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1-Qual o agente da adenite equina, principais sinais clínicos, sua

morbidade/mortalidade e prevenção.

R: A adenite equina é uma doença infecciosa causada pela bactéria Streptococcus equi
subesp. equi . Os sinais clínicos típicos de um processo infeccioso generalizado incluem
1

depressão, inapetência e febre. Além disso, os animais apresentam secreção nasal inicialmente
serosa que passa à mucopurulenta e à purulenta em alguns dias e tosse . A morbidade é alta, mas
2

a letalidade é baixa, embora possa levar ao óbito devido à complicação . A prevenção da doença
3

é essencial para diminuir o prejuízo ao produtor. Tendo em vista a alta morbidade da doença,
facilidade de transmissão e dificuldade no controle de surtos, o uso da vacinação é
recomendado .

2- Quais os principais agentes que acometem no empiema de bolsa gutural. Qual a sua

forma crônica. Como é feito o diagnóstico.

R: O empiema de bolsa gutural é definido como a acumulação de exsudado séptico


purulento na bolsa gutural. A infecção desenvolve-se geralmente após uma infecção
bacteriana (principalmente Streptococcus spp) do tracto respiratório superior. Os sinais
clínicos incluem secreção nasal uni ou bilateral e inodora podendo ser espessa e
amarelada, disfagia, estertor respiratório e neurite. O diagnóstico é feito por meio de
exame clínico e endoscopia nasofaríngea . 12

O Streptococcus equi é o principal agente etiológico do empiema de bolsa gutural em


equinos

3- Como ocorre a hemiplegia laringeana (paralisia da laringe)? Qual o nervo e

cartilagem atingidos? O que pode causar a hemiplegia e a forma mais comum. Sinais

Clínicos e diagnóstico. Tratamento: clínico ou cirúrgico?

R: A hemiplegia laringeana é caracterizada pela paresia ou paralisia da


cartilagem aritenóide, causada por vezes por uma degeneração do nervo
laríngeo recorrente, que ocasiona grande atrofia muscular da região. Seus
principais sinais clínicos são ruídos inspiratórios, desconforto respiratório e
queda do desempenho do animal. O diagnóstico é feito por meio de exame
clínico e endoscopia. O tratamento pode ser clínico ou cirúrgico, dependendo
da causa e da gravidade da lesão

4- O que caracteriza a hemorragia pulmonar induzida por exercício e por que ocorre

(fisiopatologia)? Quais seus sinais clínicos.

R: A hemorragia pulmonar induzida por exercício (HPIE) é caracterizada pela presença de


sangue nos alvéolos pulmonares ou vias aéreas, impedindo a troca gasosa e reduzindo a
eficiência pulmonar. Os sinais clínicos da HPIE são inespecíficos e o animal pode apresentar
diminuição do desempenho, tosses, dificuldade respiratória e deglutição excessiva. O exame
endoscópico deve ser realizado com o animal sedado e após 15 dias de repouso e tratamento
instituído.

5- Quais os principais agentes das pneumonias em equinos e o que diferencia no

tratamento entre elas.

R: As pneumonias em equinos podem ser causadas por diversos agentes infecciosos, como
bactérias, vírus e fungos. Entre os principais agentes bacterianos estão Streptococcus equi
subsp. equi e Rhodococcus equi . O tratamento varia de acordo com o agente causador da
1

doença e a gravidade do quadro clínico. Em geral, o tratamento inclui o uso de antibióticos e


anti-inflamatórios

6- Quais as principais causas da DPOC, seus sinais clínicos e tratamento.

R: A DPOC em equinos é frequentemente causada pelo processo alérgico devido a


antígenos inalados, tais como a poeira da alimentação e esporos fúngicos oriundos da
cama. Um só agente como a poeira, torna-se um importante fator como antígeno. Além
disso, pode conter micro-organismos, tais como o Aspergillus fumigatus . 1

Um animal com DPOC apresenta sinais clínicos que incluem tosse, intolerância ao
exercício, taxa respiratória aumentada, narinas dilatadas e um duplo esforço expiratório,
que pode levar ao estabelecimento de uma linha de DPOC . 12

O tratamento da DPOC em equinos é baseado em medidas ambientais e terapêuticas. As


medidas ambientais incluem redução do contato com alérgenos e irritantes
ambientais. A terapia medicamentosa inclui broncodilatadores e corticosteroides

6- Rever anatomia cardíaca, átrios e ventrículos, sentido do fluxo sanguíneo... Quais os

principais aspectos avaliados no exame fisico e o que significam clinicamente?

