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UNIVERSIDADE AGOSTINHO NETO

FACULDADE DE MEDICINA

DEPARTAMENTO DE ENSINO E INVESTIGAÇÃO DE SAÚDE PÚBLICA

SEMINÁRIO Iº

INTRODUÇÃO À SAÚDE PÚBLICA

MEDICINA NA ERA
MODERNA

LUANDA

2020
UNIVERSIDADE AGOSTINHO NETO

FACULDADE DE MEDICINA

DEPARTAMENTO DE ENSINO E INVESTIGAÇÃO DE SAÚDE PÚBLICA

SEMINÁRIO Iº

INTRODUÇÃO À SAÚDE PÚBLICA

MEDICINA NA ERA
MODERNA
Grupo de trabalho nº9

INTEGRANTES:
1-Aldair T. Fragoso
2-António A. M. Jamba
3-Conceição M. Manuel
4-Cornélio D. Simões
5-Dalmindo S. K. Katema
6-Esperança I. C. Paraíso
7-Eugénio N.Nhumbwavali
8-Mateus B. de Oliveira
9-Matondo Gabriel
10-Sófia Pedro Maiala
11-Simão Figueira Kalunga.
ORIENTADORES: Fernando Nioca e Manuel de Lemos.
CORDENADOR(A): Tazi Nimi Maria
SUMÁRIO
1-INTRODUÇÃO ............................................................................................................4
1.1-OBJECTIVOS ...........................................................................................................5
1.1.2-GERAL ............................................................................................................... 5

1.1.3-ESPECÍFICOS .................................................................................................. 5

2-METODOLOGIA ........................................................................................................6
3-FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ..............................................................................7
3.1-Conceitos ............................................................................................................... 7

3.2-ALGUNS CIENTISTAS QUE CONTRIBUÍRAM NA MEDICINA DA ERA


MODERNA ......................................................................................................................8
3.2.1-Fleming ............................................................................................................... 8

3.2.2-Selman Waksman .............................................................................................. 9

3.2.3-René Dubos......................................................................................................... 9

3.2.4-Watson e Crick .................................................................................................. 9

3.2.5-Oswaldo Cruz (1872-1917)................................................................................ 9

3.3.1-O microscópio .................................................................................................. 10

3.3.2-Transplante de órgãos ..................................................................................... 10

3.3.3-Tomografia Computadorizada (TC).............................................................. 11

3.3.4-Sistema rhesus (Rh) ......................................................................................... 11

3.3.5-Ressonância Magnética ................................................................................... 11

3.3.7-Genoma ............................................................................................................. 12

3.3.8-Fertilização in vitro ......................................................................................... 12

3.3.9-Nanomedicina .................................................................................................. 13

3.4-ALGUMAS DOENÇAS MARCANTES DA ERA MODERNA .........................13


3.4.1-Febre hemorrágica de Marburgo ................................................................... 14

3.4.2-Ébola ................................................................................................................. 15

3.4.3-SIDA.................................................................................................................. 15

3.4.4-Hepatite C......................................................................................................... 16

3.4.5-COVID-19 ........................................................................................................ 16
3.6-BENEFÍCIOS DA MEDICINA MODERNA EM ANGOLA .............................18
4-CONCLUSÃO ............................................................................................................19
5-REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .....................................................................20
1-INTRODUÇÃO

A medicina moderna é a ciência que procura, tratar e curar doenças através do


uso de medicação, concentrando-se em maior medida nos sintomas isolados ao invés
das causas que os originam.

Corria o ano de 1900, o século XIX se encerrava. A humanidade fechava o


balanço daquele século das máquinas. Nunca a ciência avançara tanto em tão pouco
tempo, apesar disso, todo esse avanço tecnológico contrastava com a vida difícil nas
cidades. Começava o século XX marcado por novas descobertas cientifícas.

Neste mesmo século, a medicina avançou bastante na prevenção no diagnóstico


e no tratamento das doenças por meio de novas estratégias de prevenção e do uso de
aparelhos cada vez mais sofisticados capazes de fazer um diagnóstico apurado sobre o
estado do paciente.

A história da medicina é um inesgotável campo de pesquisa e pode ser estudada


sob diferentes perspectivas. É importante estudar a história da medicina porque nos
fornece uma visão sobre os avanços que ela já vem sofrendo ao longo dos tempos até
chegar na era actual.

