-se orientar o paciente sobre o uso,
pois a fricção frequente ou agressiva com esses produtos pode causar lesões na pele e
piorar a acne.
Em diversos estudos realizados com estudantes, foi observado que a severidade da acne
foi agravada durante os períodos de aumento no estresse (CHIU et al., 2003). Acredita-
se que o estresse psicológico pode causar piora da acne.
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ESTÉTICA FACIAL │ UNIDADE I
Classificação
Não existe um sistema de classificação universal para a acne, uma vez que a extensa
variedade de apresentações clínicas torna difícil criar e implementar esse sistema.
Uma descrição das lesões encontradas seria a maneira mais útil de caracterizar a acne
apresentada pelo paciente. Um dos métodos de avaliação existentes para determinar o
grau de severidade da acne é a classificação de Habif e de Leeds modificada.
Tratamento
Não existe um único tratamento considerado padrão-ouro para a acne, sendo comum a
combinação de diversos tratamentos. Uma vez que as lesões da acne levam em média 8
semanas para se desenvolverem, os tratamentos devem ser aplicados por no mínimo 2
ou 3 meses antes de serem considerados ineficazes.
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UNIDADE I │ ESTÉTICA FACIAL
»» severidade da acne;
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ESTÉTICA FACIAL │ UNIDADE I
Em casos de acne leve, é comum o paciente tentar o tratamento por conta própria,
realizando higienização da pele e uso de produtos adquiridos sem receita em farmácias
como ácido salicílico, peróxido de benzoíla ou adapaleno. Os pacientes também procuram
o profissional da estética para realizar limpeza de pele. Por esse motivo, é importante
realizar a avaliação da pele do paciente antes do atendimento, e caso o profissional
identifique gravidade nas lesões, deve orientar o paciente a procurar a avaliação de um
médico dermatologista, pois nesses casos a abordagem multiprofissional é importante
para resolução do caso.
Caso a pele não tolere retinoides, podem ser utilizadas outras medicações tópicas
como ácido salicílico, ácido glicólico ou ácido azelaico. Todos esses medicamentos
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UNIDADE I │ ESTÉTICA FACIAL
podem auxiliar na redução da acne não inflamatória, e o ácido azelaico pode reduzir o
escurecimento da pele causado pela acne.
O peróxido de benzoíla pode ser aplicado duas vezes ao dia. Caso o paciente esteja
realizando tratamento combinado com retinoide, o peróxido de benzoíla é aplicado de
manhã e o retinoide é utilizado à noite. O peróxido de benzoíla pode irritar a pele,
causando vermelhidão e descamação; podendo também manchar roupas, toalhas,
lençóis e cabelos.
O tratamento hormonal é realizado por meio do uso de hormônio estrogênio, que auxilia
na compensação dos efeitos dos hormônios andrógenos (principais responsáveis pelo
desenvolvimento da acne). Por esse motivo, o uso de anticoncepcionais orais pode
ser recomendado para mulheres com acne moderada ou severa. Porém, nem todos
os contraceptivos orais podem ser utilizados para o tratamento da acne, pois alguns
podem inclusive piorar o quadro. Certos tipos de dispositivos intrauterinos (DIU)
e contraceptivos injetáveis também podem piorar a acne. Por essa razão, o uso de
contraceptivos deve ser escolhido pela mulher após orientação médica.
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ESTÉTICA FACIAL │ UNIDADE I
Apesar dos efeitos positivos, a isotretinoína oral pode causar graves efeitos colaterais
e deve ser prescrita com cautela pelo médico dermatologista. Caso utilizada durante
a gestação, a isotretinoína pode causar aborto e graves malformações no feto. Por
essa razão, existem regras rígidas no Brasil para a prescrição desse medicamento, que
incluem:
»» Duas vias da receita, sendo uma via retida na farmácia e outra via
permanece com paciente.
»» O médico deve, a cada prescrição, entregar para que o paciente assine dois
termos: “Consentimento de Risco” e “Consentimento Pós-Informação”,
que possuem alertas sobre reações e restrições do uso do medicamento,
informando que o documento é pessoal e intransferível.
Alguns dos efeitos colaterais causados pelo uso da isotretinoína oral compreendem:
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UNIDADE I │ ESTÉTICA FACIAL
Alguns dos efeitos colaterais citados podem ser tratados sem a interrupção do
medicamento, porém, outros são perigosos e requerem interrupção imediata do uso
da isotretinoína oral. Por essa razão, o paciente deve ser acompanhado pelo médico
dermatologista durante todo o tratamento e realizar exames de sangue periodicamente.
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CAPÍTULO 2
Melasma
Definição e epidemiologia
O melasma é uma disfunção melanogênica que resulta em hipermelanose crônica e
localizada da pele, sendo caracterizada por máculas acastanhadas em áreas fotoexpostas,
cuja fisiopatogenia não é totalmente esclarecida (MIOT et al., 2007).
O nome deriva do grego melas (negro), referindo-se à sua representação clínica. Cloasma
é um termo usado com o mesmo sentido, sendo também derivado do grego cloazein
(estar esverdeado). A denominação melasma constitui, portanto, uma designação mais
adequada para a doença. Ela pode ser definida como (MIOT et al., 2009, p. 623):
Dermatose comum que cursa com alteração da cor da pele normal, resultante
da hiperatividade melanocítica focal epidérmica de clones de melanócitos
hiperfuncionantes, com consequente hiperpigmentação melânica induzida,
principalmente, pela radiação ultravioleta. Clinicamente, caracteriza-se por
manchas acastanhadas, localizadas preferencialmente na face, embora possa
acometer também a região cervical, torácica anterior e membros superiores.
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UNIDADE I │ ESTÉTICA FACIAL
Por estar relacionada a alterações locais na pigmentação da pele, essa condição acomete
os fotótipos com maior concentração de melanina, sendo mais incidente nos fotótipos
intermediários (fotótipos III a V de Fitzpatrick) e raro nos fotótipos extremos (fotótipos
I e VI de Fitzpatrick). Acredita-se que indivíduos com fotótipo I apresentam dificuldade
em produzir pigmentação adicional e indivíduos com fotótipo VI já produzem o máximo
de pigmentação possível; por essa razão, ambos os fotótipos apresentam produção
estável de melanina, evitando disfunções melanogênicas como o melasma.
Fotótipos de Fitzpatrick
A escala de Fitzpatrick é um esquema de classificação numérica para a cor da
pele. Foi desenvolvida em 1976 pelo pesquisador Thomas B. Fitzpatrick como
uma forma de estimar a resposta de diferentes tipos de pele à luz ultravioleta
(UV). A classificação de cada fotótipo depende da quantidade de melanina
presente na pele e do resultado da exposição solar (peles claras queimam com
maior facilidade e levam maior tempo para bronzear, sendo assim, necessitam
maior proteção contra exposição solar; peles escuras dificilmente apresentam
queimaduras e bronzeiam com facilidade).
Esse sistema de classificação é bastante utilizado até hoje, pois permite prever
a propensão de hiperpigmentação dos diferentes fotótipos. Por exemplo:
conforme vimos neste capítulo, os fotótipos de III a V são mais propensos a
desenvolver melasma.
Sabe-se que o melasma pode ocorrer em todos os grupos étnicos, porém, estudos
epidemiológicos apontam que a prevalência é maior entre fenótipos que apresentam
maior pigmentação da pele como japoneses, coreanos, chineses, indianos, paquistaneses
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ESTÉTICA FACIAL │ UNIDADE I
e africanos, sendo comum também entre hispânicos e brasileiros, que vivem em áreas
intertropicais nas quais a exposição à radiação UV é maior (SHETH; PANDYA, 2011).