(mucosas, pulso, FC)

R: Os átrios são as câmaras superiores do coração e são responsáveis por


receber o sangue que retorna ao coração. O átrio direito recebe o sangue
venoso do corpo e o átrio esquerdo recebe o sangue arterial dos pulmões. Os
ventrículos são as câmaras inferiores do coração e são responsáveis por
bombear o sangue para fora do coração. O ventrículo direito bombeia o
sangue venoso para os pulmões e o ventrículo esquerdo bombeia o sangue
arterial para o corpo. As válvulas cardíacas controlam o fluxo sanguíneo entre
as câmaras do coração e impedem que o sangue flua na direção errada. O
fluxo sanguíneo normal é do átrio para o ventrículo e depois para fora do
coração. O exame físico pode avaliar a frequência cardíaca, a presença de
sopros cardíacos, a pressão arterial, a temperatura corporal e as mucosas. A
frequência cardíaca normal em equinos é de 28 a 44 batimentos por minuto. A
presença de sopros cardíacos pode indicar problemas nas válvulas cardíacas
ou outras doenças cardíacas. A pressão arterial pode ser medida com um
esfigmomanômetro e é importante para avaliar a função cardiovascular. A
temperatura corporal pode ser medida com um termômetro retal e as mucosas
podem ser avaliadas quanto à coloração e umidade 1
7- O que é o defeito no septo ventricular e suas consequências? Como é feito o

diagnóstico e tratamento?

R: O defeito do septo ventricular (DSV) é uma abertura no septo interventricular que


permite o shunt de sangue entre os ventrículos esquerdo e direito. Geralmente
congênito, porém raramente adquirido após infarto do miocárdio ou trauma. Pode estar
associado a outros defeitos congênitos, como a tetralogia de Fallot . 1

O diagnóstico é baseado no histórico do animal, exame físico e exames complementares


como eletrocardiograma, ultrassonografia e ecocardiografia . 2

O tratamento depende da gravidade do defeito e pode incluir monitoramento clínico,


medicamentos para controlar os sintomas ou cirurgia para corrigir o defeito . 31

8- O que é insuficiência cardíaca? De quais formas pode se apresentar? (sistólica,

diastólica, direita e esquerda). Qual a fisiopatologia da insuficiência cardíaca esquerda

e direita e suas consequências. Quais os mecanismos compensatórios da insuficiência

cardíaca e como funcionam. Como é feito o tratamento no animal que desenvolve a

insuficiência.

R:A insuficiência cardíaca é uma condição que surge quando os músculos do coração
não são capazes de bombear o sangue efetivamente. De forma simples, podemos dizer
que o paciente com insuficiência cardíaca é um paciente com o coração fraco . A 1

insuficiência cardíaca pode se apresentar de diferentes formas, como sistólica,


diastólica, direita e esquerda . A fisiopatologia da insuficiência cardíaca esquerda e
2

direita é diferente. Na insuficiência cardíaca esquerda, o coração não consegue bombear


sangue suficiente para o corpo e os pulmões. Já na insuficiência cardíaca direita, o
coração não consegue bombear sangue suficiente para os pulmões e para o resto do
corpo .
3

Os mecanismos compensatórios da insuficiência cardíaca são ativados para tentar


manter a função cardíaca. Esses mecanismos incluem a ativação do sistema nervoso
simpático e do sistema renina-angiotensina-aldosterona . O tratamento da insuficiência
2

cardíaca em equinos depende da causa subjacente e pode incluir mudanças na dieta,


medicamentos e terapia de suporte

9- Qual o conceito da tromboflebite? Quais os sinais clínicos e principais causas? Quais

tratamentos disponíveis?

A tromboflebite é uma inflamação da parede de uma veia com formação de


um coágulo sanguíneo. Em equinos, a tromboflebite jugular é geralmente de
origem iatrogênica, resultante da complicação do uso prolongado de cateteres
venosos ou de injeções intravenosas que causam lesão mecânica ou química
na parede do vaso . Os sinais clínicos apresentados inicialmente pela
1

tromboflebite jugular eqüina é o aumento de volume dos tecidos proximais à


obstrução venosa. Se a trombose for unilateral, o edema é menor, mas em
casos bilaterais poderá acometer a língua, a faringe e a laringe, resultando em
disfagia e dispinéia . 2
O tratamento da tromboflebite jugular em equinos pode ser feito com anti-
inflamatórios não esteroidais (AINES), anticoagulantes e terapia de suporte

10- Quais os principais agentes da babesia? Sinais clínicos característicos da doença.

