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EPILEPSIA
DEFINIÇÃO:
Segundoa Organização
MundialdeSaúde(OMS), a Epilepsia
é umadoençacrônica
quesediagnostica
após duas ou mais crises epilépticas com tendência a ser recorrente.
EPIDEMIOLOGIA:
Afeta1% dapopulação
mundial(60milhões
de pessoas).
Países
desenvolvi
dos:incidência
20a 70por
100mil pessoas. Relação homem/mulher 1,5:1.
ETIOLOGIA:
Predisposição individual.
Presença de lesão epileptogênica cerebral.
Alterações bioquímicas e elétricas cerebrais.
FISIOPATOLIGA:
CLASSIFICAÇÃO:
• Convulsões Generalizadas:
- Convulsões tipo ausência.
- Convulsões mioclônicas; abalos mioclônicos.
- Convulsões tônico-clônicas.
- Convulsões tônicas.
- Convulsões atônicas.
CARACTERÍSTICAS SEMIOLÓGICAS:
• Lobo Temporal 60% das epilepsias focais. Relacionados à memória, à audição, ao processamento, à
percepção de informações sonoras e à capacidade de entender a linguagem. Sequência de eventos
relativamente fixa: fenômeno sensorial consciente (aura). Reação de parada e fixação do olhar.
• Lobo Frontal 20 a 30% das epilepsia focais. Auras epigástricas são raras diferentemente do lobo
temporal. As auras mais comuns são sensações cefálicas como opressão, constrição frontal, cefaléia e
sensação de choque elétrico na cabeça. Início e término abrupto (auras não específicas e duração curta).
Ocorrência frequente (várias vezes no dia/noite). Confusão pós-crise breve. Presença de automatismos
motores importantes como debater-se, atirar-se, balançar, chutar, acompanhada de emissão de
grunhidos e gemidos.
• Lobo Parietal Mais raras. Manifestações clínicas são sensações subjetivas: sensações parestésicas,
principalmente da face e do braço, seguida de fenômenos motores nos membros envolvidos. Crises
visuais com alucinações elementares (luzes ou cores). Alucinações complexas como cenas, pessoas e
animais seguida de versão lenta dos olhos e cabeça no sentido de acompanhar o movimento da imagem.
• Eletroencefalograma (EEC):
- Diagnóstico diferencial entre epilepsias generalizadas e focais.
- Padrões característicos para determinada crise epiléptica e monitorar a evolução do tratamento
medicamentoso.
DIAGNÓSTICO:
Anamnese :
- Descrição pormenorizada das crise pelo paciente ou testemunha.
- Manifestações
durantea crise movimentosinvoluntários,
movimentosoculares,alteraçãoda
consciência,
liberaçãoesfincteriana,
apnéia,cianose,quedas,mudançade comportamento,
confusão
mental, mordedura de língua ou traumatismos, apatia, distúrbio da linguagem, de humor e cefaléia.
- Idadede início,presençade fatorprecipitante
inicial(crisefebril,meningite,
trauma),históriade insulto
prévio(traumacraniano,meningite,
encefalite,
isquemia,
hemorragia
cerebral),tipode crise,relaçãocom
ciclosono-vigília,
duraçãoda crise,fatores predisponentes
(álcool,privaçãode sono,estresse,estímulo
luminoso), uso de medicações, presença pós-ictal e comorbidade.
ATENDIMENTO:
• Ajude a vítima a deitar no chã, afaste os objetos e coloque apoio macio sob a cabeça.
• Mantenha as vias aéreas desobstruídas.
• Mantenha-se calmo.
• Se a vítima estiver consciente, tranquilize-a e acalme as pessoas que estiverem com ela.
• Permaneça com a vítima, se precisar de ajuda, mande outra pessoa.
• Nunca tente colocar nada à força entre os dentes da vítima.
• Remova ou afrouxe as roupas, principalmente em volta do pescoço.
• Remova os óculos.
• Posicione a vítima de lado com o rosto para baixo.
• Se a vítima parar de respirar, aplique respiração artificial, desobstrua vias aéreas.
SÍNDROME EPILÉPTICA
• É definida como um distúrbio epiléptico caracterizado pela presença de sinais e sintomas
complexos que definem uma condição epiléptica única.
• Os sinais e sintomas podem ser clínicos (como história, idade de início, tipos de crises e modo de
aparecimento, natureza progressiva ou não, achados neurológicos e neuropsicológicos), achados de
exames complementares como EEG e estudos de neuroimagem, mecanismos patofisiológicos e
bases genéticas.
CRISE CONVULSIVA
• É uma alteração involuntária e repentina nos sentidos, no comportamento, na atividade muscular ou no
nível de consciência que resulta na irritação ou superatividade das células cerebrais.
• Causas Tóxica (alergia a drogas, uso ou abstinência); Metabólica (desequilíbrio químico); Trauma
craniano; Vascular (redução do fluxo sanguíneo); Infecção; Estado febril; Idiopática; Degenerativa
(esclerose múltipla); Defeitos congênitos do cérebro; Tumor cerebral; Hipertensão; Queimaduras graves;
Privação do sono.
Crise do tipo grande mal: rigidez e contrações musculares alternadas, suspensão temporária da
respiração e inconsciência.
Crise do tipo pequeno mal: olhar fixo e ausente, dura alguns segundos, comum em crianças, não
envolve convulsão.
Jacksoniana: contração dos dedos das mãos e dos pés, a contração pode se espalhar por todo
braço ou perna, ou mesmo o corpo, mas a vítima permanece acordada e alerta; as crises consistem
de espasmos repetitivos de um grupo muscular em particular, pode haver disseminação da descarga
no cérebro envolvendo todo o corpo; indica que o foco epileptogênico é no córtex motor.
Psicomotora: inicia com olhar fixo e ausente, progredindo para mastigação e atividade motora
aleatória, a vítima permanece desnorteada.
Mioclônica: contração muscular súbita, breves e significativas que envolvem todo o corpo ou parte
dele.
NÍVEL DE CONSCIÊNCIA
ESTADO DE MAL EPILÉPTICO
• Mais de 15% das pessoas com epilepsia apresentam, pelo menos, um episódio de estado de mal
epiléptico, que pode ocorrer também em qualquer tipo de insulto ao sistema nervoso.
• A definição operacional de estado de mal epiléptico é a ocorrência de crises clínicas contínuas e/ou
atividade eletrográfica crítica ou crises recorrentes sem recuperação entre elas por um tempo
igual ou superior a 5 minutos.
• Algumas vezes, a atividade ictal motora é contínua e restrita a uma parte do corpo por horas ou dias,
configurando a epilepsia partialis continua.