Ao estudarrmos sobre este tema irá-nos permitir entender que, ouve muita
evolução no que tange a medicina. Percebendo que com algumas descobertas da
fisiologia, que até então eram obscura na saúde, hoje permite prevenir, diagnósticar e
tratar muitas patologias como a doença hemolítica do RN.

Também iremos perceber que alguns aparelhos que foram descobertos nesta era
não emitem Rx que possam provocar danos ao organismo, fazendo com que as
gestantes possam usar sem preocuparem-se com o risco de aborto ou mal formações.

Medicina na era Moderna


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1.1-OBJECTIVOS

1.1.2-GERAL

 Descrever a história da Medicina na era moderna.

1.1.3-ESPECÍFICOS

 Destacar alguns cientistas que contribuíram para a medicina na era moderna;


 Descrever algumas técnicas aplicadas e os avanços tecnológicos da medicina na
era moderna;
 Citar algumas doenças marcantes da era moderna;
 Citar os benefícios da medicina moderna em Angola.

Medicina na era Moderna


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2-METODOLOGIA

 Fizemos uma pesquisa bibliográfica de carácter individual e colectivo em


biblioteca nacional e a biblioteca da faculdade de medicina UAN;
 Colhemos informações no laboratório de genética da faculdade de medicina da
UAN.
 Outras pesquisas foram feitas a partir da internet, documentos em pdf.

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3-FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

3.1-Conceitos

Prevenção. É um conjunto de medidas e acções que visam evitar o aparecimento


da doença no seio da população.

Diagnósticar. É identificar uma condição mórbida com base numa avaliação


específica.

Técnicas. É o conjunto de métodos e processos próprios de uma arte, ciência ou


profissão .

OMS. É uma agência das nações unidas que se preocupa com a saúde pública
internacional.

Transplante. É transferência de células, tecidos e órgãos vivos com a finalidade


de restabelecer uma função.

À medida que o campo da medicina continuava a avançar, durante a primeira


arte do século XX, apoiava-se cada vez mais na fisiologia e na anatomia, em vez do
estudo de pensamentos e emoções, na busca por uma compreensão mais profunda da
saúde e da doença.

A medicina moderna é, sobretudo, paliativa e bastante orgulhosa de sê-la. Por


tratamento paliativo, quer dizer, àquele que reduz ou ameniza a severidade da dor ou da
doença sem remover sua causa e nem efectuar uma cura (do latim palliare, encobrir).

Há dois paradigmas que na medicina moderna têm exercido influência


preponderante que são:

 Medicina Baseada na Evidência;


 Medicina Centrada nos Doentes.

Medicina na era Moderna


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Efectivamente nestes últimos anos ambos ganharam notoriedade, reconhecendo
se a sua enorme importância diária nas decisões relativas à prática clínica. No entanto os
dois paradigmas focam-se em aspectos diferentes dos cuidados de saúde e, de facto,
pouco têm em comum. Poderemos dizer que, sendo importantes, têm também algumas
fragilidades, como a experiência vem apontando, o que, mesmo assim, não permite que
o seu valor possa ser minimizado.

A Medicina Baseada na Evidência é um conceito que surgiu na literatura no


início dos anos noventa, oferecendo aos clínicos a melhor evidência disponível acerca
do mais adequado tratamento para os seus doentes, considerando a medicina um
projecto meramente cognitivo-racional. Nesta iniciativa a singularidade dos doentes, as
suas necessidade se preferências próprias e os seus estados emocionais são facilmente
secundarizados como factores relevantes para a tomada de decisões.

A Medicina Centrada no doente baseia-se no cuidado da pessoa, com a


identificação das suas idéias e emoções a respeito do adoecer e a resposta a elas, baseia-
se também na identificação de objectivos comuns entre médicos e pacientes sobre a
doença e sua abordagem, com o compartilhamento de decisões e responsabilidades.

3.2-ALGUNS CIENTISTAS QUE CONTRIBUÍRAM NA MEDICINA


DA ERA MODERNA

Na era moderna surgiram vários cientistas que deram continuidade no


desenvolvimento da medicina que começara desde os tempos primitivos, dentre eles
destacamos alguns e os seus grandes feitos:

3.2.1-Fleming

Em 1928, enquanto estava estudando variantes do estafilococos no laboratório


do St. Mary Hospital em Londres, Alexander Fleming observou que um bolor que
contaminara uma de suas culturas havia causado lise das bactérias presente na
vizinhança. O caldo no qual o fungo havia crescido inibia acentuadamente muitos
microrganismos. Como o bolor pertencia ao gênero penicillium, chamou o de penicelina
à substância antibacteriana.