Como é feito o diagnóstico definitivo e o tratamento.

A babesiose equina é uma doença que possui como agentes etiológicos os


protozoários hemoparasitas, Babesia caballi e Theileria equi. Estes agentes
utilizam os carrapatos das espécies Dermacentor nitens, Rhipicephalus
microplus, Amblyomma cajennense e Hyalomma como vetores de
transmissão . Os sinais clínicos caracterizam-se por picos febris geralmente ao
1

final da tarde, anemia, icterícia e hemoglobinúria. Sintomas generalizados


como depressão, falta de apetite, incoordenação motora, lacrimejamento e
decúbito também podem ser observados. Em muitos casos a doença torna-se
crônica ou em casos mais severos evolui até a morte do animal . 23

O diagnóstico definitivo é feito através da identificação dos agentes


etiológicos em esfregaços sanguíneos ou em amostras de sangue coletadas
com anticoagulantes. O tratamento é feito com drogas específicas para cada
agente etiológico

11-Rever anatomia digestória dos equinos. Qual o conceito da síndrome cólica, fatores

predisponentes e sinais clínicos gerais.

A síndrome cólica é uma desordem do sistema digestivo comumente


observada em cavalos. Suas causas podem ser variadas e até que se possa
chegar a um diagnóstico da causa da dor abdominal vários parâmetros
precisam ser avaliados . A síndrome cólica pode ser definida como uma dor
1

abdominal dos equinos resultando em um grande desconforto aos animais . 2

Os sinais clínicos gerais em equinos incluem: inquietação, sudorese,


taquicardia, taquipneia, aumento de volume abdominal, ausência de
movimentos intestinais audíveis e dor abdominal . 1

Os fatores predisponentes incluem: alimentação inadequada, ingestão de


corpos estranhos, parasitas intestinais, mudanças bruscas na dieta e estresse

12- O que caracteriza as pontas de esmalte dentárias em equinos e qual a sua

consequência. Como tratar?

As pontas excessivas do esmalte dentário em equinos, também conhecidas como PEED,


são uma consequência das mudanças no hábito alimentar ocorridas após a
domesticação. O distúrbio é mais expressivo em equinos até os nove anos de idade . As 1

PEED formam-se na borda vestibular e lingual da superfície oclusal dos dentes pré-
molares e molares maxilares e mandibulares . O distúrbio acontece devido à
12

anosognosia, que aumenta o ângulo de oclusão dos dentes pré-molares e molares . 1

O tratamento para as PEED consiste em realizar a odontologia equina preventiva, que


inclui a raspagem dos dentes para evitar o surgimento das pontas excessivas do esmalte
dentário

13- Quais os sinais clínicos das periodontites e possíveis maneiras de tratamento?

As periodontites são inflamações que afetam os tecidos de suporte dos dentes,


como gengiva e osso alveolar. Em equinos, os sinais clínicos incluem halitose
(mau hálito), sangramento gengival, mobilidade dentária e perda dentária . O 1

tratamento pode incluir raspagem e alisamento radicular, antibioticoterapia e


extração dentária
14- O que caracteriza a fenda palatina, sinais clínicos e tratamento.

A fenda palatina é uma afecção congênita incomum em equinos jovens. Sua etiologia é
desconhecida e caracteriza-se por falha na fusão do processo palatino lateral ocorrido no
47º dia de gestação. Os sinais clínicos associados ao palato fendido variam com o grau
do defeito e podem incluir crescimento insatisfatório, drenagem de leite pelas narinas
durante e após a amamentação, em animais jovens; ainda tosse, esforços para vomitar,
espirros durante a alimentação e infecções recidivantes do trato respiratório; em animais
idosos podem sofrer infecção respiratória e pneumonia, em decorrência da aspiração dos
alimentos .
1

O tratamento da fenda palatina em equinos é cirúrgico e deve ser realizado o mais cedo
possível para evitar complicações respiratórias e digestivas

15- Quais os tipos de obstruções esofágicas e a forma mais comum. Qual a principal

consequência de uma obstrução esofágica? Sinais clínicos e como é feito o diagnóstico

e possíveis meios de tratamento (quando fazer um ou outro)?

