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A Fototerapia como Recurso na

Recuperação Capilar

Brasília-DF.
Elaboração

Érika Fuscaldi Gomes Gonçalves

Produção

Equipe Técnica de Avaliação, Revisão Linguística e Editoração


Sumário

APRESENTAÇÃO.................................................................................................................................. 5

ORGANIZAÇÃO DO CADERNO DE ESTUDOS E PESQUISA..................................................................... 6

INTRODUÇÃO.................................................................................................................................... 8

UNIDADE I
REVISÃO DAS ESTRUTURAS DA PELE, COURO CABELUDO E PELO............................................................ 11

CAPÍTULO 1
ESTRUTURA DA PELE, DO CABELO, PELOS E COURO CABELUDO............................................... 11

CAPÍTULO 2
FISIOLOGIA DO CABELO E SEUS CICLOS.................................................................................. 21

UNIDADE II
DESORDENS DO COURO CABELUDO, CABELO E PELO.......................................................................... 26

CAPÍTULO 1
TIPOS DE QUEDA CAPILAR E DESORDENS DO COURO CABELUDO........................................... 26

UNIDADE III
AVALIAÇÃO E DIAGNÓSTICO CAPILAR.................................................................................................. 34

CAPÍTULO 1
AVALIANDO E ANALISANDO O COURO CABELUDO.................................................................. 34

CAPÍTULO 2
AVALIANDO, DIAGNOSTICANDO E PROPONDO CONDUTA PARA OS DISTÚRBIOS CAPILARES..... 41

UNIDADE IV
LEDS.................................................................................................................................................... 46

CAPÍTULO 1
SOBRE A TECNOLOGIA LED, SEUS PRINCÍPIOS OPERACIONAIS, SUAS PROPRIEDADES E
COMPORTAMENTO................................................................................................................. 46

UNIDADE V
FOTOTERAPIA........................................................................................................................................ 53

CAPÍTULO 1
INTRODUÇÃO À FOTOTERAPIA E SUAS INDICAÇÕES................................................................. 53
CAPÍTULO 2
FOTOTERAPIA CAPILAR............................................................................................................ 68

CAPÍTULO 3
FOTOBIOESTIMULAÇÃO........................................................................................................... 77

REFERÊNCIAS................................................................................................................................... 83
Apresentação

Caro aluno

A proposta editorial deste Caderno de Estudos e Pesquisa reúne elementos que se


entendem necessários para o desenvolvimento do estudo com segurança e qualidade.
Caracteriza-se pela atualidade, dinâmica e pertinência de seu conteúdo, bem como pela
interatividade e modernidade de sua estrutura formal, adequadas à metodologia da
Educação a Distância – EaD.

Pretende-se, com este material, levá-lo à reflexão e à compreensão da pluralidade


dos conhecimentos a serem oferecidos, possibilitando-lhe ampliar conceitos
específicos da área e atuar de forma competente e conscienciosa, como convém
ao profissional que busca a formação continuada para vencer os desafios que a
evolução científico-tecnológica impõe ao mundo contemporâneo.

Elaborou-se a presente publicação com a intenção de torná-la subsídio valioso, de modo


a facilitar sua caminhada na trajetória a ser percorrida tanto na vida pessoal quanto na
profissional. Utilize-a como instrumento para seu sucesso na carreira.

Conselho Editorial

5
Organização do Caderno
de Estudos e Pesquisa

Para facilitar seu estudo, os conteúdos são organizados em unidades, subdivididas em


capítulos, de forma didática, objetiva e coerente. Eles serão abordados por meio de textos
básicos, com questões para reflexão, entre outros recursos editoriais que visam tornar
sua leitura mais agradável. Ao final, serão indicadas, também, fontes de consulta para
aprofundar seus estudos com leituras e pesquisas complementares.

A seguir, apresentamos uma breve descrição dos ícones utilizados na organização dos
Cadernos de Estudos e Pesquisa.

Provocação

Textos que buscam instigar o aluno a refletir sobre determinado assunto antes
mesmo de iniciar sua leitura ou após algum trecho pertinente para o autor
conteudista.

Para refletir

Questões inseridas no decorrer do estudo a fim de que o aluno faça uma pausa e reflita
sobre o conteúdo estudado ou temas que o ajudem em seu raciocínio. É importante
que ele verifique seus conhecimentos, suas experiências e seus sentimentos. As
reflexões são o ponto de partida para a construção de suas conclusões.

Sugestão de estudo complementar

Sugestões de leituras adicionais, filmes e sites para aprofundamento do estudo,


discussões em fóruns ou encontros presenciais quando for o caso.

Atenção

Chamadas para alertar detalhes/tópicos importantes que contribuam para a


síntese/conclusão do assunto abordado.

6
Saiba mais

Informações complementares para elucidar a construção das sínteses/conclusões


sobre o assunto abordado.

Sintetizando

Trecho que busca resumir informações relevantes do conteúdo, facilitando o


entendimento pelo aluno sobre trechos mais complexos.

Para (não) finalizar

Texto integrador, ao final do módulo, que motiva o aluno a continuar a aprendizagem


ou estimula ponderações complementares sobre o módulo estudado.

7
Introdução
Neste módulo, revisaremos brevemente sobre os ciclos capilares, características
do couro cabeludo para que possamos entender esse processo. Depois,
verificaremos quais são as afecções que podem ocorrer nesse aspecto, para que
possamos seguir nosso conteúdo.

Após, vamos aprofundar no tema, o qual se trata do tratamento de fototerapia


capilar, que tem uma atuação bem interessante nas desordens capilares, sendo
um tratamento de ótimos resultados, seguro e eficaz.

Sabemos que o primeiro passo na tricologia para qualquer conduta escolhida é


avaliar o cabelo, pelo e couro cabeludo, tanto por meio da anamnese, colhendo
informações de saúde e hábitos do cliente, como da própria avalição física do
local. Pois, a partir daí, vamos conseguir detectar qual será a nossa conduta
terapêutica diante da afecção diagnosticada.

O objetivo desse conteúdo é que consigam pensar de maneira ampla em


tricologia, porém com o foco nesse tipo de tratamento específico, Fototerapia.
E em quais afecções esta tem a indicação de atuação.

Saber identificar em qual caso essa terapia será escolhida para a nossa conduta
e quais os resultados vai proporcionar de maneira efetiva e eficaz, tratando
as desordens capilares, para poder usá-la de maneira como única terapia ou
associada às outras.

Espero que aproveitem o conteúdo e que sempre estejam se atualizando quanto


às inovações do mercado de equipamentos e protocolos.

Sabemos que todas as disciplinas são apenas direcionadoras para que vocês,
enquanto alunos e profissionais, otimizem sempre os estudos com a busca
continuada em livros, artigos e videoaulas que encontramos na rede virtual. Eles
nos assessoram e fundamentam o que estudamos.

Bons estudos e sucesso!!!

Tutora Érika Fuscaldi

8
Objetivos
» Revisar as características do couro cabeludo, pelo e cabelo.

» Revisar os ciclos do pelo.

» Revisar as desordens capilares.

» Possíveis tratamentos para as desordens capilares.

» Indicação e como é realizado o tratamento capilar por meio da fototerapia.

A proposta dessa unidade é realizar uma revisão na área da tricologia, para que
possamos depois prosseguir para as desordens capilares e, finalmente, ao longo
do material, chegarmos no nosso ponto ápice que é o tratamento capilar com a
fototerapia.

É do nosso conhecimento que atualmente temos a área da Tricologia, a qual previne


e trata as desordens capilares, com excelentes terapêuticas.

Para isso, temos algumas etapas para que essa especialidade atue de maneira eficaz.

Independentemente de qualquer situação, sempre que atendermos alguma


pessoa nessa área não podemos deixar de ter a formação especializada, saber
realizar uma boa avaliação, tanto de coleta de dados quanto física, sempre
utilizando recursos adequados. Após, é possível estabelecer, de maneira segura,
o diagnóstico e propor a conduta ideal de tratamento.

Então, antes de adentrarmos no nosso tema foco, que é a fototerapia como


recurso na recuperação capilar, vamos revisar sobre a base de tudo, a estrutura
da pele, couro cabeludo e pelo. E imediatamente após, conhecer e avaliar
essas possíveis afecções detectadas na área da tricologia, para que possamos
relatar como funcionam os principais tratamentos e como indicá-los. Dando
uma importância específica a nossa temática citada acima.

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10
REVISÃO DAS ESTRUTURAS
DA PELE, COURO UNIDADE I
CABELUDO E PELO

CAPÍTULO 1
Estrutura da pele, do cabelo, pelos e
couro cabeludo

Nesse momento, vamos revisar algumas estruturas anatômicas e funcionais


da estrutura da pele e pelos, previamente estudados. Pois eles são a base para
entendermos da estrutura, do que pode ser acometido e como a fototerapia irá
atuar.

Iniciaremos esse capítulo falando um pouco da estrutura da pele, pois é nela que
temos o folículo piloso, o qual dá origem ao pelo.

Sobre a estrutura da pele


Fábio Borges, 2016, cita que o sistema tegumentar é composto pela pele e seus
anexos, os quais são as glândulas sudoríparas, sebáceas, unhas e pelos. E retrata
sobre todas as partes envolvidas, as quais vamos descrever adiante.

A pele é considerada o maior órgão do corpo humano e constitui 16% do peso


corporal.

Segundo Sampaio e Rivitti, 2001, a pele reveste todo o corpo, mudando sua
espessura e textura em algumas regiões. Algumas são mais espessas e outras
mais finas. A pele possui algumas importantes funções:

» Protege contra lesões.

» Protege contra invasão bacteriana.

» Regula a temperatura do corpo.

11
UNIDADE I │ REVISÃO DAS ESTRUTURAS DA PELE, COURO CABELUDO E PELO

» Apresenta receptores sensoriais (tato, pressão, temperatura e dor).

» Promove excreção pelas glândulas sudoríparas.

» Absorção de radiação ultravioleta (UV) solar para a síntese de vitamina


D.

A pele se compõe por duas camadas: epiderme e derme. Abaixo da derme


encontra-se o tecido conjuntivo frouxo, antigamente conhecido como hipoderme.

Figura 1. Derme.

Epiderme

Derme

Fonte: <https://www.auladeanatomia.com/novosite/sistemas/sistema-tegumentar/>.

A hipoderme não é mais considerada como uma camada da pele, mas constitui a fáscia
superficial da dissecção anatômica que cobre todo o corpo, imediatamente abaixo da
derme, chamada de panículo adiposo.

No epitélio estratificado pavimentoso queratinizado da pele são encontrados quatro


aglomerados de células, os quais são: Queratinócitos, Melanócitos, Células de
Langerhans, Células de Merkel.

Figura 2. Camadas da pele e seus componentes.

Fonte: <https://www.mundoestetica.com.br/esteticageral/epiderme-derme-camadas-pele/>.

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REVISÃO DAS ESTRUTURAS DA PELE, COURO CABELUDO E PELO │ UNIDADE I

Camada da epiderme

A epiderme tem origem no ectoderma e é constituída por epitélio estratificado


pavimentoso queratinizado.

A espessura da epiderme varia de 0,07 a 0,12 mm. Essa espessura tem variação
devido a algumas regiões do corpo serem mais finas ou mais espessas.
Costumamos exemplificar que ela é tão fina como a espessura de uma folha
de papel. Usa-se essa referência para poder entender que deve-se ter cuidado
com todos os protocolos que pretendemos utilizar na nossa conduta.

Os queratinócitos são células produzidas na camada basal. Elas se achatam


à medida que são empurradas para cima modificando sua estrutura,
produzindo, assim, a queratina e depois que perdem seu núcleo são
eliminadas pela descamação, processo este que leva de 20 a 30 dias.

Devido à citomorfose dos queratinócitos, durante sua migração da camada


basal para a superfície da epiderme, são identificadas na epiderme cinco zonas
morfologicamente distintas.

Figura 3. Camadas da epiderme.

Pele antiga
Células
mortas
Estrato córneo preenchidas
com
queratina,
Estrato lúcido descamando

Estrato granuloso Grânulos


lamalares

Estrato espinhoso Queratinócitos

Estrato basal Célula de Merkel

Melanócitos Terminação
nervosa
Derme
Pele nova

Fonte: <https://www.mundoestetica.com.br/esteticageral/epiderme-derme-camadas-pele/>.

Essas zonas são:

» Estrato basal ou germinativo – Junqueira; Carneiro, 2004, dizem


que o estrato germinativo é a camada que tem o contato com a derme
e está separado desta por uma camada basal.

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UNIDADE I │ REVISÃO DAS ESTRUTURAS DA PELE, COURO CABELUDO E PELO

É onde ocorre a renovação da epiderme por meio da atividade mitótica,


onde os queratinócitos produzidos são empurrados para as camadas
superiores aumentando sua produção de queratina.

» Estrato espinhoso – possuem células com desmossomos e


prolongamentos que as mantêm unidas, dando-lhes a aparência
espinhosa.

Espalhadas pela camada estão as células de Langerhans, estas ajudam


a detectar agentes invasores, alertando o sistema imunológico.

» Estrato granuloso – o estrato granuloso é formado por 3 a 5 camadas


de células. Nessas camadas, encontram-se os grânulos de querato-hialina,
os quais dão origem à queratina.

Existem, ainda, os grânulos lamelares revestidos por membrana que


formam uma barreira de proteção impermeabilizante, com o intuito
de impedir a perda de água.

» Estrato lúcido – segundo Junqueira; Carneiro, 2004, é uma camada


transparente sob o estrato córneo onde se encontram células sem
núcleo, as quais se transformam em queratina.

» Estrato córneo – é a camada mais superficial da pele, formada


por células mortas, sem núcleos e achatadas.

As células apresentam grande quantidade de queratina e estão em


descamação constante.

Sobre as células

» Células de Langerhans – as células de Langerhans são células


apresentadoras de antígenos que ficam entre as células do estrato
espinhoso.

Essas células podem ser encontradas em todas as camadas da


epiderme, participam da proteção da pele devido à capacidade
de fagocitose e de ativar os linfócitos T, participando da resposta
imune.