Medicina na era Moderna


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Uma década depois, a penicilina foi desenvolvida como agente terapêutico
sistêmico em decorrência da pesquisa coordenada de um grupo de investigadores na
Universidade de Oxford.

O Alexander Fleming descobrira ainda uma substância antibacteriana existente


nas nas secreções como a lágrima, muco nasal e saliva, a qual dera o nome de lisozima.

3.2.2-Selman Waksman

Descobrira o primeiro antibiótico cristalino a ser isolado de um caldo de cultura


de uma espécie de Streptomyces foi a actinomicina A. Foram obtidos muitos antibiótico
relacionados, incluindo a actinomicina D. Actinomicina tem muitos efeitos benéficos no
tratamento de diversos tumores, em particular certas neoplasias da infância e
coriocarcinoma.

3.2.3-René Dubos
Em 1939, René Dubos descobriu a tirotricina (gramicina+tirocidina) formada
pelo bacillos brevis, é um antibiótico que inibe o crescimento das bacterias Gram-
Positivas.

3.2.4-Watson e Crick
Em 1953, James Watson e Francis Crick concluíram que a molécula de DNA
tem a estrutura de uma dupla hélice, uma descoberta que deu novos rumos à ciência. A
partir de então, a biologia molecular tornou-se, de facto, uma ciência que hoje, com
meio século de avanços, deu lugar a transgênese, a genômica, e a possibilidade de
clonagem reprodutiva. Essa descoberta também permitiu predizer transmissões de
doenças a partir de informações contidas no DNA, proporcionando uma certa
antecipação num provável tratamento.

3.2.5-Oswaldo Cruz (1872-1917)


Foi ele um gigante que estava destinado a mostrar ao mundo a importância do
saneamento básico e da vacinação preventiva no combate às epidemias. No início do
século XX, o Rio de Janeiro, capital do Brasil, era uma cidade imunda, doentia,
infestada de ratos, de mosquitos, onde grassavam aspiores doenças epidêmicas da
época: febre amarela, peste bubônica, cólera e varíola.

Medicina na era Moderna


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Oswaldo Cruz atacava as doenças epidêmicas. Para o combate à febre amarela,
criou a“Brigada Mata-mosquitos”, que tinha a missão de vistoriar todas as residências e
eliminar os focos de reprodução do Aedes egypti.

3.3-TÉCNICAS DESENVOLVIDAS NA MEDICINA DA ERA MODERNA

A época moderna tem sido um período de grande evolução da medicina. Desde


técnicas de diagnóstico, tratamento e instrumentos, tudo sofreu um grande avanço.
Iremos agora citar os principais eventos e descobertas:

3.3.1-O microscópio

O microscópio electrônico a partir da década de trinta traria novas descobertas e


com elas, novas possibilidades. O aperfeiçoamento da microscopia eletrônica está
intimamente associado ao progresso alcançado pela Biologia nos últimos anos. Na
década de 1930, o físico alemão Ernest Ruska construiu o primeiro microscópio
eletrônico e, em 1986, recebeu o prêmio Nobel de Física por sua invenção.

Surgiram na segunda metade do século XX outras invenções muito importantes,


como, o microscópio de varredura, e o microscópiogdegforçasnatómicas. Em 1939, a
Siemens construía modelos comerciais.

3.3.2-Transplante de órgãos

A era moderna dos transplantes começou na década de 1950 com o transplante


de órgãos não regeneráveis, salientando-se as contribuições dos cirurgiões Aléxis Carrel
(1873-1944, Prêmio Nobel de 1912) e Charles C.Guthrie (1880) que desenvolveram a
técnica de sutura dos vasos sanguíneos.

O transplante renal foi o primeiro dos procedimentos de transplante de órgãos


largamente utilizados no tratamento de falência terminal de órgãos. As técnicas
cirúrgicas básicas, usadas no transplante renal foram desenvolvidas no princípio do
século XX por Alexis Carrel ganhador do prêmio Nobel de 1912, e que ainda hoje são
adotadas. O primeiro transplante renal que obteve sucesso em humanos foi realizado em
Boston, em 1954, por Joseph Murray, entre gêmeos univitelinos.

