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RELATO DE CASO

Sarcoma histiocítico disseminado em Lhasa Apso


Disseminated histiocitic sarcoma in Lhasa Apso dog

Gerson Luiz Tonial - Pós-graduado em Dermatologia Veterinária; Médico Veterinário.


Ana Paula S. Cerdeiro - Pós-graduada em Dermatologia Veterinária; Mestranda em Ciência Animal com ênfase em
Dermatologia- PUCPR.
Herbert Rech - Mestre em Ciência Veterinária Preventiva - UFRGS.
Juliana Werner - Mestre em Medicina Veterinária na Área de Concentração Patologia Veterinária; Especialista em Patolo-
gia Veterinária pela ABPV (Associação Brasileira de Patologia Veterinária); Doutoranda em Medicina Veterinária pela UFPR.

Tonial GL, Cerdeiro APS, Rech H, Werner J. Medvep Dermato - Revista de Educação Continuada em Dermatologia e Aler-
gologia Veterinária; 2016; 4(12); 1-XXX.

Resumo
O sarcoma histiocítico é uma neoplasia de células redondas que ocorre raramente em cães, gatos e
seres humanos. Em caninos, acomete mais comumente raças de grande porte, sobretudo o Bernese.
As lesões caracterizam-se como nodulares e são prevalentes na região da cabeça e extremidade de
membros. Sinais inespecíficos como apatia e anorexia acompanham o quadro clínico. O diagnósti-
co é obtido unindo-se sinais clínicos, histórico de progressão das lesões, citologia, histopatologia e
análise imuno-histoquímica. A doença tem um curso rápido e geralmente fatal, sendo a eutanásia
muito comum pela severidade do quadro clínico dos pacientes. Estudos com quimioterápicos têm
sido amplamente realizados e atualmente têm gerado sobrevida aos animais acometidos por essa
neoplasia. Este trabalho tem como objetivo relatar um caso de sarcoma histiocítico disseminado em
um cão da raça lhasa apso.

Palavras-chave: Neoplasia de células redondas; Lhasa Apso; Imuno-histoquímica.

Abstract
The histiocytic sarcoma is a rare round cell tumor that occurs in dogs, cats and humans, being
rare. In dogs, is more common in large breeds, especially in Bernese Mountain Dog. The le-
sions are characterized by nodules more prevalent on the head and extremities. Nonspecific
signs like apathy and anorexia follow the clinical condition. The diagnosis is made by joining
clinical signs, progression history of lesions, cytology, histology and immunohistochemistral
analyses. The disease has a fast course and it is usually fatal. Euthanasia is very common be-
cause of the poor clinical condition of patients. Studies with chemotherapy have been largely
made and at present generate increase of survival rate of animals affected by this tumor. This
study aimed to present a report of disseminated histiocytic sarcoma in a Lhasa apso dog.

Keywords: round cell neoplasia; Lhasa Apso; Immunochemistry.

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1 Revista de Educação Continuada em
Dermatologia e Alergologia Veterinária
e Alergologia Veterinária (2016); 4(12); 1-XXX.
Sarcoma histiocítico disseminado em Lhasa Apso

