Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Bre nd a L. Tes i ni
, MD , Un iv e r si ty o f Ro ch e ste r Sch o ol of Me d ic in e an d De n ti str y
INFECÇÕES DO SISTEMA
NERVOSO
As infecções do sistema nervoso central são extremamente
sérias. A meningite afeta as membranas que envolvem o
cérebro e a medula espinhal. A encefalite afeta o próprio
cérebro.
As infecções do sistema nervoso central causadas por vírus
podem causar meningite e encefalite.
Os sintomas em geral começam com febre e podem progredir
para irritabilidade, recusa de comer, dor de cabeça, dor no
pescoço e, às vezes, convulsões.
O diagnóstico de infecções virais do sistema nervoso central se
baseia em uma punção lombar.
Muitas infecções são leves, mas outras são graves e podem
causar a morte.
Geralmente, os medicamentos antivirais não são eficazes no
tratamento de infecções do sistema nervoso central; assim, as
crianças precisam receber medidas de suporte (como, por
exemplo, medicamentos para controlar a febre e a dor e ingerir
bastantes líquidos).
INFECÇÃO DO S N C As Meninges Figure 22.2
Os vírus que infectam o sistema nervoso central (o cérebro e a
medula espinhal) incluem os vírus do herpes (ver
também infecções pelo vírus do herpes simples), arbovírus,
coxsackievírus, ecovírus e enterovírus (ver também infecções por
enterovírus). Algumas dessas infecções afetam primariamente as
meninges (os tecidos que recobrem o cérebro e a medula
espinhal) e resultam em meningite. A meningite viral é algumas
vezes chamada de meningite asséptica. Outras infecções afetam
principalmente o cérebro e resultam em encefalite. As infecções
que afetam tanto as meninges quanto o cérebro resultam em
meningoencefalite. A meningite é muito mais frequente nas
crianças do que a encefalite.
Os vírus afetam o sistema nervoso central de duas formas:
Eles podem infectar e destruir diretamente células do sistema
nervoso central durante a fase aguda da doença.
A resposta imunológica à infecção algumas vezes causa danos às
células que rodeiam os nervos depois que as crianças se
recuperam da infecção.
Esses danos posteriores (encefalomielite pós-infecciosa
ou encefalomielite disseminada aguda) normalmente causam
sintomas algumas semanas após a recuperação da fase aguda
da doença.
As crianças adquirem infecções do sistema nervoso central por
meio de várias vias. Os recém-nascidos podem desenvolver
infecções pelo vírus do herpes através do contato com secreções
infectadas no canal do parto. Outras infecções virais são
adquiridas ao respirar ar contaminado com vírus contido nas
gotículas exaladas por uma pessoa infectada. As infecções por
arbovírus são adquiridas através das picadas de insetos
infectados (chamadas de encefalite epidêmica).
Os sintomas e o tratamento da meningite viral e
da encefalite em crianças mais velhas e adolescentes são
similares aos dos adultos. O fato de que os bebês não têm a
capacidade de comunicar-se diretamente faz com que seja difícil
compreender seus sintomas. No entanto, os bebês com
infecções do sistema nervoso central têm geralmente alguns dos
sintomas descritos a seguir.
Sintomas
Em geral, as infecções virais do sistema nervoso central nos
recém-nascidos e nos bebês iniciam-se com febre. Os recém-
nascidos podem ter outros sintomas e podem de início não
parecer de resto doentes. Bebês com mais de aproximadamente
um mês de idade normalmente ficam irritáveis e difíceis e se
recusam a comer. Os vômitos são frequentes. Às vezes a área
macia no topo da cabeça de um recém-nascido (fontanela) se
torna saliente, o que indica um aumento da pressão sobre o
cérebro. Visto que a irritação das meninges piora com o
movimento, bebês com meningite podem chorar mais, em vez
de se acalmarem, quando alguém os pega no colo e são
embalados. Alguns bebês manifestam um choro agudo
estranho. Os bebês com encefalite costumam ter convulsões ou
outros movimentos anormais. Os bebês com encefalite grave
podem ficar letárgicos e comatosos e morrer.
Uma infecção pelo vírus do herpes simples, que costuma se
concentrar em uma única parte do cérebro, pode dar origem a
convulsões ou fraqueza que surgem somente em uma parte do
corpo ( Algumas infecções dos recém-nascidos). Um bebê com
encefalite por vírus do herpes simples pode também ter uma
erupção cutânea na pele, nos olhos ou na boca. A erupção
cutânea consiste de manchas vermelhas com bolhas cheias de
líquido que formam crostas ou feridas antes de cicatrizarem.