Medicina na era Moderna


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Em 1967, em Cape Town, África do Sul, Christiaan Barnard, um cirurgião
cardíaco sul africano, iniciou a história do primeiro transplante humano de coração.

Actualmente os transplantes tornaram-se num dos maiores êxitos da medicina,


deixando de ser um procedimento arriscado para ser uma intervenção terapêutica eficaz
em pacientes com doenças crônicas, terminal ou aguda fulminante.

3.3.3-Tomografia Computadorizada (TC)


Entre as grandes invenções médicas, esta é a única feita pela engenharia, e
também teve um impacto significativo sobre a medicina moderna. Em 1968, os
engenheiros Godfrey Hounsfield e Allan Cormack, descobriram que podiam obter
imagens de raio X na forma de “fatias” transversais do corpo humano, com alta
resolução. Ganharam o prémio Nobel por esse feito, que exige o auxílio de um
computador e complexas técnicas matemáticas.

Outras formas de tomografia foram posteriormente desenvolvidas, aumentando o


arsenal de sofisticadas técnicas de imagens anatómicas e funcionais à disposição do
diagnóstico em 1971, Raymond Damadian desenvolveu a tomografia de ressonância
nuclear magnética (MRI) e em 1978, Louis Sokoloff inventou o tomógrafo de emissão
positrónica (PET). Os aparelhos de ultra-som também foram um grande progresso na
área de imagens médicas não invasivaszneste século.

3.3.4-Sistema rhesus (Rh)

A descoberta do sistema de grupos sanguíneos ABO por karl Landesteiner, em


1900, não foi a chave completa para a questões relacionadas às reações hemolíticas
transfusionais. A solução para esse problema aguardaria a descoberta do fator Rh,
ocorrida em 1937, por Wiener e Landsteiner, sendo essa importante, também para
elucidar a causa da doença hemolítica perinatal.

3.3.5-Ressonância Magnética

A ressonância magnética é um exame com bastante precisão, onde se visualizam


órgãos específicos utilizando um campo magnético e ondas de rádio frequência. Não
emite radiações como o Rx ou TC. É muito importante para detectar ou confirmar
diagnósticos de algumas doenças ou lesões.

Medicina na era Moderna


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3.3.6-Amniocentese

Em 1919, Henckel foi o primeiro a empregar a amniocentese transabdominal


com fins propedêuticos. Amniocentese consiste na recolha e análise de uma amostra do
líquido amniótico que envolve o feto no útero. A análise das células e do líquido pode
permitir a detecção de certas anomalias no feto. No entanto, como na amniocentese
existe um certo factor de risco de aborto, só é recomendado em casos particulares.

A amniocentese não é praticada, em geral, antes da 16ª ou 18ª semana de


gravidez, porque só nessa altura, existe líquido amniótico suficiente. Muitas vezes, antes
da 18ª ou 20ª semana não é possível conseguir resultados com esta técnica.

3.3.7-Genoma

Apesar da medicina preventiva ser ainda um dos maiores expoentes para salvar
vidas, uma das mais importantes revoluções deste século na área médica, é sem dúvida,
o projecto genoma. Trata-se do mapeamento de todos os genes do corpo humano
(DNA) e será de suma importância para as futuras gerações, pois vai possibilitar a
prevenção de doenças hereditárias ou pelo menos amenizar seus sintomas. Este projecto
teve início com o James Watson mas, o início formal foi em 1990.

A previsão dos cientistas envolvidos no projecto é que daqui a 50 anos, a terapia


genética estará disponível para a maioria das doenças e a expectativa de vida do homem
chegará aos 90 anos. Hoje, já é possível saber se o DNA de uma pessoa acusa a
predisposição de certos tipos de câncer, e a partir desta constatação, aplicar um
tratamento preventivo.

3.3.8-Fertilização in vitro

Método de tratamento da esterilidade em que o óvulo é removido cirurgicamente


do ovário e fertilizado fora do corpo. O termo «in vitro», literalmente em vidro, refere-
se à placa de Petri, de vidro, utilizada neste procedimento. O primeiro nascimento bem-
sucedido como resultado de uma fertilização in vitro (FIV) ocorreu na Inglaterra em
1978.