Introdução e revisão de literatura enzimas hepáticas. Menos comumente, são acha-


dos laboratoriais a neutrofilia, hipercalcemia e hi-
O sarcoma histiocítico (SH) é uma neoplasia perglobulinemia (15,16). O diagnóstico definitivo
rara de células redondas, originária de células den- é feito através da combinação dos sinais clínicos,
dríticas ou macrófagos (1,2), caracterizada por in- exames citopatológicos e histopatológico, sendo
filtrado de histiócitos, tendo curso malígno (3). Nos que a imuno-histoquímica torna-se essencial para
cães ocorre mais frequentemente em animais de me- diferenciar o SH de outros tumores de células re-
ia-idade, sobretudo em raças de grande porte como dondas (16). Em análises citológicas e histológicas,
Bernesse, Rottweiler, e Golden Retriever (2,3,4). normalmente encontram-se células grandes, mono-
Na veterinária, a doença foi primeiramente re- nucleares com anisocitose e anisocariose marcantes
conhecida em Berneses, especulando-se ocorrer e os núcleos encontram-se com nucléolos evidentes.
herança poligênica da doença nesta raça (5,6,7). Pode-se encontrar também figuras de mitose abun-
Adicionalmente, o gene ancogênico (c-N-ras), foi dante e células gigantes multinucleadas (17). Na
investigado nesta raça, mas não foram encontra- imunohistoquímica, as células tumorais podem ser
das mutações ativas para explicar a prevalência identificadas pela expressão dos receptores celula-
da doença entre esses cães. Investigações na des- res CD1b, CD1c, CD11a, CD18 e CD45, que são
regulação de outro receptor tirosina quinase (RTK) indicativos de origem leucocitária. Níveis baixos da
sinalizaram vias metabólicas (Kit, Met e Flt3) em expressão da E-caderina e CD4/Thy1 diferenciam o
seu papel de transformação maligna de células den- SH localizado e disseminado dos histiocitomas e a
dríticas (8). histiocitose reativa (18).
Em felinos a neoplasia ocorre em menor incidên- A resposta aos tratamentos com antinflamatóri-
cia quando comparada a cães (9,10,11). Em seres os, antibióticos e quimioterápicos é pobre, poden-
humanos, o sarcoma histiocítico também é extrema- do se optar pela excisão cirúrgica do SH localizado
mente agressivo e raro (12). ou amputação do membro afetado, visando aumen-
A neoplasia pode ser classificada como localizada tar a sobrevida do paciente e reduzir a ocorrência
ou disseminada, de acordo com a clínica das mani- de metástase (3,18). A quimioteriapia tem sido am-
festações. A localizada se origina em um único tecido plamente estudada. Drogas como a doxorrubicina
ou órgão, com focos solitários ou múltiplos. Se há lipossomal, paclitaxel e lomustina tem se mostrado
disseminação, atingindo linfonodos e por consequên- eficientes para remissão dos tumores, porém, a mé-
cia outros órgãos e tecidos, a neoplasia é classificada dia de sobrevida de cães com o SH disseminado é
como disseminada (4). O sarcoma histiocítico dis- em torno de 106 dias, dado o seu caráter extrema-
seminado (SH) é a terminologia atualmente aceita mente agressivo (18).
para o que inicialmente era relatado como histioci- O objetivo deste trabalho é relatar um caso de
tose maligna (6,13,14). A forma localizada é a mais sarcoma histiocítico disseminado em um cão da
comumente relatada em ossos, pele, articulações e raça Lhasa Apso, fêmea, ampliando a divulgação
tecido subcutâneo (2,15). Na pele, o SH apresenta- desse tumor raro em cães dessa raça.
se sob forma de nódulos principalmente na região
das pálpebras, nasal, escrotal, pescoço (16). Porém, a
lesão primária pode se desenvolver em outros locais, Relato de caso
incluindo estômago, fígado, baço, pulmão, pâncreas
e sistema nervoso central (15). Espécie canina, Lhasa Apso, fêmea, 10 anos, cas-
Os sinais clínicos sistêmicos geralmente são ine- trada, foi atendida em Clínica Veterinária da cidade de
specíficos, como anorexia, letargia e perda de peso (4). Xanxerê (SC), apresentando apatia, hiporexia e lesões
A claudicação e edema de membros podem ocorrer em eritematosas e ulceradas nas regiões inguinal esquerda,
casos de neoplasia musculocutânea. Tosse e dispnéia axilar e torácica lateral em ambos os lados e na cabeça
podem ocorrer caso haja infiltração neoplásica pulmo- (Figura 1A, 1B e 1C) com histórico de progressão de
nar. Com acometimento do sistema neurológico, pode oito meses. As lesões eram pruriginosas e estavam ex-
haver relatos de desmaios ou paralisia (15). sudando conteúdo serosanguinolento. A responsável
Cães acometidos pelo SH podem apresentar relatou que as lesões primárias tinham formações nodu-
anormalidades hematológicas tais como anemia, lares que posteriormente ulceraram. A paciente tinha
trombocitopenia, hipoalbuminemia e aumento das histórico de mastectomia realizada há 6 meses.