No Brasil, em um estudo realizado com 1500 adultos foi observado que 23,6% dos
homens e 29,9% das mulheres buscam atendimento dermatológico devido a alterações na
pigmentação da pele (LUPI et al., 2010). A grande miscigenação da população brasileira
e o clima tropical do país favorecem o desenvolvimento do melasma. Considerando as
diferentes regiões brasileiras e sua composição étnica, Ishiy et al. (2014) estimam que
entre 15% e 35% das mulheres brasileiras adultas apresentam a doença.
O melasma atinge em torno de 10% dos homens, sendo, portanto, mais frequente em
indivíduos do sexo feminino (MIOT et al., 2007). No Brasil, mais de 50% dos casos
compreendem mulheres de 20 a 35 anos, corroborando a teoria de que a patofisiologia
do melasma está relacionada com o período fértil da mulher.
Etiologia e fisiopatologia
Essa é uma doença dermatológica de fácil diagnóstico ao exame clínico e, embora seja
crônica e apresente recidivas com frequência, os aspectos fisiopatológicos do melasma
não estão completamente elucidados (MIOT et al., 2009).
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UNIDADE I │ ESTÉTICA FACIAL
O melasma pode ser classificado de acordo com sua localização na face. Porém, a
classificação não é padronizada. Segue abaixo algumas das classificações aceitas:
No Brasil, estima-se que as regiões mais afetadas pelo melasma são as regiões zigomática
(84%), supralabial (51%), frontal (50%) e nasal (40%) (TAMEGA et al., 2013).
O melasma também pode manifestar-se em outras regiões do corpo como uma alteração
hipercrômica irregular nos braços e antebraços, nuca e pescoço e região do esterno. Esse
tipo de manifestação ocorre em sua maioria em mulheres mais velhas, pós-menopausa,
podendo estar associada à terapia de reposição hormonal.
A etiologia dessa doença ainda não está esclarecida, porém, alguns fatores já foram
associados, como: radiação UV, gestação, uso de contraceptivos orais, fatores genéticos,
alguns cosméticos e endocrinopatias. As influências genéticas e a radiação UV são os
principais fatores (sabe-se que as lesões se tornam evidentes após exposição às radiações
solares).
Considerando o que foi dito por Costa et al. (2010), fica evidente o fato que a exposição
solar é o principal gatilho para o melasma. O uso de filtro solar com alto FPS reduz a
intensidade da doença em 50% e diminui sua incidência durante a gravidez em 90%
(LAKHDAR et al., 2007). As principais radiações causadoras da melanogênese são
UVA e UVB, porém, o calor também pode intensificar o melasma.
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ESTÉTICA FACIAL │ UNIDADE I
Tratamento
Em raros casos, o melasma pode desaparecer, quando um gatilho, como gravidez ou
uso de pílulas anticoncepcionais, causa a doença. Nesses casos, após o nascimento do
bebê ou interrupção do uso de pílulas anticoncepcionais, o melasma pode regredir.
Na maioria dos casos, o melasma dura por muitos anos (ou até mesmo por toda a
vida) devido à sua natureza crônica e persistente. Nesses casos, existem tratamentos
para controlar a manifestação da doença. Somente um médico dermatologista pode
avaliar cada caso e prescrever os medicamentos adequados, sendo tratamentos tópicos
e proteção solar necessários para o controle da doença. Peelings químicos e agentes
clareadores são os tratamentos mais comuns, mas, independentemente do tratamento
orientado, o uso de filtro solar de amplo espectro (sendo fundamental proteção UVA e
UVB).
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UNIDADE I │ ESTÉTICA FACIAL
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CAPÍTULO 3
Outras hiperpigmentações cutâneas
Conceitos gerais
A hiperpigmentação é o escurecimento ou aumento do pigmento natural da pele,
normalmente devido ao aumento de deposição de melanina (hipermelanose) na
epiderme e/ou na derme.
Acantose nigricans
A acantose nigricans é uma condição comum que apresenta aspecto aveludado de cor
marrom ou castanha. É comum os pacientes relatarem que a região está suja e não
conseguem limpar. Essa condição normalmente ocorre em regiões de dobras de pele
(axilas, barriga, pescoço e virilha), mas pode instalar-se em outras regiões.
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UNIDADE I │ ESTÉTICA FACIAL
»» obesidade;
»» síndromes genéticas;
»» câncer;
Pacientes que desenvolvem rapidamente acantose nigricans nas palmas das mãos ou
nas solas dos pés podem apresentar câncer, sendo adenocarcinoma o câncer mais
provável (RENDON et al., 1989).
Por ser uma desordem benigna e assintomática, a estética é o principal motivo para o
tratamento da acantose nigricans. O tratamento está relacionado com sua causa, e não
com o acometimento da pele. No caso de resistência à insulina, essa deve ser tratada
adequadamente por um médico.
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ESTÉTICA FACIAL │ UNIDADE I
Dermopatia diabética
Presente em aproximadamente 70% dos pacientes diabéticos, essa condição afeta a
região anterior da tíbia, onde começa como uma erupção rosa ou marrom e evolui para
uma dermatite com tom marrom mais escuro. A causa exata das lesões é desconhecida.
Hiperpigmentação pós-inflamatória
A hiperpigmentação pós-inflamatória é uma hipermelanose da pele que ocorre como
sequela de uma inflamação cutânea. Algumas causas comuns da hipermelanose são
acne e queimaduras, bem como outros traumas físicos ou químicos, irritação da pele e
dermatoses.
A resolução desses casos pode ser espontânea, quando a causa da inflamação é tratada.
Porém, existem tratamentos para acelerar o processo de clareamento das manchas. Pode
ser orientado o uso de despigmentantes e/ou ácidos clareadores. O peeling superficial
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UNIDADE I │ ESTÉTICA FACIAL
Para mais informações sobre os tipos de peeling, leia o Capítulo 5 desta Unidade.
Efélides
A resposta normal à radiação solar consiste no aumento da produção de melanina de
maneira uniforme, resultando no bronzeado. Porém, alguns indivíduos desenvolvem
efélides (popularmente conhecidas como sardas): manchas pequenas (normalmente
com menos de 3 mm de diâmetro) de tom castanho ou marrom.
Devido à sua característica benigna, o tratamento para efélides tem objetivo estético
somente. O paciente pode evitar exposição solar, fazer uso de filtro solar e maquiagem
ou hidratantes com fator de proteção solar. Essas medidas podem evitar o aparecimento
de novas manchas.
»» Peelings químicos.
Para mais informações sobre os tipos de peeling, leia o Capítulo 5 desta Unidade.
Lentigo
Lentigos são máculas benignas pigmentadas semelhantes à efélides, causadas pelo
aumento da atuação dos melanócitos. Diferentemente das efélides, que podem diminuir
de intensidade caso o indivíduo não se exponha ao sol, os lentigos são persistentes.
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ESTÉTICA FACIAL │ UNIDADE I
Por razões estéticas, os lentigos podem ser removidos por meio de crioterapia com
nitrogênio líquido, laser e luz intensa pulsada.
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CAPÍTULO 4
Envelhecimento
Alterações fisiológicas
É um processo fisiológico natural e universal, que está intimamente relacionado às
alterações que ocorrem a nível molecular, celular, tecidual e orgânico, envolvendo
desgaste constante das reservas do sistema orgânico e de controle homeostático, de
forma progressiva e irreversível com a idade (CAROMANO; JUNG, 1999).