» Células de Merkel – as células de Merkel estão dispersas entre


as células do estrato basal, região mais profunda da epiderme.
Podem atuar como mecano-receptores, os quais são responsáveis
pela sensação do tato.

14
REVISÃO DAS ESTRUTURAS DA PELE, COURO CABELUDO E PELO │ UNIDADE I

Camada da derme

A derme é constituída por tecido conjuntivo denso, contendo fibras de colágeno


que promovem a sustentação à epiderme, prendendo a pele à hipoderme.

Está localizada abaixo da epiderme, onde se dá origem à mesoderma, sendo


esta dividida em duas camadas:

» Camada papilar (superficial e frouxa).

» Camada reticular (profunda e densa).

A espessura da derme varia também em relação às regiões do corpo, ora mais


espessas ou mais finas.

Figura 4. Derme papilar e derme reticular.

Epiderme

Camada
papilar da
derme

Camada Derme
reticular
da derme

Fonte: <https://www.mundoestetica.com.br/esteticageral/epiderme-derme-camadas-pele/>.

Camada papilar da derme

A camada papilar está imediatamente abaixo da epiderme e possui várias papilas


dérmicas que se encaixam nas reentrâncias irregulares desta.

Constituída por fibroblastos, macrófagos, plasmócitos, mastócitos entre outros.

Nessa camada são encontrados os receptores de Meissner, os quais são sensíveis a


estímulos táteis, e os de Krause, que respondem ao estímulo do frio.

15
UNIDADE I │ REVISÃO DAS ESTRUTURAS DA PELE, COURO CABELUDO E PELO

Camada reticular da derme

Na camada reticular são encontradas as glândulas sebáceas, sudoríparas, as raízes


dos pelos, vasos sanguíneos, linfáticos, terminações nervosas e mais fibras elásticas.

Nessa camada, as células são mais escassas que na papilar. Mas encontramos
os fibroblastos, os mastócitos, os linfócitos e os macrófagos. Com frequência,
existem células adiposas na camada mais profunda.

Sendo que não é possível distinguir a interface entre a camada papilar e a


camada reticular da derme, pois essas duas camadas são contínuas.

» Fibras de colágeno – as fibras de colágeno conferem resistência à


tração, extensibilidade e estabilidade estrutural da pele.

» Fibras de elastina – as fibras de elastina estão intimamente ligadas


ao colágeno, revestidas por microfibrilas.

Na derme papilar, as fibras finas tendem a correr perpendiculares à


superfície da pele. No caso da derme reticular suas fibras são mais
grossas e tendem a permanecer paralelas à superfície da pele. Atuam no
estiramento e retração elástica.

» Glicosaminaglicana – a substância fundamental amorfa ocupa


os espaços entre as fibras elásticas e colágenas funcionando como
lubrificante, dando maior viscosidade.

Composta pelo fluído intersticial, complexos de glicosaminoglicanas,


proteínas que se resultam em proteoglicanas e glicoproteínas.

Figura 5. Fibras de colágeno.

Estrato córneo
Estrato lúcido
Estrato granuloso
Estrato espinhoso
Epiderme Estrato basal

Derme

Tecido adiposo
Colágeno

Colágeno Fibroblastos Fibroblastos


Vasos Elastina
sanguíneos Elastina

Fonte: <http://blog.buonavita.com.br/index.php/2016/01/12/elastina-quando-e-como-produzimos/>.

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REVISÃO DAS ESTRUTURAS DA PELE, COURO CABELUDO E PELO │ UNIDADE I

Faremos uma breve revisão sobre a pele para que possamos situar onde o pelo
se localiza e origina.

Figura 6. Camadas da pele e sua estrutura.

Corpúsculo de Glândula
Meissner sebácea Pelo
Poro sudoríparo Pelo
Camada córnea
Epiderme (quera�nizada)
Terminação nervosa livre
Derme Glândula sudorípara
Músculo eretor do
pêlopelo

Tecido subcutâneo (adiposo)

Artéria Veia Folículo piloso


Fonte: <https://www.mundoestetica.com.br/esteticageral/epiderme-derme-camadas-pele/>.

Em seguida, vamos dar enfoque ao pelo em relação a sua estrutura geral.

Revisão das características do couro cabeludo e


haste do cabelo e pelos – sua estrutura

A formação do cabelo se origina das bainhas epiteliais, uma fica mais interna e a
outra mais externa. Elas são as bainhas que envolvem o cabelo na parte inicial.
O folículo é o local que acolhe a raiz do cabelo.

Ao decorrer do crescimento do cabelo, as células que ficam na raiz se diferenciam


e a fibra capilar se compõe por algumas estruturas em sequência, as quais
falaremos a seguir.

Figura 7. Cabelos.

Fonte: <https://www.diarioonline.com.br/noticias/elas/noticia-478219-quer-cabelos-lindos-aprenda-a-fazer-o-shampoo-
caseiro!.html>.

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UNIDADE I │ REVISÃO DAS ESTRUTURAS DA PELE, COURO CABELUDO E PELO

Couro cabeludo

Oleoso

Classifica-se como sebo fluente e brilhante.

Seborreico

Se dá por excesso de sebo fluente ou devido à seborreia serosa.

Mistos

É uma mistura no próprio cabelo de regiões secas e regiões oleosas.

Seco

Devido à ausência ou do óleo natural ou devido à desidratação.

Sensível

Extremamente sensíveis a fatores externos, como a radiação solar, poeira, cloro.

Normal

Aspecto saudável, oleosidade controlada e hidratado.

Tipos de pelo

Lanugem

Pelagem fina, macia que não tem pigmento, é encontrada no feto e desaparece após o
nascimento.

Vellus

Após a lanugem desaparecer, surge o vellus, que a substitui, podendo ser encontrado
também no rosto das mulheres e na região de calvície.

Pelo terminal

Esse já é o pelo que substitui o vellus em diversas áreas do nosso corpo. Pelo mais
grosso e comprido. É encontrado na região de axilas, púbis, cílios, sobrancelhas, barba
entre outras.

18
REVISÃO DAS ESTRUTURAS DA PELE, COURO CABELUDO E PELO │ UNIDADE I

Em relação ao cabelo, dizemos que este se divide em haste e raiz.

Haste

É a parte que se encontra externa à pele e é composta por células queratinizadas.

Raiz

É a parte invaginada da epiderme com função de nutrição do pelo. Normalmente


se estende da epiderme até a derme e no caso específico do couro cabeludo se
infiltra até a hipoderme.

Após essa divisão didática das partes do cabelo, iremos falar de outras estruturas,
como:

Folículo pilossebáceo

É a região mais interna que encontra a raiz, onde esta é localizada dentro da derme.

Bulbo

É onde começa a origem do cabelo, tem formato de “saco”, definido como a dilatação
do folículo.

Papila dérmica

Encontrada na base do folículo, é a região que recebe a nutrição para este por meio
dos vasos sanguíneos. Tem a função de controlar o crescimento dos fios.

Fábio Borges, 2016, cita que:

» Músculo eretor do pelo – tem a função da sensação tátil. É ele que


nos faz sentir o arrepiado, elevando os pelos, como o próprio nome diz.

» Glândulas sebáceas – tem a função de produzir o óleo natural que


segue para a haste do pelo. Por meio do ducto sebáceo protege e irriga o
couro cabeludo.

» Vasos sanguíneos – conduzem os nutrientes para o pelo.

Referente ao cabelo, se o cortarmos de maneira transversal, encontraremos três


partes da sua estrutura. São elas: a cutícula, o córtex e a medula.

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UNIDADE I │ REVISÃO DAS ESTRUTURAS DA PELE, COURO CABELUDO E PELO

Figura 8. Estrutura do cabelo.

Fonte: <https://equipevalente.com.br/blog/do-que-e-constituido-o-fio-de-cabelo>.

» Cutícula – a cutícula tem a função de proteger quanto à penetração


de agressores químicos. Ela fica mais externamente no cabelo. Quando
ocorre a sua remoção temos a formação de pontas duplas.

» Córtex – o córtex tem a função de elasticidade e curvatura do cabelo.


É formado por células corticais e melanina. É nessa região que os
processos químicos se desenvolvem.

» Medula – não tem sua função ainda bem esclarecida, mas se suas
células desidratarem pode afetar a cor e o brilho dos cabelos. A medula
é a camada mais interna do fio e possui bastantes lipídeos e pouca
cistina.

Característica da haste do cabelo


Os três tipos de cabelo que falamos é o asiático, caucasiano e africano. As
características da haste do cabelo são baseadas na sua etnia. A diferença entre
eles consiste em dois parâmetros, o modo tridimensional das suas partes
proteicas de queratina e a pigmentação.

Os tipos de cabelo são dados em três classificações:

» Lisótricos: são os cabelos lisos.

» Sinótricos: são os cabelosondulados.

» Ulótricos: são os cabelos crespos.

No caso da pigmentação, já sabemos que ela tem a divisão em:

» Eumelanina: que dá uma coloração mais escurecida.

» Feomelanina: que dá uma coloração mais clara.

20
CAPÍTULO 2
Fisiologia do cabelo e seus ciclos

Neste capítulo, vamos nomear como ocorre a composição química dos cabelos e
relatar a maneira de revisar os seus ciclos.

Em relação à composição química dos fios, citaremos abaixo. Os componentes são:

» Carbono.

» Hidrogênio.

» Oxigênio.

» Nitrogênio.

» Água.

» Aminoácidos.

» Enxofre.

O fio de cabelo é coberto por uma estrutura chamada cutícula, a qual lhe confere
a proteção.

No cabelo humano encontra-se uma grande parte de proteína na sua


composição, chamada queratina, a qual contém grande quantidade de
cistina, que é o seu principal componente.

A elasticidade dos fios depende da ponte de Enxofre e das moléculas de


Cistina. Uma vez que essa ponte é quebrada, quando o cabelo sofre algum
tipo de agressão, perde-se a elasticidade.

A água é um dos componentes que representa cerca de 10% nos fios. E quando o
cabelo está molhado, ocorre a quebra das ligações de hidrogênio.

Os lipídios têm a função de ajudar na estrutura do fio e externamente são


formados pelo sebo com a função de manter a oleosidade natural do fio.

Os glicídios são considerados energizantes dos fios.

21
UNIDADE I │ REVISÃO DAS ESTRUTURAS DA PELE, COURO CABELUDO E PELO

Conceituando:

» Proteínas: sua representatividade principal é a queratina, única


proteína com elevado conteúdo de enxofre.

» Aminoácidos: os aminoácidos funcionam como base para a construção


de proteínas.

Fisiologia da cor do cabelo

Em relação à fisiologia do cabelo, sabemos que a coloração natural ocorre por


meio da melanina, a qual fica presente no córtex.

A melanina se origina de células de melanócitos que estão presentes no bulbo.


Também sofre influência de hormônio estimulador de melanócito, chamado
de MSH, o qual tem sua produção no lobo intermediário da pituitária.

Figura 9. Localização da melanina e do melanócito.

MELANÓCITO

MELANINA

Fonte: <https://www.infoescola.com/citologia/melanocito/>.

Em relação à melanina, podemos dividi-la em:

» Eumelanina: são os mais escuros pigmentos encontrados na epiderme,


nos cabelos e nos pelos.

» Feomelanina: são pigmentos mais claros. Composição química da


melanina.

» Tricosiderina: são pigmentos mais claros e difusos.

22
REVISÃO DAS ESTRUTURAS DA PELE, COURO CABELUDO E PELO │ UNIDADE I

Figura 10. Variedade de cores do cabelo.

Fonte: <http://cabelos.med.br/a-cor-do-cabelo/>.

Esses tipos de melanina darão a variedade de cores naturais do cabelo, de acordo


com o grau da concentração de cada um, referente à genética da pessoa.

Propriedades do cabelo

No cabelo, encontramos algumas propriedades que vão caracterizá-lo em vários


quesitos.

» Espessura: tem fios mais finos e mais grossos, os mais finos


facilmente se rompem e os mais grossos têm mais dificuldade para se
romperem.

» Elasticidade: por mais que não imaginemos isso, o cabelo tem a


capacidade de ser estirado e contraído de maneira natural.

» Permeabilidade: o cabelo absorve água, no entanto é permeável.

» Textura: a textura vai depender da espessura do fio de cabelo.

» Densidade: sua relação se dá devido à quantidade de fios.

Fases do cabelo

Todo cabelo ou pelo passa pelo chamado ciclo de vida. Esse ciclo ocorre por
algumas fases, as quais revisaremos a seguir.

Ciclo de vida do cabelo

O pelo, por mais que pareça algo permanente, passa por ciclos de renovação.
Veremos como este funciona.

23
UNIDADE I │ REVISÃO DAS ESTRUTURAS DA PELE, COURO CABELUDO E PELO

O ciclo de vida se faz presente em todos os folículos pilosos humanos, seja ele pelo
ou cabelo.

Segundo Gomes e Damazio (2013), o crescimento do pelo se dá por fases bem


distintas no ciclo. Essas fases são a anágena, que resumidamente é a fase do
crescimento; a catágena, que tem a característica de regressão; e a telógena, que
significa repouso.

Figura 11. Ciclo da vida de um cabelo.

ANÁGENA CATÁGENA TELÓGENA ANÁGENA


Fonte: <https://pandhys.com.br/entenda-as-fases-de-crescimento-do-pelo-e-saiba-aplicar-a-melhor-tecnica/ciclo-capilar_
foliculo-1/>.

Na fase anágena

É onde ocorre a formação do fio e dá a sequência do crescimento. Isso ocorre de


maneira a empurrar para cima os outros fios. Nessa fase, as células germinativas
sintetizam a queratina. Essa fase tem duração em média de 7 anos, se a papila estiver
em boas condições. O cabelo tem um crescimento por volta de 1 cm ao mês.

Na fase catágena

Essa fase é considerada o repouso, pois a atividade celular diminui e logo após
cessa. Então, o crescimento do pelo é interrompido e este se desprende da papila.

Na fase telogénea

É onde ocorre a queda do fio devido à retração da papila e à interrupção de


nutrição do fio. É quando também se dá início a um novo ciclo para a produção
de um novo fio e, em sequência, levando à queda daquele fio antigo que se
desprende. Nesse momento, a papila fica em repouso. Essa fase fica em torno de
4 meses.