A encefalomielite pós-infecciosa pode causar muitos
problemas neurológicos, dependendo da parte do cérebro que
sofreu o dano. As crianças podem apresentar fraqueza num
braço ou numa perna, perda da visão ou audição, alterações no
comportamento, deficiência intelectual ou convulsões
recorrentes. Alguns desses sintomas são notados
imediatamente. Outros sintomas podem não ser notados até
mais tarde, por exemplo, quando a criança realiza exames
rotineiros de audição, visão e/ou inteligência. Muitas vezes, os
sintomas se resolvem com o tempo; mas às vezes são
permanentes.
Diagnóstico
Punção lombar
Os médicos se preocupam com a possibilidade de meningite ou
de encefalite num recém-nascido com febre, bem como em
bebês mais velhos, crianças e adolescentes que apresentem
febre, estejam irritáveis ou que não estejam de resto agindo
normalmente. Para fazer o diagnóstico de meningite ou o
diagnóstico de encefalite, os médicos fazem uma punção
lombar para coletar o líquido cefalorraquidiano (LCR) para ser
submetido a análise laboratorial. Nas infecções virais, o número
de glóbulos brancos fica elevado no LCR, mas não se observam
bactérias. Exames imunológicos podem ser realizados para
detectar anticorpos contra vírus em amostras de LCR, mas estes
exames demoram dias para serem concluídos. As técnicas da
reação em cadeia da polimerase (do inglês “Polymerase chain
reaction”, PCR) estão à disposição para identificar mais
rapidamente o vírus do herpes simples e os enterovírus no LCR.
Pode ser realizado um exame das ondas cerebrais
(eletroencefalograma) para ajudar a diagnosticar a encefalite
causada pelo vírus do herpes. Exames de imagem por
ressonância magnética (RM) e tomografia computadorizada (TC)
podem ajudar a confirmar o diagnóstico, especialmente em
casos de encefalomielite pós-infecciosa.
Prognóstico
O prognóstico varia amplamente com o tipo de infecção. Muitos
tipos de meningite e encefalite virais são leves e a criança se
recupera completa e rapidamente. Outros tipos são graves.
A infecção cerebral pelo vírus do herpes simples é especialmente
grave. Sem tratamento, aproximadamente 50% dos recém-
nascidos com infecção cerebral pelo vírus do herpes simples
vêm a falecer e dois terços dos sobreviventes apresentam lesões
cerebrais graves. Mesmo com tratamento, aproximadamente
25% vêm a falecer e até metade dos sobreviventes apresentam
lesões cerebrais. Se a infecção por herpes envolver outras partes
do corpo, assim como o cérebro, a mortalidade atinge 85%.
Tratamento
Manter o bebê confortável
Medicamentos para febre ou convulsões
Para encefalomielite pós-infecciosa, corticosteroides ou outros
medicamentos
A maioria dos bebês precisa apenas de cuidados de suporte. Isso
é, eles precisam ser mantidos aquecidos e devem tomar
bastantes líquidos e medicamentos para tratar a febre ou
convulsões. Os medicamentos antivirais não são eficazes na
maioria das infecções do sistema nervoso central. No entanto, as
infecções causadas pelo vírus do herpes simples podem ser
tratadas com aciclovir administrado por via intravenosa.
A encefalomielite pós-infecciosa pode ser tratada com
corticosteroides ou outros medicamentos que reduzem a
resposta imunológica que causa as lesões neurológicas.
Fonte: https://www.news-medical.net
O que é meningite:
causas, sintomas,
tratamentos e a vacina
A meningite pode ser causada por diferentes bactérias, vírus e até fungos. Saiba
como você pode pegar a doença, os métodos de prevenção e os seus sinais
Por Da Redação Atualizado em 9 out 2020, 16h17 - Publicado em 17 jan 2019, 12h34
A meningite é uma infecção que afeta membranas que recobrem o cérebro. E ela é
grave. Ilustração: Erika Onodera/SAÚDE é Vital
RELACIONADAS
Mais uma vacina contra bactéria causadora da pneumonia
chega ao SUS
Vacina que protege contra mais tipos de meningite estará
disponível no SUS
O diagnóstico
Como a doença evolui rapidamente, os médicos se baseiam nos
sintomas para iniciar o tratamento. Mas, claro, eles podem
pedir exames de sangue para identificar o agente causador da
meningite. Ou mesmo raio-x e tomografia para detectar focos de
infecção pelo corpo.
