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FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
O conceito de saúde sofreu diversas intervenções ao longo dos últimos 100 anos,
pois foi conceituada a partir de diversas visões de mundo, numa construção social e
histórica, saindo do conceito simples de ausência de doença para um conceito amplo
com várias dimensões, tais como biológica, comportamental, social, ambiental, política
e econômica.
Porém, a saúde não foi sempre assim tratada no decorrer da sua evolução histórica,
pois no estudo aqui realizado, verificou-se que a saúde “vai desde a concepção mágico
religiosa, passando pela concepção simplista de ausência de doença, até chegar a mais
abrangente concepção adoptada pela Organização Mundial da Saúde” (CZERESNIA,
2003).
Portanto, nota-se que a concepção do que é saúde sofreu diversas modificações até
se chegar ao actual conceito mais adoptado que é o da Organização Mundial da Saúde e
busca-se primordialmente a promoção da saúde que se baseia no direito humano
fundamental visando permitir aumentar o controle sobre sua saúde e seus determinantes,
sendo que a saúde de todos os povos é essencial para conseguir a paz e a segurança.
Tecendo-se um breve comentário acerca da origem do termo saúde, este vem da raiz
etimológica salus. No latim, esse termo designava o atributo principal dos inteiros,
intactos, íntegros, e no grego salus provém do termo holos, no sentido de totalidade, raiz
dos termos holismo, holístico. Ou seja, este termo refere-se ao todo.
Que a saúde e a enfermidade são algo mais que fenômenos biológicos; de que em
torno dos cuidados, dos mecanismos de controle e das curas estão dimensões relevantes
da história da saúde e da doença […] e que o processo saúde-doença diz respeito não
apenas à salubridade ou a insalubridade de nossos países, mas é revelador, constituinte e
formador de aspectos cruciais da modernidade e da história social, política, intelectual e
cultura. (HOCHMAN; XAVIER; PIRES-ALVES, 2004, p. 45)
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preocupação de isolar os leprosos para se evitar o contágio do restante da população,
pois entendiam que a doença era contagiosa, além de que era vista como um castigo
divino. Anote-se:
Também as vestes do leproso, em quem está a praga, serão rasgadas, e a sua cabeça
será descoberta, e cobrirá o lábio superior, e clamará: Imundo, imundo.
Todos os dias em que a praga houver nele, será imundo; imundo está, habitará só; a
sua habitação será fora do arraial. (LEVÍTICO 13:44-46)
Ainda nessa concepção religiosa, na Idade Média, a Igreja exerceu grande influencia
na política e na consequentemente no que tange a saúde. Pois, seguindo o ensinamento
bíblico acima referido, a doença era tratada como um castigo divino e os doentes eram
isolados. No entanto, essa conduta de isolar os doentes acabou por atrasar os avanços
científicos na área da saúde, pois comprovavam apenas a falta de tratamento da
população, conforme demonstra-se na visão de Sevalho (1993, p.5):
Nos anos 1300, ao tempo da peste negra, um médico árabe relatava que a doença
podia ser contraída pelo contacto com os doentes ou através de peças de vestuário, louça
ou brincos (Sournia&Ruffie, 1986). De qualquer modo, na visão de mundo dos cristãos
medievais, estava contextualizado o temor que a doença imprimia. A sensação de que
devia ser mantida à distância, o necessário afastamento do perigo desconhecido
pressentido, o medo do sofrimento e da morte.
A partir dessa visão mais racional da doença, foi possível pensar maneiras de se
evitar as epidemias da época. Com a liberação das pesquisas científicas nesse período,
foram feitas grandes descobertas como a forma de prevenir algumas enfermidades e
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conter o contágio de outras. Uma delas foram as vacinas que representaram um marco
histórico para a prevenção à tuberculose, tétano, meningites, doenças que em épocas
remotas eram capazes de dizimar populações.
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Porém, após esse período do surgimento do capitalismo e com as novas descobertas
como a da existência de germes, fizeram com que surgissem novas formas de entender a
doença, como a “teoria da uni causalidade” de Louis Pasteur.