No Brasil, o aumento da população idosa segue essa tendência. Nos últimos 50 anos,
a participação da população idosa brasileira no total da população nacional mais que
duplicou: representava 4% em 1940 e 8,6% em 2000 (CAMARANO, 2006; BENEDETTI
et al., 2007), dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), demonstram
que em 1970, existiam no país pouco mais de quatro milhões e setecentas mil pessoas
com idade superior a sessenta anos. Já no censo realizado em 2000, esse número
havia mais que triplicado. Estima-se que em 2020, a população idosa ultrapasse os
15% da população total do país. Em 2025, espera-se que ocorra um aumento de mais
33 milhões, tornando o Brasil o sexto país no mundo com a maior porcentagem de
indivíduos idosos (PAIXÃO JÚNIOR; REICHENHEIM, 2005; CAMARANO, 2006;
SILVA et al., 2006; IBGE, 2007).
Esse aumento da expectativa de vida faz com que as pessoas busquem cada vez mais se
manterem fisicamente mais jovens. A longevidade proporcionada pelo desenvolvimento
científico (ou seja, a cada dia surgem novas e melhores técnicas para tratamentos faciais
e corporais, para as mais diversas finalidades), associada a uma facilidade de acesso a
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ESTÉTICA FACIAL │ UNIDADE I
Observa-se, ainda, uma crescente influência da mídia no dia a dia das pessoas. A busca
pelo corpo perfeito, por uma aparência mais jovem, pelo ideal de beleza concebido pelo
mundo da moda onde modelos magérrimas desfilam pelas passarelas, favorecem esse
crescimento do setor.
Existem diversas teorias acerca das causas do envelhecimento, mas sabe-se que todos
os processos fisiológicos involutivos no organismo ocorrem de forma harmônica
(GUIRRO; GUIRRO, 2002).
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UNIDADE I │ ESTÉTICA FACIAL
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ESTÉTICA FACIAL │ UNIDADE I
Não existe ainda uma explicação sobre a causa exata do processo de envelhecimento,
mas existem algumas teorias para tentar explicá-lo. Algumas parecem mais plausíveis
que as demais, embora todas se encontrem inter-relacionadas.
Teorias do envelhecimento
As teorias do envelhecimento podem ser divididas em duas categorias: aquelas que
respondem à pergunta “Por que envelhecemos?” e aquelas que respondem à pergunta
“Como envelhecemos?”.
Poucas teorias tentam responder por que nós e praticamente todos os organismos vivos
envelhecem. Essas teorias competem entre si, tornando improvável que mais de uma
esteja correta. Com o passar do tempo, algumas teorias caíram em descrédito, enquanto
outras se tornaram largamente aceitas.
Como o próprio nome diz, essa teoria defende que o organismo apresenta um relógio
biológico que define as épocas da vida onde ocorrerá cada uma das alterações.
Acredita-se que esse controle ocorra em nível hormonal com o centro cerebral
regulador e em nível de transmissão de códigos genéticos e síntese proteica, que são
os ácidos nucleicos (DNA e RNA). Cada vez que a célula se divide, ela deve dobrar
seus cromossomos para que cada célula filha receba uma cópia do material genético.
Porém, cada vez que o cromossomo se reproduz, ele perde uma pequena parte dos seus
telômeros. Quando os telômeros celulares atingem um tamanho crítico, a célula não
mais consegue replicar os cromossomos e assim a divisão celular será interrompida.
37
UNIDADE I │ ESTÉTICA FACIAL
Essas células se tornam “senescentes”, ou seja, apesar de não morrerem, não podem
dividir-se.
É tentador extrapolar esse conceito e assumir que caso seja possível aumentar os níveis
de telomerase das células somáticas, poderia conferir imortalidade a elas. Porém, a
ausência de telomerase também age como um mecanismo de supressão da malignidade.
No caso de mutações que levam ao crescimento descontrolado das células, essas
teriam vida útil limitada pela ausência da atividade da telomerase. Muitos tumores
apresentam mutações que possuem aumento na capacidade proliferativa por meio da
ação da enzima telomerase. Assim, o número insuficiente de células com telomerase
prejudicam a renovação dos tecidos e um elevado número de células com atividade da
telomerase poderia aumentar o índice de malignidade.
Essa teoria está associada à teoria do relógio biológico e defende que o envelhecimento
é secundário do desgaste das células em seu processo fisiológico de multiplicação.
Tal afirmação é justificada pelos pesquisadores que defendem essa teoria. Eles
acreditam que todas as células do corpo têm a capacidade intrínseca de multiplicar-
se (exceto as cerebrais); entretanto, com o passar dos anos, essa capacidade diminui
progressivamente, até que o processo cesse totalmente. Atualmente, acredita-se que o
que determina o limite no número de divisões celulares é o comprimento do telômero,
conforme foi descrito na teoria do relógio biológico no tópico anterior.
células da pele produzem colágeno quando são jovens. Quando essas células atingem
a senescência e não podem mais dividir-se, elas produzem colagenase, enzima que
promove a quebra do colágeno e a falta de colágeno poderia ser responsável pelo
afinamento da pele e formação de rugas.
Uma das principais reações cruzadas ocorre por meio de um processo chamado
glicosilação. As moléculas de glicose podem conectar-se com proteínas e serem
transformadas em moléculas chamadas produtos finais de glicosilação avançada.
Quando ambas as extremidades dessas moléculas se aderem às proteínas adjacentes,
elas formam reações cruzadas permanentes que desabilitam as funções das proteínas.
Um processo semelhante a esse faz com que um alimento se torne marrom durante a
cocção.
Até então, é a teoria que melhor explica fatos reais que acontecem no organismo.
Os radicais livres são um dos bioprodutos tóxicos do metabolismo celular normal.
Substâncias contidas dentro das células chamadas antioxidantes neutralizam os radicais
39
UNIDADE I │ ESTÉTICA FACIAL
livres. Porém, aqueles que escapam a esse processo de neutralização podem danificar o
DNA, as proteínas e a mitocôndria (chamado dano oxidativo). Harmam, autor da teoria
citado por Olszewer (apud GUIRRO; GUIRRO, 2002), defendeu que o dano oxidativo
é acumulado com o passar do tempo, podendo resultar em processos que contribuem
para o envelhecimento:
»» Fibrose arteriocapilar.
Além disso, os radicais livres podem causar danos ao DNA, reações cruzadas das
proteínas e formação de pigmentos relacionados ao envelhecimento. Os danos
oxidativos também contribuem para diversas doenças relacionadas ao envelhecimento,
como câncer, doenças cardíacas, diabetes e Alzheimer.
Grande parte dos radicais livres são produzidos na mitocôndria (organela responsável
por gerar energia), portanto essa organela está mais sujeita a danos oxidativos. Caso
os radicais livres não sejam rapidamente neutralizados, eles podem causar dano
considerável para as membranas da mitocôndria e ao DNA mitocondrial. As lesões
causadas pelos radicais livres iniciam um ciclo no qual os danos oxidativos prejudicam
o funcionamento da mitocôndria, resultando na geração de quantidade ainda maior de
radicais livres. Com o passar do tempo, a mitocôndria afetada torna-se tão ineficaz que
não gera energia suficiente para as demandas celulares. As mitocôndrias de indivíduos
idosos tendem a ser menos eficientes do que as presentes em indivíduos jovens.
Teoria do desgaste
Como o nome da teoria já diz, essa defende que o organismo funciona como uma máquina
e, como qualquer outra, desgasta-se com o tempo. Com o passar dos anos, a sobrecarga
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ESTÉTICA FACIAL │ UNIDADE I
Teoria autoimune
Essa teoria defende que mutações sucessivas levariam ao surgimento de células cujo
DNA codificaria a síntese de produtos diferentes dos normais, logo, estranhos e não
identificados pelas células imunocompetentes.