24
REVISÃO DAS ESTRUTURAS DA PELE, COURO CABELUDO E PELO │ UNIDADE I

Segundo Pereira et al, 2001, o cabelo cresce de maneira descontínua. Quando


ocorre uma queda é resposta por outro fio. Todo o processo capilar passa por
essas fases acima citadas.

Sabemos que a produção do folículo é, em média, de 25 ciclos. Existe uma


classificação que no cabelo saudável mais de 80% desses ciclos ocorrem na
fase anágena e, aproximadamente, de 15 a 20% nas outras fases.

25
DESORDENS DO
COURO CABELUDO, UNIDADE II
CABELO E PELO

CAPÍTULO 1
Tipos de queda capilar e desordens do
couro cabeludo

Sabemos que algumas desordens capilares, do couro cabeludo e do próprio pelo,


podem ocasionar sérios desconfortos na saúde e aparência.

Abaixo, estão algumas das doenças do cabelo e couro cabeludo que o tricologista
aborda e que propõe a sua conduta, com o intuito de reverter ou minimizar a
afecção. Dentre elas, estão:

» Calvície masculina.

» Calvície feminina.

» Queda capilar.

» Seborreia.

» Fios danificados.

» Alopecia.

» Psoríase de couro cabeludo.

» Foliculites.

» Tricodistrofias.

Dessas desordens acima, a mais procurada para se tratar é a calvície, pois


afeta bastante a estética. Porém, algumas doenças genéticas e a corriqueira
fragilidade capilar também são casos que fazem com que a pessoa busque
o tricologista. Hoje, muitos já conhecem essa especialidade e buscam a
prevenção sem ainda apresentarem a afecção.

26
DESORDENS DO COURO CABELUDO, CABELO E PELO │ UNIDADE II

Alguns tipos de queda capilar

Normalmente, a queda de um cabelo diário é de aproximadamente 100 fios. Se


exacerbar esse número, precisamos ter atenção e procurar a avaliação de um
profissional. Porque a longo prazo pode acarretar efeitos negativos. E quanto
mais cedo detectar, mais efetivo é o tratamento capilar.

Alopecia

A alopecia não ocorre somente nos cabelos, como normalmente pensamos, mas
também na barba e em outras regiões do corpo.

Figura 12. Alopecia na barba.

Fonte: <https://mundotestosterona.com/saude/alopecia-na-barba/>.

Esse tipo de acometimento afeta as pessoas na sua autoestima. Pois,


culturalmente, os cabelos e pelos são sempre vistos de uma maneira muito
consagrada. Já que este traz a moldura do rosto e a beleza. A alopecia tem
uma variação da calvície na queda de cabelo de modo cicatricial, sendo no
couro cabeludo ou em outras regiões.

Segundo Kede, Sabatovich, 2004, essa desordem capilar, chamada alopecia,


se caracteriza na sua variedade de manifestações. Vamos conhecê-las e
diferenciá-las.

Alopecia não cicatricial

A alopecia não cicatricial é uma das mais comuns, sua recuperação também tem
maiores possibilidades, podendo acontecer de maneira natural.

Vamos relacionar agora as alopecias não cicatriciais:

27
UNIDADE II │ DESORDENS DO COURO CABELUDO, CABELO E PELO

Alopecia androgenética
Conhecida popularmente como calvície, acomete homens e mulheres.

As causas são, normalmente, por alterações de hormônios, onde estes têm a função
de ajudar na regulação do couro cabeludo.

Figura 13. Alopecia androgenética.

Fonte: <https://www.jethair.com.br/2015/12/28/6-tratamentos-para-calvicie-feminina-que-voce-precisa-conhecer/>.

Alopecia areata

As causas da alopecia areata ainda são desconhecidas, mas surge como perda total
de cabelos e pelos, manifestando-se em quedas de cabelo em pedaços.

Figura 14. Alopecia areata.

Fonte: <http://blogdakamaleoah.com/alopecia/>.

Alopecia traumática

São causadas por penteados que podem traumatizar o cabelo, uso exacerbado de
secador, chapinha, escovas entre outros.

28
DESORDENS DO COURO CABELUDO, CABELO E PELO │ UNIDADE II

Figura 15. Alopecia traumática.

Fonte: <http://www.medstetica.com.br/alopecias-traumaticas/>.

Alopecia cicatricial
A alopecia cicatricial caracteriza-se devido à ocorrência de danos irreversíveis no
couro cabeludo, pois ocorre destruição total do folículo capilar. Nesse caso, temos:

Alopecia infecciosa

Essa é causada por fungos, bactérias e protozoários que invadem a imunidade,


causando um processo de infecção.

Figura 16. Alopecia infecciosa.

Fonte: <https://piel-l.org/libreria/item/1124/>.

Alopecia por agentes fisioquímicos

Tem origem devido a fatores relacionados a queimaduras de maneira geral, traumas,


e presença de substâncias químicas, causando a destruição do couro cabeludo.

Figura 17. Alopecia por agentes fisioquímicos.

Fonte: <http://www.alopecia-pelo-salud.com/tipos/alopecia-cicatricial.html>.

29
UNIDADE II │ DESORDENS DO COURO CABELUDO, CABELO E PELO

Alopecia induzida por tumores

Causada por tumores cutâneos ou metástases.

Figura 18. Alopecia por tumores.

Fonte: <https://www.researchgate.net/figure/Alopecia-and-grouped-papules-of-the-scalp-in-the-46-year-old-woman_
fig1_6577292>.

O tratamento para a alopecia com cosméticos tem sido muito paliativo.


Normalmente, não consegue eliminar a queda do cabelo, pois podem existir
outros fatores envolvidos como genética ou hormonal. Por isso é necessária
uma avaliação minuciosa com o tricologista e equipe multidisciplinar, quando
necessário. Para que possam traçar a conduta mais segura e efetiva.

Nesse momento, vamos detalhar de maneira mais específica as calvícies, com o


intuito de diferenciá-las:

Calvície masculina
A calvície masculina é um tipo de alopecia conhecida como a queda dos cabelos.

Essa alopecia se classifica em vários tipos. Dentre elas, a mais comum é a alopecia
androgênica, a qual ocorre na maioria dos casos na população.

Figura 19. Calvície masculina.

Fonte: <http://www.binipatia.com/alopecia-androgenica-masculina/>.

30
DESORDENS DO COURO CABELUDO, CABELO E PELO │ UNIDADE II

Já existem vários tratamentos para minimizar o acometimento da calvície,


desde fármacos oral, injetável ou de uso tópico, com o intuito de se obter ótimos
resultados para essa desordem capilar.

O tratamento sempre vai depender de uma boa avaliação, exame do couro


cabeludo e fios, para que possa identificar a melhor conduta a ser traçada e o
prognóstico desse paciente.

Calvície feminina
A calvície feminina, considerada rara, existe e é muito comum atualmente. Seu
nome científico é alopecia androgenética feminina. Porém, ela se diferencia da
calvície masculina. Sua característica acontece pela manifestação de rarefação
de fios na parte frontal do couro cabeludo.

Figura 20. Tipo de queda capilar.

Fonte: <http://rrcapilar.com/alopecia/alopecia-mujeres/>.

Essa calvície tem que ser detectada o mais cedo possível para que não progrida
para uma rarefação mais consistente, deixando o couro cabeludo visível. Pois
para as mulheres isso acarreta muito na autoestima.

Esse diagnóstico é realizado pelo tricologista, o qual também indicará o melhor


tratamento, a fim de trazer resultado seguro e eficaz, melhorando ou sanando a
clínica do paciente.

Quando o caso da calvície feminina é mais avançado e se pensa em


transplante capilar, fica um pouco mais complicado. Pois a paciente tem
que ter uma boa área doadora e saudável, o que dificulta esse processo,
pois a mulher não é uma boa candidata para esse tipo de procedimento.

31
UNIDADE II │ DESORDENS DO COURO CABELUDO, CABELO E PELO

Desordens capilares relacionadas às afecções


de pele e pelos
Quando pensamos em cabelo, não podemos deixar de pensar na pele, pois, por
meio dela, temos a probabilidade de ter várias afecções.

Figura 21. Dermatoses descamativas.

Fonte: <http://dermatologiacapilar.med.br/doencas-capilares-conheca-as-5-principais-e-entenda-a-importancia-do-
dermatologista/; http://www.blogtricologiamedica.com.br/2015/02/triade-de-hoje-dermatite-seborreica.html>.

Psoríase

A psoríase é caracterizada pela vermelhidão e descamação esbranquiçada em


todo o couro cabeludo, ela causa muito prurido (coceira), sendo de maneira
frequente confundida com a dermatite seborreica. É uma doença associada à
genética e não é contagiosa.

Normalmente, o seu tratamento é com loção anti-inflamatória, shampoos à


base de alcatrão e ácido salicílico. É indicada também a exposição ao sol.

Dermatite seborreica

Para Steiner, 1998, a dermatite seborreica é crônica, livre de contágio e recorrente.


Ela tem semelhança com a caspa, porém se diferencia porque não tem o aspecto
seco, pelo contrário, é oleosa e pode dar odor. Ela se desenvolve por fungos.

O diagnóstico é feito pela avaliação de informações do paciente. Se for difícil o


diagnóstico, pode-se enviar um pouco das escamas para análise e confirmar se tem
inflamação.

A dermatite seborreica não ocorre somente no couro cabeludo, mas em áreas


como a lateral do nariz, parte atrás da orelha, nas pálpebras, sobrancelhas entre
outros.

32
DESORDENS DO COURO CABELUDO, CABELO E PELO │ UNIDADE II

Caspa
Excesso de descamação do couro cabeludo sem a presença de inflamação.
Eliminação de células mais que o normal devido à alteração do pH, por genética
ou fatores do ambiente. Pode ser leve, moderada ou intensa.

Xerose
Fatores externos como estresse, banhos de água quente e xampus inadequados
podem levar à xerose, que também pode ser ocasionada por distúrbios
hormonais ou alteração alimentar.

Essa afecção acontece quando o cabelo apresenta-se bem ressecado, em alteração


do funcionamento das glândulas sebáceas.

Hirsutismo
O hirsutismo se dá pelo aumento da quantidade de pelos na mulher, em várias
regiões, sendo estas mais comuns nos homens. Normalmente surgem pelos no buço,
queixo, glúteos, mamilos, entre outros locais.

Ele ocorre devido à elevação de testosterona na mulher, normalmente no período


ainda fértil e pós menopausa.

Câncer de pele no couro cabeludo


Essa doença é a mais perigosa das que relatamos até agora, pois seu diagnóstico
é demorado, acarretando o atraso do tratamento. Quando é descoberta, o ideal é
retirar o tumor para não ter acometimento de metástase.

Pediculose
É uma infestação que ocorre em crianças e adultos, por meio do piolho. Causa
muita coceira e ficam depositadas no cabelo as lêndeas, as quais são os ovos.

O diagnóstico a partir de uma investigação minuciosa das causas de queda,


afinamento ou rarefação dos cabelos é importante para que possamos chegar à
indicação do tratamento adequado, por isso precisamos ter conhecimento dessas
afecções que citamos acima.

Sabemos que existem várias outras afecções, e a maioria delas tem sempre um
tratamento adequado e eficaz com as terapêuticas oferecidas no mercado.

33
AVALIAÇÃO E
DIAGNÓSTICO UNIDADE III
CAPILAR

CAPÍTULO 1
Avaliando e analisando o couro
cabeludo

Nesse capítulo abordaremos sobre anamnese e, em sequência, sobre a avaliação


do couro cabeludo, para que possamos relembrar que esse é o primeiro passo de
qualquer conduta.

Para se ter uma boa conduta em qualquer área, e não diferentemente na


Tricologia, iniciamos sempre com uma anamnese, a qual será uma avaliação
completa de cada paciente para que, por meio desta, possamos indicar o
tratamento mais adequado a cada caso.

Na avaliação podemos ter casos iguais em relação ao diagnóstico, mas o que vai
diferenciar o tratamento são alguns detalhes pessoais que podem contraindicar
alguma intervenção.

Na avaliação/anamnese, coletamos em uma entrevista o máximo de


informações possível sobre a saúde e os hábitos do paciente. Além disso,
algumas ocorrências no âmbito familiar, semelhantes a sua queixa. É
importante que se faça essa coleta de dados de maneira minuciosa.

Essas informações devem ser abordadas de maneira que as respostas sejam


adequadas para fecharmos o diagnóstico na Tricologia.

Após a anamnese, na parte de entrevista, será realizada a avaliação física


do cabelo, couro cabeludo e pelos. Essa avaliação tem o auxílio de testes e
equipamentos para que possam ter alguns fatores que levam ao diagnóstico.

Com todo esse aparato, a avaliação estará completa para que seja traçada uma
conduta efetiva e segura.

34
AVALIAÇÃO E DIAGNÓSTICO CAPILAR │ UNIDADE III

Adiante, teremos uma anamnese como referência para coletar os dados e a


avaliação do paciente.

Lembrando que a avaliação pode ser mudada em vários aspectos, de acordo com
a necessidade de cada um, desde que não extrapole o contexto da busca pelo
diagnóstico da área da Tricologia.

Antes de apresentarmos o modelo de avaliação, vamos comentar, no aspecto


de anamnese capilar, alguns aspectos para serem abordados em cada tópico do
questionário e avaliação.

Na avaliação, é importante iniciá-la com os dados pessoais do paciente.

Os dados pessoais
Como toda avaliação, é importante termos os dados pessoais do paciente
para que possamos entrar em contato com este de alguma forma, até mesmo
para desmarcar algum procedimento. Além disso, podemos passar algumas
orientações para o seu e-mail.

Nesse tópico nos deparamos com profissão, tipo de trabalho. Isso nos ajudará
muito para analisar se a função que o paciente exerce ou local de trabalho
contribui para a desordem capilar, como estresse; uso de touca por muitas horas
abafando o couro cabeludo; trabalhar em cozinha, recebendo mais oleosidade do
que a necessária para o couro cabeludo, entre vários outros aspectos.