E foi a parti dessas novas descobertas e dos novos conceitos não sociais de doença
que a saúde passou a ser biomédica centrada na doença e não no indivíduo, como
analisa Nunes (1998, p. 109):
Foi somente a partir da segunda metade do século XIX, marcado pelas investigações
de Pasteur e Koch, que se inauguraria a Era do Germe, e que transformaria
dramaticamente a medicina de “uma profissão orientada para as pessoas para orientada
para a doença.”
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SAÚDE E PANDEMIA
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Com efeito, a DAA reflecte uma mentalidade sua contemporânea, vindo a reforça-la
pelo consenso de várias nações do globo, que gerou acções concretas e permitiram
aquisições responsáveis por importantes ganhos em saúde.
No que se refere à aplicação dos conteúdos da DAA, Portugal esteve na vanguarda.
Em 1971, pela “Lei de Gonçalves Ferreira” foram criados os primeiros Centros de
Saúde (por reconfiguração das antigas Caixas de Previdência).
Em 1976, pela nova Constituição da República Portuguesa, já era reconhecido que
“Todos têm direito à protecção da saúde e o dever de a defender e promover” (artigo
64º).
Em 1979, logo a seguir à DAA, pela lei da “Lei da Saúde” − “Lei Arnault” − foi
criado o Serviço Nacional de Saúde (integrando CSP e cuidados hospitalares, com
sistema funcional de referência de doentes entre os diferentes níveis de prestação),
tendo sido Portugal um dos primeiros países da Europa a fazê-lo.
Com efeito, os CSP foram essenciais para intervir nas necessidades e problemas de
saúde de maior magnitude, vulnerabilidade e transcendência social da população
portuguesa.
A saúde materno-infantil era uma das áreas mais preocupantes, com taxas de
mortalidade tão elevadas como nos países menos desenvolvidos do mundo. Estes
indicadores melhoram tão significativamente nas últimas décadas ao ponto de,
actualmente na Europa, apenas a Suécia ter este indicador de saúde mais favorável do
que o nosso país. Tal se tornou possível através de medidas como o planeamento
familiar e controlo da natalidade, a vigilância da grávida e puérpera, os partos passarem
a serem assistidos por profissionais de saúde treinados, realização da vacinação das
grávidas e crianças, existência de consultas de vigilância do crescimento da criança,
visitas domiciliárias, etc.
Do mesmo modo, o controlo das doenças infecto-contagiosas já tinha um longo
caminho percorrido no nosso país. Desde 1949 que havia obrigatoriedade na declaração
de algumas doenças (como por exemplo a tuberculose, a lepra ou a sífilis), e cuja
notificação conduzia a medidas de controlo de infecção como isolamento de indivíduos,
o tratamento, o rastreio na comunidade. Havia também já serviços públicos dirigidos a
algumas doenças na comunidade (como por exemplo os sanatórios para os
tuberculosos) e até medidas nacionais para imunização pela vacinação (o primeiro
Plano Nacional de Vacinação é de 1965), dirigida a doenças altamente incidentes na
época (poliomielite, difteria, varíola, tétano e tosse medicamentos, entre outros.
As acções no âmbito da educação para a saúde foram também decisivas,
designadamente no que se refere a higiene (pessoal, habitacional, laboral, pública) e
alimentação (conduzindo a um melhor estado nutricional dos indivíduos).
Tudo isto não pode ser descontextualizado convulsa).
Porém, os CSP, pela proximidade e assistência continuada aumentaram
grandemente a efectividade destas acções de diagnóstico precoce, vacinação,
fornecimento de melhorias mais amplas ocorridas em Portugal nas décadas de 70 e 80 -
a alfabetização dos cidadãos, o aumento dos rendimentos das famílias, a melhoramento
das infra-estruturas públicas como o abastecimento de água de boa qualidade e a rede de
esgotos, o investimentos em vias de comunicação e transportes, entre outros.
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Se, em abono da verdade, as maiores conquistas em saúde se devem à melhoria das
condições de higiene, do estado nutricional e disponibilidade de água de boa
qualidade… estes mesmos factores estão inseridos e são indissociáveis dum cenário de
progresso e desenvolvimento sócio-económico que eclodiu no nosso país com a queda
do regime fascista.
