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Prof.

:Leonardo
É um distúrbio que se caracteriza pela contratura muscular
involuntária de todo o corpo ou de parte dele, provocada por aumento
excessivo da atividade elétrica em determinadas áreas cerebrais.
As convulsões podem ser de dois tipos: parciais, ou focais, quando
apenas uma parte do hemisfério cerebral é atingida por uma descarga de
impulsos elétricos desorganizados, ou generalizadas, quando os dois
hemisférios cerebrais são afetados.
Causas: febre alta em crianças com menos de 5 anos, doenças como
meningites, encefalites, tétano, tumores cerebrais, infecção pelo HIV,
epilepsia, etc., traumas cranianos, abstinência após uso prolongado de
álcool e de outras drogas, ou efeito colateral de alguns medicamentos,
distúrbios metabólicos, como hipoglicemia, diabetes, insuficiência renal,
falta de oxigenação no cérebro.
Sintomas: Os sinais e sintomas dependem do tipo de convulsão, da região
do cérebro envolvida e da função que ela desempenha no organismo.
Nas convulsões parciais, podem ou não ocorrer alterações do nível de
consciência associadas a sintomas psíquicos e sensoriais, como
movimentos involuntários em alguma parte do corpo, comprometimento
das sensações de paladar, olfato, visão, audição e da fala, alucinações,
vertigens, delírios. Algumas vezes, essas manifestações são leves e podem
ser atribuídas a problemas psiquiátricos.
Diagnóstico: Observação do paciente quanto ao início da crise, duração, e
pós convulsão.
Tratamento: O risco de novas crises diminui nos pacientes com
convulsões provocadas por álcool, drogas, pelo efeito colateral de alguns
medicamentos e por distúrbios metabólicos, quando são retiradas essas
substâncias ou corrigido o problema orgânico. Nos outros casos, existem
vários medicamentos que devem ser indicados de acordo com o tipo de
convulsão para evitar a recorrência e assegurar o controle das crises.
É uma condição frequente, de intensidade variável e características
distintas. Ela pode ser classificada, segundo suas causas determinantes, em:
• Cefaleia Primária: dores de cabeça que indicam, ao mesmo tempo, a
enfermidade e o sintoma.
• Cefaléia Secundária: aquelas que estão correlacionadas com outras
doenças. Por exemplo: infecções bacterianas e virais (sinusite, meningite,
encefalite, gripes e resfriados, fibromialgia, aneurismas, tumores cerebrais,
AVC, hipóxia cerebral, lesões cranianas, distúrbios oftalmológicos e do
ouvido, etc.
• Cefaleia Tensional: mais prevalente e pode ser aguda ou crônica.
Como o nome diz, resulta da tensão prolongada da musculatura cervical
(ao redor do pescoço) e da musculatura ao redor do crânio.
Sintomas: dor de cabeça unilateral e latejante, de intensidade média ou
forte, que pode ser precedida por uma aura premonitória (embaçamento da
visão ou aparecimento de pontos luminosos, manchas ou linhas em zigue-
zague). Outros sintomas são náuseas, vômitos, sensibilidade à luz
(fotofobia), aos sons (fonofobia), aos movimentos e irritabilidade.
Diagnóstico: Realizado apartir do histórico do paciente (dados clínicos +
histórico familiar + hábitos alimentares etc.).
Tratamento: de acordo com a sintomatologia.
Cuidados de Enfermagem: verificar sinais vitais regularmente,
proporcionar ambiente calmo, tranquilo ao paciente, medicação conforme
prescrição médica.
A esclerose lateral amiotrófica (ELA) é provocada pela
degeneração progressiva no primeiro neurônio motor superior no
cérebro e no segundo neurônio motor inferior na medula espinhal.
Esses neurônios são células nervosas especializadas que, ao perderem a
capacidade de transmitir os impulsos nervosos, dão origem à doença.
Apesar das limitações progressivas impostas pela evolução da
doença, o paciente costuma ser uma pessoa dócil, amorosa, alegre, que
preserva a capacidade intelectual e cognitiva e raramente fica
deprimida.
Sintomas: fraqueza muscular, acompanhada de endurecimento dos músculos
(esclerose), inicialmente num dos lados do corpo (lateral) e atrofia
muscular (amiotrófica), mas existem outros: cãibras, tremor muscular,
reflexos vivos, espasmos e perda da sensibilidade.
Diagnóstico: A doença é de difícil diagnóstico. Em grande parte dos casos, o
paciente passa por quatro, cinco médicos num ano, antes de fechar o
diagnóstico e iniciar o tratamento.
Tratamento: O tratamento é multidisciplinar sob a supervisão de um médico
e requer acompanhamento de fonoaudiólogos, fisioterapeutas e
nutricionistas.
Cuidados de Enfermagem: Apoio psicológico, manter o paciente em um
ambiente calmo, tranquilo, ofertar as medicações prescritas.
É uma infecção que se instala principalmente quando uma bactéria
ou vírus, por alguma razão, consegue vencer as defesas do organismo e
ataca as meninges, três membranas que envolvem e protegem o encéfalo, a
medula espinhal e outras partes do sistema nervoso central. Mais
raramente, as meningites podem ser provocadas por fungos ou pelo bacilo
de Koch, causador da tuberculose.