Como tratar a meningite
Se a origem for bacteriana, os médicos via de regra apelam
para antibióticos, com o intuito de debelar o agente infeccioso.
Mas o problema da meningite é sua progressão rápida e suas
complicações, que não raro surgem em menos de 24 horas. Ou seja, o
paciente deve ser encaminhado ao hospital depressa, onde receberá
várias medidas de suporte.
Por ser uma inflamação que afeta estruturas do cérebro, a meningite deve ser
identificada o mais rápido possível, por um clínico geral ou um neurologista,
para se iniciar o tratamento e evitar o desenvolvimento de lesões que podem
resultar em sequelas permanentes ou, até, morte.
Tipos de meningite
De acordo com o agente infeccioso responsável pela inflamação das meninges,
a meningite pode ser classificada em alguns tipos, sendo os principais:
1. Meningite viral
A meningite viral é um tipo de meningite causada por vírus e que costuma ser
mais frequente no verão e em pessoas a partir dos 15 anos de idade. Os
principais vírus associados à meningite viral são os enterovírus, como o
Coxsackie e o poliovírus, o vírus Epstein-Barr e o vírus do herpes, sendo a
infecção causada por esse vírus denominada meningite herpética. Além disso,
no caso da meningite herpética, o vírus é capaz de provocar inflamação em
várias regiões do cérebro, sendo esta condição chamada de
meningoencefalite. Conheça mais sobre a meningite viral.
2. Meningite bacteriana
A meningite bacteriana é mais grave que a meningite viral e corresponde à
inflamação das meninges causada por bactérias como Neisseria
meningitidis, Streptococcus pneumoniae, Mycobacterium
tuberculosis e Haemophilus influenzae.
4. Meningite eosinofílica
A meningite eosinofílica é um tipo raro de meningite causada pela infecção pelo
parasita Angiostrongylus cantonensis, que infectam lesmas, caracóis e
caramujos. As pessoas se tornam infectadas ao consumir a carne de animais
contaminados com o parasita ou alimentos contaminados com secreções
desses animais, resultando no aparecimento de sintomas como forte dor de
cabeça, náusea, vômito e rigidez na nuca. Conheça outros sintomas de
meningite eosinofílica.
5. Meningite asséptica
Apesar da inflamação das meninges ser mais comum de acontecer devido a
infecções, pode também ter causas não infecciosas, sendo então denominada
meningite asséptica. As principais situações que aumentam a chance de
meningite asséptica são pancadas fortes, algumas drogas e até alguns tipos de
doenças crônicas, como lúpus, ou câncer.
Principais sintomas
A intensidade dos sintomas da meningite podem variar de acordo com a causa
da inflamação das meninges. De forma geral, os principais sintomas indicativos
de meningite são:
Hipersensibilidade à luz;
Confusão;
Convulsões.
No bebê e na criança, podem ainda surgir outros sintomas que levem os pais a
desconfiar de uma possível meningite como choro alto, irritabilidade fácil,
dificuldade para movimentar a cabeça e, até, moleira mais tensa, parecendo
ligeiramente estufada. Confira outros sinais e sintomas indicativos de
meningite.
Transmissão da meningite
A transmissão da meningite pode variar bastante, dependendo do tipo de
microrganismo que está causando a inflamação. No caso da meningite viral, o
risco de transmissão é muito baixo pois, embora o vírus possa passar para a
outra pessoa, geralmente não causa uma meningite, mas sim outra doença,
como caxumba ou sarampo, por exemplo, dependendo do tipo de vírus.
Como se proteger
O melhor tipo de prevenção contra a meningite é fazer a vacinação, que
protege contra os principais microrganismos que podem provocar a doença.
Dessa forma, mesmo que se entre em contato com os vírus ou bactérias que
geralmente causam a meningite, o risco de desenvolver a doença é muito
baixo. Conheça mais sobre a vacina para meningite.
Além disso, algumas medidas que também ajudam a diminuir o risco de pegar
meningite incluem:
Evitar fumar.
Já pessoas com meningite também ter alguns cuidados para evitar passar a
doença, como lavar as mãos frequentemente, evitar ir em locais públicos e
cobrir a boca e o nariz na hora de tossir ou espirrar, por exemplo.
Sequelas da meningite
As sequelas da meningite podem acontecer quando a doença não é
identificada no início, quando o tratamento não é realizado ou não é feito de
acordo com a orientação médica, ou quando o sistema imune da pessoa está
bastante fragilizado. As sequelas mais comuns da meningite são:
Epilepsia;
Incontinência urinária.