A EVOLUÇÃO DE OTTAWA
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reforcem a participação pública, oportunidades e recursos que permitam a aprendizagem
estilos de vida e opções saudáveis (literacia em saúde) bem como a sua concretização.
● A promoção da saúde implica a mediação de acções coordenadas entre sectores,
com articulação de esforços entre parceiros: governos, sectores além da saúde (social,
económico…), organizações não governamentais, voluntários, autarquias, empresas,
comunicação social, comunidade em geral. Nesta mediação, os profissionais (em
especial do sector social e saúde) têm particular importância e responsabilidade.
● Segundo a CO, intervir no âmbito da promoção corresponde a construir políticas
saudáveis. Para que estas sejam criadas, há que envolver os decisores de todos os
sectores sendo fundamental a identificação de obstáculos e a apresentação de medidas
concretas no sentido de “facilitar” a tomada de decisão. Essas políticas podem implicar
o recurso a legislação, medidas fiscais, mudanças organizacionais, entre outros
instrumentos.
● Na CO repete-se a advertência relativa à imperiosa necessidade de ajustar as
acções de promoção da saúde às necessidades e recursos do país ou região em questão.
Realça-se ainda a equidade, continuando a ser fulcral a luta pela redução das
desigualdades entre indivíduos e populações.
● Quanto aos Serviços de Saúde, estes deverão ser reorientados. Assim, para
além da prestação de cuidados preventivos, curativos e de reabilitação, estes deverão
remodelar-se e realizar cada vez mais acções de promoção da saúde. Deverão ainda
investir na investigação e na educação e formação dos seus profissionais.
● Com a CO, a saúde vem a ser entendida como um recurso para a vida e que deve
ser defendido e potenciado em todos os contextos da vida: “onde se aprende, onde se
trabalha, onde se brinca, onde se ama”. Esta é ainda vista sob o ponto de vista holístico,
ecológico, como um todo que abarca a globalidade das necessidades do indivíduo.
● Mais uma vez, esta carta de intenções apela às nações subscritoras da CA e a
outras organizações internacionais para prestarem apoio na implementação das
estratégias e programas (entre si e noutros países). Conclui ainda com a mensagem de
que meta “Saúde para Todos no Ano 2000” implica a união e envolvimento de
todos no cumprimento dos valores que enformam a Carta.
Do mesmo modo, a CO não encerra em si mesma a génese dum novo paradigma de
saúde pública. É antes um documento que o representa e simboliza distintamente.
Reflectindo a mentalidade vigente (principalmente nos países industrializados), vem
reforçar o movimento que lhe subjaz, conduzindo a práticas e acções concretas que
permitiram significativos ganhos em saúde.
Antes de mais, com a CO, começam a ser mais frequente e fluentemente usados
termos como factores determinantes, que se definem como factores que alteram a
probabilidade de ocorrência de doença ou morte evitável ou prematura. São factores de
risco se aumentam essa probabilidade ou são factores de protecção se a baixam.
Distinguem-se, ainda, os factores determinantes segundo a sua natureza: endógenos
(genoma e características individuais); ligados aos estilos de vida; ambientai; ligados
aos serviços de saúde.
● No que se refere aos estilos de vida saudáveis (ou ambiente comportamental),
citam-se como exemplos o tipo de alimentação, o exercício físico/sedentarismo,
os hábitos tabagismos, alcoólicos e outras dependências, o comportamento
perante o stress, os comportamentos sexuais de risco, etc. Com efeito, são os
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determinantes que mais podem influenciar a incidência, prevalência,
mortalidade e incapacidade associada a doenças que actualmente mais “pesam”
na nossa sociedade (obesidade, diabetes, doenças cardiovasculares, HIV/SIDA,
acidentes de viação, doença mental, neoplasias…). Como exemplos de medidas
promotoras de saúde temos a lei do tabaco, plano nacional de controlo da
diabetes mellitus, a plataforma contra a obesidade, o programa nacional de luta
contra a SIDA, plano oncológico nacional, etc.