Os distúrbios esofágicos mais comuns em equinos são os obstrutivos,


decorrentes de compactação intraluminal por alimento volumoso, ração, corpo
estranho ou por lesões preexistentes como compressão externa, megaesôfago,
divertículo e estenose . A regurgitação de alimentos pela narina é o sinal
1

clássico de obstrução esofágica. Quando este sinal for acompanhado por tosse,
pitialismo, extensão da cabeça e pescoço podendo então realizar um
diagnóstico de obstrução esofágica . Além dos sinais clínicos e a passagem da
2

sonda nasogástrica durante o exame físico do equino, esofagoscopia e


radiografia contrastada auxiliam no diagnóstico e podem elucidar a etiologia
da obstrução . O tratamento pode ser feito com a passagem de sonda
2

nasogástrica para desobstrução do esôfago ou cirurgia em casos mais graves


16- Quais os fatores predisponentes de gastrite em equinos? Sinais clínicos e

tratamento.
Os fatores predisponentes para gastrite em equinos incluem dieta inadequada,
estresse, atividade física, jejum prolongado, determinados tipos de bactérias
(Helicobacter) e parasitas (Gaterophilus spp.) e administração de anti-
inflamatórios não esteroidais (AINEs) . 1

Os sinais clínicos mais recorrentes são: diminuição da ingestão de alimentos,


perda de peso, inquietação, salivação excessiva e dor ao se
alimentar. Também podem estar presentes sinais de cólica como o ato de olhar
para o flanco, cavar e deitar . 2

O tratamento da gastrite em equinos é feito com medicamentos que reduzem a


acidez do estômago e protegem a mucosa gástrica

17- O que pode causar uma compactação gástrica? Como diagnosticar e tratar.

A compactação gástrica em equinos é o acúmulo de ingesta desidratada em


qualquer segmento do trato gastrintestinal. A maioria dos equinos com
compactação do cólon maior responde ao tratamento clínico consistindo em
administração de laxantes, fluidoterapia oral e administração parenteral de
analgésicos . O tratamento primário para a compactação é a hidratação da
1

ingesta desidratada para que o intestino possa alterar a forma da massa e


movê-la através do trato gastrintestinal . Quando o tratamento clínico falha em
2

resolver a compactação, o tratamento cirúrgico é indicado . O diagnóstico é


3

feito por meio de exame clínico e exames complementares como


ultrassonografia e radiografia
18- Qual a diferença de uma compactação e uma dilatação gástrica?

A compactação gástrica é o acúmulo de ingesta desidratada em qualquer segmento do trato


gastrintestinal. Já a dilatação gástrica é uma condição que antecede a ruptura gástrica e pode
advir do consumo excessivo de capim recém-cortado, ingestão rápida de água, infestação por
Gastherophilus, ocorrência de íleo paralítico e obstruções intestinais distais

19- Em um caso de dilatação gástrica, ela pode ter origem primária ou secundária,

como é feito a diferenciação? O que caracteriza refluxo enterogástrico? Qual a

importância da sondagem nasogástrica?

A dilatação gástrica pode ter origem primária ou secundária. A primária é


causada por sobrecarga e indigestão, enquanto a secundária pode ser causada
por obstrução piloro ou refluxo enterogástrico . O refluxo enterogástrico é
1

caracterizado pelo retorno do conteúdo intestinal para o estômago . A 1

sondagem nasogástrica é importante para o diagnóstico de dilatação gástrica


em equinos

20- Quais regiões do abdômen devemos auscultar no cavalo? Que alterações podemos
auscultar?

A auscultação do abdômen é considerada uma técnica de avaliação da


motilidade intestinal não invasiva e de relativa facilidade de execução, sendo
reconhecida como a principal técnica utilizada pelos clínicos de equinos para
avaliar o motilidade intestinal . 1

Para auscultar o abdômen do cavalo, é necessário utilizar um estetoscópio e


auscultar as quatro regiões do abdômen. A primeira região é o quadrante
superior esquerdo, onde se ausculta o cólon maior esquerdo. A segunda região
é o quadrante superior direito, onde se ausculta a passagem da ingesta. A
terceira região é o quadrante inferior esquerdo, onde se ausculta o cólon
menor esquerdo. E a quarta região é o quadrante inferior direito, onde se
ausculta o ceco . 1

As alterações que podem ser auscultadas incluem sons anormais na cavidade


abdominal e sons gastrointestinais específicos de certas partes do intestino

21- O que caracteriza a cólica espasmódica? Causas e tratamento.

