Você está na página 1de 16

Campus Universitário de Viana

Universidade Jean Piaget de Angola


(Criada pelo Decreto n. 44-A/01 de 6 de Julho de 2001)

Faculdade de Ciências da Saúde

SEMIOLOGIA CLÍNICA

SEMIOLOGIA DOS APARELHOS E SISTEMAS

Grupo: 5
Curso: Medicina Dentária
Turno: Diurno
Ano: 3º
Docente

________________________

Dr.

Viana, Março de 2023

1
Campus Universitário de Viana
Universidade Jean Piaget de Angola
(Criada pelo Decreto n. 44-A/01 de 6 de Julho de 2001)

Faculdade de Ciências da Saúde

SEMIOLOGIA CLÍNICA

SEMIOLOGIA DOS APARELHOS E SISTEMAS

Integrantes do grupo

1. Alexandrina Sapalo
2. Arcelinda Muandala Carvalho
3. Cheila Leonilde dos Santos Sebastião
4. Chirley Neto
5. Gelcia Amélia Paulo Machado
6. Indira a Purificação Pedro de Campos
7. Josefa Dresda Marcolino Suca Ferreira
8. Lizandra Martiniana Armindo Domingos
9. Pedrina Elizangela Damião António

ÍNDICE

III
INTRODUÇÃO..........................................................................................................................1

OBJECTIVOS DO ESTUDO.....................................................................................................2

Objectivo geral............................................................................................................................2

Objectivos específicos................................................................................................................2

OPÇÕES METODOLÓGICAS..................................................................................................2

DEFINIÇÃO DE CONCEITOS.................................................................................................2

1. FUNDAMENTAÇÃO TÉCNICO-CIENTÍFICA...............................................................3

1.1. SEMIOLOGIA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO..............................................................3

1.2. SEMIOLOGIA DO SISTEMA CARDIOVASCULAR......................................................3

1.2.1. Sintomatologia...................................................................................................................4

1.3. SEMIOLOGIA DO APARELHO DIGESTIVO.................................................................4

1.3.1. Sintomatologia...................................................................................................................5

1.3.1.1. Esôfago.........................................................................................................................5

1.3.1.2. Estômago......................................................................................................................5

1.3.1.3. Intestino Delgado..........................................................................................................6

1.3.1.4. Cólon, recto e ânus........................................................................................................6

1.3.1.5. Fígado, vesícula e vias biliares.....................................................................................7

1.4. SEMIOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO........................................................................7

1.5. SEMIOLOGIA DO SISTEMA ENDÓCRINO...................................................................9

1.5.1. Sintomatologia...................................................................................................................9

1.6. SEMIOLOGIA DO SISTEMA URINÁRIO.....................................................................10

1.6.1. Sintomatologia.................................................................................................................10

CONCLUSÃO..........................................................................................................................11

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................................................12

IV
INTRODUÇÃO

Abordaremos neste trabalho de forma sucinta acerca da Semiologia dos Aparelhos e


Sistemas. Antes porém, salientamos que, a semiologia médica é a área do conhecimento que
dedica sua atenção aos sinais e sintomas apresentados pelos pacientes.

Além dos sintomas expressados verbalmente, os estudantes de Medicina precisam


observar os sinais não-verbais. Isso é fundamental para compor o diagnóstico do paciente da
melhor forma durante o exame físico. Afinal, mesmo com os avanços tecnológicos dos
últimos anos, a observação clínica segue como uma peça chave da consulta. Esta primeira
conversa é essencial para identificar o diagnóstico e o tratamento das doenças.

1
OBJECTIVOS DO ESTUDO

Objectivo geral
 Estudar a Semiologia dos Aparelhos e Sistemas.

Objectivos específicos
1. Identificar a Semiologia dos Aparelhos e Sistemas;
2. Descrever a Semiologia dos Aparelhos e Sistemas.

OPÇÕES METODOLÓGICAS

TIPO DE ESTUDO

Trata-se de um estudo descritivo, bibliográfico, com paradigma qualitativo.