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Pode ser executada uma FIV quando as trompas de Falópio da mulher se
encontram permanentemente obstruídas ou não existem. Pode igualmente efectuar-se
este tipo de fertilização se a quantidade de espermatozóides do homem for muito baixa
ou houver razões para crer que os anticorpos presentes no muco cervical da mulher
provocam a destruição dos espermatozóides.

3.3.9-Nanomedicina

A nanomedicina é a ciência que diagnóstica, trata, previne doenças e danos


aliviando a dor e aprimorando a saúde humana por meio de ferramentas moleculares
(nanorobôs). A nanomedicina surgiu como uma nova ferramenta para alavancar os
avanços das aplicações de nanomateriais na medicina tradicional. Com isso, inúmeras
aplicações de nanomateriais para diagnóstico e tratamento têm sido descritas na
literatura desde seu surgimento.

A entrega de medicamentos foi uma das primeiras áreas acrescer neste cenário,
e uma das que mais se desenvolveu ao longo dos anos. Actualmente, muitos
pesquisadores da área dizem que a nanomedicina pode ser um refinamento da medicina
molecular, integrando inovações em genômica para uma medicina ainda mais
personalizada, isto é, estudando caso a caso, do diagnóstico precoce até o tratamento
pontual, minimizando os riscos para o organismo do paciente.

3.4-ALGUMAS DOENÇAS MARCANTES DA ERA MODERNA

Ao longo da era moderna com o avanço da tecnologia, invenção de novas


técnicas de pesquisa , os cientistas foram descobrindo novas doenças. Citaremos
algumas delas de grande impacto:

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3.4.1-Febre hemorrágica de Marburgo

Em 1967 na Alemanha e Jugoslávia. A febre hemorrágica de Marburgo foi


inicialmente detectada depois de surtos simultâneos em Marburgo e Franckfurte,
Alemanha, e em Belgrado. Os primeiros casos ocorreram em pessoal de laboratório
manipulando macacos verdes africanos importados do Uganda. Os surtos implicaram 25
casos de infecção primária com 7 mortes, e 6 casos de infecção secundária sem casos
mortais. As pessoas afectadas com infecções primárias faziam parte do pessoal de
laboratório exposto ao vírus de Marburgo durante o trabalho com macacos ou seus
tecidos.

Os casos secundários implicaram dois médicos, uma enfermeira, um assistente


de autópsias e a esposa de um veterinário. Todos os casos secundários tinham tido
contacto directo, normalmente envolvendo sangue, com um caso primário. Os dois
médicos foram infectados por picadas acidentais na pele ao tirar sangue a pacientes.
Foram notificados surtos e casos esporádicos em Angola, na República Democrática do
Congo, no Quénia e na África do Sul (numa pessoa com uma história de viagem recente
ao Zimbabué).

Prevenção: ter uma higiene cuidada. Por exemplo, lavar as mãos com sabonete
e água, não entrar em contacto com sangue e outros fluidos corporais. Não usar objectos
que possam ter estado em contacto com o sangue ou fluidos corporais de uma pessoa
infectada (tais como roupa, roupa de cama, agulhas e equipamento médico) e evitar
funerais ou rituais fúnebres que envolvam o contacto com o cadáver de alguém que
morreu de Ébola.

Transmissão: a transmissão do vírus de pessoa a pessoa exige um contacto


directo com um paciente. A infecção resulta de contacto com sangue ou outro fluido
orgânico (fezes, vómitos, urina, saliva e secreções das vias respiratórias) com elevada
concentração de vírus, especialmente quando tais fluidos contêm sangue. A transmissão
através de sémen infectado pode ocorrer até sete semanas após a recuperação clínica do
paciente.

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3.4.2-Ébola

A doença provocada pelo vírus Ébola (DVE) surgiu na República Democrática


do Congo e no Sudão, em 1976, quando um médico que tentava combater a
enfermidade enviou em uma garrafa térmica amostras de sangue para o Instituto de
Medicina Tropical em Antuérpia, na Bélgica Peter Piot que, analisou o sangue em um
microscópio, encontrou um vírus que era desconhecido. Desde então, foram relatados
vários surtos epidêmicos ao longo do tempo.

Prevenção: os mesmos do Marburg.

Transmissão: o Ébola transmite-se por contacto directo (através de pele


danificada ou membranas mucosas desprotegidas, como por exemplo, os olhos, o nariz
ou a boca).