Terapias aplicáveis
Independente das causas, ainda não completamente definidas, sabe-se que o processo
de envelhecimento é gradual, não poupando nenhum ser vivo e nenhum órgão, célula
ou tecido. De todos os tecidos do corpo, a pele é o que mais revela os efeitos desse
processo e também aquele mais acessível à pesquisa e estudos dos processos que o
relacionam (GUIRRO; GUIRRO, 2002).
As rugas, marcas na pele desencadeadas durante o envelhecimento, não podem ser
evitadas, mas podem ser retardadas. Isso é fato. O uso do filtro solar é essencial e
indispensável para quem deseja ter uma boa aparência e mantê-la jovem por mais tempo,
minimizando a aparição de manchas e doenças de pele. Mesmo quem já apresenta sinais
marcantes decorrentes desse período de envelhecimento, ainda pode se beneficiar do
filtro solar, haja vista que embora os efeitos deletérios para a pele sejam progressivos e
acumulativos, efeitos ainda maiores podem ser evitados e/ou retardados.
Atenta a esse potencial mercado consumidor em expansão, a área da estética vem
crescendo de forma exponencial, visando retardar os efeitos do envelhecimento,
atenuando marcas de expressão, favorecendo o contorno corporal desejado e até
mesmo proporcionando uma aparência mais jovem. Procedimentos que estimulam a
circulação local, melhorando a nutrição e o metabolismo, bem como aumento do tônus
muscular, favorecem a melhora e auxiliam no retardo do envelhecimento precoce.
Algumas das terapias descritas por Guirro e Guirro (2002), que podem auxiliar neste
processo preventivo, encontram-se descritas a seguir.
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UNIDADE I │ ESTÉTICA FACIAL
Eletroterapia
A estimulação elétrica facial é uma terapia muito utilizada para tratamento facial, sendo
a corrente farádica a mais utilizada e difundida.
Essa técnica produz efeitos semelhantes aos da contração muscular voluntária, tais
como aumento do metabolismo muscular, maior oxigenação com maior liberação
de catabólitos, dilatação das arteríolas e um consequente incremento da irrigação
sanguínea do músculo, melhorando, assim, a sua nutrição e prevenindo a sua hipotrofia
fisiológica.
Laser
Sua ação ocorre em nível celular, estimulando o crescimento do colágeno, com o qual
é possível restituir a tensão da pele e, consequentemente, melhorar a expressão facial
de pacientes entre a terceira e a quinta década de vida, que apresentem sinais de
envelhecimento da pele.
Na região dos olhos e pálpebras não se deve utilizar esse procedimento, assim como na
região do pescoço, pois pode hiperativar a glândula tireoide.
O tipo de laser que será utilizado, sua intensidade e tempo de exposição devem ser
calculados.
Massoterapia
Cinesioterapia
A atividade física regular é um dos artifícios para quem deseja retardar o processo
de envelhecimento. A diminuição da aptidão cardiorrespiratória, que acontece
progressivamente após a terceira década de vida, pode ser retardada nesses casos.
Mesmo que a pessoa inicie a prática de exercícios tardiamente, ainda é possível observar
uma melhora do condicionamento físico (com consequente melhora da oxigenação
42
ESTÉTICA FACIAL │ UNIDADE I
Em relação ao tônus da pele, exercícios faciais são eficazes, pois a musculatura facial
está inserida na pele, sendo, então, diretamente responsável pelo seu tônus. Como a
diminuição do tônus muscular é um dos fatores observados durante o envelhecimento,
entende-se que a realização de exercícios faciais resistidos são importantes para a
preservação do contorno da face.
Procedimentos médicos
Botox
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UNIDADE I │ ESTÉTICA FACIAL
A toxina botulínica é uma das substâncias mais tóxicas existentes na natureza. Estudos
estimam que um grama possa matar 1 milhão de pessoas e alguns quilos poderiam matar
todos os seres humanos do planeta (DHAKED et al., 2010). Apesar de sua toxicidade,
a toxina botulínica é uma proteína terapêutica valiosa e eficaz, amplamente utilizada
na redução de linhas de expressão, rugas, tratamento de desordens musculares, suor
excessivo, enxaquecas e algumas desordens de bexiga e intestino.
Preenchimentos
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ESTÉTICA FACIAL │ UNIDADE I
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CAPÍTULO 5
Outros tratamentos estéticos
Higienização facial
A higienização facial é a limpeza superficial da pele, removendo as impurezas acumuladas
diariamente, podendo ser aplicado um sabonete líquido, um esfoliante, e/ou loções de
limpeza, com a retirada em seguida. Isso promoverá uma higienização superficial da
pele.
Limpeza de pele
A limpeza de pele é um tratamento muito procurado nas clínicas de estética por quem
deseja controlar a oleosidade da pele e/ou manter a pele com uma aparência viçosa
e com brilho. A limpeza também pode ser associada a outros tratamentos estéticos,
que juntos terão como objetivos manter uma aparência bonita e luminosa da pele,
minimizando manchas, controlando o aparecimento de cravos e o surgimento e/ou
agravamento de acnes, dentre outros.
É um procedimento que pode ser realizado em qualquer estação do ano, por pessoas de
todas as idades e todos os tipos de pele.
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ESTÉTICA FACIAL │ UNIDADE I
Peeling
O envelhecimento cutâneo é inevitável e inexorável. Embora seja um processo fisiológico
e gradativo, pode ser acelerado por fatores ambientais (exposição ao sol, vento, poluição,
produtos químicos) e/ou decorrentes de hábitos de vida inadequados (não usar o filtro
solar adequadamente, higienização inadequada da pele, dentre outros). Por outro lado,
via tratamentos estéticos, é possível minimizar os efeitos do envelhecimento da pele,
retardando-os.
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UNIDADE I │ ESTÉTICA FACIAL
Borges (2010) relata que são inúmeras as formas de aplicação, veículos e princípios
ativos utilizados na técnica de peeling.
»» Agente natural:
»» Agentes artificiais:
Os peelings podem ser classificados como peeling físico, químico, biológico e vegetal,
conforme descrito por Borges (2010, p. 290-1):
»» Peeling físico: processo mecânico de arraste das células mortas por meio
de substâncias abrasivas que podem estar veiculadas em cremes, gel, gel-
creme ou até mesmo em loções. A aplicação consiste simplesmente em
submeter a pele ao esfregaço com massagens suaves e ligeira pressão. Os
abrasivos físicos mais utilizados são: sílica – mineral (1 a 5%); damasco
(caroço) – natural (1 a 6%); algas diatomáceas – pó de origem natural;
polietileno – sintético (0,3 a 1%).
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ESTÉTICA FACIAL │ UNIDADE I
Por outro lado, algumas reações adversas a esse tipo de procedimento também
podem ocorrer, como hiperpigmentações, miliuns, cicatrizes hipertróficas e queloides
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UNIDADE I │ ESTÉTICA FACIAL
Sensação de coceira ou calor durante a sessão, bolhas (causadas pela ação térmica na
epiderme), púrpura, edema e hiperemia são algumas das complicações mais comuns.
Em casos de ocorrência de queimaduras, podem aparecer cicatrizes.
50
ESTÉTICA UNIDADE II
CORPORAL
CAPÍTULO 1
Perimetria
Introdução
A perimetria é a mensuração, em centímetros, da circunferência de determinado
segmento corporal. Essa medida, denominada perímetro, é o perímetro máximo
de um segmento corporal quando medido em ângulo reto em relação ao seu maior
eixo (FERNANDES FILHO, 2003). Para realização dessa medida, é necessária uma
fita métrica com precisão de 0,1 cm. Alguns autores descrevem a preferência por
fita metálica, uma vez que outros materiais podem ceder ao longo do tempo de uso,
alterando a medida real.