● Quanto ao ambiente, entende-se que este corresponde a “tudo o que
envolve o Homem no decurso da sua existência e que com ele interfere”. O
enfoque vai para o ambiente biofísico e como exemplos de promoção de saúde
temos intervenções enquadradas no plano nacional de acção ambiente e saúde,
na rede de cidades saudáveis, nos programas dirigidos relativas à saúde, higiene
e segurança no trabalho ou nas escolas, etc.
● Os serviços de saúde e sua reorientação, ou reforma, são um desafio não
só em Portugal mas na maioria dos países. Questões como a acessibilidade, a
equidade, a sustentabilidade e financiamento, a cobertura e controlo da
utilização dos serviços, o investimento em medidas de promoção em saúde,
investigação e formação dos seus profissionais… são de grande e premente
actualidade. A reforma dos centros de saúde, a reconfiguração dos serviços de
saúde pública, a contratualização de prestação de cuidados com as instituições
hospitalares, projectos de saúde centrada no cidadão (associada a novas
tecnologias de informação), entre outros, são exemplos mais recentes (e em
curso) de actuação a este nível.
Ao se reconhecer a capacidade de intervenção dos indivíduos na determinação
da sua saúde e do colectivo, espera-se um papel activo na concretização e controlo dos
factores de risco e de protecção da saúde.
Só assim se dará seguimento e concretização a programas e projectos de
promoção e educação para a saúde (emanadas pelos governos e instituições), surtindo
efectiva mudança de mentalidades e estilos de vida, com protecção do meio ambiente,
adequação das condições de trabalho, de habitação, etc.
A título colectivo, são fundamentais os movimentos de cidadania − associações
de utentes e doentes, voluntários, fundações, organizações não governamentais − cada
vez mais considerados e incluídos na dinâmica dos serviços de saúde (e outros
sectores), na elaboração de políticas de saúde e no exercício das instituições.
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O documento proposto, a Declaração do México, constatou uma melhora
significativa do bem-estar social em muitos países do mundo, porém ressaltou a
persistência de problemas que exigiam solução urgente e, para tanto, estabeleceu acções
dirigidas à saúde, em especial à Saúde Pública.
Reunidos na Cidade do México, os Ministros da Saúde que assinaram esta
declaração:
• Reconhecem que a consecução do nível de saúde, o mais alto possível, é um
elemento positivo para o aproveitamento da vida e necessário para o desenvolvimento
social e econômico e para a equidade
• Reconhecem que a promoção da saúde e do desenvolvimento social é um dever e
responsabilidade central dos governos, partilhada por todos os sectores da sociedade.
• Estão conscientes que nos últimos anos, através dos esforços conjuntos e
sustentados dos governos e das sociedades, houve uma melhoria significativa da saúde e
um progresso na prestação de serviços de saúde em muitos países do mundo.
• Constatam que, apesar desse progresso, ainda persistem muitos problemas de
saúde que prejudicam o desenvolvimento social e econômico, e que estes devem ser
urgentemente resolvidos para promover uma situação mais equitativa em termos de
saúde e bem-estar.
• Estão conscientes de que, simultaneamente, doenças novas e reemergentes
ameaçam os progressos registrados na área da saúde.
• Constatam a necessidade urgente de abordar os determinantes sociais, económicos
e ambientais da saúde, sendo preciso fortalecer os mecanismos de colaboração para a
promoção da saúde, em todos os sectores e níveis da sociedade.
• Concluem que a promoção da saúde deve ser um componente fundamental das
políticas e programas públicos em todos os países, na consecução de maior equidade e
melhor saúde para todos.
• Constatam que as estratégias de promoção da saúde são eficazes. Considerando o
exposto, recomendam as acções a seguir enunciadas.
ACÇÕES:
• Colocar a promoção da saúde como prioridade fundamental das políticas e
programas locais, regionais, nacionais e internacionais. • Assumir um papel de liderança
para assegurar a participação activa de todos os sectores, incluindo a sociedade civil, na
implementação das acções de promoção da saúde que fortaleçam e ampliem as parcerias
na área da saúde.