3.4.3-SIDA
Em 1983, Luc Montagnier e sua equipe no Instituto Pasteur de Paris isolaram do
nódulo linfático de um homem em risco de desenvolver SIDA o que parecia ser um
novo retrovírus humano. Quase simultaneamente, o grupo de Robert Gallo no Instituto
Nacional do Câncer, nos Estados Unidos, isolou o mesmo retrovírus de pacientes de
SIDA e de pessoas que tinham tido contato sexual com vítimas da SIDA. O
microorganismo isolado é agora conhecido como VIH.

Em 1998, foram registrados 6 milhões de novos casos de infecção (o que


significa 11 contaminações por minuto) e 2,5 milhões de mortes. Nenhum país tinha
conseguido controlar o avanço do VIH, mas a África Subsariana era o epicentro, com 22
milhões do total de portadores do vírus (34 milhões desde o surgimento da doença). Em
oito países africanos onde a infecção atinge pelo menos 10% da população adulta
(Botsuana, Quênia, Malaui, Moçambique, Ruanda, África do Sul, Zâmbia e Zimbábue),
a SIDA fará a expectativa de vida cair 17 anos nas próximas décadas: de 64 para 47
anos, em média.

Prevenção: uso de preservativo durante o acto sexual, testar o sangue que será
transfundido, testar os órgãos que serão doado, utilização da técnica do corte vertical,
etc.

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Transmissão: relação sexual sem protecção, de mãe para o filho (transmissão
vertical), transfusões sanguíneas com sangue contaminado, durante o aleitamento, etc.

3.4.4-Hepatite C

O vírus da hepatite C (VHC) foi identificado pela primeira vez em 1975 como o
agente da hepatite não-A, não-B. Num estudo prospectivo, Transfusion-Transmitted
Viruses Study, foram analisadas 1513 pessoas transfundidas entre 1974 e 1979. Este
agente foi identificado em 10% de indivíduos, que mais tarde progrediram para doença
hepática crónica. Destes, 20% desenvolveram cirrose. Adicionalmente, surgiram casos
na comunidade não associados a transfusões.

Prevenção : uso de preservativo durante o acto sexual, testar o sangue que será
transfundido etc.

Transmissão: ocorre, principalmente, por via parenteral. Indivíduos que


recebem transfusão de sangue e/ou hemoderivados, pessoas que compartilham material
para uso de drogas injectáveis (cocaina, anabolizantes e complexos vitamínicos),
pessoas com tatuagem, piercings ou que apresentem outras formas de exposição
percutânea. A transmissão sexual pode ocorrer, principalmente, em pessoas com
multiplas parceiras e com prática sexual de risco acrescido (sem uso de preservativo),

3.4.5-COVID-19

Em Dezembro de 2019 a cidade de Wuhan, situada na região central da china


registou os primeiros casos de pacientes acometidos por infecção respiratória grave
causada por um novo coronavírus 2019 (nCoV-19). Convocado para definir a
nomeclatura oficial desse microorganismo o International committee on taxonomy of
Viruses, decidiu que o nome deste novo coronavírus seria Severe Acute Respiratory
syndrome (SARS-CoV-2).

Em 11/02/2020 a OMS definiu a nomeclatura oficial para a doença causado por


este vírus como Coronavirus Disease-2019 (COVID-19).

Medicina na era Moderna


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Em 11 de março de 2020, a Organização Mundial da Saúde classificou a Doença
pelo Coronavírus 2019 (COVID-19) como uma pandemia. Isso significa que o vírus
está circulando em todos os continentes e há ocorrência de casos oligossintomáticos, o
que dificulta a identificação. Deste modo, principalmente no hemisfério sul, onde está o
Brasil, os países devem se preparar para o outono/inverno com o objetivo de evitar
casos graves e óbitos.

Prevenção: uso de máscara, lavar as mãos com água e sabão e desinfectar com
álcool gel, destanciamento social, evitar contactos próximos com pessoas doentes, etc.

Transmissão: estar em contacto com pessoas doentes, entrar encotacto com


superfície contaminado, usar lenços de pessoas doente, etc.

3.5-SAÚDE PÚBLICA

O século XX trouxe consigo avanços na área da saúde pública, ciência e


arte da medicina que consiste em organizar e dirigir esforços colectivos no sentido de
promover, prevenir, controlar e restaurar a saúde dos habitantes de uma determinada
sociedade. O controle das epidemias tem avançado graças aos investimentos na
melhoria das condições sanitárias das áreas endêmicas e um trabalho educativo contínuo
junto às populações expostas. Contribuíram também para a elevação do nível de saúde
no século XXI, as medidas voltadas para o ambiente: o saneamento básico, os hábitos
de higiene, a melhoria das habitações, etc.