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UNIDADE II │ ESTÉTICA CORPORAL
Precauções
Para que a medida seja fidedigna, existem algumas precauções que devem ser
consideradas durante a realização da perimetria, de acordo com Fernandes Filho
(2003):
»» A pressão realizada para fazer a medição não pode ser excessiva na pele,
porém, a fita não pode ficar frouxa.
Veja o exemplo:
Outro fator importante é que a repetição da perimetria deve ser realizada pela mesma
pessoa. Isso quer dizer que, a mesma pessoa que aferiu no momento da avaliação, deverá
repetir o procedimento no dia da reavaliação. E, de preferência, com a mesma fita métrica,
52
ESTÉTICA CORPORAL │ UNIDADE II
no mesmo horário do dia, estando a paciente com as mesmas vestes. Isso pode parecer
bobagem, mas faz uma tremenda diferença para quem deseja ser um profissional sério,
cuidadoso e fiel ao tratamento oferecido. A execução de procedimentos padronizados
aumentará a fidedignidade e exatidão das medidas (GUIRRO; GUIRRO, 2002).
Tórax
Deve ser realizada com o paciente em posição ortostática, sem apoio. Caso o paciente
seja do sexo feminino, a fita deve ser posicionada abaixo das linhas axilares, em um
plano horizontal. Caso o paciente seja do sexo masculino, a fita deve ser posicionada
sobre a cicatriz mamilar, em um plano horizontal.
Braço
Antebraço
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UNIDADE II │ ESTÉTICA CORPORAL
Cintura
O paciente deve estar em posição ortostática e com o abdômen relaxado. Caso o paciente
seja do sexo feminino, a fita é posicionada em plano horizontal e a medida é realizada
abaixo da última costela (ponto que possui menor circunferência). Caso o paciente seja
do sexo masculino, a fita deve ser posicionada sobre a cicatriz umbilical, em um plano
horizontal.
Quadril
Coxa
O paciente posiciona-se em ortostatismo, com os pés paralelos e ligeiramente afastados.
O profissional coloca-se ao lado do avaliado.
Panturrilha
Guirro e Guirro (2002) descrevem alguns pontos de referência para essas medidas:
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ESTÉTICA CORPORAL │ UNIDADE II
55
CAPÍTULO 2
Fibro edema geloide
Introdução
Fibro edema geloide (FEG) é uma alteração topográfica e localizada na pele, sendo
comumente encontrada em coxas, nádegas e abdômen de mulheres. Acredita-se que
a orientação perpendicular dos septos fibrosos de mulheres permite que a gordura
subjacente protraia-se, criando o aspecto ondulado característico do FEG. Nos homens,
essas fibras estão posicionadas de maneira oblíqua, prevenindo que esse fenômeno
ocorra (PIÉRARD et al., 2000).
Identificação do FEG
Conforme descrito por Guirro e Guirro (2002), as quatro evidências clínicas observadas
durante a palpação do FEG, classicamente conhecida como “tétrade de Ricoux”, são:
aumento da espessura do tecido celular subcutâneo, maior consistência tecidual, maior
sensibilidade à dor, diminuição da mobilidade por aderência aos planos mais profundos.
56
ESTÉTICA CORPORAL │ UNIDADE II
Conforme o grau, o FEG pode ser identificado por testes simples, seguros e não invasivos.
Em graus mais elevados, apresenta sinais que mesmo a olho nu é possível identificá-
lo: tecido flácido, com relevos e depressões, dificilmente sendo confundida com outra
patologia.
Teste da preensão
Deve-se pressionar a pele juntamente com a tela subcutânea entre os dedos (movimento
de pinça), promovendo um movimento de tração. Sendo a sensação dolorosa mais
incômoda que o normal, é indicativo de FEG, já com alteração de sensibilidade.
Estágios do FEG
Com exceção das palmas das mãos, plantas dos pés e couro cabeludo, que apresentam um
tecido diferenciado, o FEG pode surgir em qualquer parte do corpo, preferencialmente
na porção superior das coxas (interna e externamente), porção interna dos joelhos,
regiões de abdome, glúteos e porção superior dos braços (ântero e posteriormente).
O FEG apresenta três estágios não completamente delimitados, podendo ainda ocorrer
a sua sobreposição em uma mesma área.
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UNIDADE II │ ESTÉTICA CORPORAL
Tratamento
O tratamento do FEG é um desafio, pois não existem evidências científicas sólidas sobre
a eficácia dos tratamentos disponíveis atualmente. Apesar disso, muitas mulheres
procuram tecnologias e tratamentos para o FEG devido às alterações estéticas e
disfunções dolorosas. Tendo isso em mente, o profissional de estética deve considerar
para o tratamento do FEG, duas coisas fundamentais: correto diagnóstico aliado ao
melhor recurso de escolha para tratamento em questão.
Pesquisas realizadas nas últimas décadas apontaram que os melhores resultados para
o FEG são aqueles tratamentos nos quais o corpo é submetido à recuperação da saúde
e não tem como foco apenas o FEG, afinal, mesmo esse sendo abrandado, os hábitos
de vida permanecem iguais (utilização de anticoncepcionais orais, sedentarismo,
alimentação inadequada, tabagismo e etilismo), então, os resultados serão apenas
temporários e transitórios (GUIRRO; GUIRRO, 2002).
Tratamento cirúrgico
Outra técnica que trata alterações de relevo cutâneo é a subcisão, que consiste em uma
intervenção na junção dermo-hipodérmica, deslocando as fibras de alto teor fibrótico.
58
ESTÉTICA CORPORAL │ UNIDADE II
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UNIDADE II │ ESTÉTICA CORPORAL
Terapia nutricional
Deve-se praticar a reeducação alimentar, via dieta adequada. Uma dieta hipocalórica,
elaborada por um profissional especializado (nutrólogo ou nutricionista), contribui
muito esse processo.
Eletroterapia
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ESTÉTICA CORPORAL │ UNIDADE II
Terapia física
O tecido afetado pelo FEG é mal oxigenado e malnutrido, uma vez que a circulação
sanguínea e linfática nesses locais encontra-se deficiente. Diante do exposto, justifica-
se o fato de a prática de atividade física regular ser parte fundamental no tratamento
dessa disfunção.
Terapia medicamentosa
Endermologia
Essa técnica faz uso de equipamentos que realizam sucção e mobilização tecidual
por meio de rolos motorizados. Assim, ocorre mobilização profunda da pele e da tela
subcutânea, promovendo aumento da circulação. Esse processo acontece devido à
pressão negativa gerada na região durante o vácuo. Nessa técnica, a movimentação dos
61
UNIDADE II │ ESTÉTICA CORPORAL
rolos deve ocorrer no sentido das fibras musculares e linhas de tensão da pele, evitando,
assim, a flacidez tecidual (GUIRRO; GUIRRO, 2002).
Ultrassom
Massoterapia
A massagem pode ser utilizada como tratamento coadjuvante do FEG, pois promove
alívio da dor e incremento da circulação sanguínea e linfática locais. A técnica
aplicada compreende movimentos intermitentes, suaves e superficiais, com objetivo
de dessensibilizar a região. Não é indicada a realização de movimentos vigorosos
(GUIRRO; GUIRRO, 2002).
A drenagem linfática manual promove redução do edema causado pelo FEG. Sendo
também um tratamento coadjuvante. Durante a realização da drenagem linfática
manual, o segmento drenado deve estar em posição de elevação para evitar estase
venosa e linfática (GUIRRO; GUIRRO, 2002).