Tipos de meningite:
• Meningite Bacteriana.

• Meningite Viral.
Sintomas:
Meningites Virais - Os sintomas se assemelham aos das gripes e
resfriados. A doença acomete principalmente as crianças, que têm febre,
dor de cabeça, um pouco de rigidez da nuca, inapetência e ficam irritadas.
Meningites Bacterianas - são mais graves e devem ser tratadas
imediatamente. Os principais agentes causadores da doença são as
bactérias meningococos, pneumococos e hemófilos, transmitidas pelas vias
respiratórias ou associadas a quadros infecciosos de ouvido, por exemplo.

Diagnóstico e tratamento: Sintomatológico + dados clínicos + Histórico


do paciente, antibioticoterapia.
Cuidados de Enfermagem: Orientação quanto a continuidade do
tratamento, proporcionar ambiente calmo e tranquilo.
Demais orientações:
A vacinação o Haemophilus Influenzae tipo B também protege contra
a meningite e faz parte do calendário oficial de vacinação.
A partir de 2011, a vacina conjugada contra meningite por
meningococo C faz parte do Calendário Básico de Imunização.
O esquema de vacinação obedece aos seguintes critérios: uma dose
deve ser aplicada aos três meses; outra, aos cinco meses e a dose de
reforço, aos doze meses.
É uma manifestação, muitas vezes súbitas, de insuficiência vascular
em alguma região do encéfalo de origem arterial: espasmos, isquemia,
hemorragia, trombose.
Acidente Vascular Encefálico é um derrame resultante da restrição da
irrigação sanguínea em alguma região do encéfalo, podendo provocar lesão
celular e alterações nas funções neurológicas.
As manifestações clínicas subjacentes e esta condição incluem
alterações das funções motora, sensitiva, mental, perceptiva, da linguagem,
embora o quadro neurológico destas alterações possa variar em função do
local e da extensão da lesão.
O AVE é a principal causa de incapacidade neurológica dependendo
de cuidados intensivos e uma reabilitação pós episódio.
Os tipos existentes de AVE são:
AVE Isquêmico: (podendo se apresentar de forma: lacunar, trombótico e embólico)

AVE Isquêmico Trombótico – Causado pela aterosclerose – trombose cerebral.


AVE Isquêmico Embólico – Causado por êmbolos.
AVE Isquêmico Lacunar – Ocasionado por pequenos enfartes nas arteríolas
perfurantes que se ramificam em direção aos grandes vasos.
AVE Hemorrágico: sangramento em alguma região do encéfalo. (pode se
apresentar de forma: Intracerebral, meníngeo).
Riscos:
• Excesso de peso (sedentarismo)

• Bebidas alcoólicas (dependentes)

• Tabagismo (fumantes)

• Excesso de sódio (sal)

