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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO

CENTRO DE CIÊNCIAS PINHEIRO- CCPI


CURSO DE MEDICINA
(TURMA 19)

Discentes:
Antônio Eduardo Resplandes Macedo, Filipe de Santana Araújo, Francisco Vanderlei do
Nascimento, Luiz Felipe Maia Alves, Samuel Victor Soares de Carvalho, Sérgio
Ricardo Mendes Leal, Thais Vieira de Morais Sousa e Vandeilson Wandrel Lima dos
Santos.

Relatório acerca da apresentação do seminário abordando a História da Medicina:


Evolução e Importância.

Pinheiro
2024
Discentes:
Antônio Eduardo Resplandes Macedo, Filipe de Santana Araújo, Francisco Vanderlei do
Nascimento, Luiz Felipe Maia Alves, Samuel Victor Soares de Carvalho, Sérgio
Ricardo Mendes Leal, Thais Vieira de Morais Sousa e Vandeilson Wandrel Lima dos
Santos.

Relatório acerca da apresentação do seminário abordando a História da Medicina:


Evolução e Importância.

Relatório referente à Base de Formações


Científicas I, ministrado pela Prof. Dra. Sueli de Souza Costa.

Pinheiro
2024
Introdução

A História da Medicina iniciou-se desde o surgimento do homem até os dias


mais atuais, tendo em vista que o intuito de cuidar/tratar alguém é inerente ao ser humano.
Além disso, a ciência médica e a sua história são capazes de nos mostrar como a sociedade
tem influência sobre as práticas médicas. Veremos mais adiante que ações como dissecar
um corpo para seu estudo anatômico era visto como um tabu que não deveria ser violado
em nenhuma hipótese. Porém, com o passar do tempo essa prática tornou-se cada vez
mais comum, já que era necessário conhecer o interior do corpo para conseguir
diagnósticos mais precisos. Portanto, o conhecimento da ciência História da Medicina é
muito importante para a formação de um bom profissional, pois é a partir dela que nós
conheceremos os métodos e a forma de tratamento do passado, e com base nisso,
utilizaremos os úteis e descartaremos os inúteis, formando uma base para apoiar-se,
contudo, não imitá-la totalmente.
Desenvolvimento

A relevância da história da medicina é vasta e de grande profundidade. O termo


‘’história’’ engloba duas definições distintas: o próprio processo histórico e a disciplina
encarregada de examiná-lo. Dessa forma, a história da medicina não apenas registra os
eventos passados, mas também proporciona percepções valiosas sobre a sociedade em
diferentes épocas.
Na antiguidade, Hipócrates teve um papel essencial na formação da ciência
médica como uma parte integrante da narrativa histórica. Ele foi o autor do primeiro
tratado sobre a história da medicina, ressaltando a importância de fundamentar as
investigações médicas no conhecimento acumulado ao longo do tempo. A partir disso,
evidencias de doenças e o tratamento das mesmas foram encontrados desde o período
paleolítico por meio de estudos da paleopatologia (estudo das enfermidades que podem
ser demonstradas em restos humanos procedentes de épocas remotas) com um exemplo:
trepanismo craniano. Já no Egito e em todo o período clássico, a medicina era baseada no
empirismo e na magia. Hipócrates foi pioneiro na construção da ciência médica como
objeto integrante da história, tendo como a primeira obra da História da Medicina: Da
Medicina Antiga, na qual aborda a origem e a evolução da medicina e, além disso, critica
o conhecimento a priori no campo médico (sustentação de conhecimentos sem
experimentação). Como ele mesmo disse: ‘’na arte médica é fundamental o princípio de
que as conquistas, que constituem o patrimônio do passado, devem servir de base às
investigações do presente.’’
Durante a Idade Média, evidenciaram-se a influência dos dogmas religiosos e os
desafios enfrentados pelos médicos. Nessa perspectiva, houve avanços na “teologia”
médica, porém, esteve abarcado pelo poder papal e clerical advinda da igreja, sob total
influência cristã, seja no ideal, seja nos métodos curativos de doenças e de patologias. As
enfermidades eram vistas como castigos divinos, a dissecação de corpos era proibida pela
Igreja, visto que isso era visto como um pecado e doenças eram tratadas com orações.
Na Idade Moderna, o surgimento da historiografia médica racional e o papel de
figuras como Daniel Le Clerc e Giambattista Vico foram cruciais para aproximar a
medicina do campo científico. Posto isso, Daniel Le Clerc (1662-1728) produziu o 1º
Manual de Medicina Moderna. Nessa obra, ele recolhe os fatos através de documentos
confiáveis e se propõe a aplicar à pesquisa médico-histórica os preceitos metodológicos
de Francis Bacon. Esses preceitos eram a periodização do assunto os quais procuravam
estabelecer conexões, descobrir regularidades, reconhecer associações e tirar conclusões
gerais. Nesse período, a separação (cisão) da ciência e da religião, corpos começaram a
ser dissecados, as doenças começaram a ser tratadas por meio de métodos que eram
baseados na observação e não mais na fé.
A história da medicina contemporânea ampliou seu escopo para além das
biografias dos grandes médicos, passando a examinar outros aspectos como, por exemplo,
os geográficos, históricos, econômicos e culturais que formam a teoria e o exercício da
função médica, trazendo o paciente como centro de solução do ideal médico e científico.
No Brasil, a História da Medicina iniciou-se como uma matéria acadêmica em
1832, com a criação da Cadeira de Higiene e História da Medicina nas duas Escolas
Médicas do Império, sendo esta disciplina lecionada até 1891, quando foi extinta pela
reforma republicana. Após isso, vários indivíduos continuaram na luta pela restauração
dessa cadeira. Somente em 1951, Ivolino Vasconcellos organizou e presidiu o Primeiro
Congresso Brasileiro de História da Medicina. Na atualidade, sobressaem-se os nomes de
Pedro Salles (1904- 1998), Lycurgo Santos Filho (1910-1998) e Carlos da Silva Lacaz
(1915-2002). Pedro Salles teve como principais obras: História da Medicina no Brasil e
Notas Sobre a História da Medicina em Belo Horizonte, Lycurgo Santos Filho teve como
obra principal: História Geral da Medicina Brasileira e Carlos da Silva Lacaz teve como
principal obra: Vultos da Medicina Brasileira. Além disso, ele fundou o Museu Histórico
da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e foi membro fundador e
primeiro presidente da Sociedade Brasileira de História da Medicina.
Conclusão
Atualmente, portanto, a história da medicina dedica-se a investigar as atividades
humanas relacionadas à promoção da saúde, à prevenção de doenças e o tratamento dos
enfermos. Além disso, ela não se restringe apenas às ações dos médicos, mas também
explora as ideias que os guiaram ao longo da história. Por conta disso, a história da
medicina deve ser sempre observada para aprendermos e evitarmos os erros do passado.
Um grande exemplo é a vacinação que é de conhecimento geral a importância desse
procedimento, que no passado foi visto como algo totalmente prejudicial, a qual gerou
até revoltas contra ela. Ademais, ao combater vários tipos de doenças, as vacinas são
amplamente testadas antes de serem aprovadas ao uso humano, porém, recentemente, na
pandemia da covid-19, uma fatia da população pareceu ter esquecido disso e grande parte
dela foi contra a vacinação.
Referências Bibliográficas

- Gusmão, Sebastião. ‘’História da Medicina: Evolução e Importância.’’

Jornal Brasileiro de Neurocirurgia. 2004.

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