A cólica espasmódica em equinos é provocada por contrações intestinais aumentadas,


contrações peristálticas, alteradas no intervalo gastrointestinal do cavalo. Os sinais desse tipo de
cólica são geralmente suaves . Dentre as principais causas de cólica em equinos está a mudança
1

brusca de alimentação, podendo destacar também que altos teores de fibras e excesso de
carboidratos podem levar o animal a desenvolver síndrome cólica . O tratamento da cólica
2

espasmódica em equinos pode ser feito com medicamentos específicos para o controle da dor
e para o relaxamento muscular

22- Quais as principais causas de compactações intestinais? Onde é mais comum de

acontecer. Possíveis diagnósticos e tratamentos.

As compactações intestinais em equinos ocorrem pela baixa motilidade em


razão da natureza alimentar e sua qualidade, promovendo um atraso na
passagem dos alimentos pelo intestino. Outros fatores também estão ligados
diretamente nas causas de compactação nos equinos. O acúmulo de material
fecal ocorre gradativamente, até que a distensão cause dor. Contrações
espasmódicas e absorção de água da luz ileal exacerbam a compactação.
Trombose vascular mesentérica, infestações parasitárias mesentéricas
(Anaplocephala perfoliata) e compactação por ascarídeos (Parascaris
equorum) são causas menos comuns. Hipertrofia ileal deve ser considerado
em cavalos mais velhos com história de desconfortos . 12

O diagnóstico é feito através de exames clínicos e laboratoriais. O tratamento


pode incluir medicamentos para aliviar a dor e a inflamação, além de laxantes
para ajudar na eliminação das fezes compactadas. Em casos graves, pode ser
necessário realizar cirurgia

22- Qual a principal consequência dos deslocamentos (o que pode acontecer)? Como é
feito o diagnóstico e tratamento?

O deslocamento em equinos pode ser causado por diversos fatores, como


alimentação inadequada, excesso de exercícios e até mesmo estresse. A
principal consequência é a dor intensa que o animal sente. O diagnóstico é
feito por meio de exames de imagem e testes de movimento. O tratamento
depende da conclusão chegada com o diagnóstico, todavia é bastante comum a
recomendação de repouso extremo, aplicação de gelo em locais que
apresentem inchaço, administração de analgésicos, anti-inflamatórios e
alimentação balanceada
23- O que é abdominocentese e o pode indicar com características fisicas da coleta

(cor, odor)?

A abdominocentese é uma técnica de coleta de líquido peritoneal em equinos. A cor e o odor do


líquido podem ser indicativos de doenças abdominais. A avaliação físico-química e citológica
da efusão peritoneal é um método auxiliar importante no diagnóstico das doenças abdominais
nos equinos, utilizada na diferenciação de peritonites sépticas e assépticas

23- O que é Intussuscepção e seu tratamento?

A intussuscepção é uma condição em que uma parte do intestino desliza para dentro da
outra parte do intestino. Isso pode causar obstrução intestinal e outros sintomas. Em
equinos, a intussuscepção pode ocorrer em diferentes partes do intestino delgado, como
jejunojejunal, jejunoileal e ileoileal. O comprometimento do jejuno normalmente
envolve uma grande extensão do segmento, causando obstrução completa. Tipicamente
essa obstrução resulta em desconforto abdominal agudo e progressivo . 1

O tratamento para intussuscepção em equinos pode variar dependendo da gravidade da


condição. Em casos graves, pode ser necessário cirurgia para remover a parte afetada do
intestino1

24- Quais os dois principais vermes intestinais em equinos? O que eles podem causar

no sistema digestório?

Os dois principais vermes intestinais em equinos são os nematoides e os


cestoides . Os nematoides são vermes redondos e incluem espécies como o
1

Strongylus vulgaris e o Parascaris equorum. Já os cestoides são vermes chatos


e incluem espécies como o Anoplocephala magna e o Anoplocephala
perfoliata . 2

Os vermes intestinais em equinos podem causar uma série de problemas no


sistema digestório, como diarreia, cólicas, perda de peso, anemia e até mesmo
obstrução intestinal

25- O que é sablose, por que ocorre, formas de diagnóstico e tratamento.