A queixa principal do paciente


Sobre a queixa principal do paciente, será relatado o que mais o incomoda no
aspecto capilar, pois a partir disso tem-se um norte do que mais o afeta, por mais
que possamos, ao decorrer da avaliação, encontrar outras desordens capilares
instaladas.

O histórico de saúde
Nesse tópico, destacaremos todo o relato de problemas de saúde do paciente de
maneira generalizada e focando sobre a desordem capilar. Dentre eles, coloca-se
em destaque a questão emocional pela qual o paciente está passando. Pois sabemos
que a base de algumas desordens pode ser desencadeada pelo emocional alterado.

35
UNIDADE III │ AVALIAÇÃO E DIAGNÓSTICO CAPILAR

Os hábitos de vida
Em relação aos hábitos de vida, damos enfoque no cabelo, avaliando a
quantidade de vezes que a pessoa lava por semana, qual o tipo de xampu ou
produto usa, quando foi a última vez que o cabelo foi lavado, se usa muito
secador, chapinha ou faz muito procedimento químico entre outros.

A parte nutricional do paciente é importante, pois a alimentação adequada


fortalece o cabelo.

A dieta alimentar, quando não orientada, pode deixar o cabelo e o corpo


desprovidos de vitaminas que são necessárias para a saúde destes.

Medicamento em uso
Se está fazendo uso de medicações em geral e quais, para verificar se estas estão
interferindo em relação às queixas capilares.

O histórico familiar
As patologias de familiares, de modo geral, podem auxiliar em algum
diagnóstico, principalmente se na família já possui alguém com alguma
doença de base que possa ter relação com as desordens capilares, ou ter
propriamente ela.

Avaliação do couro cabeludo


Analisar o couro cabeludo, o pelo e a pele de maneira visual, procurando resíduo e
oleosidade exacerbada, entre outros possíveis acometimentos.

É importante testar a resistência e a elasticidade dos fios. Perceber se estes estão com
fragilidade, ressecados, oleosos demais, viscosos, brilhantes, dentre vários fatores.

Essa avaliação não é só visual, ou de realização de testes, mas constituída também


por aparelhos e técnicas que vão assessorar.

Avaliação das possíveis desordens capilares


É necessário ter conhecimento das possíveis desordens capilares, para
identificá-las e conduzi-las a tratamentos de resultados efetivos.

36
AVALIAÇÃO E DIAGNÓSTICO CAPILAR │ UNIDADE III

Importante também lembrar que as desordens podem ser consequência de


algum problema de base, que esteja afetando a saúde do paciente. Por isso é
importante anotar todos os relatos deste.

Abaixo, está uma avalição sugerida para que o tricologista atue de maneira
embasada e eficaz dentro do que falamos acima, para o sucesso do tratamento e
satisfação do paciente.

Quadro 1. Anamnese capilar.

Anamnese capilar
Data: ___/___/___
Dados pessoais
Nome: ______________________________________________________________________________________________
Endereço: ___________________________________________________________________________________________
Telefone: ______________________________ Celular: ______________________________
e-mail: _______________________________________________________________________
Idade: __________________________________________________________________
Profissão/ tipo de trabalho: ________________________________________________
Queixa principal
__________________________________________________________________________________________________
Histórico de saúde
Patologias: ( ) Sim ( ) Não – Quais? ________________________________________
Cirurgias: ( ) Sim ( ) Não – Quanto tempo? __________________
Qual cirurgia?
__________________________________________________________________________________________________
Partos: ( ) Sim ( ) Não – Tipo: __________________ Há quanto tempo? __________________
Menopausa: ( ) Sim ( ) Não – Quanto tempo? __________________
Estado emocional:
__________________________________________________________________________________________________
Hábitos de vida
Dieta alimentar: ( ) Sim ( ) Não – Qual? _____________________________________
Ingestão de líquidos: ( ) Sim ( ) Não – Quantidade dia: _______________________
Tabagista: ( ) Sim ( ) Não
Etilista: ( ) Sim ( ) Não
Exposição solar: ( ) Sim ( ) Não
Alimentação:
__________________________________________________________________________________________________
Produtos cosméticos que utiliza:
__________________________________________________________________________________________________
Medicamentos em uso
__________________________________________________________________________________________________

37
UNIDADE III │ AVALIAÇÃO E DIAGNÓSTICO CAPILAR

Histórico familiar
__________________________________________________________________________________________________
Avaliação do couro cabeludo
Couro cabeludo:
___________________________________________________________________________________________________
Cabelos:
___________________________________________________________________________________________________
Alterações:
___________________________________________________________________________________________________
Hábitos capilares
Secador: ( ) Sim ( ) Não – Frequência: ___________________________
Alisamento: ( ) Sim ( ) Não - Frequência: _________________________
Escova: ( ) Sim ( ) Não - Frequência: ____________________________
Permanentes: ( ) Sim ( ) Não - Frequência: _______________________
Tinturas: ( ) Sim ( ) Não - Tipo: ______________________________
Cosméticos capilares:
___________________________________________________________________________________________________
Avaliação sobre alopecias e outras desordens capilares
Alopecias: ( ) Sim ( ) Não – Qual? ______________________
Caspas: ( ) Sim ( ) Não
Oleosidade: ( ) Sim ( ) Não
Psoríase: ( ) Sim ( ) Não
Hirsutismo: ( ) Sim ( ) Não
Outros: _______________________________________________________________
Condições do cabelo - Tricograma (%)
Anágeno ( )
Catágeno ( )
Telógeno ( )
Avaliação visual da região capilar acometida:

Fonte: <https://clinicadoppio.com.br/calvicie-feminina/>.

38
AVALIAÇÃO E DIAGNÓSTICO CAPILAR │ UNIDADE III

Fonte:<https://clarissabergmann.com.br/alopecia-tratamentos-queda-capilar/escala-hamilton-norwood/>

Observações:
__________________________________________________________________________________________________

____________________________________
Assinatura do profissional

____________________________________
Assinatura do paciente

Fonte: <http://cursodecolorimetria.com.br/ficha-de-anamnese-capilar/>.

Após colher os dados para anamnese, é ideal que se realize uma análise
detalhada do couro cabeludo e fios com a finalidade de detectar as desordens
que acometem o paciente. Para essa realização, temos atualmente um arsenal
de aparelhos que ajudam na avaliação e alguns testes também.

Ressaltando, ainda, a importância da anamnese na prática clínica, esta não pode


terminar no primeiro dia, pois sempre surge um dado novo na conversa com o
paciente que pode ser acrescentado na avaliação e até mudar a nossa conduta.

Após a nossa avaliação clínica, de coleta de dados e escuta do paciente, vamos


analisar alguns aspectos físicos no couro cabeludo, cabelo e pelos.

No caso da análise de aspectos físicos, vamos contar com vários equipamentos,


como citamos anteriormente no texto. Para que estes sejam usados de maneira
adequada para o antes e depois no caso da foto, devemos sempre utilizar
referências anatômicas, das regiões, tamanhos da área fotografada, distância

39
UNIDADE III │ AVALIAÇÃO E DIAGNÓSTICO CAPILAR

da foto. Para que todo o processo seja bem fidedigno diante do resultado do
tratamento proposto.

Abaixo, citaremos sobre testes e exames que nos auxiliam na avaliação e


diagnóstico das desordens capilares e de pele, de maneira mais sucinta para
relembrar quais são essas alternativas.

40
CAPÍTULO 2
Avaliando, diagnosticando e propondo
conduta para os distúrbios capilares

Na avaliação dos cabelos e couro cabeludo, temos o exame físico dos cabelos, o qual
vai analisar o estado geral dos fios e couro cabeludo.

Essa avaliação é utilizada para detectar falhas capilares, lesões no couro


cabeludo, a textura e resistência dos fios, não somente do nível capilar, mas
dos pelos em geral, se houver necessidade.

Após a conclusão dessa parte, iniciam-se os exames de imagem envolvidos na


tricologia, como:

Figura 22. Tipos de avaliação do pelo, cabelo e couro cabeludo.

Fonte: <http://www.moreirajr.com.br/revistas.asp?fase=r003&id_materia=5171>, <http://capilarct.com/servicos.php>,


<https://dermatologiaesaude.com.br/exames-de-avaliacao-das-doencas-dos-cabelos-e-couro-cabeludo/>, <http://
dermatoscopia.com.br/portal/index.php/fototricograma-digital/>.

Dermatoscopia

Avalia o couro cabeludo e o cabelo no quesito qualidade e quantidade de maneira


corporal.

O exame é realizado por fotos e vídeos de toda a superfície do corpo mapeando-o.

É importante salientar, mais uma vez, que no caso de foto e vídeo deveremos
seguir um padrão demarcado por referências anatômicas, regiões, distâncias da
fotografia para que esta tenha valor de comparação.

41
UNIDADE III │ AVALIAÇÃO E DIAGNÓSTICO CAPILAR

Esse exame vai auxiliar na detecção das desordens do cabelo, couro cabeludo, pelo
e lesões pigmentadas, para verificar a malignidade.

Além de diagnosticar precisamente sobre desordens do cabelo e couro cabeludo,


serve de maneira a acompanhar a evolução do tratamento proposto.

A amplificação feita pela lupa permite observar o eixo capilar no folículo, o tamanho
e se tem variação da densidade.

Trichoscan®

É um equipamento que facilita o diagnóstico e também o acompanhamento da


evolução de um tratamento capilar.

Não é invasivo e realiza uma análise microscópica de epiluminescência padrão.


É realizado na área que fica os cabelos normais para a que está mais calva.

Foi desenvolvido na Alemanha e tem como objetivo avaliar, por meio de fotos
tiradas dos cabelos e couro cabeludo dos pacientes, as fases de evolução do
tratamento.

Seu sistema tem a capacidade de gerar inúmeras informações sobre o couro


cabeludo e cabelo. Colaborando, assim, para o fechamento fidedigno do
diagnóstico.

Fototricograma digital

Esse exame também auxilia no diagnóstico das quedas capilares, definindo o grau
de acometimento da afecção, além de avaliar o crescimento dos pelos.

É um método que contribui na avaliação, diagnóstico e na evolução do crescimento


do cabelo. Ele proporciona um aumento de 20 a 70 vezes do local examinado.

Observa-se o crescimento do cabelo, no aspecto velocidade, determinando a


quantidade de fios na fase do crescimento e na fase da queda do cabelo.

É realizado da seguinte forma, faz a raspagem de uma pequena parte do cabelo, de


maneira que fique visível e depois de uns 3 dias o paciente retorna à clínica para
fazer uma fotografia, a qual é uma microscopia do local.

Sabemos que quaisquer outros exames como ultrassom, tomografia,


eletrocardiograma podem ser indicados para contribuir com o diagnóstico,

42
AVALIAÇÃO E DIAGNÓSTICO CAPILAR │ UNIDADE III

uma vez que seja condizente com o histórico do paciente. Isso auxiliará na
investigação para um diagnóstico em relação à queda de cabelos.

Teste de tração

Ele é realizado de maneira simples e rápida. Consiste em deslizar com firmeza os


dedos ao longo de uma mecha dos cabelos e verificar a quantidade dos fios que
soltam do couro cabeludo.

Normalmente se puxa aproximadamente 60 fios. O intuito desse teste é o de


verificar se está dentro do padrão de queda fisiológica ou não.

Esse teste também pode ser conhecido como Pull test. A positividade desse teste
ocorre quando desprendem mais de 10% da mecha testada.

Tricograma

É um exame que demonstra a porcentagem de cabelos que está crescendo e o


que está na fase de queda. Esse exame reconhece os diferentes tipos da queda
do cabelo.

Normalmente é retirado aproximadamente uns 80 fios de cabelo com um


equipamento de fórceps de borracha, para que possa, assim, realizar a análise.

Essa análise é feita imediatamente sobre as lâminas no microscópio. Ele


proporciona a possibilidade de avaliar os bulbos capilares, permitindo
determinar a quantidade de fios nos ciclos. É importantíssimo para o
possível diagnóstico de eflúvio telógeno.

O paciente sente a dor na retirada dos fios e lhe é aconselhado ficar


aproximadamente 5 dias sem lavar os cabelos.

Mineralografia

Esse exame tem a proposta de auxiliar no diagnóstico de problemas capilares por


intoxicação por metais pesados, que ocasionam desequilíbrio mineral no organismo.

Ele analisa elementos do cabelo, é um exame de custo barato e de grande valia


para o diagnóstico fisiológico do que está em excesso ou em deficiência sobre os
elementos que auxiliam o cabelo.

43
UNIDADE III │ AVALIAÇÃO E DIAGNÓSTICO CAPILAR

A amostra que se retira para análise é por volta de no mínimo 0,25 g de cabelo,
semelhante a uma colher de sopa.

Exames laboratoriais
Exames laboratoriais não são incisivos em descobrir a causa de algumas
desordens do couro cabeludo. Mas são importantes para que seja uma
pesquisa intensa, verificando as dosagens de exames de hormônios, ferro
sérico, ferritina e algumas vitaminas. Pois eles irão auxiliar no diagnóstico
de alguma causa interna, com o intuito de justificar a queda capilar.

É importante analisar os hormônios, possíveis infecções, doenças que são


autoimunes, alguns distúrbios metabólicos e os órgãos e sistemas que têm
relação com os cabelos.

Biópsia do couro cabeludo

É um exame que auxilia na detecção das doenças do couro cabeludo, as quais podem
levar ou não à perda capilar.

Esse exame é pedido quando não se consegue diagnosticar pelos outros exames
citados acima, pois este consegue diagnosticar os problemas capilares mais difíceis.

Nesta técnica, são feitos dois cortes de 4 mm, profundos o suficiente para atingir
a gordura subcutânea, sendo um horizontal e o outro vertical. Nesses cortes,
estão os bulbos capilares da fase anágena.

O corte horizontal avalia o número de folículos, o diâmetro deles e a sua


característica quanto ao agrupamento.

No corte vertical, observa-se infiltração primária perifolicular de linfócitos e fibrose.

Conduta do profissional após fazer a


avaliação capilar
A saúde do cabelo é o foco do profissional da tricologia e, consequentemente, sua
estética estará preservada.

