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REPÚBLICA DE ANGOLA
UNIVERSIDADE JEAN PIAGET DE ANGOLA
FACULDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
SEMIOLOGIA CLÍNICA
• OPÇÕES METODOLÓGICAS
• DEFINIÇÃO DE CONCEITOS
• FUNDAMENTAÇÃO TÉCNICO-CIENTÍFICA
• SEMIOLOGIA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO
• CONCLUSÃO
INTRODUÇÃO
Abordaremos neste trabalho de forma sucinta acerca da Semiologia dos Aparelhos e Sistemas.
Antes porém, salientamos que, a semiologia médica é a área do conhecimento que dedica sua atenção
aos sinais e sintomas apresentados pelos pacientes.
OBJECTIVOS ESPECÍFICOS
• Identificar a Semiologia dos Aparelhos e Sistemas;
OPÇÕES METODOLÓGICAS
TIPO DE ESTUDO
b) Aparelho
«Conjunto de órgãos associados para exercerem uma mesma função: aparelho
digestivo, aparelho circulatório, aparelho respiratório, aparelho urogenital, etc».
(Nascimento, et al. 2018, p. 507)
c) Sistema
Importante também perguntar a intensidade e localização específica dessa dor. Além disso é
necessário saber se há irradiação dessa dor para algum lugar e se tem algum outro sintoma
associado, comosudorese ou palpitação.
«Outros sintomas também podem ser frequentes, como: palpitações, tosse e expectoração,
alteração do sono, cianose, tumefação ou edema e astenia». (Bickley, 2015, p. 61)
Todos os sintomas devem ser investigados para um melhor detalhamento do caso. Dessa
maneira, será cada vai mais fácil elaborar diversos diagnósticos diferencias e chegar ao
diagnóstico final.
SEMIOLOGIA DO APARELHO DIGESTIVO
«O aparelho digestório é formado por um conjunto de órgãos que atuam no corpo humano. A acção desses órgãos está relacionada
ao processo de transformação do alimento, que tem o objectivo de ajudar na absorção dos nutrientes». (Swartz, 2015, p. 43)
SINTOMATOLOGIA
Esôfago
«Odinofagia: É a dor que surge com a ingestão de alimentos. Tem localização retroesternal, sendo ora mais alta e
ora mais baixa, podendo ser relatada como ardente, em punhalada, constritiva ou espasmódica». (Porto, 2014, p.
777)
«Pirose: Vulgarmente conhecida como azia ou queimação, é sintoma patognomônico do refluxo gastresofágico».
(Franco, 2015, p. 178)
«Dor Esofágica: É a dor que não depende da ingestão de alimentos, como na odinofagia, podendo ser provocada
por mudança do pH intraluminal decorrente do refluxo gastresofágico, atividade motora anormal e processos
inflamatórios ou neoplásicos da parede do esôfago». (Franco, 2015, p. 179)
«Regurgitação: significa o retorno do alimento ou secreções contidas no estômago para a cavidade oral,
diferenciando-se do vômito pela ausência de náuseas e da participação dos músculos abdominais». (Benseñor, 2002)
«Sialose, Sialorreia ou Ptialismo: Produção excessiva de secreção salivar, sendo observada nas esofagopatias
obstrutivas de modo geral e no esôfago chagásico». (Porto, 2014, p. 778)
«Hematêmese: É a denominação dada ao vômito com a presença de sangue, caracterizando hemorragia digestiva
alta». (Benseñor, 2002, p. 87)
ESTÔMAGO
«Dor: É o sintoma mais frequente das doenças estomacais. A dor epigástrica costuma aparecer em doenças
inflamatórias ou neoplásicas que acometem a camada serosa do estômago, como a úlcera péptica, a gastrite aguda e
o câncer gástrico». (Benseñor, 2002, p. 93)
«Dispepsia: Refere-se a um conjunto de sintomas do TGI superior, sendo, portanto, tratada como uma síndrome».