Sablose é uma afecção do sistema digestório que pode causar desde lesões simples na
mucosa intestinal até obstrução total do lúmen . A ingestão e o acúmulo de areia no trato
1
gastrointestinal do equino – Sablose - em quantidade limitada, normalmente não resulta
em manifestações clínicas. Mas se em quantidade significativa pode levar a diarreia
crônica, perda de peso, quadros de abdome agudo e até a morte . 2

O diagnóstico é realizado através das alterações macroscópicas observadas durante a


necrópsia . O tratamento pode ser feito com o uso de laxantes e anti-inflamatórios
1

26- O que são enterólitos, como se formam, diagnóstico e tratamento.

Os enterólitos são cálculos intestinais que se formam no intestino grosso dos


equinos. Eles são compostos por cristais de fosfato, magnésio ou amônia e normalmente
se formam em volta de um corpo estranho presente no organismo do animal, como
pequenas pedras, sacos plásticos, arames ou pregos . 1

A alimentação é um fator decisivo na formação dos enterólitos. Dietas ricas em


concentrado e restrição na ingestão de água são alguns dos motivos que podem levar ao
desenvolvimento da síndrome cólica em equinos . 2

O diagnóstico é feito através de exames clínicos e radiográficos. O tratamento pode ser


cirúrgico ou não-cirúrgico, dependendo do tamanho e localização do enterólito

27- O que deve ser feito em casos de prolapso de reto?

O prolapso retal em equinos é uma enfermidade que causa a saliência de uma


ou mais camadas do reto do animal, sendo quase sempre manifestada no ânus,
por meio da exteriorização da mucosa. No caso parcial da doença, somente a
mucosa retal sofre alteração. No completo, todo o canal pode ficar
comprometido . O tratamento para prolapso retal deve ser orientado pelo
1

veterinário de acordo com a gravidade da situação. De forma geral, o


tratamento inclui a compressão das nádegas para tentar reintroduzir o reto
para dentro do ânus ou, caso seja necessária, a reintrodução manual do reto
pelo médico proctologista
26- O que é atresia anal, tratamento e importância do atendimento rápido.

A atresia anal é uma malformação congênita que afeta o reto e o ânus. Ela
ocorre como resultado de anormalidades durante o desenvolvimento no
período embrionário. Em equinos, a atresia anal é uma condição rara, mas
pode ocorrer. O tratamento para essa condição é cirúrgico e deve ser realizado
o mais rápido possível para evitar complicações sistêmicas que possam
complicar o procedimento anestésico-cirúrgico e a recuperação do animal
27- Sobre analgesia: quando devemos fazer, importância do tempo de ação e quando

já temos ou não o diagnóstico. Qual o risco de uma analgesia intensa sem diagnóstico.

A analgesia é importante em equinos para aliviar o desconforto e minimizar as


consequências fisiológicas da dor, além de permitir um exame clínico mais
detalhado. A classificação da intensidade da dor é fundamental para o
estabelecimento do plano terapêutico e auxiliar no diagnóstico da causa
primária .1

O risco de uma analgesia intensa sem diagnóstico pode ser agravar o quadro
clínico do animal

28- Como é feita a avaliação do sistema neurológico?

O exame semiológico do sistema nervoso é fundamental para interpretar e


diagnosticar doenças do sistema nervoso de equinos. O exame começa pela
avaliação do estado mental do animal, sua postura, alterações anatômicas e
deambulações. Recomenda-se que o exame siga sentido craniocaudal e seja
realizado em estática (repouso) e em dinâmica (movimento)
29- Como é dividido o sistema nervoso e o que avaliamos em cada um? (Encéfalo,

medula, nervos...)

O sistema nervoso é dividido em duas partes: Central (parte central do sistema nervoso
– PCSN) e periférica (parte periférica do sistema nervoso – PPSN). O sistema nervoso
central é constituído pelo encéfalo e medula espinhal. O sistema nervoso periférico é
formado pelos nervos e gânglios . 12

O encéfalo é a parte do sistema nervoso central que fica dentro do crânio e é formado
pelo cérebro, cerebelo e tronco encefálico. A medula espinhal é uma estrutura tubular
que se estende desde o encéfalo até a região lombar da coluna vertebral

30- Quais os principais sinais clínicos que vemos em alterções de medula e de encéfalo

(principais diferenças)?

