autoimunes. ... Entre as doenças mais comuns de origem autoimune estão a alopecia arreata, doença celíaca, diabetes mellitus tipo 1, doença de Graves, doença inflamatória intestinal, esclerose múltipla, psoríase, artrite reumatoide,lúpus eritematoso sistémico e hepatite autoimune. DOENÇAS AUTOIMUNES
Quando nosso sistema imunológico enlouquece,
entram em cena as doenças autoimunes transformando suas vítimas em pessoas "alérgicas" a si mesmas. LÚPUS LÚPUS O lúpus eritematoso sistêmico, como é chamado pelos cientistas, tem potencial para afetar qualquer parte do corpo.
É por isso que os médicos acabam confundindo
seus sintomas com os de outras doenças.
Trata-se de uma enfermidade inflamatória: o
sistema imunológico do doente fica doido e produz anticorpos que atacam sem piedade células e tecidos de seus próprios órgãos, provocando a inflamação. LÚPUS
Em situações mais graves e raras (menos de 1%
dos casos), o mal pode levar a alucinações e comportamentos psicóticos.
A evolução da doença é imprevisível, com períodos
de sofrimento e melhoria se alternando constantemente.
Não há cura. Resta ao doente, portanto, remediar
os sintomas e encontrar a melhor forma possível de conviver com eles. LÚPUS
Embora seja conhecido desde a Idade Média, o lúpus
permanece cercado de enigmas.
Sabe-se, por exemplo, que 90% das vítimas são mulheres,
e que 80% delas desenvolvem a doença na fase mais produtiva da vida, entre os 15 e os 45 anos. Por quê? LÚPUS A ciência ainda não encontrou a resposta. Outro mistério: nos EUA, onde as pesquisas sobre essa doença são as mais avançadas, a incidência é muito maior em populações com características étnicas específicas, como negros e descendentes de asiáticos.
Em outras partes do mundo, porém, não há dados que
indiquem maior vulnerabilidade deste ou daquele grupo. LÚPUS Os cientistas acreditam que a doença tenha um componente genético em sua origem, já que é comum o registro de múltiplos casos dentro de uma mesma família.
O problema é que não se sabe ao certo quais genes seriam
responsáveis.
Tudo leva a crer que o fator genético determina maior ou
menor risco de uma pessoa desenvolver lúpus, mas que a doença só se manifestaria pela influência de “gatilhos” como a ingestão de certos medicamentos (antidepressivos, antibióticos e diuréticos), estresse e exposição ao sol. LÚPUS Lúpus eritematoso sistêmico é uma doença autoimune que pode se manifestar sob a forma cutânea (atinge apenas a pele) ou ser generalizado.
O tratamento inclui recursos terapêuticos que ajudam a
controlar as crises. LÚPUS
Lúpus é uma doença inflamatória autoimune,
desencadeada por um desequilíbrio no sistema imunológico, exatamente aquele que deveria proteger a pessoa contra o ataque de agentes como vírus e bactérias.
O lúpus pode se manifestar sob a forma cutânea (atinge
apenas a pele) ou ser generalizado. Nesse caso, atinge qualquer tecido do corpo e recebe o nome de lúpus eritematoso sistêmico (LES). LÚPUS Estudos recentes mostram que fatores genéticos e ambientais estão envolvidos no aparecimento das crises lúpicas.
Entre as causas externas, destacam-se a exposição
ao sol, o uso de certos medicamentos, alguns vírus e bactérias e o hormônio estrógeno, o que pode justificar o fato de a doença acometer mais as mulheres em idade fértil do que os homens. SINTOMAS DO LÚPUS
Os sintomas dependem basicamente do órgão afetado. Os
mais frequentes são: Febre; Manchas na pele; Vermelhidão no nariz e nas faces em forma de asa de borboleta; Fotossensibilidade; Feridinhas recorrentes na boca e no nariz; Dores articulares; Fadiga; Falta de ar; Taquicardia; Tosse seca; Dor de cabeça; Problemas hematológicos, renais, cardíacos e pulmonares. LÚPUS Portadoras de lúpus eritematoso sistêmico também podem ter dificuldade para engravidar e levar a gestação adiante.
As pacientes necessitam programar as gestações para
momentos em que haja bom controle da doença e em que estejam utilizando apenas medicações seguras para o feto.
Um bom planejamento do melhor momento para
engravidar é fundamental para uma gestação segura e de sucesso. EXAME LABORATORIAL A identificação do lúpus é baseada em manifestações clínicas e alterações notadas em testes laboratoriais, principalmente os de sangue.
Não há um exame que tenha alta especificidade e
sensibilidade. EXAME LABORATORIAL Hemograma. Exame de Urina.
Pesquisa de autoanticorpos.
Anticorpos antinúcleo (FAN) – Positiva na maioria dos
pacientes com LES.
OBS: uma anemia (queda de glóbulos vermelhos),
leucopenia (queda de glóbulos brancos) e plaquetopenia (queda no número de plaquetas). EXAME LABORATORIAL
O FAN (fator antinúcleo) é um exame realizado numa amostra de sangue
que apresenta resultado positivo em quase todos os pacientes com lúpus; resultado negativo praticamente exclui essa doença.
É importante observar que esse exame pode dar positivo em diversas
situações – por exemplo, nas infecções – e até mesmo em pessoas saudáveis.
Portanto, não podemos dizer que uma pessoa tem lúpus apenas porque seu FAN deu positivo.
É necessário considerar a presença de sintomas e a resposta alterada de
outros exames característicos para fechar o diagnóstico.
Além do FAN, existem outros exames de sangue que detectam a presença de
autoanticorpos (exemplo: anti-DNA) mais específicos do lúpus e que também ajudam no diagnóstico.
Entretanto, eles não estão presentes em todos pacientes com lúpus.
TRATAMENTO DO LÚPUS
Existem recursos terapêuticos que ajudam a controlar as
crises e a evolução da doença, pois regulam o sistema imunológico.
Como o lúpus apresenta variação de gravidade e de órgãos
acometidos, o tratamento deve ser individualizado, focado em cada paciente. TRATAMENTO DO LÚPUS Os antimaláricos (cloroquina ou hidroxicloroquina) são bastante importantes no tratamento, pois evitam que a doença entre em atividade.
Os corticoides devem ser utilizados em períodos de maior
atividade da doença e a dose varia de acordo com a gravidade.
Além disso, quando necessário, o tratamento pode ser feito
com imunossupressores (medicações que diminuem a resposta imunológica), tais como a azatioprina, a ciclofosfamida e o micofenolato de mofetila.