DEFINIÇÃO DE CONCEITOS

a) Semiologia

Segundo Franco et al. (2015, p. 62), «a semiologia é uma disciplina teórico e prática
das Ciências da Saúde que dedica sua atenção aos sinais e sintomas apresentados pelos
pacientes».

b) Aparelho

«Conjunto de órgãos associados para exercerem uma mesma função: aparelho


digestivo, aparelho circulatório, aparelho respiratório, aparelho urogenital, etc».
(Nascimento, et al. 2018, p. 507)

c) Sistema

Segundo Burns (2017, p. 80), «conjunto de estruturas ou de órgãos semelhantes,


constituídos pelo mesmo tecido ou células e com funções do mesmo tipo».

2
1. FUNDAMENTAÇÃO TÉCNICO-CIENTÍFICA
1.1. SEMIOLOGIA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO

Inclui os aspectos do exame físico geral pertinentes ao aparelho respiratório, como


alterações da coloração da pele e mucosas, baqueteamento digital, formato do tórax, tipo de
respiração, ritmo e amplitude da respiração, tiragem e utilização de musculatura acessória,
expansibilidade, palpação, percussão e ausculta do tórax.

«Os pacientes que procuram o consultório por afecções respiratórias podem consultar
tanto por sintomas dependentes do sistema respiratório como tosse ou dispneia, entre outros;
como por sinais ou sintomas gerais como febre, por exemplo». (Neto, et al. 2016, p. 122)

Esses sinais e sintomas constituem indícios ou suspeita de uma patologia respiratória.


Um interrogatório bem realizado junto à execução de um exame físico minucioso permitirá
observar características precisas de cada um dos motivos de consulta, e orientarão o plano de
estudo que confirmará o diagnóstico.

Os principais sinais e sintomas são os seguintes: tosse, expectoração, dispneia,


hemoptise, dor torácica, cianose, febre, astenia, anorexia e perda de peso. (Neto, et al. 2016,
p. 121)

1.2. SEMIOLOGIA DO SISTEMA CARDIOVASCULAR

«No cenário mundial, doenças cardiovasculares representam cerca de 80% das mortes
nos países de baixa e média renda e 88% das mortes prematuras nesseslocais». (Nascimento
et al, 2018, p. 500).

Para controlar isso, faz-se necessário estimular bons hábitos de vida, promover acesso
às prevenções primária e secundária e o tratamento de eventos cardiovasculares agudos.

Portanto, saber colectar e decifrar todos os dados em uma boa anamnese pode fazer toda
diferença no cenário epidemiológico regional e mundial. O coração é um músculo
estriado muito parecido com o músculo esquelético. É uma bomba dividida em duas
partes: a direita, que recebe o sangue pelas veias cavas superior e inferior e depois ejeta
para os pulmões pela artéria pulmonar, e a esquerda, que recebe o sangue das veias

3
pulmonares e depois o distribuiu para todoo corpo pela artéria aorta (Guyton e Hall,
2011).

De acordo com estes autores, cada uma dessas bombas é composta por um átrio e por
um ventrículo, que agem em sincronia e geram um ciclo cardíaco.

1.2.1. Sintomatologia

Os principais sintomas de um paciente com problema cardíaco são: dor torácica, dispneia
e síncope. Caso o paciente chegue com queixa de dor torácica é necessário perguntar
quais são os factores de piora e quais são os factores de melhora, visto que as causas
cardiovasculares são comumente associadas ao esforço físico. (Bickley e Szilagyi, 2015)

Importante também perguntar a intensidade e localização específica dessa dor. Além


disso é necessário saber se há irradiação dessa dor para algum lugar e se tem algum outro
sintoma associado, comosudorese ou palpitação.

Sobre a dispneia, é necessária uma caracterização do sintoma como a época e hora de


aparecimento, duração desde o início e duração das crises, os fatores desencadeantes, a
intensidade, fatores que acompanham, como tosse e palpitações, fatores de melhora,
como medicamentos e mudança de posição. (Martinez et al, 1999, p. 120)

Na síncope, que é uma perda transitória da consciência (PTC), cabe uma investigação
bem detalhada. O primeiro passo é saber se há fator traumático envolvido. Caso haja, trata de
uma PTC pós-traumática.