Embora existam sequelas, isso não significa que todas as pessoas irão
desenvolver. Pessoas que ficam curadas podem não ter sequelas ou ter
apenas sequelas leves.
Atualizado por Equipe Editorial do Tua Saúde, em novembro de 2021. Revisão médica por Dr.
Arthur Frazão - Oftalmologista, em fevereiro de 2016.
Bibliografia
MAYO CLINIC. Meningitis. Disponível em:
<https://www.mayoclinic.org/diseases-conditions/meningitis/symptoms-causes/syc-20350508>.
Acesso em 25 mar 2019
MENINGITIS RESEARCH FOUNDATION. Meningitis: Symptoms Checker. Disponível em:
<https://www.meningitis.org/meningitis/check-symptoms>. Acesso em 25 mar 2019
Revisão médica:
Dr. Arthur Frazão
Clínico geral
Médico generalista, especialista em Oftalmologia pela Universidade Federal do Rio
Grande do Norte, em 2008, com registro profissional no CRM/PE 16878
Encefalite
Po r
Jo hn E. G re e nle e
, MD , Un iv e r si ty o f U ta h He a l th
Encefalite epidêmica.
Nos Estados Unidos, os tipos mais comuns de encefalite
epidêmica são causados por um dos seguintes:
Vírus Chikungunya
Vírus Zika
Todos são transmitidos por mosquitos.
Encefalite autoimune
Depois que as pessoas contraem certas infecções virais ou tomam
certas vacinas, às vezes, o sistema imunológico do corpo ataca as
camadas de tecido que envolvem as fibras nervosas (chamadas
de bainha da mielina) no cérebro e na medula espinhal –
uma reação autoimune. O ataque ocorre porque as proteínas na
mielina se parecem àquelas no vírus. Como resultado, a
transmissão nervosa se torna bem lenta. A doença resultante,
chamada encefalomielite disseminada aguda , lembra a esclerose
múltipla, exceto pelo fato de que os sintomas não vêm e vão. Os
vírus envolvidos com mais frequência incluem os enterovírus,
o vírus de Epstein-Barr , o vírus da hepatite A ou hepatite B, o vírus
da imunodeficiência humana (HIV) e os vírus da gripe. Antes que a
imunização de crianças se tornasse amplamente disseminada, os
vírus causadores de sarampo, rubéola, catapora e caxumba
costumavam ser causas comuns de encefalomielite disseminada
aguda. Esse tipo de encefalite também pode ocorrer em pessoas
com câncer ou outros distúrbios autoimunes.
Uma encefalite autoimune também pode se desenvolver se o
sistema imunológico produzir anticorpos que atacam as proteínas
na superfície das células nervosas chamadas receptores N-metil-D-
aspartato (NMDA). A encefalite resultante é chamada encefalite
por anticorpos anti-receptor do NMDA. Algumas evidências
sugerem que a encefalite por anticorpos anti-receptor do NMDA é
um tipo mais comum de encefalite do que se pensava
anteriormente. Ela se desenvolve ocasionalmente depois da
encefalite decorrente do vírus herpes simples, mesmo depois que
aquela encefalite tiver sido tratada com sucesso.
Encefalite por COVID-19
Em casos raros, pessoas com COVID-19 desenvolvem o que
parece ser encefalite. (A COVID-19 é causada por um vírus
recentemente identificado chamado coronavírus 2 da síndrome
respiratória aguda grave, ou SARS-CoV-2). Esta encefalite pode ser
causada pelo vírus que entra e afeta o cérebro. Mas também pode
tratar-se de uma doença autoimune, ou uma reação parcialmente
autoimune.
Sintomas da encefalite
Antes do início dos sintomas de encefalite, as pessoas podem ter
sintomas digestivos, como náusea, vômito, diarreia ou dores
abdominais. Ou podem sentir como se estivessem pegando um
resfriado ou gripe e têm tosse, febre, dor de garganta, nariz
escorrendo, linfonodos inchados e dores musculares.
Febre
Cefaleia
Convulsões
Diagnóstico da encefalite
Ressonância magnética
Punção lombar
Poliomielite;
Caxumba;
Rubéola;
Sarampo;
Varicela;
Adenovírus;
Citomegalovírus;
Coxsackievírus;
Echovírus;
Entre muitos outros.
Além das infecções por vírus, a encefalite ainda pode ser provocada por outras
causas, como:
Doenças autoimunes;
Reações alérgicas a vacinas;
Bactérias como sífilis, tuberculose ou Lyme;
Efeitos colaterais de tratamentos do câncer;
Parasitas como cisticercose, nematóides e toxoplasmose, especialmente em
pacientes com AIDS ou com outras patologias que enfraquecem o sistema
imune.