Os sinais clínicos de alterações na medula espinhal e no encéfalo em equinos


podem ser semelhantes. De acordo com um artigo do site Escola do Cavalo,
traumatismos cranianos e da coluna são recorrentes em atendimentos
médicos. Acidentes de trabalho ou durante a prática de exercícios físicos
podem trazer problemas para o encéfalo e a medula espinhal, como concussão
cerebral, contusão e laceração . 1

Já um artigo do site BRT IFSP afirma que os sinais característicos da


alteração encefálica nos nervos cranianos e das lesões na medula espinhal são
incoordenação e atrofia muscular (quadríceps e glúteos, masseter e da língua,
músculos cerebrais e da língua)

31- Quais outros sistemas o Herpervírus equino pode atingir nos equinos? O que isto

influencia no modo de transmissão? Como ocorre a forma neurológica do herpesvírus?

Tempo de evolução. Normalmente afeta que região do SN? Qual o padrão ouro de

diagnóstico? Existe tratamento?


O herpesvírus equino pode atingir o sistema nervoso central dos equinos,
causando manifestações clínicas neurológicas como ataxia, paralisia,
dificuldade de locomoção e hiporreflexia . O HVE-1 pode causar abortos
1

tardios ou partos prematuros, entre 2 semanas e 4 meses após a


infecção. Normalmente, o aborto ocorre entre 6 e 11 meses de gestação, sem
manifestação de sinais prévios na égua . 2

O herpesvírus equino é altamente contagioso e ataca principalmente o sistema


respiratório do animal. As doenças causadas pelo herpesvírus equino são de
difícil determinação e podem provocar os três tipos mais comuns da doença: a
forma respiratória, a forma nervosa e a forma reprodutiva . 3

O diagnóstico do herpesvírus equino é feito por meio de exames laboratoriais


como isolamento viral em cultura de células e PCR (reação em cadeia da
polimerase) em amostras clínicas . 1

Não há tratamento específico para o herpesvírus equino. O tratamento é


sintomático e deve ser orientado por um médico veterinário

32- O que caracteriza a Mieloencefalite protozoária equina (EPM)? Qual o seu agente e

meio de transmissão? Como o equino é afetado neste ciclo. O que este agente causa

no equino? Principais sinais clínicos. Qual o melhor método diagnóstico? Tratamento e

profilaxia?

A Mieloencefalite Protozoária Equina (EPM) é uma doença infecciosa que possui como
principal agente o protozoário Sarcocystis neurona . O parasita acomete o sistema
1

nervoso central de equinos podendo causar alterações neurológicas como ataxia,


paresia, atrofia muscular e alterações de estado mental . A transmissão ocorre por meio
12

da ingestão de alimentos ou água contaminados com oocistos eliminados nas fezes de


animais infectados . O equino é afetado quando ingere alimentos ou água contaminados
1

com oocistos do parasita. O agente causa inflamação e danos ao cérebro e/ou medula
espinhal do animal . Os principais sinais clínicos são ataxia assimétrica, fraqueza e
2

espasticidade envolvendo os quatro membros . O melhor método diagnóstico é a


2

detecção de anticorpos específicos contra o agente etiológico em amostras de líquido


cefalorraquidiano (LCR) ou soro sanguíneo . O tratamento inclui terapia com drogas
2

antiprotozoárias e anti-inflamatórios . A profilaxia inclui medidas de higiene e manejo


2

sanitário adequado dos animais . 2

33- Que região do SN a Mielopatia estenótica cervical (Síndrome de Wobbler) afeta nos

equinos? Como ocorre e principal causa? Qual o tratamento?

A Mielopatia estenótica cervical (Síndrome de Wobbler) é uma doença que


ocorre em equinos e consiste na má formação das vértebras cervicais,
causando enorme desconforto por conta das constantes dores e compressão da
medula óssea. A região afetada é a cervical . 1

A principal causa da síndrome de Wobbler é a má formação das vértebras


cervicais, que pode ser congênita ou adquirida. A compressão da medula
espinhal ocorre devido ao estreitamento do canal vertebral cervical com ou
sem malformação de vértebras cervicais . 2

O tratamento pode ser feito com medicamentos anti-inflamatórios e


corticoides para reduzir a inflamação e dor. Em casos mais graves, pode ser
necessário realizar cirurgia para descomprimir a medula espinhal

34- Qual o agente da raiva equina e o principal meio de transmissão? Tempo de

evolução. Qual a importância de fazermos o diagnóstico. Tem tratamento e prevenção?