«Outros sintomas também podem ser frequentes, como: palpitações, tosse e


expectoração, alteração do sono, cianose, tumefação ou edema e astenia». (Bickley, 2015, p.
61)

Todos os sintomas devem ser investigados para um melhor detalhamento do caso. Dessa
maneira, será cada vai mais fácil elaborar diversos diagnósticos diferencias e chegar ao
diagnóstico final.

1.3. SEMIOLOGIA DO APARELHO DIGESTIVO

«O aparelho digestório é formado por um conjunto de órgãos que atuam no corpo


humano. A acção desses órgãos está relacionada ao processo de transformação do alimento,
que tem o objectivo de ajudar na absorção dos nutrientes». (Swartz, 2015, p. 43)

O aparelho digestório é composto por órgãos que actuam juntos para permitir a
absorção da maior quantidade de nutrientes possível dos alimentos ingeridos.

4
1.3.1. Sintomatologia

1.3.1.1. Esôfago

«Disfagia: Refere-se à dificuldade na deglutição. É classificada como orofaríngea ou


alta quando há a dificuldade na saída do alimento da cavidade oral, podendo ocorrer
aspiração traqueobrônquica deste». (Porto, 2014, p. 776)

«Odinofagia: É a dor que surge com a ingestão de alimentos. Tem localização


retroesternal, sendo ora mais alta e ora mais baixa, podendo ser relatada como ardente, em
punhalada, constritiva ou espasmódica». (Porto, 2014, p. 777)

«Pirose: Vulgarmente conhecida como azia ou queimação, é sintoma patognomônico


do refluxo gastresofágico». (Franco, 2015, p. 178)

«Dor Esofágica: É a dor que não depende da ingestão de alimentos, como na


odinofagia, podendo ser provocada por mudança do pH intraluminal decorrente do refluxo
gastresofágico, atividade motora anormal e processos inflamatórios ou neoplásicos da
parede do esôfago». (Franco, 2015, p. 179)

«Regurgitação: significa o retorno do alimento ou secreções contidas no estômago


para a cavidade oral, diferenciando-se do vômito pela ausência de náuseas e da participação
dos músculos abdominais». (Benseñor, 2002)

«Sialose, Sialorreia ou Ptialismo: Produção excessiva de secreção salivar, sendo


observada nas esofagopatias obstrutivas de modo geral e no esôfago chagásico». (Porto,
2014, p. 778)

«Hematêmese: É a denominação dada ao vômito com a presença de sangue,


caracterizando hemorragia digestiva alta». (Benseñor, 2002, p. 87)

1.3.1.2. Estômago

«Dor: É o sintoma mais frequente das doenças estomacais. A dor epigástrica costuma
aparecer em doenças inflamatórias ou neoplásicas que acometem a camada serosa do

5
estômago, como a úlcera péptica, a gastrite aguda e o câncer gástrico». (Benseñor, 2002, p.
93)

«Dispepsia: Refere-se a um conjunto de sintomas do TGI superior, sendo, portanto,


tratada como uma síndrome». (Benseñor, 2002, p. 101)

«Náuseas e Vômitos: Frequentemente estão associados à dor em portadores de úlceras


ou gastrite, a bile está ausente ou presente em pequena quantidade e os alimentos presentes
foram ingeridos recentemente». (Simões & Machado, 2014. p. 983)

1.3.1.3. Intestino Delgado

«Diarreia: É definida como o aumento do teor líquido das fezes e da quantidade de


evacuações (mais de três em 24h)». (Benseñor, 2002, p. 198)

«Esteatorreia: É o aumento da quantidade de gorduras excretadas nas fezes. Assim,


elas se tornam volumosas, amareladas ou acinzentadas, fétidas e, algumas vezes, espumosas.
Indica a presença de defeito nos processos de digestão e absorção».

