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O QUE É O LÚPUS?

O Lúpus Eritematoso Sistêmico


(LES), ou apenas lúpus, é uma doença
inflamatória, crônica e autoimune em que
as células do sistema imunológico saem de
controle e atacam as estruturas saudáveis
do próprio organismo da pessoa.
A condição é capaz de afetar o
corpo inteiro, incluindo órgãos e tecidos,
como articulações, pele, rins e cérebro. Seu
tratamento é necessário porque, uma vez que não está sob controle, pode levar o paciente a
óbito. Embora seja mais comum em mulheres do que homens, afeta pessoas de todos os sexos.
No Brasil, estima-se que existam 65 mil pessoas com lúpus, de acordo com a Sociedade
Brasileira de Reumatologia.
OS TIPOS DE LÚPUS
Existem quatro tipos de lúpus, que se diferenciam de acordo com as particularidades da
doença. Saiba mais sobre cada uma delas logo abaixo.
 Lúpus Sistêmico: é o mais recorrente e acomete todo o organismo do paciente.
 Lúpus Discoide: manifesta-se apenas na pele, com lesões avermelhadas em regiões
como couro cabeludo e rosto. Em alguns casos, esse tipo evolui para o sistêmico.
 Lúpus induzido por medicamentos: provocado por drogas e/ou remédios que provocam
uma inflamação. Pode atingir apenas a pele ou o corpo todo. Normalmente é temporário,
pois os sintomas desaparecem após o desuso da substância causadora da condição.
 Lúpus neonatal: extremamente raro, acomete os recém-nascidos de mães com lúpus. No
geral, os sintomas desaparecem depois de alguns meses, embora o bebê possa
desenvolver problemas cardíacos.
CAUSAS
A causa do lúpus não é totalmente conhecida, mas pode estar associada a fatores
ambientais, genéticos, hormonais e infecciosos. A exposição solar excessiva também parece
desencadear a doença em pessoas com predisposição genética, além do uso de determinados
medicamentos e infecções virais.
SINTOMAS
A manifestação do lúpus mais característica são as erupções cutâneas avermelhadas, que
podem surgir no rosto, em formato de borboleta, abrangendo das bochechas até a ponta do nariz.
Entre os principais sintomas também constam:
 Febre;
 Cansaço e fadiga constantes;
 Lesões cutâneas que pioram depois de exposição solar;
 Dor nas articulações;
 Falta de flexibilidade nos músculos;
 Inchaço nos membros do corpo;
 Dor no peito ao respirar fundo;
 Dor de cabeça;
 Linfonodos inchados;
 Alta sensibilidade à luz solar;
 Dificuldade para urinar;
 Feridas na boca;
 Mal-estar.
O LÚPUS É CONTAGIOSO?
A doença lúpus não é contagiosa, ou seja, não há risco de ser transmitida de um
indivíduo para outro.
LÚPUS TEM CURA?
O lúpus é uma doença crônica, ou seja, sem cura. O tratamento visa controlar a sua
evolução e os seus sintomas, além de garantir uma melhor qualidade de vida ao paciente.
TRATAMENTO
O tratamento do lúpus varia de acordo com cada tipo e gravidade da doença. Em alguns
casos, pode incluir uso de protetor solar, anti-inflamatórios e corticoides, além de cremes e
produtos tópicos para amenizar as lesões da pele, por exemplo. Quando o quadro é intenso, o
médico também pode indicar imunossupressores para reduzir a ação do sistema imunológico.
Caso o lúpus afete certos órgãos, como os rins, muitas vezes é preciso realizar
intervenções cirúrgicas, como um transplante de rim.
Os médicos recomendam ainda a adoção de boas práticas, como evitar a exposição solar.
Além disso, é fundamental prevenir infecções e o contágio de doenças transmissíveis, já que
ela afeta o próprio sistema imunológico.
Frequentemente o lúpus requer um tratamento multidisciplinar, com o acompanhamento
de profissionais das mais diversas especialidades médicas.
Se tenho sintomas de Lúpus, que médico devo procurar?
O médico habilitado para diagnosticar e tratar o lúpus é o reumatologista. Se houver
manifestações na pele, como no caso do lúpus discoide, o dermatologista também deve
acompanhar o tratamento.
DIAGNOSTICO
O diagnóstico do lúpus pode ser bastante desafiador, já que os sintomas variam para
cada paciente e podem se modificar ao longo do tempo. Diante de suspeitas da doença, o médico
costuma solicitar os seguintes exames:
 Hemograma completo;
 Exame de urina;
 Testes de anticorpos, como FAN, antifosfolípides e anti-DNA;
 Radiografia do tórax;
 Biópsia renal.
Esses exames servem para descartar a presença de outras condições que causam
sintomas semelhantes ao lúpus, pois ainda não existe um método específico para diagnosticar
a doença. A avaliação do histórico do paciente e dos sintomas pelo especialista também é
fundamental.

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