Radiofrequência
62
ESTÉTICA CORPORAL │ UNIDADE II
63
CAPÍTULO 3
Estrias
No caso de mulheres grávidas, as estrias surgem normalmente entre o sexto e sétimo mês
de gestação, pois os fatores de risco estão relacionados a processos que se intensificam
ao longo da gestação: ganho de peso durante a gestação, idade gestacional e polidrâmnio
(excesso de líquido amniótico) (OSMAN et al., 2007). As regiões mais propensas ao
aparecimento de estrias, nesse caso, são abdômen, seios e coxas, mas também podem
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ESTÉTICA CORPORAL │ UNIDADE II
ser intensificadas na lombar, nádegas e quadris. Mulheres que engravidam mais jovens
apresentam maior probabilidade de desenvolver estrias, devido à baixa habilidade de
alongamento da pele em mulheres jovens. Após o parto, as estrias podem diminuir ao
longo dos meses, porém, não desaparecem.
Não existe uma definição específica para as causas de surgimento das estrias, mas
estudos apontam para causas multifatoriais, como fatores endocrinológicos, mecânicos,
predisposição genética e familiar. Tais fatores levaram ao surgimento de três teorias
para sua etiologia: a mecânica, a endocrinológica e a infecciosa.
Inicialmente, é denominada striae rubrae, ou seja, estria rubra. Quando surgem, têm
como primeiros sinais clínicos o prurido (coceira), dor (em alguns casos), erupção
papular plana e levemente rosada. Na próxima fase, quando seu processo de formação
encontra-se quase totalmente estabelecido, as lesões adquirem coloração esbranquiçada,
sendo denominadas, nessa fase, striae albae, ou seja, estria alba.
65
UNIDADE II │ ESTÉTICA CORPORAL
Tratamento
Antes de iniciar as considerações a respeito dos tratamentos possíveis para as estrias,
vale ressaltar que na literatura disponível acerca do assunto, os autores são unânimes
e concordam com a afirmação de que as estrias são uma sequela irreversível. Medidas
como exercícios físicos não alteram o desenvolvimento de estrias. Entretanto, observa-
se que alguns tratamentos podem minimizá-las, conforme descrito a seguir.
Agentes tópicos
Alguns medicamentos tópicos são orientados por médicos para o tratamento de estrias.
Os benefícios da tretinoína tópica estão bem estabelecidos na literatura. Ela age por
meio de sua afinidade com os fibroblastos, induzindo a síntese de colágeno para reparo
dos danos na pele causados pela estria (KANG et al., 1996). No caso da striae rubrae,
a tretinoína tópica apresenta eficácia máxima, porém, pouco ou imprevisível efeito na
striae albae.
Durante a gestação, muitas mulheres fazem uso de cremes para minimizar ou prevenir
as estrias, gerando muitos gastos para essa população. Porém, uma revisão realizada
pela Cochrane, em 2012, avaliou a atuação de seis agentes tópicos utilizados por mais de
800 mulheres grávidas para prevenção de estrias e não encontrou nenhuma relevância
estatística que pudesse suportar o uso desses cremes para evitar o aparecimento de
estrias (BRENNAN et al., 2012). Os cremes avaliados incluíram manteiga de cacau,
azeite de oliva e outros cremes desenvolvidos por grandes laboratórios.
Tratamentos com ácido glicoico tópico apresenta bons resultados tanto em striae albae
quanto em striae rubrae, sendo mais eficaz nesta última (MAZZARELLO et al., 2012).
Porém, as evidências científicas sobre o uso do ácido glicoico tópico ainda são escassas.
É importante ressaltar que o paciente deve ser cuidadoso durante a aplicação do ácido,
pois altas concentrações podem lesionar a pele.
Eletroterapia
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ESTÉTICA CORPORAL │ UNIDADE II
Laser
O tratamento com laser é mais eficaz quando aplicado imediatamente após o surgimento
da estria. Esse tratamento pode ser utilizado na forma ablativa e não ablativa. O laser
não ablativo não obstrui a região aplicada e pode atingir, por exemplo, vasos sanguíneos
dilatados na striae rubrae, promovendo aumento do colágeno na região.
O laser ablativo (por exemplo, laser de CO2) age a nível celular, aumentando o número
de fibras colágenas e, consequentemente, a tensão epidérmica. Dessa forma, melhora
o aspecto da pele. Sua eficácia é melhor quando combinada com outros recursos.
Observa-se uma melhora da atividade metabólica do tecido e, consequentemente, uma
maior lentidão no seu estabelecimento (GUIRRO; GUIRRO, 2002).
Escarificação
O efeito da escarificação está relacionado ao reparo tecidual que ocorre após a inflamação
da pele lesionada. Quando o organismo inicia os processos de reparação das lesões
realizadas durante a sessão de escarificação, ocorre também o reparo das estrias.
Dermoabrasão
Esse procedimento visa à melhora do aspecto da pele por meio de lesões causadas por
lixamento da pele. A dermoabrasão pode ser realizada manualmente ou via sistema que
lança um fluxo de microcristais na pele por meio de vácuo controlado. Apresenta caráter
regenerativo, baseado em uma lesão promovida por agente físico, que desencadeia um
processo inflamatório. Podem ser classificadas em vários níveis, alcançando diferentes
67
UNIDADE II │ ESTÉTICA CORPORAL
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CAPÍTULO 4
Gordura localizada
A quantidade excessiva de gordura, aliada à atuação dos hormônios pode fazer com que
haja concentração de tecido adiposo em regiões específicas do corpo, o que é conhecido
como gordura localizada. Essa condição é causada por aumento no tamanho dos
adipócitos e na quantidade de triglicerídeos, resultando em alterações na distribuição
do tecido adiposo subcutâneo.
A gordura localizada não é somente uma questão estética. Está estabelecida na literatura
a associação entre aumento na gordura abdominal e diversas doenças como diabetes,
artrite, hipertensão, doenças cardiovasculares e hiperlipidemia (KLEIN et al., 2007).
É comum os pacientes relatarem que a gordura localizada persiste mesmo após dietas,
exercícios físicos regulares ou massagens. Nesse caso, médicos e profissionais da
estética dispõem de procedimentos utilizados para redução da gordura localizada que
se baseiam direta ou indiretamente em três mecanismos:
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UNIDADE II │ ESTÉTICA CORPORAL
Criolipólise
Trata-se de um tratamento não invasivo que surgiu a partir da observação clínica da
inflamação do tecido adiposo (paniculite) causada pelo frio (MANSTEIN et al., 2008).
Por meio dessas observações, foi possível determinar que os tecidos ricos em gorduras
sejam mais suscetíveis a danos causados pelo frio, comparados aos tecidos ricos em
água. Em 2008, Manstein et al. desenvolveram uma técnica chamada criolipólise,
realizada por meio de um aplicador na região-alvo que permanece por um período
determinado, a certa temperatura, atingindo os adipócitos sem causar danos à pele,
aos nervos, às veias e aos músculos.
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ESTÉTICA CORPORAL │ UNIDADE II
71
UNIDADE II │ ESTÉTICA CORPORAL
Radiofrequência
Essa tecnologia é bastante utilizada no tratamento da gordura localizada. Conforme
observado no Capítulo 2 desta Unidade, acredita-se que o aquecimento da pele
promovido pelo equipamento de radiofrequência é absorvido pelos adipócitos e induz
a destruição das células de gordura pela quebra da membrana celular. Posteriormente,
o processo de reparo desencadeado pelos adipócitos pode promover a síntese de
colágenos, melhorando a característica do tecido. O aumento do colágeno da pele pode
resultar em melhora da silhueta por meio da síntese de elastina e outras substâncias
que promovem redução da flacidez (MULHOLLAND, 2011).
Terapias combinadas
Para otimizar os resultados dos tratamentos para redução da gordura localizada, pode-
se associar algumas terapias manuais. Não é indicado associar, por exemplo, sessões de
ultrassom e criolipólise.