Dor: É importante caracterizar bem a sua localização: quando tem origem exclusiva no
intestino, sem comprometimento peritoneal, sua localização é em geral imprecisa, no
centro do abdome, próximo da linha média, ou periumbilical; quando há peritonite
restrita, a localização da dor depende da sede do processo patológico; e quando há
peritonite generalizada, a dor pode ser difusa e por todo o abdome. ( Santos, 2017, p.
244)

«Distensão abdominal e flatulência: Decorrentes de aumento do conteúdo gasoso do


tubo digestivo. A principal queixa é a repleção abdominal, associada a aumento do volume e
da tensão das paredes do abdomén». (Santos, 2017, p. 245)

«Hemorragia Digestiva: É definida ela passagem de sangue do ambiente intravascular


para o lúmen do tubo gastrintestinal, sendo eliminado pelo vômito (hematêmese) ou pela
defecação (enterorragia e melena)». (Simões & Machado, 2014. p. 102)

1.3.1.4. Cólon, recto e ânus

«Dor: A dor perineal pode ser investigada diretamente pela palpação e inspeção, e
muitas vezes é originada de lesões dessa região, como hemorroidas, abscesso e fissuras».

6
«Diarreia: A diarreia baixa compreende as formas aguda e crônica. Dentre as
principais causas da aguda estão a retocolite ulcerativa inespecífica, as colites amebianas,
as colites e retites actínicas e a doença de Crohn».

«Obstipação Intestinal: Considera-se como ritmo intestinal normal o intervalo de 3


evacuações ao dia até uma evacuação a cada dois dias».

«Sangramento anal (enterorragia): Na maioria das vezes é causado pela presença de


hemorroidas, porém outras doenças, como a doença diverticular difusa dos cólons, os
pólipos, os processos inflamatórios e até mesmo o câncer do reto e do cólon, podem ser a
causa».

«Prurido anal: Refere-se à coceira na região anal. Suas causas estão relacionadas à
má higiene, enterobíase, doenças anorretais cutâneas (fissuras, eczemas, dermatite
seborreica, psoríase, dermatite de contato) e algumas doenças sistêmicas (diabetes e
hepatopatias crônicas)».

1.3.1.5. Fígado, vesícula e vias biliares

«Dor: Localiza-se no quadrante superior direito do abdômen. A dor originária do


fígado normalmente tem sua causa na distensão rápida da cápsula de Glisson, a qual recobre
o parênquima do órgão, ocorrendo principalmente na congestão passiva do fígado, na
hepatite». (Teixeira, 2017, p. 43)

Icterícia: É a coloração amarelada da pele e das mucosas, causada pela impregnação dos
tecidos por pigmentos biliares. Pode ocorrer em intensidades diferentes, devendo-se
também investigar a sua duração, a evolução do quadro, a cor da urina e das fezes, e a
presença ou ausência de prurido. (Teixeira, 2017, p. 45)

«Náuseas e Vômitos: As náuseas podem ou não precederem os vômitos, sendo definida


como uma sensação desagradável na região epigástrica. Os vômitos ocorrem em um largo
espectro de doenças intra-abdominais, sendo comuns em afecções hepatobiliares». (Teixeira,
2017, p. 49)

1.4. SEMIOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO

O sintoma inicial deve ser muito bem caracterizado, definindo com clareza a
localização, forma de início, sintomas acompanhantes e factores desencadeantes. Também
devem ser investigados se esta foi a primeira vez que os sintomas ocorrem ou se o quadro é

7
recurrente, com ou sem agravamento, se existe periodicidade, ou se estão associados a algum
factor sazonal, ou algum factor desencadeante já identificado.