(Benseñor, 2002, p. 101)
«Náuseas e Vômitos: Frequentemente estão associados à dor em portadores de úlceras ou gastrite, a bile está
ausente ou presente em pequena quantidade e os alimentos presentes foram ingeridos recentemente». (Simões &
Machado, 2014. p. 983)
INTESTINO DELGADO
«Diarreia: É definida como o aumento do teor líquido das fezes e da quantidade de evacuações (mais de três em
24h)». (Benseñor, 2002, p. 198)
«Esteatorreia: É o aumento da quantidade de gorduras excretadas nas fezes. Assim, elas se tornam volumosas,
amareladas ou acinzentadas, fétidas e, algumas vezes, espumosas. Indica a presença de defeito nos processos de
digestão e absorção».
Dor: É importante caracterizar bem a sua localização: quando tem origem exclusiva no intestino, sem
comprometimento peritoneal, sua localização é em geral imprecisa, no centro do abdome, próximo da linha
média, ou periumbilical; quando há peritonite restrita, a localização da dor depende da sede do processo
patológico; e quando há peritonite generalizada, a dor pode ser difusa e por todo o abdome. (Santos, 2017, p.
244)
«Distensão abdominal e flatulência: Decorrentes de aumento do conteúdo gasoso do tubo digestivo. A
principal queixa é a repleção abdominal, associada a aumento do volume e da tensão das paredes do abdomén».
(Santos, 2017, p. 245)
«Hemorragia Digestiva: É definida ela passagem de sangue do ambiente intravascular para o lúmen do tubo
gastrintestinal, sendo eliminado pelo vômito (hematêmese) ou pela defecação (enterorragia e melena)». (Simões
& Machado, 2014. p. 102)
CÓLON, RECTO E ÂNUS
• «Dor: A dor perineal pode ser investigada diretamente pela palpação e inspeção, e muitas vezes é originada de lesões dessa
região, como hemorroidas, abscesso e fissuras».
• «Diarreia: A diarreia baixa compreende as formas aguda e crônica. Dentre as principais causas da aguda estão a retocolite
ulcerativa inespecífica, as colites amebianas, as colites e retites actínicas e a doença de Crohn».
• «Obstipação Intestinal: Considera-se como ritmo intestinal normal o intervalo de 3 evacuações ao dia até uma evacuação a
cada dois dias».
• «Sangramento anal (enterorragia): Na maioria das vezes é causado pela presença de hemorroidas, porém outras doenças,
como a doença diverticular difusa dos cólons, os pólipos, os processos inflamatórios e até mesmo o câncer do reto e do
cólon, podem ser a causa».
«Prurido anal: Refere-se à coceira na região anal. Suas causas estão relacionadas à má higiene,
enterobíase, doenças anorretais cutâneas (fissuras, eczemas, dermatite seborreica, psoríase, dermatite de
contato) e algumas doenças sistêmicas (diabetes e hepatopatias crônicas)».
FÍGADO, VESÍCULA E VIAS BILIARES
• «Dor: Localiza-se no quadrante superior direito do abdômen. A dor originária do fígado normalmente tem sua
causa na distensão rápida da cápsula de Glisson, a qual recobre o parênquima do órgão, ocorrendo
principalmente na congestão passiva do fígado, na hepatite». (Teixeira, 2017, p. 43)
• Icterícia: É a coloração amarelada da pele e das mucosas, causada pela impregnação dos tecidos por
pigmentos biliares. Pode ocorrer em intensidades diferentes, devendo-se também investigar a sua
duração, a evolução do quadro, a cor da urina e das fezes, e a presença ou ausência de prurido. (Teixeira,
2017, p. 45)
• «Náuseas e Vômitos: As náuseas podem ou não precederem os vômitos, sendo definida como uma
sensação desagradável na região epigástrica. Os vômitos ocorrem em um largo espectro de doenças intra-
abdominais, sendo comuns em afecções hepatobiliares». (Teixeira, 2017, p. 49)
SEMIOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO
O sintoma inicial deve ser muito bem caracterizado, definindo com clareza a localização, forma de início, sintomas
acompanhantes e factores desencadeantes. Também devem ser investigados se esta foi a primeira vez que os
sintomas ocorrem ou se o quadro é recurrente, com ou sem agravamento, se existe periodicidade, ou se estão
associados a algum factor sazonal, ou algum factor desencadeante já identificado.