Por isso, a conduta profissional, após a avaliação capilar bem detalhada, deve
ser bem assertiva, para que seus resultados tragam de volta a saúde dos cabelos
e couro cabeludo, além da volta da autoestima do paciente.

44
AVALIAÇÃO E DIAGNÓSTICO CAPILAR │ UNIDADE III

Para cada desordem capilar existe um tratamento específico ou uma combinação.


Seja ela por medicamentos, aparelhos, nutrição ou mudança dos hábitos de vida.

Por isso, o tricologista tem que ser bem preparado na sua atuação, mas também
saber a hora que precisará de uma equipe multidisciplinar para cercar as outras
questões que podem estar ocasionando a desordem capilar, como exemplo,
algum problema nutricional acarretando um acometimento no cabelo. No
entanto, nesse caso, o tricologista indicará seu paciente para uma consulta com
o nutrólogo ou nutricionista.

O foco da maioria dos tratamentos capilares é que ocorra uma ativação


sanguínea no couro cabeludo, o que ajudará na recuperação de alguns casos
ou na preparação para o início de outros procedimentos.

Espera-se também que o paciente tenha ótimos resultados ao detectar, o mais cedo
possível, a desordem capilar.

Dentre os variados tratamentos para as desordens capilares, existem os


medicamentos orais e tópicos, fatores de crescimento, cosméticos e mudança
nutricional. Porém, se associam na maioria dos casos a alguns recursos
terapêuticos.

Apresentaremos, abaixo, alguns tratamentos usados pela tricologia.

O objetivo do tratamento das desordens capilares é recuperar os fios e a saúde do


couro cabeludo por meio de vários recursos terapêuticos que são utilizados.

45
LEDS UNIDADE IV

CAPÍTULO 1
Sobre a tecnologia LED, seus princípios
operacionais, suas propriedades e
comportamento

Sobre a tecnologia LED


É de nosso conhecimento, acerca da nova fonte de luz que surgiu para
revolucionar o mundo, que não causa danos ao meio ambiente e nem gasta
muita energia, essa nova tecnologia está chegando ao mundo com força total.
Ela traz esperança à sociedade em defesa ao meio ambiente e economia.

Light Emitting Diode, em português Diodo Emissor de Luz, o LED é uma


tecnologia limpa, que possui uma enorme eficiência, mesmo com um baixo gasto
de energia. Essas lâmpadas LED têm uma maior durabilidade e não prejudicam o
meio ambiente com poluição, sendo uma tecnologia que substituirá as lâmpadas
tradicionais.

O LED é um semicondutor que quando percorrido por uma corrente elétrica,


emite luz, essa luz pode variar de cor, desde a luz branca até as luzes que são
usadas em sinais no trânsito. São existentes dois tipos de LED, o Low Power e
High Power.

O Low Power não possui dissipador, por esse motivo a quantidade de luz
que pode ser produzida é limitada. Já o High Power possui uma espécie de
almofada térmica como dissipador, além dessa almofada, as lâmpadas High
Power possuem maior área de iluminação.

A economia por meio do uso das luzes de LED pode chegar até 90% na conta
de energia. As lâmpadas de LED, em relação à capacidade e iluminação, são

46
LEDS │ UNIDADE IV

parecidas com as lâmpadas incandescentes. Com 7W de potência, o LED


consegue o mesmo resultado de uma lâmpada fluorescente de 15W, ou o
mesmo resultado de 60W de uma lâmpada incandescente.

Figura 23. LED´s.

Fonte: <http://www.forumdaconstrucao.com.br/conteudo.php?a=3&Cod=1423>.

Laser de baixa potência


Os aparelhos de laser de baixa potência mais utilizados no mercado emitem luz
vermelha ou próximo ao infravermelho.

Em relação às suas propriedades biológicas, vão depender das características


físicas de cada tipo de luz.

As luzes são:

» Vermelha – característica mais curta, com comprimento de onda entre


600 a 700 nm.

Por ser mais curta, sua penetração age mais superficialmente na pele.
Distância entre 2 a 3 mm da superfície.

» Infravermelho – possui um comprimento de onda mais longo, que


gira por volta de 800 a 1200 nm. Com isso, permite que sua ação seja
em camadas mais profundas da pele, com distância entre 5 a 10 mm.

Princípios do sistema operacional LED, suas


propriedades e comportamento
Ao longo dos anos, a tecnologia LED continuou em pleno desenvolvimento
para o setor de iluminação em geral, mas com isso ganhou muito realce na
área da beleza e saúde.

47
UNIDADE IV │ LEDS

O sucesso é devido às inúmeras vantagens dos LED´s em relação à sua tecnologia.

As vantagens são pelo fato de serem compactos, pequenos, vida útil longa
e terem versatilidade no uso. Além disso, a sua restituição de cor vai numa
escala de boa a excelente.

Logicamente, existem outros fatores desta tecnologia considerada poderosa,


eficaz e segura.

Princípio básico do LED (diodo emissor de luz)


Um diodo emissor de luz vai consistir em múltiplas camadas de material
semicondutor. Quando o diodo é usado com corrente direta, a luz é
produzida na camada ativa. A luz produzida é separada diretamente ou
pelos refletores. No contraste com as lâmpadas refletoras incandescentes,
vão emitir um espectro contínuo, um LED emite luz numa cor específica.

A t o n a l idade da l uz de pe nde d o material semic ond u tor qu e será u sad o.


D o is sistemas de materiais são usados principalmente para produzir
os LED´s com um alto grau de brilho em todas as cores, do azul até ao
vermelho que por meio da conversão da luminescência, ocorre também
em branco. São necessárias diferentes tensões para funcionar o diodo no
sentido da polarização direta.

Os LED´s são cristais semicondutores. Vão depender da composição dos


componentes de cristal para emitirem a luz nas cores vermelha, verde,
amarela e azul, quando a corrente flui através deles. Com o auxílio de uma
camada fluorescente amarelada adicional, os LED´s azuis também produzem
luz branca.

Outro método de produção de luz branca consiste na mistura dos diodos


emissores de luz vermelha, verde e azul. É utilizado, em especial, quando a
prioridade não é gerar luz branca, mas outros efeitos decorativos com diversas
cores vivas.

Com as três cores, quaisquer números de tons de cores podem ser misturados,
com isso vão variar-se na proporção das cores individuais. Desse modo, a
iluminação LED pode criar mundos fascinantes de experiência.

O LED tem um tempo de funcionamento muito longo. Há, entretanto,


fatores que afetam não só a vida útil dos LED´s individuais, mas também
de todo o módulo LED.

48
LEDS │ UNIDADE IV

As tonalidades do LED
A luz emitida pelo diodo emissor de luz tem um comprimento de onda
específico e, portanto, vai gerar uma cor específica. O último vai depender do
material do semicondutor do LED.

Os semicondutores LED vão consistir em gerar as combinações dos


elementos como, por exemplo, fosforetos ou arsenetos.

Nas suas diversas combinações, cada uma delas vão liberar diferentes
quantidades de energia, isso ocorrerá de acordo com o intervalo de energia
do material do semicondutor.

Quando os transportadores de carga são recombinados, os fotões são


emitidos de acordo com os níveis de energia distintos específicos, isso
caracterizará a tonalidade particular.

Por exemplo, a luz azul é produzida se um nível alto de energia for liberado
e será luz vermelha se um nível menor de energia for emitido. Assim, a luz
monocromática (cor única) é produzida.

Cada cor de luz LED é limitada por um intervalo muito pequeno de


comprimento de onda que se dará a uma tonalidade específica. Sendo a luz
branca o único espectro que não pode ser produzido diretamente pelo chip,
devido esta representar uma mistura de todas as cores de luz.

São dois os métodos para a produção de luz LED branca: a fotoluminescência


e a mistura adicional de cores.

Figura 24. Diodos LED.

Fonte: <https://www.electronica-pt.com/led>.

49
UNIDADE IV │ LEDS

Fotoluminescência: os LED´s azuis tornam-se


brancos
O procedimento mais comum é o princípio da fotoluminescência, no qual uma
camada fina de fósforo é aplicada à parte superior do LED azul.

A luz azul é rica em energia das ondas curtas do LED, esta vai estimular a
camada de fósforo a acender e emitir uma luz amarela de baixa energia. Parte
da luz azul é então transformada em luz branca.

O tom da cor da luz branca pode variar com a medida do corante do fósforo.
Diferentes tons de branco como, por exemplo, o branco quente, branco
neutro ou branco frio são assim produzidos.

Figura 25. Tons de cor branca.

Fonte: <https://blog.borealled.com.br/branco-frio-ou-branco-quente/>.

A luz branca da mistura adicional de cores


O segundo método para produzir luz LED branca é baseado no princípio da
mistura adicional de cores.

A luz branca é produzida por meio da mistura das luzes vermelha, verde e
azul em variados comprimentos de cor. A vantagem desse método é que a
tonalidade pode ser alterada pelo controle de maneira específica.

A luz branca, bem como as coloridas, pode ser produzida conforme desejado.
Esse processo é usado nos aparelhos de TV que têm LED, onde estes são
utilizados para promover a produção de iluminação das imagens e a iluminação
de fundo.

50
LEDS │ UNIDADE IV

Propriedades e comportamento da radiação


LED
O estudo de fenômenos luminosos, da verdadeira natureza da luz, e o
desenvolvimento de sua aplicação ocorre desde a antiguidade. Alguns
estudos sobre os fenômenos elétricos e magnéticos e de sua natureza
também são registrados desde a história das civilizações.

Até o final do século XVII, início do século XVIII, preponderou o


entendimento estabelecido por Newton de que a luz era composta por
feixes de partículas.

No início do século, Young, ao fazer a luz incidir sobre fendas, mostrou


experimentalmente o surgimento de franjas de interferência, resultado
que somente poderia ser explicado caso a luz tivesse um comportamento
ondulatório.

C o m a t uação de M i chae l F a rad ay, oc orreu a relaç ão entre f enômeno s


el é t r ico s e magné ti co s e a l uz p or volta d o séc u lo XVIII, em qu e era m
a n a l is a do s o s e fe i to s de c amp os magnétic os f ortes na d ireç ão da
p o l a r iz a ção de um fe i xe l uminoso.

As bases matemáticas e o entendimento da luz como um fenômeno


ondulatório ocorreu graças aos trabalhos de Maxwell, no final do século
citado acima.

Os conceitos de partícula e onda só fazem sentido dentro do escopo da Física


Clássica.

Segundo o trabalho de Planck, em 1900, ao introduzir a noção de quantas


de energia para explicar o comportamento da radiação de um corpo negro,
levou-se ao entendimento de que a radiação eletromagnética poderia,
em determinadas condições experimentais, apresentar características
corpusculares. Ele citou o efeito fotoelétrico, que foi discutido por Einstein
em 1905.

De acordo com a teoria corpuscular, a luz consiste de partículas ou quantas


com energia proporcional à frequência ν e energia igual a E = hν, onde h é a
constante de Planck.

51
UNIDADE IV │ LEDS

Por volta de 1900 a 1930, com os trabalhos de Bohr, de Broglie e Schrödinger,


e outros estudiosos, foi introduzida a Física Quântica, onde a noção
onda/partícula deixou de ter sentido.

No contexto da Física Quântica, a luz não é partícula nem onda, não tendo sentido,
na verdade, essa pergunta dado o caráter probabilístico dos entes quânticos.

A natureza da matéria se expressa em fenômenos ocorrendo em escala de


dimensões atômicas de tal modo que, dependendo da experiência, o objeto
apresenta características de onda ou partículas que são empregadas de modo a
se ter uma noção mais intuitiva dos fenômenos observados.

O desenvolvimento da mecânica quântica promoveu o surgimento da


espectroscopia molecular com o emprego da luz para a análise de estruturas
em âmbito molecular e a possibilidade de sua utilização para o estudo e
análise de sistemas biológicos com mais complexidade.

O forte desenvolvimento tecnológico, em meados do século XX, abriu várias


possibilidades para a aplicação da luz em vários campos do conhecimento
humano, incluindo a área da medicina. As bases para a compreensão dos
mecanismos moleculares associadas aos efeitos da luz sobre as células foram
estabelecidas somente em 1980.

Nos estudos de Vo-Dinh, 2003, apresenta-se uma série de técnicas


empregando as propriedades da luz como, reflexão, espalhamento,
interferência, coerência, entre outras, sendo amplamente utilizadas em
diagnósticos biomédicos, desenvolvimento de técnicas não invasivas
e no tratamento de enfermidades em vários ramos da medicina, como
dermatologia, oftalmologia, urologia, oncologia entre outros.

Em vários estudos já se comprova que as aplicações da luz, no tratamento de


úlceras, com a utilização de LASER´s de baixa potência ou LED´s, têm obtido
muito sucesso.

Segundo os estudiosos Marques, 2004 e Corazza, 2005, os efeitos da luz em


sistemas biológicos como recurso terapêutico opcional aos convencionais,
ou seja, utilizados em conjunto com estes, têm a vantagem do baixo custo e
comprovada eficiência.

52
FOTOTERAPIA UNIDADE V

CAPÍTULO 1
Introdução à fototerapia e suas
indicações

História da fototerapia
Na pré-história já se utilizava a luz como uma forma de terapia.

Segundo Downes e Blunt, eram considerados os efeitos bactericidas da luz solar e


dos raios ultravioleta (UV), especialmente.

Portanto, na Grécia antiga, o banho de sol era usado como recurso para tratar e
curar as doenças. Isso se deu como a Fototerapia.

Os americanos perceberam que a luz solar diminuía a intensidade da coloração


amarelada encontrada na pele de algumas crianças recém-nascidas.

Proposta por Cremer em 1958, a utilização da fototerapia como tratamento da


hiperbilirrubinemia teve bastante progresso e novas técnicas relacionadas à
fototerapia foram surgindo.

Otimização da fototerapia em geral


Os fatores determinantes para a eficácia da fototerapia foram o espectro de
emissão da luz, a irradiância desta, a área exposta a essa emissão de luz e a
distância da luz com a região a ser tratada, quanto ao tratamento em foto de
alteração da bilirrubina.

