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Ester Rosa Furtuoso. Estela Amurim Teixeira. Maria Jayne Gomes Cavalcante.

Wedja Custódio da Silva.

LUPÚS ERITEMATOSO

O lúpus eritematoso sistêmico (LES), é uma doença autoimune crônica que afeta diversos
sistemas do corpo. O mecanismo do LES envolve alterações fisiológicas e morfológicas, sendo
caracterizado pela produção excessiva de anticorpos autoimunes que atacam as próprias células e
tecidos do organismo. Esses anticorpos, chamados autoanticorpos, desencadeiam inflamação
generalizada e podem afetar órgãos como pele, articulações, rins, coração, pulmões, sistema
nervoso. O lúpus pode ocorrer em pessoas de qualquer idade, raça e sexo, porém as mulheres
são muito mais acometidas. Ocorre principalmente entre 20 e 45 anos, sendo um pouco mais
frequente em pessoas mestiças e nos afro-descendentes.O lúpus ocorre quando o sistema
imunológico, que normalmente defende o organismo contra agentes externos, como vírus e
bactérias, passa a atacar erroneamente células e tecidos saudáveis do próprio corpo. Isso resulta
na produção a mais de anticorpos autoimunes, como os anticorpos antinucleares (ANA), que se
ligam às células e tecidos saudáveis, causando inflamação e danos.
Para realizar o diagnostico, é feito o hemograma, onde que serão analisados as células brancas e
vermelhas, contagem das plaquetas, reticulócitos e índices hematimétricos, teste imunológicos
como o teste de Coombs, que usa para confirmar que a anemia e por causa da produção de
anticorpos contra as hemácias, FAN (anticorpo antinuclear) que indica a presença de anticorpo
dirigido contra uma substância do núcleo da célula e o exame de urina, que caso o paciente esteja
com LES terá um aumento de proteína na urina. Mas os principais exames utilizados são os
exames de imunológicos (são anticorpos anti-DNA e anticorpos antinucleossomos) e
antinucleares. O DNA de dupla fita em pacientes com lúpus é considerado o principal marcador da
doença.
O prognóstico varia, dependendo da gravidade do acometimento de órgãos e da resposta ao
tratamento. Em casos mais leves, o prognóstico geralmente é favorável, com controle adequado
dos sintomas. No entanto, em formas mais graves, especialmente quando os rins ou o sistema
nervoso estão envolvidos, o prognóstico pode ser menos otimista. Alguns pacientes experimentam
remissões, períodos de melhora dos sintomas, enquanto outros têm uma doença mais progressiva
e grave. Complicações graves, como insuficiência renal, doença cardíaca e distúrbios
neurológicos, podem surgir e afetar a qualidade de vida.
Sinais e sintomas do LES e varia, mas podem incluir: Manifestações cutâneas: Uma erupção
cutânea em forma de borboleta no rosto (sobre as bochechas e nariz). Há inflamações de
pequenos vasos (vasculites) podem causar lesões avermelhadas e dolorosas em palma de mãos,
planta de pés, no céu da boca ou em membros. Lesões vermelhas, escamosas ou com coceira na
pele, úlceras na boca e queda de cabelo. Os sintomas articulares incluem: Dor, rigidez e inchaço
nas articulações, principalmente nas mãos, pulsos e joelhos. Esses sintomas podem ser
semelhantes aos da artrite. Os sintomas sistêmicos incluem: fadiga extrema, febre, perda de
apetite, perda de peso inexplicada, inflamação nos rins. Inflamação de pleura ou pericárdio;
Alterações no sangue podem ocorrer em mais da metade dos casos: diminuição de glóbulos
vermelhos (anemia), glóbulos brancos (leucopenia), dos linfócitos (linfopenia) ou de plaquetas
(plaquetopenia); menos frequentemente observam-se inflamações no cérebro, causando
convulsões, alterações do comportamento (psicose) ou do nível de consciência e até queixas
sugestivas de comprometimento de nervos periféricos; Queixas de febre sem ter infecção,
emagrecimento e fraqueza são comuns quando a doença está ativa; Manifestações nos olhos,
aumento do fígado, baço e gânglios também podem ocorrer em fase ativa da doença. Distúrbios
neurológicos, como convulsões e alterações cognitivas, são possíveis.
O tratamento do lúpus visa controlar a atividade da doença, aliviar os sintomas e prevenir danos a
órgãos vitais. Os medicamentos são uma parte fundamental do tratamento e podem incluir
anti-inflamatórios não esteroides, corticosteroides, como a prednisona, são frequentemente
usados para reduzir a inflamação, imunossupressores, como a azatioprina, e medicamentos
antimaláricos, como a hidroxicloroquina, podem ser prescritos para suprimir a resposta
imunológica e para tratar sintomas cutâneos e artrite e medicamentos biológicos, como em casos
mais graves, terapias biológicas, como o belimumabe, podem ser consideradas. Tratamento
direcionado aos órgãos afetados, como diálise para problemas renais e o LES é uma condição
complexa e requer uma abordagem individualizada, para cada paciente.
Embora esses tratamentos possam proporcionar alívio temporário, eles não curam a doença e
podem ter efeitos colaterais. Além da abordagem farmacológica, é importante que o paciente com
LES adotem um estilo de vida saudável. Os tratamentos atuais procuram melhorar a qualidade de
vida pelo controle dos sintomas, para melhorar a qualidade de vida do indivíduo. Retardando a
progressão da doença, modificando a dieta para uma equilibrada para se manter um estilo de vida
saudável, exercícios regulares e gerenciamento do estresse, pode ajudar a controlar, se
protegendo contra a exposição ao sol, como a exposição solar pode desencadear ou piorar os
sintomas em algumas pessoas com lúpus, é importante usar protetor solar com alto fator de
proteção e roupas de proteção ao sair ao sol. O acompanhamento psicológico e importante e
aumenta o conforto emocional e auxilia ao tratamento e aceitação.

Bibliografia:1.https://scholar.google.com.br/scholarhl=ptBR&as_sdt=0%2C5&q=evolucao+progn%C3%B3s
t ico+lupus+eritematoso&oq=#d=gs_qabs&t=1693568881327&u=%23p%3DUdrw3-t5cyUJ
2.https://bvsms.saude.gov.br/lupus/#:~:text=O%20L%C3%BApus%20Eritematoso%20Sist%C3%AAmico%2
0(LES,organismo%20ataca%20%C3%B3rg%C3%A3os%20e%20tecidos).
3.https://www.reumatologia.org.br/doencas-reumaticas/lupus-eritematoso-sistemico-les/

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