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UNIVERSIDADE AQUILA

ESCOLA DE CIÊNCIAS HUMANAS


LICENCIATURA EM BIOMEDICINA LABORATORIAL

URIANÁLISES E FLUIDOS CORPORAIS


DOENÇAS QUE ENVOLVEM O LCR
Introdução
LCR é um líquido claro e incolor que circula no cérebro e na medula espinhal. É
encontrado no sistema nervoso central, mais especificamente nos espaços chamados
de ventricúlos cerebrais e no espaço subaracnoide ao redor do cérebro e da medula.
Actua como amortecedor, protegendo o cérebro e a medula contra impactos,
fornece nutrientes e remove resíduos metabólicos. Composto principalmente por
água, pequenas quantidades de sais, glicose, proteínas.
Doenças que envolvem o Liquor
• Meningite;
• Hidrocefalia;
• Esclerose múltipla;
• Encefalite;
Objetivos
Objetivo Geral:

• Entender importância do LCR no organismos e como as suas alterações podem levar a


diferentes condições patológicas.

Objetivos Específicos:

• Identificar as principais doenças que podem afetar o LCR, como hidrocefaleia meningite,
encefalite e esclerose múltipla.

• Compreender a fisiopatologia de cada doença e como ela afeta o sistema nervoso central.
Metodologia
A metodologia usada para a realização do presente trabalho foi a pesquisa
Bibliográfica que consiste na revisão de artigos científicos e outras fontes aprovadas
e publicadas disponíveis em meio electrónico.
Meningite
Inflamação das meninges que são as membranas que revestem o cérebro e a medula
espinal.

Sintomas: Febre, dor de cabeça intensa, rigidez do pescoço e sensibilidade a luz,


outros casos pode levar a convulsões, coma e até mesmo a morte.

Tipos:

• Meningite bacteriana;

• Meningite viral;

• Meningite fúngica.
Fisiopatologia da Meningite
Envolve a invasão e proliferação dos agentes infeciosos, como bactérias, vírus e
fungos, no espaço subaracnoide. Isso desencadeia uma resposta inflamatória no
organismo, levando o aumento da permeabilidade dos vasos sanguíneos, infiltração
de células inflamatórias e libertação de substâncias inflamatórias.
Medidas de Controle
• É importante que recebam vacinação adequada.

• Manter boa higiene como lavar as mãos.

• Evitar o contacto proxímo com pessoas doentes

• Cobrir a boca e o naris ao tossir ou espirar

• Ajudando e reduzir o contrair ou transmitir a meningite.


Tratamento
Este pode variar dependendo do agente causador da infeção.

M.bacteriana: nessa caso são prescritos antibióticos específicos para o seu

combate.

M.viral: não há tratamento específico, o doença geralmente melhora

sozinha com repouso e cuidados de suporte hidratação e controle dos

sintomas.
Hidrocefalia
A hidrocefalia é uma condição que se caracteriza pelo acúmulo Anormal de Líquido
Cefalorraquidiano (LCR) nos Ventrículos Cerebrais Dentro do Crânio. Isso pode
levar ao inchaço das estruturas cerebrais e ao aumento da pressão intracraniana.
Hidrocefalia
Hidrocefalia congênita
Os bebês podem nascer com hidrocefalia ou desenvolver a doença logo após o
parto. Nesses casos, a hidrocefalia pode ser causada por:

• Anormalidades genéticas hereditárias que bloqueiam o fluxo de líquor;

• Distúrbios do desenvolvimento, como aqueles associados a defeitos congênitos no


cérebro, coluna ou medula espinhal;

• Complicações do parto prematuro, como sangramento dentro dos ventrículos;

• Infecção durante a gravidez, como rubéola, que pode causar inflamação cerebral.
Hidrocefalia congênita
Os bebês que nascem com hidrocefalia geralmente têm características peculiares
como: cabeça maior que o normal, a pele da cabeça parece mais “fina” e brilhante
com veias visíveis, as fontanelas podem estar mais tensas, o bebê pode parecer que
está sempre olhando para baixo.
Hidrocefalia Adquirida
Geralmente se desenvolve após um grande trauma na Cabeça ou por Consequência de
alguma doença Infecciosa, como por exemplo:

• A Meningite.