Em 1948, com a criação da OMS (Organização Mundial da Saúde),


começou-se a tratar de informações epidemiológicas entre os seus 140 países membros.
A OMS deu início ao grande programa de imunização para a prevenção do sarampo,
difteria, tétano, tuberculose e pólio.

A saúde pública está nos nossos dias em profunda evolução e a medida que o
progresso dos conhecimentos permite descobrir solução para alguns problemas
essências (saneamento, luta contra muitas doenças infecciosas, parasitarias, nutrição,
doenças profissionais e educação sanitária da população ).

Medicina na era Moderna


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3.6-BENEFÍCIOS DA MEDICINA MODERNA EM ANGOLA

Tal como outros países espalhados pelo resto do mundo, Angola também
beneficiou-se dessa revolução da medicina, embora os tais benefícios sejam ainda
poucos. Desde o ano 2010 em Angola já se efectua o teste da paternidade o conhecido
exame de DNA.

Esta é uma inovação tecnológica à disposição dos angolanos e outros


interessados, a partir de agora no laboratório de Genética da FM-UAN (Faculdade de
Medicina da Universidade Agostinho Neto).

A clínica Girassol incluiu no seu “menu” o primeiro serviçode medicina nuclear


no país, que serve para diagnosticar todo o tipo de patologias, mas com destaque para o
cancro. A médica, Antónia Muangala, explicou que “a medicina nuclear é uma
especialidade médica que utiliza substâncias radioactivas para diagnósticos e tratamento
de doenças. É também parte integrante da triagem de pacientes oncológicos”. “A
medicina nuclear em Angola não existe em nenhuma outra instituição de saúde, quer
pública quer privada, a não ser na Clínica Girassol onde funciona desde 2012”.

Medicina na era Moderna


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4-CONCLUSÃO

Após as pesquisas realizadas pelo grupo pudemos perceber que a medicina na


era moderna teve grande avanço graças a alguns cientistas que fizeram descobertas que
revolucionaram o mundo no começo do século XX. Com o desenvolvimento da
tecnologia a medicina não se encontra estática mas sim dinâmica.

A medicina na era moderna teve início no séc. XX e segue até os dias de hoje, é
marcada pelos grandes avanços tecnológicos e por cientistas que elevaram o nome da
medicina com feitos e descobertas brilhantes

Os cientistas, destacados no nosso trabalho, que contribuíram para a história da


medicina são: Fleming, Selman Waksman, René Dubos, Watson e Crick, e Oswaldo
Cruz.

As técnicas e avanços desenvolvidos na medicina na era moderna que muito têm


ajudado nos procedimentos médicos, são: o microscópio electrônico, os transplantes de
órgãos, tomografia computadorizada (TC), o sistema Rh, a ressonância magnética, a
amniocentese, o projecto genoma, fertilização in vitro e a nanomedicina.

As doenças que marcaram a medicina na era moderna são: febre hemorrágica de


Marburgo, Ébola, SIDA, Hepatite C e COVID-19.

Medicina na era Moderna


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5-REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AGUIAR, W. F.; MANSO, M. A. C.; pesquisa em transplante renal. pergunta de


pesquisa. v. 1, n. 1: 26-28; Set/Dez, 2012.

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BERNAL, L. M.; LÓPEZ, G.; Diagnóstico pré-natal: Restropectiva. Puplicación


cientifíca em ciências biomédica. v.12, n. 21, 23-35, 2014.

BATISTETI, C. B.; CALUZI, J. J.; ARAÚJO, E. S. N.; LIMA, o sistema de grupo


sanguíneo Rh. Filosofia e História da Biologia. v. 2: 85-101, 2007.

Brasil.Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de


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bolso, 8.ed.; Brasília-DF: MS, 2010.

GILMAN, A. G.; AS BASES FARMACOLÓGICAS DA TERAPÊUTICA, 10. Ed.;


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LOPES, R. M. M.; HISTÓRIA NATURAL DA HEPATITE C. Porto, 2015.

JUNIOR, L. M.; HISTÓRIA DA MEDICINA: Curiosidade e factos; Ijatuba-MG,


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