• Diabetes

• Colesterol elevado

• Histórico familiar

• Estresse
Sinais e sintomas AVE Isquêmico:
• Perda repentina da força muscular e/ou da visão;
• Dormência na face, braço ou perna;
• Dificuldade de comunicação oral (fala arrastada) e de compreensão;
• Tonturas;
• Formigamento num dos lados do corpo;
• Alterações da memória.
• Algumas vezes, esses sintomas podem ser transitórios – ataque isquêmico
transitório (AIT). Nem por isso deixam de exigir cuidados médicos
imediatos.
Sinais e sintomas AVE Hemorrágico:
• Dor de cabeça repentina;
• Edema cerebral;
• Aumento da pressão intracraniana;
• Náuseas e vômitos;
• Déficits neurológicos semelhantes aos provocados pelo acidente vascular
isquêmico.
Diagnóstico: sintomatológico, e confirmatório através de exames
laboratoriais e de imagem como Tomografia computadorizada e
ressonância magnética.
Tratamento: sintomatológico, farmacológico de acordo com a prescrição
médica, e em alguns casos mais graves cirúrgico. Pós episódio AVE,
terapia reabilitação.
Cuidados de Enfermagem: Vigilância constante quanto aos sinais vitais,
nível de consciência, padrões respiratório, circulatórios, se hipertenso rigor
nas verificações da PA e administração do medicamento prescrito, se
diabético, rigor na verificação do HGT e administração da medicação de
acordo com a prescrição médica (esquema insulínico), proporcionar
ambiente calmo, higienizado.
É desencadeado pelo aumento de líquidos intra e extracelular no
cérebro. O edema pode surgir em uma zona limitada ou em todo o cérebro.
Tipos de edema:
• Edema Citotóxico – devido a alteração no metabolismo das células,
provocando retenção de água e sódio. Nestes casos pode surgir episódios
de hipotermia severa (Temperatura abaixo de 34C), intoxicação com
alguns medicamentos, início de uma isquemia cerebral, infarto do
miocárdio e tumores cerebrais).
• Edema Vasogénico – é uma consequência do aumento da
permeabilidade dos vasos sanguíneos devido a ter havido uma ruptura nas
células que formam uma barreira hematoencefálica junto a lesão, ou seja,
as proteínas e líquido plasmático passam para o espaço extracelular da
substância branca. (trauma, inflamações).
• Edema Hiperémico – Provocado pelo excesso de sangue em um
determinado local ou a diminuição do retorno venoso (situação que
antecede a isquemia ou inflamação).

Riscos para Edema Cerebral: HAS, Diabetes, Tabagismo, drogas,


arteriosclerose, dislipidemia.
Sinais e Sintomas: Hipertensão Intracraniana, Cefaléia moderada a
intensa, Vômitos em jatos, edema pupilar, edema nervo óptico (exame
oftalmoscópio – fundo de olho), confusão mental, crises convulsivas,
diminuição da força muscular, em um ou mais membros.
Tratamento: medicamentoso de acordo com a prescrição médica,
diuréticos para que o organismo elimine o excesso de corticóide e líquidos.
Cuidados de enfermagem: Verificação rigorosa de sinais vitais (padrão
respiratório, nível de consciência). Proporcionar ambiente calmo, tranquilo,
administrar medicações conforme prescrição médica.
O aneurisma cerebral caracteriza-se por uma dilatação anormal que se
forma na parede enfraquecida das principais artérias da circulação
sanguínea cerebral.
Complicações: a ruptura do aneurisma cerebral.
Fatores de Risco: HAS, dislipidemias, diabetes, tabagismo, álcool, drogas,
arteriosclerose, histórico familiar de problemas circulatórios
principalmente arteriais.
Sintomas: Cefaléia intensa, vômitos, visão dupla, pupila dilatada,
convulsões e perda da consciência em caso de ruptura de aneurisma.
Diagnóstico: Sintomatológico, por exames de imagem como tomografia -
angiografia cerebral digital ou ressonância magnética.
Tratamento: avaliar nível de risco de ruptura (se não rompido), cirúrgico
se rompido o aneurisma (microcirurgia ou por via endovascular)
Farmacologia de acordo com a sintomatologia.
Cuidados de enfermagem: avaliação dos sinais vitais rigorosamente
principalmente (PA, padrão respiratório e nível de consciência),
proporcionar ambiente calmo e tranquilo, manter monitorização rigorosa.

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