«Ela reúne alterações na sensibilidade, sentidos, movimentos, consciência, cognição


e sono. Obviamente, um único distúrbio não é capaz de provocar todos esses incômodos,
porém, estamos falando de centenas de transtornos». (Teixeira, 2017, p. 112)

Que podem apresentar sintomas como:


 Dor de cabeça ou no pescoço
 Dor nas costas
 Dor do tipo facada nas extremidades dos braços e/ou pernas
 Tontura
 Convulsão
 Sensação de desmaio ou síncope
 Paralisia facial
 Enrijecimento de parte do corpo
 Espasmos
 Movimentos estereotipados e descontrolados, por exemplo, tiques
 Zumbido
 Visão embaçada ou turva
 Alucinações
 Tremores
 Sensação de formigamento
 Problemas de equilíbrio
 Problemas de marcha
 Insônia ou sonolência exagerada
 Dificuldades para se concentrar
 Perda frequente de memória
 Confusão mental
 Dor nas articulações
 Perda súbita da força muscular.

8
Segundo Teixeira (2017, p. 80), «assim como os sintomas, diferentes patologias
exigem tratamentos específicos, geralmente por meio de medicamentos e técnicas de
reabilitação como a fisioterapia».

Dependendo da doença, há fármacos que atuam na minimização dos sintomas e no


retardo da progressão do distúrbio, preservando a qualidade de vida por mais tempo.

1.5. SEMIOLOGIA DO SISTEMA ENDÓCRINO

Os órgãos do sistema endócrino incluem hipófise, hipotálamo, tireoide, suprarrenais,


pâncreas e gônadas masculinas e femininas.

Segundo Burns (2017, p. 54), «a avaliação clínica ocorre de acordo com a doença. A
sintomatologia de cada quadro pode ser decorrente dos efeitos relacionados ao
hiperpituitarismo, ao hipopituitarismo e do efeito de massa local».

Geralmente, a causa mais comum de hiperfunção é o adenoma da hipófise anterior, o


que, a depender do hormônio liberado, pode provocar síndromes associadas. Com relação à
sua hipofunção, as causas principais podem ser adenomas não funcionantes e necrose
isquêmica da hipófise anterior.

1.5.1. Sintomatologia

Os sintomas das doenças endócrinas podem ser muito comuns, mas noutros casos
podem ser bastante díspares. Caso tenha um ou mais destes sintomas e estes perdurem no
tempo, será aconselhável consultar um médico.

 Confusão ou perda de consciência por breves momentos;


 Pressão arterial muito baixa;
 Cansaço;
 Sede em excesso;
 Frequência cardíaca muito lenta;
 Desidratação;
 Depressão;
 Ansiedade e irritabilidade;
 Alterações de humor;
 Dificuldades em respirar;
9
 Problemas oculares, como secura, irritação, pressão ou dor nos olhos;
 Fadiga severa ou fraqueza;
 Intensa e inexplicável dor de cabeça;
 Vómitos e enjoos;
 Diarreia/ obstipação;
 Distúrbios do sono;
 Intolerância à temperatura;
 Ciclo menstrual irregular.

1.6. SEMIOLOGIA DO SISTEMA URINÁRIO

Os órgãos urinários incluem os rins, ureteres, bexiga e uretra. Os rins produzem a urina
que, por meio dos ureteres, chega à bexiga, onde é temporariamente armazenada.

Segundo Bates (2019, p. 77), «durante o esvaziamento vesical a urina passa pela uretra
chegando ao meio externo».

Para a produção de urina, os rins filtram o plasma, extraindo grande quantidade de um


líquido chamado ultrafiltrado, que é, então, processado para reabsorção de substâncias úteis e
concentração dos rejeitos a serem eliminados.

1.6.1. Sintomatologia

«Alterações na Cor da Urina: A urina normal é transparente e tem uma tonalidade que
varia do amarelo claro ao amarelo escuro». (Borba, et al. 2008)

«Urina com Aumento da Espuma: Eliminação aumentada de proteínas na urina, porém,


pode ser comumente causada por uma urina muito concentrada associada a um fluxo rápido
do jato urinário». (Araújo & Traverso, 2007, p. 119)

«Mau-Cheiro: O odor característico da urina decorre da liberação de amônia. Porém,


fetidez surge nos processos infecciosos, pela presença de pus ou por degradação de
substâncias orgânicas».