Estudos mostram possível aumento da eficácia dos efeitos da criolipólise quando a sua
aplicação é seguida por uma sessão de massagem manual, permitindo inferir que a
terapia manual pode auxiliar no processo de condução e eliminação do tecido adiposo
danificado (BOEY; WASILENCHUK, 2014; SASAKI et al., 2014). Outras associações
possíveis ao tratamento com ultrassom ou criolipólise são: drenagem linfática manual,
massagem mecânica e massagem modeladora.
Lipoaspiração
Trata-se de um tratamento invasivo que consiste em remoção mecânica, por meio de
cirurgia, do excesso de gordura localizada. A gordura é removida por aspiração após a
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ESTÉTICA CORPORAL │ UNIDADE II
injeção de solução salina (soro fisiológico). Esse procedimento pode ser realizado em
barriga, braços, costas, coxas, quadril, tornozelo, pescoço, queixo e bochechas. Existem
casos que a lipoaspiração é realizada em associação com outros procedimentos como
abdominoplastia e lifting.
Após o procedimento, o paciente deve estar ciente de que os resultados podem ser
revertidos com novo ganho de peso. Deve-se considerar que a lipoaspiração não pode
ser utilizada como tratamento para obesidade e fibro edema geloide (KLEIN et al.,
2004).
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CAPÍTULO 5
Flacidez de pele e flacidez muscular
Introdução
Uma das funções da pele está relacionada à proteção mecânica proporcionada pelo tônus
e elasticidade. As fibras colágenas são responsáveis por manter a elasticidade da pele e
seu tônus é determinado pelas fibras elásticas. Com o passar dos anos, a elasticidade e
o tônus da pele diminuem consideravelmente durante o processo de envelhecimento,
devido ao colapso dos fibroblastos responsáveis pela produção dos principais elementos
estruturais da pele (VASHI et al., 2016).
A flacidez pode ser definida também como ausência de tônus muscular, resultando em
relaxamento completo (SILVA; SILVA; VIANA, 2010). Guirro e Guirro (2002, p. 338)
discorrem sobre os diversos fatores que podem causar flacidez:
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ESTÉTICA CORPORAL │ UNIDADE II
distinta, mas sim como sequela de vários episódios ocorridos como, por
exemplo, inatividade física, emagrecimento demasiado dentre outros.
[...] É preciso que fique claro para o fisioterapeuta que sua intervenção
só será possível no caso de hipotonia muscular, pois no caso de flacidez
de pele, somente a cirurgia resolverá o problema.
Diagnóstico
Para que o tratamento seja eficaz, é importante realizar o diagnóstico diferencial da
flacidez, sendo esse realizado durante a avaliação clínica do paciente. Primeiramente,
o paciente é posicionado em ortostatismo. Em seguida, o profissional observa as
características da pele: a flacidez é identificada pelo excesso de pele, que pode variar de
alterações sutis (comuns nas porções proximais dos membros) até a chamada “barriga
de avental”, na qual a flacidez abdominal é bastante evidente.
A flacidez pode piorar o aspecto do fibro edema geloide devido aos efeitos da gravidade
e peso da gordura subcutânea sobre o tecido conectivo fibroso. Muitas vezes, o paciente
traz “celulite” como queixa, porém, o diagnóstico é flacidez de pele. A manobra utilizada
para o diagnóstico diferencial, nesse caso, é realizada com o paciente em posição
ortostática e em seguida realiza-se tração da pele da região afetada na direção cefálica
(ou contra a gravidade). Caso a alteração seja causada por flacidez, a tração melhora
o aspecto da pele. Pode-se também realizar o teste de preensão ou o teste da casca de
laranja vistos na Unidade I.
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UNIDADE II │ ESTÉTICA CORPORAL
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ESTÉTICA CORPORAL │ UNIDADE II
Radiofrequência
Carboxiterapia
O aumento do CO2 faz com que o O2 abandone a corrente sanguínea e desloque-se para
os tecidos, aumentando a concentração de O2 na hematose. Esse processo se chama
efeito Borh. Segundo Borges (2010):
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UNIDADE II │ ESTÉTICA CORPORAL
carreadas com oxigênio (HbO2) vão chegar, por via circulação sanguínea.
Pelo fato de a hemoglobina ter maior afinidade com a molécula de CO2,
vai ocorrer liberação da molécula de O2 para os tecidos e captação da
molécula de CO2, que é transportada e eliminada pela respiração, isso
caracteriza o efeito Bohr.
Outros tratamentos
Outros tratamentos empregados para redução da flacidez facial são cirurgia de lifting
facial, peeling químico, peeling mecânico (dermoabrasão) e terapia manual.
Os peelings mais indicados no caso de flacidez facial são os médios e profundos, podendo
ser químicos ou a dermoabrasão (chamada comumente de peeling mecânico). O peeling
químico e a dermoabrasão melhoram o aspecto da pele e a flacidez devido ao processo
inflamatório e aos produtos químicos associados, que promovem realinhamento do
colágeno e da elastina. Devido à profundidade atingida durante o tratamento, o paciente
pode experimentar descamação intensa da pele. Para mais informações sobre os tipos
de peeling, leia o Capítulo 5 da Unidade I.
A terapia manual, por meio da liberação miofascial, atua por meio da mobilização da
fáscia, promovendo seu alongamento e removendo aderências. A liberação miofascial
pode alterar a morfologia do tecido conjuntivo devido à sua adaptação aos estímulos
78
ESTÉTICA CORPORAL │ UNIDADE II
manuais (DIXON, 2007). Silva et al. (2013) realizaram mobilização óssea, modelamento
do tecido conjuntivo, alongamento e liberação miofascial e observaram indícios de que
a terapia manual auxilia na redução da flacidez muscular. Essa técnica, realizada em
associação a outros tratamentos, poderia potencializar os efeitos desses para flacidez
facial.
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ESTÉTICA CAPILAR UNIDADE III
Qual seria o seu papel como profissional da estética perante necessidades dos
clientes em relação ao aspecto dos cabelos?
CAPÍTULO 1
Diagnóstico capilar
Anatomia do pelo
Os pelos são responsáveis pela proteção contra calor, frio e luz solar. Os cabelos também
apresentam uma grande importância estética, e sua alteração pode resultar em piora na
qualidade de vida. O pelo aparenta ser uma estrutura uniforme, sendo diferenciada nos
indivíduos em quantidade e cor. Porém, sua anatomia é bastante complexa.
Assim como os pelos, os cabelos têm origem no folículo piloso, que consiste em células
compactadas em três invólucros. O cabelo contém uma família de proteínas ricas em
enxofre, chamada queratina. A queratina forma longas fibras unidas por conexões
químicas que resultam em uma estrutura altamente estável.
O pelo possui basicamente duas estruturas: haste e raiz. A haste do pelo consiste na
parte visível e é formada por células organizadas em três camadas (cutícula, córtex e
medula). A cutícula consiste em uma única camada de células alongadas e tem como
função fixar a haste no folículo e proteger as fibras internas. Apesar disso, a cutícula
pode ser destruída ou danificada por produtos químicos, danos causados por calor, luz e
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ESTÉTICA CAPILAR │ UNIDADE III
A raiz (ou bulbo) consiste na parte viva do cabelo e é constituída pela matriz do pelo, uma
região de constante divisão celular na qual as células perdem o núcleo e se queratinizam
na parte superior da raiz. O músculo eretor e a glândula sebácea são importantes
estruturas anexas ao cabelo. A glândula sebácea secreta o sebo e constitui, associada ao
cabelo, o folículo pilossebáceo. Inserido no folículo piloso, o músculo eretor promove o
levantamento do pelo em situações como frio e medo.