O mecanismo que ocorre na fototerapia é por meio da necessidade de absorção da


luz por uma molécula fotoreceptora, a qual recebe o nome de cromóforo.

53
UNIDADE V │ FOTOTERAPIA

Esse cromóforo são organelas celulares presentes na derme e epiderme; como


a melanina, cito cromo, porfirinas, hemoglobina entre outras. Elas são capazes
de absorver a luz, estimulando o seu metabolismo, promovendo a indução das
reações químicas e gerando diversas respostas celulares.

Laser

A palavra Laser se origina de: L ight, A mplification, S timulation, E mission,


R adiation. No português o seu significado é de “Amplificação de luz por
emissão estimulada da irradiação”.

LED

Já a sigla LED se dá por “Luz emitida por diodo”. Eles são diodos que emitem
fótons que são luzes, quando são submetidos à corrente elétrica.

Figura 26. Laserterapia.

Fonte: <http://ctcmariamesquita.com.br/tratamento.html>.

Fotobiomodulação
Na Europa e Estados Unidos, é bem difundida a fotomodulação com LASER e LED.

A fotomodulação se caracteriza pela reação fotoquímica que produz efeitos


estéticos imediatos no tratamento antienvelhecimento e capilar.

É considerada uma terapia bem completa de abrangência mundial, que


apresenta excelente desempenho em uma variedade de afecções. Essas
afecções são: a acne, as manchas de pele, olheiras, marcas de expressão,

54
FOTOTERAPIA │ UNIDADE V

desidratação dos tecidos, diminuição do viço facial, escurecimento de


regiões como axilas, virilha e face.

É um tratamento estético considerado como não invasivo, seguro, eficiente


e ainda um tratamento indolor. Ele proporciona em sua atuação a ação
antioxidante, despigmentante, anti-bactericida, anti-inflamatória, clareador
e tensor.

Por meio da literatura, sabemos que os LED´s emitem comprimento de onda


típico em azul (470nm) e âmbar (590nm).

Já os diodos laser emitem comprimento de onda vermelho (660nm) e


infravermelho (808nm).

A fotobioestimulação combate a queda capilar, além de estimular o couro


cabeludo. É utilizado um tratamento com lâmpadas de diodo e a luz é de
intensidade baixa. Isso ocorre devido à irradiação luminosa que atua sobre as
mitocôndrias, fazendo a estimulação da síntese de ATP, de proteínas como o
colágeno e a elastina.

Figura 27. Fototerapia capilar.

Fonte: <http://dermatologicaclinica.com.br/capilar/>.

Em relação às cores dos lasers, podemos dizer que:

» O laser vermelho – causa a estimulação das mitocôndrias,


aumentando a atividade celular, promovendo a multiplicação
das células e proporcionando, assim, o efeito anti-inflamatório e
anestésico.

É muito utilizado no tratamento para acne, devido ao seu efeito


cicatrizante, além de melhorar o aporte sanguíneo e controlar o
processo da inflamação. Tem atuação também nas linhas e marcas de
expressão, previne queloides pós procedimentos cirúrgicos.

55
UNIDADE V │ FOTOTERAPIA

» O laser infravermelho – já o laser infravermelho vai aumentar o


calor, proporcionando uma retração imediata, em que ocorre o estímulo
da colagênese. Possui também ação anti-inflamatória e analgésica.

Como ocorre o aumento da permeabilidade da membrana celular,


ele facilita a penetração de cosméticos e também fortalece o sistema
imunológico.

A luz infravermelha (904 nm) vai atuar desde a derme profunda até a camada
muscular, fazendo a ativação dos fibroblastos e a degranulação de mastócitos,
promovendo uma intervenção anti-inflamatória e analgésica temporária.

Ela também tem atuação no efeito antiedematoso e consegue alterar a


permeabilidade celular, tanto para água e oxigênio que o sangue carrega para as
células, quanto para cosméticos, melhorando a absorção.

Ela não é visível nem tem característica tão intensa. Porém, seu comprimento
de onda tem a capacidade de atingir as camadas mais profundas da pele,
favorecendo o metabolismo das células.

Segundo uma dermatologista de São Paulo, a Dra. Denise Steiner, a ação


da luz vai gerar um aumento à permeabilidade da pele e do couro cabeludo,
potencializando assim o efeito das outras cores.

E segundo a Dra. Cláudia Marçal, também pode ser utilizada com a aplicação de
hidratante ou antioxidante de acordo com a afecção.

Figura 28. Combinação de luz vermelha e infravermelha, com o objetivo de acalmar a pele.

Fonte: <https://claudia.abril.com.br/beleza/ledterapia-beneficios-cabelo-pele/>.

A ledterapia, Light Emitting Diode, provém da energia luminosa que se


comporta em ondas de fluxo de partículas denominadas fótons. Estes são
encontrados em equipamentos com cristais semicondutores.
56
FOTOTERAPIA │ UNIDADE V

Com as doses e comprimentos de onda adequados, os LED´s são terapêuticos e


auxiliam na renovação do tecido, potencializado quando se associa a cosméticos
que auxiliam na reparação e regeneração dos componentes das células.

Tem indicação para o tratamento das marcas e linhas de expressão;


cicatrizes, flacidez, acnes, manchas faciais, fotoenvelhecimento, estrias e
fibroedemageloides (celulites).

Funcionamento da ledterapia
A ledterapia vai funcionar como um sistema de aplicação programada, o qual
terá vários comprimentos de ondas de luz, as quais têm o objetivo de tratar
regiões de irregularidade da pele.

Quando o LED é aplicado sobre a pele, ele terá atuação em âmbito celular.
Com isso, ativará alguns fotorreceptores das células, que vão promover um
aumento do metabólico celular devido às reações fotoquímicas que serão
causadas pela penetração da luz nos tecidos cutâneos.

Sendo assim, fica possível favorecer a formação do colágeno e,


consequentemente, causar a inibição da produção de colagenase, que é a
enzima que destrói as fibras de colágeno.

Então, a ledterapia vai proporcionar o aumento da elasticidade, gerando a


firmeza da pele, dando o foco em reduzir linhas de expressão, rejuvenescer e
nutrir o tecido.

Nos casos de alopecias especificamente, o LED capilar vai agir estimulando o


crescimento saudável dos fios.

No caso de foliculite, da psoríase e dermatite seborreica, o LED vai atuar contra os


fungos e inflamação.

Indicação da ledterapia

» Acne.

» Manchas na pele.

» Olheiras.

» Marcas de expressão.

57
UNIDADE V │ FOTOTERAPIA

» Rejuvenescimento.

» Hidratação dos tecidos.

» Iluminação facial.

» Clareamento (facial, axilas e virilha).

» Efeito reparador do colágeno.

» Drenagem linfática.

» Gordura localizada.

» Celulite.

» Estrias.

Sobre as contraindicações da ledterapia

» Mulheres grávidas.

» Tumores malignos na região da aplicação da luz.

» Aplicação sobre a glândula tireoide.

» Pacientes portadores de Glaucoma.

» Dermatoses por fotossensibilidade.

» Pacientes que estão realizando tratamentos com ácido retinoico e


antibióticos à base de tetraciclina.

É um tratamento bem rápido, com bastante eficácia e ótimo custo-benefício.

Quanto ao número de sessões, estas vão variar de acordo com a afecção e o grau de
complexidade desta.

Tipos de LEDs que são utilizados

Os LED´s são ondas de energia que existem em variados comprimentos, e com


colorações diferentes.

58
FOTOTERAPIA │ UNIDADE V

LED azul (420- 490 nm)

O LED azul é bastante utilizado e com bastante eficácia no tratamento de


pele que apresenta acne, devido às suas propriedades bactericidas. Estas
combatem as bactérias da superfície da pele, como a Propyonibacterium
acnes, que é a precursora da causa da acne. Esse LED proporcionará
o aumento da hidratação tecidual da pele e também será efetivo como
clareador de manchas.

LED azul (470 nm)

O LED azul tem efeito bactericida, viricida e fungicida. É também tensor,


iluminador e promove a hidratação dos tecidos, devido à produção de água, por
meio da hidrolisação da água intracelular dos radicais livres através do oxigênio.

A luz LED azul é indicada para tratar a acne, devido a sua função altamente
bactericida, promovendo também hidratação importante à pele e auxilia na
atenuação das manchas faciais, proporcionando o clareamento.

É utilizada também para a recuperação capilar.

Já como ação clareadora, o LED azul também é capaz de destruir ligações


químicas da melanina, transformando suas ligações menos absorvedoras de
luz, promovendo o clareamento.

Figura 29. Luz azul na recuperação dos fios capilares.

Fonte: <https://www.garotabeleza.com.br/reestruture-os-fios-dos-cabelos-com-a-hidratacao-a-laser/>.

LED verde (515- 570 nm)

O LED verde vai inibir os melanócitos para não promoverem a hiperpigmentação


cutânea.

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UNIDADE V │ FOTOTERAPIA

O LED Âmbar (590 nm)

Já o LED âmbar irá promover a síntese de colágeno e elastina, que irá


proporcionar a melhora da elasticidade das fibras, evitando a ruptura destas.
Irá também ocorrer o aumento da microcirculação, devido à estimulação do
metabolismo das células e melhora significativa da hidratação do tecido.

O LED âmbar confere uma aparência saudável ao rosto, como se tivesse


recebido radiação solar suave, estimulando também o colágeno. Ao receber
a luz âmbar, as fibras de colágenos ficam mais densas, devido à liberação
de íons que imediatamente se aderem à membrana citoplasmática celular,
gerando esse aspecto de espessamento não térmico das fibras de colágeno.

Por isso, é recomendado no tratamento para flacidez da pele, devido à estimulação


do metabolismo do fibroblasto, onde dá início à produção de colágeno e atenua
o colágeno já existente na pele.

LED vermelho (620 nm)

O LED vermelho tem ação anti-inflamatória e cicatrizante, as quais vão atuar na


prevenção de queloides. Vai ocorrer a estimulação da liberação das substâncias
endógenas vasodilatadoras de forma natural, melhorando a microcirculação.

Atua na derme ativando os fibroblastos e células que reorganizam e dão


firmeza à pele. Isso ocorre devido ao aumento da deposição de colágeno,
reduzindo a atividade da colagenase nas papilas dérmicas.

Relata-se que com a ação do comprimento de onda, o LED modula a energia


celular, ou seja, a adenosina trifosfato (síntese de ATP) e, consequentemente,
aumenta a produção do colágeno e elastina na derme. Mesmo sendo uma
forte terapia para o tratamento de acne, devido a sua ação anti-inflamatória,
é uma das opções mais recomendadas no combate à queda capilar, seja ela
genética, hormonal ou inflamatória.

Segundo a Dra. Cláudia Marçal, “A luz estimula a produção de colágeno, que,


no couro cabeludo, torna o folículo capilar mais resistente”. Então, sua ação
bioestimulante e regeneradora favorece o crescimento saudável dos fios.

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FOTOTERAPIA │ UNIDADE V

Figura 30. Capacete com LED, utilizado em casos de queda capilar.

Fonte: <https://claudia.abril.com.br/beleza/ledterapia-beneficios-cabelo-pele/>.

Ledterapia e suas vantagens


A ledterapia apresenta diversas vantagens se comparada com outros tratamentos
disponíveis no mercado.

Algumas vantagens são:

» Terapia não ablativa, isso significa que ela não danifica as camadas da
pele, é também atérmica, com isso não existe geração de calor excessivo.

» É indolor.

» É uma técnica segura.

» É uma técnica que cabe a sua aplicação em todas as faixas etárias e tipos
de pele.

» Pode ser aplicada em qualquer região do corpo.

» Ela possui um tempo de aplicação menor, se comparado ao tempo de


aplicação do laser.

» Não possui efeitos colaterais.

» É uma técnica que não deixa a pele sensível ou com irritação.

Normalmente, o tratamento da ledterapia é realizado de 3 a 10 sessões de 30 a


60 minutos. Isso dependerá da complexidade das lesões a serem tratadas. Essa
terapia pode acontecer de duas ou três vezes por semana.

61
UNIDADE V │ FOTOTERAPIA

Aparelhos de LED no mercado


A luz do LED promove o tratamento reparador e regenerador do couro
cabeludo, e em outras regiões do corpo como já citamos. A sua atuação é na
camada mais profunda da pele.

Os LED´s (Light Emitting Diodes) são diodos considerados semicondutores,


que vão proporcionar o estímulo ou a inibição de determinadas atividades
celulares, as quais se determinam como processo de modulação.

Sobre os LED´s, temos no mercado:

» O Fluence, um aparelho da empresa HTM.

» O Max Led Ecco, da empresa BCMED.

» O Elite, da empresa Oliympus DMC.

Para maiores informações sobre cada LED, citado acima, é interessante acessar
os sites das empresas. A maioria dos aparelhos de LED buscam praticidade,
versatilidade, segurança e eficácia nas terapêuticas.

Sempre devemos verificar a patente de proficiência e se é um aparelho aprovado


pela ANVISA. Para se ter segurança na aplicação e nos resultados.

Efeitos fisiológicos
De acordo com Guirro e Guirro, 2002, os LED’s possuem propriedade de
indução fotobiológica que seja capaz de promover alterações bioquímicas,
bioelétricas e bioenergéticas no âmbito celular.

Contudo, o efeito bioquímico produzirá reações celulares, as quais vão estimular


a produção de energia, causando a aceleração da mitose celular.

Ocorre também o estímulo para a liberação de substâncias pré-formadas como


histamina, serotonina e bradicinina, ocorrendo modificações nas reações
enzimáticas normais, com o aumento do número de leucócitos e da atividade
fagocitária e aumento do fluxo hemático.

Silva, 1997; Rodrigues e Guimarães, 1998; Guirro e Guirro, 2002; Agne,


2005, relatam que o efeito bioelétrico vai normalizar a potência da
membrana celular e atuar sobre a mobilidade iônica, de maneira direta.
Já de maneira indireta, irá aumentar a quantidade de ATP produzido na

62
FOTOTERAPIA │ UNIDADE V

célula, restabelecendo o equilíbrio da atividade funcional das células. O


efeito bioenergético ocorre devido à radiação proporcionada às células dos
tecidos e do organismo.