«Ela reúne alterações na sensibilidade, sentidos, movimentos, consciência, cognição e sono. Obviamente, um
único distúrbio não é capaz de provocar todos esses incômodos, porém, estamos falando de centenas de
transtornos». (Teixeira, 2017, p. 112)
SEMIOLOGIA DO SISTEMA ENDÓCRINO
Os órgãos do sistema endócrino incluem hipófise, hipotálamo, tireoide, suprarrenais, pâncreas e gônadas masculinas e
femininas.
Segundo Burns (2017, p. 54), «a avaliação clínica ocorre de acordo com a doença. A sintomatologia de cada quadro pode ser
decorrente dos efeitos relacionados ao hiperpituitarismo, ao hipopituitarismo e do efeito de massa local».
SINTOMATOLOGIA
Os sintomas das doenças endócrinas podem ser muito comuns, mas noutros casos podem ser bastante díspares. Caso tenha
um ou mais destes sintomas e estes perdurem no tempo, será aconselhável consultar um médico.
Confusão ou perda de consciência por breves momentos;
Pressão arterial muito baixa; Problemas oculares, como secura, irritação,
Cansaço; pressão ou dor nos olhos;
Sede em excesso; Fadiga severa ou fraqueza;
Frequência cardíaca muito lenta; Intensa e inexplicável dor de cabeça;
Desidratação; Vómitos e enjoos;
Depressão; Diarreia/ obstipação;
Ansiedade e irritabilidade; Distúrbios do sono;
Alterações de humor; Intolerância à temperatura;
Dificuldades em respirar; • Ciclo menstrual irregular
SEMIOLOGIA DO SISTEMA URINÁRIO
Os órgãos urinários incluem os rins, ureteres, bexiga e uretra. Os rins produzem a urina que, por
meio dos ureteres, chega à bexiga, onde é temporariamente armazenada.
Segundo Bates (2019, p. 77), «durante o esvaziamento vesical a urina passa pela uretra chegando ao
meio externo».
Para a produção de urina, os rins filtram o plasma, extraindo grande quantidade de um líquido
chamado ultrafiltrado, que é, então, processado para reabsorção de substâncias úteis e concentração
dos rejeitos a serem eliminados.
Sintomatologia
«Alterações na Cor da Urina: A urina normal é transparente e tem uma tonalidade que varia do amarelo claro ao
amarelo escuro». (Borba, et al. 2008)
«Urina com Aumento da Espuma: Eliminação aumentada de proteínas na urina, porém, pode ser comumente
causada por uma urina muito concentrada associada a um fluxo rápido do jato urinário». (Araújo & Traverso, 2007,
p. 119)
«Mau-Cheiro: O odor característico da urina decorre da liberação de amônia. Porém, fetidez surge nos processos
infecciosos, pela presença de pus ou por degradação de substâncias orgânicas».
«Disúria: Pode assumir características diversas, dependendo do local afectado». (Burns, 2017, p. 76)
«Febre e Calafrio: Na infecção aguda, a febre costuma ser elevada e acompanhada de calafrios; na infecção
crônica, a temperatura está discretamente aumentada». (Burns, 2017, p. 81)
CONCLUSÃO
Em virtude dos factos narrados, concluímos que, o desempenho da Semiologia Médica visa obter as
informações amnésicas dos pacientes do modo mais completo e fidedigno possível além de reunir os
achados o do exame físico, realizado de maneira judiciosa e ordenada, como princípio essencial ao
raciocínio clínico que irá conduzir ao diagnóstico. Isto constitui a base da Medicina, sem a qual não se pode
formar médicos.