• Acidente Vascular Cerebral (AVC),

• Tumor Cerebral,

• Hemorragias,

• Traumatismos ou

• Infecções do Sistema Nervoso


Hidrocefalia Adquirida
Alguns sintomas são:

• Dor de Cabeça, náuseas, vômitos, sonolência, convulsões, perda de coordenação


motora, desatenção, irritabilidade, alteração de personalidade.
Hidrocefalia de Pressão Normal
Acontece em adultos ou idosos, comumente a partir dos 65 anos de idade. Este Tipo
de Hidrocefalia geralmente se desenvolve devido a Traumatismos Cranianos,
Acidente Vascular Cerebral (AVCs), Tumores, Hemorragias ou como uma
Consequência de Doenças Neurodegenerativas, como o mal de Alzheimer ou
Doença de Alzheimer.
Anatomia da Hidrocefalia

• O LCR é um filtrado do plasma produzido, em sua maior parte, por


meio do transporte ativo de água e solutos através das células epiteliais
do plexo coroide dos ventrículos, especialmente dos ventrículos
laterais – que seguem para o 3ª ventrículo através do forame de
Monro.
Esclerose Múltipla (EM)
A Esclerose Múltipla (EM) é uma doença neurológica, crônica e autoimune, ou seja,
as células de defesa do organismo atacam o próprio sistema nervoso central,
provocando lesões cerebrais e medulares.
Os sintomas mais comuns são: fadiga, transtornos visuais, visão embaçada, visão
dupla (diplopia), problemas de equilíbrio e coordenação, perda de equilíbrio,
tremores, instabilidade ao caminhar (ataxia), vertigens e náuseas, falta de
coordenação, debilidade (nas pernas e ao caminhar) e fraqueza geral.
Causas da esclerose múltipla
Não se conhece a sua causa exata, mas admite-se que podem existir fatores de
natureza genética, imunológica, viral, bacteriana, ambiental (dieta, toxinas
industriais presentes no solo ou na água), níveis reduzidos de vitamina D, alergias,
trauma físico, entre outros.

Tratamento da esclerose múltipla

• A esclerose múltipla não tem cura e os medicamentos disponíveis podem somente


“modificar” ou retardar a sua evolução, diminuir a frequência e a gravidade dos
surtos, reduzir a acumulação de zonas lesadas no sistema nervoso e ajudar os
pacientes a lidar com os sintomas.
Diagnóstico da esclerose múltipla
Não existe nenhum teste laboratorial que seja específico para a esclerose múltipla e,
como regra, é a ressonância magnética que permite confirmar a presença da doença.
Alguns exames neurológicos também podem revelar-se úteis.
Fisiopatologia da esclerose múltipla
De forma geral, a esclerose múltipla ocorre de maneira autoimune. Isto é, as
próprias células do sistema imunológico do indivíduo passam a agredir as células do
sistema nervoso central, causando uma inflamação.

Essa inflamação, faz com que a mielina da bainha de mielina que recobre os
neurônios, se perca, sofrendo um processo de desmielinização, o que vai interferir
na capacidade de transmissão de impulsos neurológicos.
Encefalite
A encefalite é uma infecção do cérebro desencadeada por vírus, bactérias, fungos,
neoplasias ou por uma reação autoimune do corpo.

Sintomas de encefalite:

• Dor de cabeça e dor muscular, rigidez do pescoço e costas, febre, cansaço


excessivo, confusão, desorientação agitação ou alucinações, convulsões.
Fisiopatologia da Encefalite
• Na encefalite aguda, inflamação e edema ocorrem nas áreas infetadas ao longo de
todos os hemisférios cerebrais, tronco encefálico, cerebelo e, ocasionalmente, medula.
Hemorragias petequiais podem estar presentes em infeções graves. A invasão viral
direta do encéfalo costuma danificar os neurônios, às vezes produzindo corpos de
inclusão microscopicamente visíveis. Infeção grave, particularmente encefalite por
vírus herpes simples (HSV) não tratada, pode causar necrose hemorrágica cerebral.

• A encefalomielite disseminada aguda caracteriza-se por áreas multifocais de


desmielinização perivenosa e ausência do vírus no encéfalo.
Tratamento para encefalite
O primeiro passo do tratamento para encefalite é adotar medidas que ajudem o organismo a
combater a infeção e a aliviar os sintomas. Com isso, geralmente são indicado repouso,
cuidados com a alimentação e ingestão de líquidos. Medicamentos prescritos por médicos
também podem ajudar, a exemplo de:

• Antivirais para tratar a encefalite de herpes ou outras infecções graves;

• Antibióticos, caso a infecção seja decorrente de certas bactérias;

• Medicamentos anticonvulsivos para prevenir convulsões;

• Esteroides para diminuir o inchaço do cérebro.


Conclusão
O LCR é encontrado no sistema nervoso central, mais especificamente nos espaços
chamados de ventricúlos cerebrais e no espaço subaracnoide ao redor do cérebro e
da medula, pode ser modificado por doenças infecciosas e não infecciosas que
alteram sua composição e produção. A avaliação laboratorial do LCR contribui para
a definição diagnóstica de diferentes doenças, auxiliando no diagnóstico e
tratamento. Além disso, este exame é capaz de antecipar possíveis modificações dos
processos vasculares, inflamações e processos neoplásicos que podem danificar de
forma direta ou indireta o SNC.

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