• Apoiar a preparação de planos de acção nacionais para promoção da saúde,
utilizando, se necessário, a capacidade técnica da Organização Mundial de Saúde
(OMS) e dos seus parceiros nessa área. Os planos podem variar de acordo com o
contexto nacional, mas devem seguir uma estrutura básica, estabelecida de comum
acordo durante esta conferência, podendo incluir, entre outros: o Identificação das
prioridades de saúde e estabelecimento de políticas e programas públicos para as
implantar; o Apoio as pesquisas que ampliem o conhecimento sobre as áreas
prioritárias; o Mobilização de recursos financeiros e operacionais que fortaleçam a
capacidade humana e institucional para o desenvolvimento, implementação,
monitorização e avaliação dos planos de acção nacionais.
• Estabelecer ou fortalecer redes nacionais e internacionais que promovam a saúde.
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• Defender a ideia de que os órgãos da Organização das Nações Unidas sejam
responsáveis pelo impacto da sua agenda de desenvolvimento, em termos de saúde.
• Informar o Diretor-Geral da OMS sobre o progresso registrado na execução dessas
acções.
NEPAD( 23 de Outubro de 2001, Lusaka, Zâmbia ) - nova parceria para o
desenvolvimento de África, um quadro para uma nova relação de parceria entre a África
e a comunidade internacional. Neste sentido de nova parceria, os dirigentes africanos se
engajaram em promover nos seus países, na sua região e no Continente, a paz, a
segurança, a democracia, a boa governança, o respeito dos direitos humanos e uma
saudável gestão econômica, como uma estratégia para orientar o desenvolvimento da
África no século XXI. A NEPAD suscitou uma reacção positiva na comunidade
internacional.
Objectivos:
Acções:
- Juntar esforços com outras agências internacionais como a OMS e doadores para
garantir que o apoio ao Continente aumente em pelo menos 10 biliões de $EU por ano; -
Encorajar países africanos a darem maior prioridade à saúde nos seus orçamentos e a
fasearem tais aumentos de despesas a um nível a ser mutuamente acordado;
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- Mobilizar conjuntamente recursos para o reforço de capacidades para que todos os
países africanos possam melhorar as suas infra-estruturas e gestão da saúde. Em África
registam-se muitos casos de doenças endémicas. Bactérias e parasitas transportadas por
insectos, a circulação de pessoas e outros meios, facilitados por outras fracas políticas e
condições de vida. Um dos grandes impedimentos com que os esforços de
desenvolvimento da África se confrontam é a ampla incidência das doenças
transmissíveis, nomeadamente o VIH/SIDA, a Tuberculose e a malária. A menos que
essas epidemias sejam controladas, os ganhos real no desenvolvimento humano
permanecerá um sonho impossível de realizar. No sector da saúde, em termos
comparativos a África está muito atrás em relação ao resto do mundo. Em 1997, os
níveis de mortalidade infantil e juvenil apresentavam-se em 105 e 109 por 1000, contra
6 e 7, respectivamente nos países desenvolvidos. A esperança de vida é de 48,9 anos,
contra 77,7 anos nos países desenvolvidos. Existem apenas 16 médicos por cada 100
000 habitantes, contra 253 nos países industrializados. A pobreza, reflectida nas mais
baixas receitas, constitui um dos mais importantes factores que limitam a capacidade
das populações para fazerem face aos seus problemas de saúde.A nutrição é um
importante ingrediente da boa saúde. A média diária do consumo de calorias varia entre
2384 em países de baixo rendimento, 2846 em países de médio rendimento e 3390 nos
países da Organização para Cooperação Económica e Desenvolvimento (OECD). A
saúde, definida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como um estado de
completo bem-estar físico e mental, contribui para o aumento da produtividade e,
consequentemente, do crescimento económico. Os efeitos mais óbvios do
melhoramento da saúde nas populações trabalhadoras são a redução da perda de dias de
trabalho devido a doenças, o aumento da produtividade e a oportunidade de obter
empregos melhor pagos. Eventualmente, o melhoramento da saúde e nutrição contribui
directamente a um melhor bem-estar na medida em que se faz um controlo do
alastramento de doenças, se reduz a taxa da mortalidade infantil e se eleva a esperança
de vida. A ligação com a redução da pobreza é claramente estabelecida.
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CONCLUSÃO
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REFEÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SCLIAR (2007)
CZERESNIA, 2003
SOUMIA&RUFFIE, 1936
FOUCAULT 1979
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