A raiva equina é causada pelo vírus da raiva que é transmitido por mordidas
de animais silvestres como morcegos, gambás, lobos e raposas . A doença 1

pode assumir a forma agressiva ou silenciosa, sendo esta última a mais


frequente . Os sinais clínicos podem surgir depois de duas semanas, visto que
1

o vírus continua se replicando pelos nervos próximos ao local da mordida e


segue até o cérebro . O diagnóstico é feito por meio de exames laboratoriais e
2

clínicos . O tratamento é sintomático e não há cura para a doença . A


2 2

prevenção é feita por meio da vacinação anual dos animais e evitando o


contato com animais silvestres infectados
35- O que causa o tétano? Saiba diferenciar a bactéria causadora e sua toxina. Principal

meio de transmissão. Qual a patogênese da doença. Principais sinais clínicos e como

são desencadeados? Tem tratamento e prevenção?

O tétano em equinos é uma doença infecciosa causada pela toxina do


Clostridium tetani. A principal forma de transmissão é através de ferimentos
contaminados com terra, fezes ou outros materiais que contenham a bactéria . 1

A patogênese da doença ocorre quando a bactéria entra em contato com o


tecido lesionado e produz a toxina tetânica que se espalha pelo corpo do
animal. A toxina age no sistema nervoso central e causa rigidez muscular,
acompanhada por tremor; trismo mandibular, prolapso da terceira pálpebra,
cauda rígida e afastada do corpo, especialmente quando o animal recua ou se
vira .
2

O tratamento do tétano em equinos deve se basear na eliminação da infecção.


Para isso, o recomendado é fazer o uso de antibióticos e relaxantes
musculares. Além disso, deve-se prezar pela manutenção do equilíbrio
hidroeletrolítico e nutricional, tratamento do foco da infecção e anulação da
toxina residual . 34

A prevenção pode ser feita através da vacinação dos animais. A vacinação


deve ser realizada anualmente e é uma medida eficaz para prevenir a doença

36- Revise o eixo hipotálamo-hipófise.


O eixo hipotálamo-hipófise é um sistema de controle endócrino que regula a secreção de
hormônios pela hipófise anterior. O hipotálamo secreta hormônios liberadores e inibidores que
controlam a secreção de hormônios pela hipófise anterior. A hipófise anterior secreta hormônios
que regulam o crescimento, desenvolvimento e função das glândulas endócrinas periféricas. Em
equinos, o eixo hipotálamo-hipófise é responsável por controlar a reprodução dos animais

37- O que caracteriza a síndrome metabólica. O que leva a desenvolver a suas

consequências nos equinos? Qual a sua relevância na laminite? Como é feito o

diagnóstico e tratamento.

A Síndrome Metabólica Equina (SME) é um distúrbio multifatorial


caracterizado pelo quadro clínico de laminite em cavalos obesos, submetidos
ao consumo de pastagens com elevado teor de carboidratos não estruturais. A
SME é caracterizada pelo quadro de resistência à insulina e laminite . Cavalos 1

com SME apresentam adiposidade regional e obesidade. Existe uma


correlação positiva entre obesidade e resistência à insulina . 2

O diagnóstico da SME é baseado em critérios clínicos e laboratoriais. O


tratamento da SME inclui mudanças na dieta e no manejo do animal, além do
uso de medicamentos para controlar a resistência à insulina . O diagnóstico da
2

laminite endocrinopática é feito através da avaliação clínica e laboratorial do


animal. O tratamento da laminite endocrinopática inclui o controle da
resistência à insulina e o uso de anti-inflamatórios

38- O que é a síndrome de Cushing em equinos, como funciona. Quais animais são

mais afetados, tempo de evolução. Sinais clínicos bem característicos. Principal meio

de diagnóstico. O que fazer nestes animais?

A Síndrome de Cushing em equinos é uma doença endócrina que ocorre


quando há um excesso de cortisol no organismo do animal. Os sinais clínicos
mais comuns são: aumento de volume abdominal, aumento de volume
muscular, aumento de volume da cabeça e pescoço, aumento da sede e da
urina, perda de pelo e enfraquecimento dos ossos. O diagnóstico é feito
através de exames laboratoriais e clínicos. O tratamento consiste em reduzir os
níveis séricos de cortisol com o uso de medicações específicas

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