«Disúria: Pode assumir características diversas, dependendo do local afectado».


(Burns, 2017, p. 76)

10
«Febre e Calafrio: Na infecção aguda, a febre costuma ser elevada e acompanhada de
calafrios; na infecção crônica, a temperatura está discretamente aumentada». (Burns, 2017,
p. 81)

CONCLUSÃO

Em virtude dos factos narrados, concluímos que, o desempenho da Semiologia Médica


visa obter as informações amnésicas dos pacientes do modo mais completo e fidedigno
possível além de reunir os achados o do exame físico, realizado de maneira judiciosa e
ordenada, como princípio essencial ao raciocínio clínico que irá conduzir ao diagnóstico. Isto
constitui a base da Medicina, sem a qual não se pode formar médicos.

Entretanto, a Semiologia, como ciência, estará em contínuo processo de evolução e


aperfeiçoamento. Contudo, enquanto existir sobre a Terra o homem com seus sofrimentos e
suas mazelas, os preceitos da anamnese e do exame físico, suplementados pelas normas da
boa relação médico paciente, haverão de perdurar insubstituíveis, porque representam o esteio
da Medicina Arte. A ciência passa, mas a arte é perpétua, e a Semiologia como arte da
Ciência Médica haverá de subsistir eterna.

11
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Araújo, A. D.; Traverso-Yépez, A. Z. (2007). Expressões e sentidos do lúpus eritematoso
sistêmico (LES). Estudos de Psicologia, v. 12, n. 2, 119-27.

Bates B. L. S. (2019). Propedêutica Médica. 11ª Edição. Rio de Janeiro.

Benseñor, I. et al. (2002). Semiologia clínica. São Paulo: Sarvier.

Bickley LS. (2015). Bates - Propedêutica Médica. 11ª Edição. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan.

Bickley, L.S. & Szilagyi, P.G. (2015). Bates: Propedêutica Médica. Tradução de Maria de
Fátima Azevedo. 11 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan.

Borba, E. F. et al. (2008). Consenso de Lúpus Eritematoso Sistêmico. Rev bras reumatol, v.
48, n.4, 196-207.

Burns D. A. R. et al. (2017). Tratado de pediatria: Sociedade Brasileira de Pediatria. 4ª


Edição.São Paulo. Manole.

Franco, M. et al. (2015). Patologia: Processos Gerais. 6 ed. São Paulo: Atheneu.

Guyton, A.C. & Hall, J. E. (2011). Tratado de Fisiologia Médica. 12ª ed. Rio de Janeiro,
Elsevier Ed.

Martínez, A. C. & Alvarez-Mon, M. (1999). O sistema imunológico (I): Conceitos gerais,


adaptação ao exercício físico e implicações clínicas. Rev Bras Med Esporte, v. 5, n. 3, p. 120-
5.

Nascimento, B. R. et al. (2018). Epidemiologia das Doenças Cardiovasculares emPaíses de


Língua Portuguesa: Dados do "Global Burden - 155 - of Disease", 1990 a 2016. Arq. Bras.
Cardiol., São Paulo , v. 110, n. 6, p. 500-511, June.

12
Neto, M. J. F. et al. (2016). Avanços na ultrassonografia pulmonar. Einstein, v. 14, n.3,
p.443-448.

Porto, C. C. (2014). Semiologia Médica. 7 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. pg. 776-
832.

Santos, P. H. S. et al. (2017). Prevalência de parasitoses intestinais e fatores associados em


idosos. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia, v. 20, n. 2, p. 244-253.

Simões, P. M.; Machado, J. A. (2014). Doenças das mamas. 7. Ed. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan. p. 983-986.

Swartz, M. H. (2015). Tratado de Semiologia Médica: história e exame clínico. 7 ed. Riode
Janeiro: Elsevier.

Teixeira, A. B. G. (2017). O espectro das manifestações clínicas da infecção por


ParvovírusB19. Tese de Doutorado.

13

Você também pode gostar