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UNIDADE III │Estética capilar
O comprimento dos pelos está diretamente relacionado com a duração da fase anágena,
bem como a velocidade da multiplicação celular, que podem variar de acordo com a
região do corpo. Por exemplo, considerando um indivíduo jovem, no couro cabeludo,
conforme destacado anteriormente, o ciclo dura de 2 a 7 anos, no braço de 6 a 12
semanas e no bigode 4 a 14 semanas.
82
ESTÉTICA CAPILAR │ UNIDADE III
Apesar de serem condições comuns, que podem afetar até 50% da população, ainda hoje
existe pouco avanço na determinação da etiologia da caspa e da dermatite seborreica.
Atualmente, a hipótese mais aceita está relacionada ao fungo lipofílico Malassezia
(previamente conhecido como Pityrosporum). As evidências que suportam essa hipótese
baseiam-se no fato de que os tratamentos mais eficazes para caspa são antifúngicos e os
sintomas associados a essa condição podem ser reproduzidos em modelos animais por
meio de inoculação desses com Malassezia (SAUNDERS; SCHEYNIUS; HEITMAN,
2012). Além disso, existem fatores como oleosidade excessiva, transpiração, dieta e
estresse que também são considerados desencadeantes.
Alopecia
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UNIDADE III │Estética capilar
Tricoptilose
Os danos causados pela tricoptilose não podem ser reparados, mas novas gerações de
cabelo podem ser menos vulneráveis caso sejam empregados alguns cuidados. Um
corte adequado irá remover grande parte dos trechos danificados e o paciente deve ter
atenção ao manusear o cabelo, massageando um pouco durante a lavagem e utilizando
xampu suave e em pouca quantidade.
Triconodose
Essa condição consiste em nós ao longo da haste dos cabelos, causando seu desgaste
e fragilidade. As principais causas da triconodose são os traumas mecânicos (como
pentear os cabelos de forma vigorosa) e uso inadequado de produtos químicos. A
prevenção dessa condição pode ser praticada pelo cliente por meio de hidratação
periódica dos cabelos, cuidados ao pentear o cabelo (evitando assim fricção excessiva) e
evitar o uso de equipamentos como pranchas e secadores. O tratamento da triconodose
é semelhante ao da tricoptilose e abrange cuidados e hidratação dos cabelos.
84
CAPÍTULO 2
Prevenção e tratamento capilar
Xampus
O acúmulo de impurezas no couro cabeludo e no cabelo pode resultar na perda do brilho
e aumento da fragilidade e oleosidade dos cabelos. Células mortas, matéria oleosa das
glândulas sebáceas, poeira do ambiente e resíduo de produtos cosméticos são exemplos
de algumas dessas impurezas que devem ser removidas, e o xampu é um cosmético
indispensável nesse quesito.
Para realizar a ação de limpeza, são comumente utilizados nos xampus os tensoativos
aniônicos, ou seja, a superfície da micela possui carga negativa quando é exposta a uma
solução aquosa. Os tensoativos aniônicos são excelentes limpadores e ensaboantes.
Sendo assim, durante o uso do xampu ocorre a formação de espumas. A espuma não
possui relação com o poder detergente do xampu, uma vez que quanto maior for a
oleosidade e a quantidade de impurezas do couro cabeludo e do cabelo, menor será
a formação de espuma. Porém, a espuma possui o efeito psicológico positivo no
consumidor, oferecendo sensação agradável. Por essa razão, a formação de espuma é
fundamental para uma fórmula de xampu bem-sucedida, portanto, é comum observar
nas fórmulas de xampu algum tipo de estabilizador de espuma, que a torna mais espessa
e cremosa. De maneira semelhante, a viscosidade do xampu também é importante para
seu sucesso com o consumidor, uma vez que xampus mais líquidos possuem baixa
aceitação.
condição. No caso de cabelos secos, os xampus que visam a essa condição apresentam
tensoativos não iônicos em maior quantidade, pois causam efeito sobre-engordurante,
reduzindo assim o efeito de ressecamento.
Além de uma boa fórmula, o efeito adequado do xampu depende também do uso correto
por parte do consumidor. Portanto, são importantes cuidados durante o uso de xampus:
»» Lavar bem os cabelos, para que não haja nenhum resíduo do produto.
Condicionadores
Para complementar o tratamento dos cabelos, os condicionadores são utilizados após
a lavagem e facilitam o pentear. Os principais componentes dos condicionadores são:
tensoativo catiônico, conservante, água, espessante e essência. O caráter catiônico é
fundamental, pois permite sua fixação com a queratina, promovendo maciez e brilho
aos cabelos. Os tensoativos catiônicos reduzem a eletricidade estática e auxiliam no
desembaraçar dos cabelos. Porém, são mais difíceis de remover dos cabelos durante o
enxágue, o que pode deixá-los mais pesados.
Para que o resultado desejado seja atingido, é necessário que as substâncias presentes
no condicionador se fixem aos cabelos mesmo após o enxágue. Algumas substâncias
empregadas com esse objetivo são derivadas de proteínas e vitaminas que podem
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ESTÉTICA CAPILAR │ UNIDADE III
apresentar afinidade com a queratina. Idson (1993), Foerster e Busch (1991) afirmam
que a vitamina E é uma importante substância para regeneração dos danos aos cabelos,
pois ela se fixa ao córtex do cabelo e diminui os efeitos degradantes do sol.
Química capilar
Hidratação
A retirada do sebo natural dos cabelos acontece pelo uso exagerado de fontes de calor,
como secadores de cabelo, tinturas, alisamentos e lavar os cabelos mais vezes que o
ideal, bem como pelo clima e poeira do ambiente e, por essa razão, é necessário o uso
de produtos que recuperem a oleosidade dos fios.
Queratinização
O uso de procedimentos estéticos para mudança dos cabelos pode resultar em danos
na haste do fio e até mesmo patologias como a triconodose e a tricoptilose. Durante a
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UNIDADE III │Estética capilar
A queratinização não é permanente, pois caso haja nova exposição a produtos químicos
e/ou danos à haste capilar será necessário refazê-la, uma vez que a haste do cabelo não
possui características de autorreparação.
Alisamento
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ESTÉTICA CAPILAR │ UNIDADE III
Os danos causados pelo alisamento são acumulativos, sendo assim não se deve realizar
esse procedimento diversas vezes em sequência, uma vez que o cabelo não possui
propriedade de regenereação natural. Os produtos para alisamento constituem dois
grandes grupos: alisantes com hidróxidos metálicos e alisantes com tioglicolato de
amônio.
O alisamento com hidróxidos metálicos é mais agressivo, pois os produtos com esses
componentes químicos apresentam alto pH (entre 12 e 13), quebrando as ligações
iônicas dos fios, tornando-os maleáveis para serem alisados. O alto pH acaba por
quebrar algumas ligações mais fortes, danificando a haste capilar. Após a utilização do
hidróxido metálico, aplica-se um neutralizante ácido para que o pH retorne aos valores
naturais dos cabelos e as ligações iônicas sejam refeitas, agora mantendo os fios no
formato alisado.
Antes do início do processo de alisamento, deve-se certificar que o cliente não realizou
tratamento químico nos cabelos nos últimos 6 meses, as instruções do fabricante do
produto serão seguidas e o produto será aplicado a uma distância de 0,5 cm do couro
cabeludo, que deve ser protegido com vaselina. É fundamental que o profissional
observe os seguintes cuidados:
»» Caso seja feito um retoque de raiz, deve-se proteger os fios que foram
alisados previamente com um produto à base de vaselina ou queratina.
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UNIDADE III │Estética capilar
Tinturas
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Para (não) Finalizar
Contudo, o estudo não para por aqui. Inúmeras outras fontes de estudo e pesquisa
devem ser consultadas, no intuito de crescer e aprender cada dia mais e mais sobre essa
temática.
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