Uma energia que estimula o seu trofismo fisiológico vai reestabelecer a


normalidade da função.

Relata Barolet, 2008, que o mecanismo de fotobiomodulação é normalmente


atribuído à ativação de componentes da cadeia respiratória mitocondrial,
resultando na iniciação de uma cascata de reações celulares. Um dos
componentes é o Citocromo C Oxidase, cujas ligações com outras moléculas e
exposição à luz LED irão influenciar o funcionamento do metabolismo celular e,
consequentemente, o processo de regeneração de tecidos.

O óxido nítrico (NO) é utilizado pelas células com o objetivo de regular o


processo da cadeia respiratória. Diante de um processo inflamatório, a ligação
desta molécula com o Citocromo C Oxidase irá provocar a inibição da respiração
celular, alterando o metabolismo celular e, consequentemente, prejudicando o
processo de regeneração.

Alguns estudos demonstram que a terapia com luz LED provoca a foto
dissociação das moléculas de óxido nítrico, permitindo que o oxigênio se
volte a se ligar ao Citocromo C Oxidase reativando o mecanismo celular. A
irradiação com luz LED induz, assim, o aumento da taxa de proliferação e a
migração de fibroblastos, aumentando a produção de ATP, a angiogênese e o
fluxo sanguíneo, como relatou Barolet, 2008.

Efeitos terapêuticos
A aplicação com fototerapia proporciona os seguintes efeitos terapêuticos segundo
Rodrigues, 1998 e Agne, 2005:

» Efeito analgésico – vai reduzir a inflamação, reabsorvendo os


exsudatos e favorecendo a eliminação de substâncias alógenas.

» Efeito anti-inflamatório – vai interferir na síntese de


prostaglandinas para determinar uma sensível redução nas alterações
ocasionadas devido à inflamação.

» Efeito antiedematoso – o estímulo da microcirculação vai


proporcionar melhores condições para que se resolva a congestão
gerada pelo extravasamento de plasma que forma o edema.

63
UNIDADE V │ FOTOTERAPIA

» Efeito cicatrizante – devido ao aumento da velocidade mitótica


ocorre a angiogênese, gerando as melhores condições para uma
cicatrização mais rápida e efetiva. Segundo os estudos de Low e
Reed, 2001, o papel dos recursos físicos no processo de reparo
tecidual e na cicatrização de feridas tem tido muito efeito no sentido
de acelerá-lo.

Figura 31. Máscara de LED.

Fonte: <https://claudia.abril.com.br/beleza/ledterapia-beneficios-cabelo-pele/>.

Diferença entre os LED´s e o Laser


A diferença entre os LED’s e o laser de baixa potência está na formação da
luz. No caso do diodo laser, está contido dentro de uma cavidade óptica que
proporciona feixes de luz coerentes e colimados, ou seja, pontual.

No caso dos LED’s, não existe esta cavidade óptica, desprovendo de


luz de coerente e da colimação, mas se produz uma banda de espectro
eletromagnético próxima do laser. Mesmo com algumas diferenças, os
resultados dos Lasers e Led´s têm uma certa semelhança.

Os dois atendem as maiores diversidades na área da estética nos casos de:

» Acne.

» Alopecia.

» Gordura localizada.

» Drenagem.

» Estrias.
64
FOTOTERAPIA │ UNIDADE V

» Fibroedemageloide.

» Pré/pós-operatório.

» Anti-glicação.

» Olheiras.

» Micropigmentação.

» Hidratação.

» Clareamento.

» Rejuvenescimento, entre outros.

Com mais de 50 anos de estudos científicos acerca do laser, comprovou-se


que ele é um dos únicos recursos que faz a estimulação mitose de fibroblastos,
que estimula angiogênese e o aumento da circulação, estimulação de
células-tronco, proporcionando uma pele mais firme e com mais tônus.

Sabemos que no mercado existem vários, aparelhos, sendo diferentes em vários


aspectos.

Vamos entender melhor o que determinados equipamentos compreendem. As


luzes são normalmente combinadas em três aplicadores.

1. Cluster de Led Azul.

2. Cluster de Laser vermelho + LED vermelho e infravermelho.

3. Cluster de Laser infravermelho + LED vermelho e infravermelho.

Técnica de aplicação
Os clusters e as canetas vão possuir um exclusivo anel espaçador, com a
medida exata para que a exposição da luz sobre a epiderme tenha eficácia.
Para que facilite a sua desinfecção, normalmente o espaçador pode ser
removido e autoclavado.

A exposição dos olhos à iluminação direta, produzida pelas manoplas de


luz, pode ocasionar desconforto temporário para a visão. Por isso, é sempre
recomendado o uso de óculos próprio.

65
UNIDADE V │ FOTOTERAPIA

Os óculos protetores possuem um filtro atenuador. É de recomendação


a utilização para o profissional que executa o procedimento e óculos com
bloqueio total deve ser utilizado pelo paciente submetido ao tratamento.

Para que haja um melhor conforto para o paciente, é importante utilizar um


disco de algodão entre os olhos e os óculos de proteção.

Figura 32. Óculos de proteção do paciente.

Fonte: <https://www.lojaestetica.com.br/cluster-led-monocromatico-azul-470nm-para-hygialux-kld-p1451820>.

A aplicação dessa técnica ocorre por duas maneiras: de modo pontual ou de modo
varredura.

A potência luminosa aplicada no modo pontual deve ser realizada sempre


que houver integridade do tecido cutâneo. Com auxílio do espaçador sobre
a pele, já ocorrerá a penetração da luz.

A aplicação no modo varredura necessita de um contato suave, para que


permita realizar movimentos lentos em toda a área de tratamento. É
importante que os movimentos se alternem em ambas as direções.

A terapia capilar deverá ser realizada com o acessório capilar em formato de


pente, em alguns casos. A utilização desse acessório, de acordo com a quantidade
e o tipo de cabelo que o paciente apresentar, trará mais eficácia ao tratamento.

Indicações dos principais tratamentos


» Fotorrejuvenescimento.

» Linhas de expressão.

» Acne.

66
FOTOTERAPIA │ UNIDADE V

» Alopecia Areata e Androgenética.

» Dermatite seborreica.

» Pós-operatórios.

» Pós-lasers ablativos.

» Manchas.

» Cicatrização de feridas.

» Queimaduras.

Aparelhos que podem ser associados


juntamente com a Fototerapia
As associações terapêuticas sempre vão potencializar, agregando resultados
efetivos e surpreendentes às afecções, quando bem direcionadas.

Essas associações podem ser realizadas com as seguintes terapias:

» Peeling mecânico e físico.

» Radiofrequência.

» Limpeza de pele profunda.

» Cosméticos.

» Drenagem linfática.

» Carboxiterapia.

» Lasers ablativos.

» Ultrassom facial e corporal.

» Microagulhamento.

» Fatores de crescimento tópico e injetável.

Com o avançar da tecnologia, os profissionais estão se qualificando para que


possam conduzir esses excelentes tratamentos, que é o Laser e LED´s. Pois o
mercado, cada dia mais, está em busca da beleza e saúde. Os clientes estão muito
bem informados e exigentes quanto às ofertas do mercado.

67
CAPÍTULO 2
Fototerapia capilar

Saiba para que serve e como funciona a fototerapia capilar, após conhecermos os
benefícios gerais da Fototerapia.

Ledterapia e os seus benefícios para o cabelo


e a pele
Temos uma nova geração de aparelhos, os fotobioestimulantes, os quais estão
sendo ótimas opções de tratamentos para se utilizar na pele e nos cabelos.

Dentre eles, estão os aparelhos que utilizam o LED, esses têm intensidade certa e
segura para tratamento nos consultórios e até em casa. Melhorando as condições
de acne, rugas, flacidez e problemas capilares de maneira geral.

Formatos em que podem ser encontrados os


LED´s
Os LED´s, podem ser encontrados em vários formatos no mercado, para tratar
regiões específicas. Esses formatos são:

» Máscara.

» Bonés.

» Capacetes.

» Ponteiras multifuncionais.

Os equipamentos que podem ser utilizados de maneira doméstica vão atuar


como potencializadores aos tratamentos realizados na clínica.

O LED emite partículas de luz com comprimento de onda, proporcionando uma


melhor penetração na pele e estimulando a produção de energia celular.

Esse estímulo vai propagar algumas emissões que provocarão uma


vasodilatação, com o intuito de ativar a oxigenação.

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FOTOTERAPIA │ UNIDADE V

Contudo, vão proporcionar a melhora na difusão de nutrientes pela circulação


sanguínea, promovendo a reparação causada pelas afecções.

As luzes que mais utilizamos no Brasil são:

» Azul.

» Vermelha.

» Infravermelha.

Sobre a indicação de cada uma, frisamos o seguinte:

Devido a sua ação antibactericida, deve ser indicada para tratar casos mais
graves de acne, casos de dermatite seborreica de foliculite, pois sua ação atua
na melhora do processo de infecção, realizando uma limpeza efetiva, acelerando
a resposta do organismo, como citou a dermatologista Valéria Campos, de São
Paulo.

Já sabemos que a fototerapia capilar pode ser feita em ambos os sexos, e em


pessoas que estejam com queda capilar leve, moderada ou severa.

Devido a sua ação anti-inflamatória e vasodilatadora, vai estimular o crescimento


capilar. Ressaltamos que é uma intervenção realizada no couro cabeludo e não
ao longo dos fios.

Pode ser utilizada também para os casos de dermatite seborreica de couro


cabeludo, a caspa, e como já falamos, após os transplantes capilares.

Tipos de fototerapia
A irradiação de luz, laser ou LED vai promover a redução progressiva da queda
capilar. Com isso vai conferir aos fios existentes o fortalecimento. Também
estimula o surgimento de novos cabelos, pelos, sendo estes mais saudáveis e
fortes.

O laser utilizado na fototerapia capilar é de baixa potência, com o mecanismo


determinado de fotobioestimulação. Isso significa que ele estimula o metabolismo
celular, a síntese de proteínas e a produção de colágeno, auxiliando na regeneração do
folículo por meio da emissão da luz. No caso do LED, ele favorece a microcirculação
local, dando um aporte sanguíneo efetivo, que auxiliará na melhora da resposta
imunológica à queda.

69
UNIDADE V │ FOTOTERAPIA

Tanto o laser quanto o LED têm a sua ação bem semelhante na terapia capilar.
E a fototerapia pode ser sempre associada a outros tratamentos, os quais vão
ter a missão de potencializar a propedêutica. Essas associações se dão por
medicamentos orais, shampoos, loções, mesoterapia, dentre outras condutas.

Sabemos que a queda de cabelo interfere na estima das pessoas no geral. Mas,
atualmente, as pessoas já têm vários recursos de mercado e profissionais
especializados que possuem um arsenal de tratamento. Os tratamentos de
laser e LED’s beneficiam muito no combate às afecções capilares.

Sobre as sessões de fototerapia


As sessões de fototerapia são indolores e não causam nenhum tipo de lesão no
couro cabeludo. A emissão de luz na região costuma ser muito bem tolerada
pelas pessoas.

Cada sessão vai durar em média de 15 a 20 minutos, podendo ser realizada mais
de uma vez na semana.

O número de sessões vai variar de acordo com a avaliação de cada caso, do


diagnóstico e da gravidade ou não da afecção. Por isso, sempre ressalto a
importância de procurar um profissional habilitado na área, atuando de
acordo com o seu conselho profissional, dentro dos possíveis tratamentos
elegíveis para tal formação, para que o paciente receba diagnóstico e
tratamentos adequados na área da tricologia.

Os benefícios da terapia
É um procedimento não invasivo, possibilitando que o paciente volte a sua rotina
normal após a sessão.

É um tratamento indolor, não causando nenhum desconforto durante as sessões.


À medida que se realiza o tratamento capilar, já são percebidos os fios fortes,
encorpados, recuperando assim a sua densidade e, melhor ainda, sem nenhum
efeito colateral da terapia.

Existem muitas causas para a queda de cabelo, como vimos, sendo provenientes
de fatores genéticos, hormonais, situações psicoemocionais, por deficiências de
vitaminas e nutrientes.

70
FOTOTERAPIA │ UNIDADE V

Os cabelos são extremamente importantes na construção de uma identidade


pessoal e individualizada, exercendo importante papel na autoestima e no
aspecto psicossocial de uma pessoa.

Portanto, a queda de cabelos não é uma questão relacionada apenas com a


aparência física, mas sim à autoestima e à personalidade. Com isso, podendo
trazer diversas consequências emocionais. Portanto, ter uma terapia assim é de
grande conquista da tricologia.

As quedas de cabelo podem ser decorrentes de diversos fatores, como:

» Fatores genéticos e hormonais.

» Infecções.

» Doenças autoimunes.

» Fatores relacionados à dieta, detectados como a deficiência de vitaminas,


de proteínas e ferro.

» Uso de algumas medicações.

» Processos químicos agressivos.

» Cirurgias e partos.

» Fatores psicoemocionais.

Dependendo da causa, existem diversas vertentes de tratamento de maneira


associada com o Laser. Sendo elas: as medicações, shampoos, condicionadores,
cremes e pomadas dermatológicas, com intuito de potencializar os resultados.

O laser utilizado nas sessões de tratamento da queda de cabelos é o de baixa


potência. Essa baixa potência atinge de 1 a 500 miliwatts (mw), ao contrário dos
lasers de alta potência que atingem 3000 a 10.000 mw.

O seu mecanismo de ação é o de fotobioestimulação, o qual vai atuar sobre os


processos bioquímicos da pele, lembrando que ocorrerá o aumento da atividade
celular sem causar dano térmico às estruturas do tecido. Com isso, ocorrerá o
crescimento de pelos. Um dos fatores importantes, e ainda não citados é que este
não tem efeitos carcinogênicos, térmicos ou ionizantes.

Relembramos que o tempo de tratamento e a frequência da aplicação são


definidos pelo especialista, mas no habitual são realizadas entre 3 sessões
semanais, com duração de 15 minutos, por 3 a 6 meses.

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UNIDADE V │ FOTOTERAPIA

Sobre alguns lasers utilizados na estética.