Quais os fatores de risco da encefalite?
Vale lembrar que qualquer perfil de pessoa pode desenvolver quadros de
encefalite.
Contudo, alguns fatores podem aumentar significativamente os riscos da
patologia. Os principais deles são:
Determinadas épocas do ano
Grande parte das encefalites são geradas por vírus e outros agentes
infecciosos.
Vale lembrar que a maioria das infecções virais são favorecidas nas estações
mais frias do ano, especialmente em regiões com temperaturas mais baixas.
Portanto, pessoas expostas a essas condições têm mais chances de contrair
esses invasores e consequentemente sofrer com a encefalite.
Localização geográfica
Como mencionei acima, localizações mais frias são mais sujeitas à incidência
de infecções virais, logos também são marcadas por casos de encefalite mais
recorrentes.
Contudo, outros fatores geográficos também são relevantes, especialmente, se
levarmos em consideração a manifestação de outros agentes infecciosos.
Por exemplo, locais sem saneamento básico estão mais expostos a bactérias,
parasitas e protozoários.
Além disso, muitos vírus são transmitidos por mosquitos ou carrapatos, que
são mais recorrentes em determinadas regiões.
Faixas etárias específicas
Como ocorre em boa parte das doenças, certas faixas etárias estão mais
sujeitas a encefalite do que outras.
No caso específico dessa patologia, ela é mais frequente e até mais grave em
crianças e em adultos mais velhos.
Isso é válido principalmente para as encefalites virais.
Contudo, há uma exceção: quando a doença é gerada pelo vírus herpes
simplex, é comum que ela atinja pessoas entre os 20 e os 40 anos de
idade.
Resistência imunológica baixa
Todos os pacientes com baixa atividade imunológica estão mais sujeitos ao
desenvolvimento das encefalites. Sendo assim, é mais comum que ela
acometa:
Portadores de HIV;
Usuários de medicamentos imunossupressores;
Pacientes acometidos por patologias autoimunes;
Entre outras doenças que afetam o funcionamento do sistema imunológico.
Quais são os sintomas mais comuns de
encefalite?
Os sintomas da encefalite podem variar conforme a patologia vai avançando no
organismo do paciente.
Inicialmente, eles se manifestam apenas como consequência da ação do
agente infeccioso, como gastroenterite e resfriado.
Outros sinais nessa fase inicial podem incluir manifestações de febre, dores
de cabeça e vômitos.
Com o passar do tempo, esses sintomas vão evoluindo, enquanto a encefalite
gera lesões cerebrais capazes de provocar quadros mais graves, que
incluem:
Confusão mental;
Agitação;
Fraqueza ou até paralisia muscular;
Desmaios;
Convulsões;
Rigidez das costas e do pescoço;
Perda de memória;
Sensibilidade exacerbada à luz.
Também é comum que os sintomas da encefalite viral não sejam próprios da
infecção do vírus que a causa.
Nessas situações, é comum que o quadro seja confundido com outras
patologias, como resfriados ou mesmo meningite.
Por conta disso, sempre que algum sinal da doença for detectado, é
imprescindível procurar um médico para obter o devido diagnóstico.
Abaixo, explicarei como os especialistas atuam para determinar o diagnóstico
da encefalite.
Como o médico consegue diagnosticar esse
problema?
Abscesso do cérebro
Po r
Jo hn E. G re e nle e
, MD , Un iv e r si ty o f U ta h He a l th
Metronidazol
do êxito da cirurgia
de quantos abscessos há
Náuseas e vômitos;
Convulsões;
Rigidez de nuca.
exemplo;
pneumonias;
fazer;
Atualizado e revisto clinicamente por Dr.ª Clarisse Bezerra - Médica de Saúde Familiar, em
março de 2022.
Bibliografia
UPTODATE. Pathogenesis, clinical manifestations, and diagnosis of brain abscess. 2021.
Disponível em: <https://www.uptodate.com/contents/pathogenesis-clinical-manifestations-and-
diagnosis-of-brain-abscess?search=abscesso
%20cerebral&source=search_result&selectedTitle=2~150&usage_type=default&display_rank=2>.
Acesso em 06 mar 2022
Revisão médica:
Dr.ª Clarisse Bezerra
Médica de Saúde Familiar
Formada em Medicina pelo Centro Universitário Christus e especialista em Saúde
da Família pela Universidade Estácio de Sá. Registro CRM-CE nº 16976.