Laser

O laser é muito utilizado na tricologia. Ele inibe a absorção de Dihidrotestosterona,


a qual é responsável pela perda da capacidade de novos fios serem produzidos.

Na atuação do laser ocorrerá a bio-estimulação celular, alterando a estrutura


bioquímica. Contudo, aumenta a capacidade de gerar novos fios nos folículos.

Laser LLLT

Irradiação eletromagnética com capacidade de emissão de energia em grande


quantidade, em uma pequena região em curto intervalo de tempo.

Promove o estímulo capilar, aumentando o aporte sanguíneo, favorecendo o


crescimento de novos fios. Auxilia no combate da queda e promove a diminuição
da oleosidade, reduzindo o estresse oxidativo e aumentando o ATP celular.

Tecnologia utilizada para tratamento de diversas quedas capilares, dermatites


seborreicas, diminuição da DHT, psoríase entre outras.

Infra Red

É uma irradiação eletromagnética com comprimento de onda de 760nm, com


grande poder de penetração. Produz um efeito térmico profundo que propicia
uma grande ação anti-inflamatória e cicatrizante, diminuindo a viscosidade
sanguínea e aumentando a nutrição aos folículos.

Favorece muito nos tratamentos para o couro cabeludo que está com irritação,
vermelhidão ou outros processos inflamatórios.

Indicações da modalidade terapêutica


» Diminuição da progressão das alopecias androgenéticas masculina e
feminina.

» Tratamento de eflúvio telógeno agudo e quadros de queda temporária


dos cabelos.

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FOTOTERAPIA │ UNIDADE V

» Potencializador no tratamento da Dermatite seborreica no couro


cabeludo.

» Pós-cirurgia de transplante capilar, com o objetivo de acelerar


a cicatrização e auxiliar no crescimento dos fios que foram
transplantados.

Figura 33. Sobre a forma de uso que será citada abaixo.

Fonte: <http://www.clinicamuricy.com.br/tratamento-a-laser/>.

Fase 1
Na fase 1, que chamamos de fase anágena, tem como característica o
crescimento do pelo, o laser ou LED vão atuar nessa fase, estimulando a
vascularização e o metabolismo da raiz capilar.

Fase 2
Já na fase 2, o pelo está na em fase telógena, aquela que se caracteriza com a queda.
O laser ou LED nesta fase vai ter a atuação de estimular o crescimento do novo pelo
que virá.

Fase 3
Na fase 3, onde o pelo é miniaturizado, é considerada a fase de atrofia deste.
O laser ou LED vai em busca da recuperação da vitalidade deste pelo, promovendo a
volta da espessura de maneira parcial.

Fase 4

Nessa fase já não temos mais raiz com vitalidade. Então, o laser ou LED não vão ter
atuação. Pois não é possível reativar uma raiz inexistente.

73
UNIDADE V │ FOTOTERAPIA

Os efeitos fisiológicos que são promovidos


pela terapia com laser
Os efeitos fisiológicos dessa terapia vão acontecer da seguinte forma:

» Estimulando o metabolismo celular, realizando a síntese de ATP e


também a divisão celular.

» Promovendo a vasodilatação dos capilares existentes abaixo dos folículos


pilosos.

» Estimulando a proliferação de fibroblastos e promovendo a síntese de


colágeno.

» Estimulando a chegada de nutrientes e energia para os folículos se


manterem saudáveis e supridos no seu aporte.

» Aumentando o crescimento em nível proteico.

Benefícios da laserterapia no tratamento


capilar, queda de cabelos
Os efeitos e benefícios da laserterapia na queda capilar são inúmeros. Vamos citar
alguns abaixo.

» Pode ser usada tanto em homens quanto em mulheres.

» Não há efeitos adversos significativos relatados nas literaturas.

» É uma terapia indolor.

» É uma terapia segura.

» É uma terapia eficaz.

» O crescimento do cabelo pode ser estimulado em várias regiões, como


no topo e ao redor da cabeça, quanto continuamente com a linha da
testa.

A Fototerapia capilar, quando utilizada através do laser de baixa potência,


proporciona o tratamento do couro cabeludo com uma luz que estimula a
oxigenação e promove o crescimento capilar.

74
FOTOTERAPIA │ UNIDADE V

Nesse processo, temos como base fotoquímicos que não queimam e nem vão
provocar nenhum dano à pele.

Indicações do uso

Para a redução da progressão das Alopecias Androgenéticas, tanto masculina quanto


feminina, em graus iniciais e intermediários.

A atuação do laser será nas raízes que ainda estão vivas. Pois, infelizmente, não há
tratamento clínico que reative um folículo não ativo.

O laser de baixa voltagem não é um tratamento que vai substituir as terapias


existentes, pois estas têm comprovação científica e prática na sua eficácia, como
o uso de finasterida e a loção de minoxidil. Mas é uma forma coadjuvante para
ter resultados potencializados.

Esse tipo de tratamento proporciona ótimos resultados no caso de alterações do


cabelo nas seguintes situações:

» Pós-parto.

» Pós cirurgia.

» Pós emagrecimento importante.

» Pós anemia.

» Pós estresse.

» Pós uso de certos medicamentos.

» Pós doenças de tireoide.

» Pós Cirurgia de Transplante Capilar, onde vai acelerar a


cicatrização e eliminar as crostas ajudando no crescimento dos fios
transplantados.

» Como coadjuvante no tratamento da Dermatite seborreica de couro


cabeludo, pois a ação anti-inflamatória do laser reduz a oleosidade
e o prurido da região acometida pela afecção.

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UNIDADE V │ FOTOTERAPIA

Forma de uso
A aplicação é indicada 3 vezes por semana no período de 15 minutos. É
ideal que seja feito por 3 a 6 meses. Esse tratamento da queda dos cabelos,
utilizando o laser de baixa potência, além de indolor como já citamos, não é
tóxico, não é invasivo, e não promove nenhum efeito colateral.

O tratamento executado corretamente vai proporcionar cabelos mais grossos,


com mais volume, mais brilho e, consequentemente, mais saudáveis.

76
CAPÍTULO 3
Fotobioestimulação

Fotobioestimulação
A fotobioestimulação é um tratamento realizado por meio de um laser de
baixa fluência e o LED de luz vermelha. Esses são métodos não invasivos,
onde vão proporcionar a qualidade e força para os cabelos, melhorando a
espessura destes.

Essa técnica da fotobioestimulação tem ação anti-inflamatória, acelerando


o crescimento do epitélio. Também vai reduzir a queda capilar na fase
anágena, a qual é onde ocorre o crescimento dos fios capilares.

Figura 34. Fotobioestimulação.

Fonte: <http://dermatologiacapilar.med.br/saiba-para-que-serve-e-como-funciona-a-fototerapia-capilar/>.

A história
No final da década de 60, o físico Endre Mester foi pioneiro em demonstrar
que era possível estimular o crescimento de pelos com o laser. A partir daí,
o processo ficou conhecido como fotoestimulação ou fotobioestimulação,
gerando assim um novo caminho na área da saúde.

A fotobioestimulação e a terapia capilar


A fotobioestimulação combate a queda capilar, além de estimular o couro
cabeludo. É utilizado um tratamento com lâmpadas de diodo e a luz é de

77
UNIDADE V │ FOTOTERAPIA

intensidade baixa. Isso ocorre devido à irradiação luminosa que atua sobre as
mitocôndrias fazendo a estimulação da síntese de ATP, de proteínas como o
colágeno e a elastina.

Sabe-se que a média de profundidade do fio de cabelo na pele é de 4,16 mm.

Por isso, justifica-se o uso de faixas entre vermelho e infravermelho de laser


para o tratamento da queda de cabelo e calvície.

No âmbito capilar, confere uma reestruturação das funções das


células-tronco do bulbo capilar estimulando a divisão celular, trazendo
excelentes resultados também para o tratamento das alopecias, dermatites
em geral do couro cabeludo e no pós-operatório dos transplantes capilares,
atuando contra a inflamação e cicatrização.

Sabemos que ocorre o estímulo do crescimento capilar, além de promover a


reparação e regeneração do tecido.

Pelos seus efeitos, tem sido utilizada também para a cicatrização de feridas
e tratamento de mucosites, principalmente naqueles pacientes que estão
fragilizados pela quimioterapia e processo de tratamento do câncer.

Produção de energia da terapia


Ainda não estão totalmente esclarecidos os mecanismos pelos quais, exatamente,
o laser capilar promove esses efeitos citados ao longo do texto. Mas existem
algumas teorias sobre seus possíveis mecanismos de ação.

Uma dessas teorias é que o laser capilar seria capaz de aumentar a energia
disponível para as células dos cabelos. Com esse aumento de energia, ele seria
responsável pela ativação de células-tronco e de fios de cabelo dormentes,
promovendo o crescimento capilar, como já citamos. Embasaram essa teoria
de acordo com estudos científicos com culturas de células.

Foi observado que a energia do laser capilar penetra nos tecidos e promove o
aumento da produção da adenosina trifosfato (ATP), a qual é uma molécula
cuja responsabilidade se dá pelo transporte de energia de um local para outro
nas células.

O aumento do ATP e, portanto, da energia, poderia desencadear as ações que


viabilizam o aumento da densidade capilar.

78
FOTOTERAPIA │ UNIDADE V

Irrigação sanguínea

O laser capilar induz a liberação de óxido nítrico, essa substância tem a


capacidade de dilatar os vasos sanguíneos, melhorando assim a irrigação
sanguínea do couro cabeludo e folículos capilares. Isso faz com que fios
dormentes sejam ativados, melhorando a saúde capilar.

Outro mecanismo de melhora capilar

Coloca-se em pauta que o laser promove o aumento celular capilar na fase


anágena, aumentando o tempo que ocorre o crescimento dos fios, devido a sua
ação anti-inflamatória e da modulação da resposta imunológica, gerando então
uma diminuição na queda dos cabelos.

Laser capilar para uso doméstico

Aparelhos de laser para uso domiciliar têm sido desenvolvidos, incluindo


para estímulo do crescimento capilar. Sendo uma maneira de manutenção e
promovendo a potencialização do tratamento realizado na clínica.

O primeiro aparelho aprovado pelo FDA (Food and Drug Administration)


nos Estados Unidos para uso doméstico foi o HairMax LaserComb. Mas,
atualmente, existem várias empresas comercializando esse tipo de terapia.
Porém, muitas delas aguardam aprovação pelos órgãos reguladores. Então,
precisamos sempre estar atentos a isso.

Esses aparelhos para uso doméstico estão disponíveis no mercado de diversas


formas, como:

» Escovas.

» Bonés.

» Entre outros.

79
UNIDADE V │ FOTOTERAPIA

Figura 35. Laser capilar de uso doméstico.

Fonte: <https://www1.folha.uol.com.br/paywall/signup.shtml?https://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/2016/03/1747401-
equipamentos-de-led-para-usar-em-casa-podem-tratar-de-calvicie-a-acne.shtml>.

Foto 36. Máscaras de LED´s.

Fonte: <https://www.plural-lojas.com/rosto-tratamentos/2448-mascara-de-fototerapia-de-leds-7-cores.html>.

Dependendo do modelo, o protocolo de utilização faz a recomendação do seu uso


por 8 a 15 minutos, 3 vezes por semana.

O laser de baixa potência é a uma tecnologia aprovada e com comprovação


científica para o tratamento capilar.

Além da calvície e queda de cabelos, o laser também pode ser útil após
transplante capilar, como já falamos.

A sua aplicação, após a realização do transplante capilar, vem facilitar a


cicatrização e aumentar a viabilidade e crescimento dos fios transplantados
de maneira saudável.

80
FOTOTERAPIA │ UNIDADE V

Porém, seu uso de maneira domiciliar deve sempre ser bem orientado, para que
sejam alcançados os melhores resultados, de maneira eficaz e segura.

Dessa maneira, encerramos o conteúdo com a certeza de que a fototerapia


é um excelente tratamento para várias afecções de pele, couro cabeludo e
cabelos. Sendo uma terapia segura, eficaz e sem nenhum desconforto.

Conclusão
A tricologia, com já vimos atualmente, é uma especialidade que cuida da saúde
dos cabelos. Ela permite que o couro cabeludo, o cabelo e o pelo sejam vistos não
apenas no quesito beleza, mas permite analisar o quanto está saudável.

Para isso, revisamos alguns conteúdos já vistos, para estarmos embasados


sobre as peculiaridades do cabelo, pelo e couro cabeludo. E também sobre como
detectar as afecções capilares e traçar uma conduta adequada.

Existe uma gama de possíveis tratamentos, sendo efetivos e seguros. Mas,


nessa disciplina, demos destaque à Fototerapia Capilar.

A Fototerapia Capilar, atualmente, vem sendo muito importante nessa área,


pois ela é capaz de tratar muitas afecções com sucesso e segurança.

Mesmo sendo algo antigo em seus estudos, se torna muito atual nos dias
de hoje, fazendo com que muitas pessoas ainda não entendam a atuação
desse profissional e quais as benfeitorias este pode fazer numa desordem
relacionada à área da estética capilar.

Para isso, precisamos nos manter atualizados nas inovações do mercado com
o intuito de sempre oferecer um recurso seguro e eficaz para o tratamento
das desordens capilares e para a manutenção do couro cabeludo, do cabelo e
dos pelos.

A fototerapia capilar tem sido uma das opções disponíveis no mercado da


estética e beleza, afim de resgatar a saúde do couro cabeludo, melhorando a
qualidade dos fios.

Esperamos que vocês tenham absorvido sobre a temática e que continuem


assim, estudando e pesquisando, para que possam sempre se manter
atualizados e profissionais cada vez mais especialistas na sua atuação.

81
UNIDADE V │ FOTOTERAPIA

Em qualquer área de atuação na saúde temos muitos profissionais de outras


formações atuando. Portanto, é importante que cada profissional consulte
o seu conselho profissional para saber as limitações quanto ao uso das
terapêuticas permitidas para cada área. Pois isso respalda o profissional e dá
segurança na atuação ao paciente.

Bons estudos e sucesso!!!

Prof. Érika Fuscaldi

82
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