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Ao exame citológico, foi possível visualizar cé- e trombocitopenia (51000/μL). Demais exames san-
lulas redondas (Figura 1D) com alto grau de anisoci- guíneos estavam dentro dos valores de referência
tose, anisocariose, cromatina irregularmente dispersa para a espécie. O exame ultrassonográfico revelou
e figuras de mitose. Com suspeita de tumor de células fígado com alteração de ecogenicidade e massa que
redondas com alto grau de malignidade, realizaram- media 1,59cm X 1,34cm e uma área com alteração da
se exames hematológicos básicos da paciente, ul- ecogenicidade em rim esquerdo medindo 1,04cm de
trassonografia abdominal exploratória e radiogra- diâmetro. Na radiografia foi constatado cardiomega-
fia torácica para pesquisa de metástase. Os exames lia, não sendo evidenciado sinal de metástase pulmo-
hematológicos mostraram leucocitose (32.400/μL), nar. Outro sinal clínico foi auscultação indicativa de
anemia (hematócrito 24,1%, hemoglobina 7,8g/dL) sopro cardíaco grau IV.

A B

C D
Figura 1 - Sarcoma histocítico disseminado em cão. (A) Nódulo cutâneo não ulcerado em região de cabeça. (B) Múltiplos nódulos ul-
cerados em região axilar, torácica e inguinal esquerda. (C) Múltiplos nódulos ulcerados em região axilar e torácica direita. (D) Citologia
aspirativa por agulha fina revelando células redondas com acentuado grau de anisocitose, anisocariose e nucléolos evidentes.

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Para a coleta de material para exame histopa- anisocariose, atipia nuclear importante, nucléo-
tológico morfológico foi realizada a intervenção los evidentes e atípicos (B), com índice mitótico
anestésica utilizando anestesia local com lido- de 31 f.m./10 campos de 40x e figuras mitóticas
caína 2%, coletando amostra de pele na região aberrantes e infiltração difusa intensa de eosinó-
posterior a axila, sobre as costelas por exérese. O filos por entre as células neoplásicas. A coloração
material foi fixado em formol tamponado a 10% e especial para mastócitos (azul de toluidina) foi
enviado para o Laboratório de Patologia Animal negativa. O diagnóstico do exame histopatológi-
Werner & Werner (Curitiba/PR). Enquanto aguar- co revelou neoplasia maligna de células redondas
dava-se resultado da biópisa, foi iniciado trata- indiferenciadas. Para o diagnóstico diferencial
mento sintomático com firocoxib 5mg/kg/SID, e determinação da origem celular foi realizada
omeprazol 10 mg/kg/sid, cefalexina 30mg/kg bid análise imuno-histoquímica sendo positivo para
e mupirocina pomada nas lesões duas vezes ao E Caderina, Lisozima e HLA-DR (Figura 3), com
dia, além de tratamento para cardiopatia (bena- perfil indicativo de doença histiocítica. Os acha-
zepril 5mg/kg/sid e furosemida 2mg/kg/bid). Na dos clínicos de lesões com caráter extremamente
semana seguinte a paciente diminuiu a ingestão agressivo, análise citológica, histopatológica
de alimentos, sem cessar o prurido nos nódulos e perfil imuno-histoquímico permitiram a con-
cutâneos. Novos exames sanguíneos foram real- clusão do diagnóstico de Sarcoma Histiocítico.
izados, mostrando leucocitose, anemia e trom- Por ser um tumor de caráter extremamente ma-
bocitopenia persistentes além de creatinina sérica ligno e com potencial metastático alto e dadas as
aumentada (1,92 mg/dL). condições da paciente que já apresentava lesões
O exame histopatológico revelou proliferação ulceradas profundas ao longo do corpo, alterações
neoplásica nodular infiltrativa na derme e parte ecogênicas focais em fígado e rim, bem como es-
do panículo adiposo (Figura 2A) de limites pou- tudos de sobrevida curta pós-quimioterapia, não
co definidos e não revestida por cápsula fibrosa. apresentando qualidade de vida e perspectiva de
As células tumorais eram redondas indiferencia- melhora, a responsável optou por realizar a eu-
das, apresentando núcleos grandes pleomórficos tanásia da paciente. A eutanásia foi feita com a
ocasionalmente reniformes, citoplasma mod- aplicação endovenosa de propofol na indução,
eradamente abundante e basofílico claro, pro- seguida por aplicação endovenosa de associação
pagando-se de maneira compacta e frouxa por a base de iodeto de mebezônio, embutramida e
entre os feixes de colágeno e adipócitos. Havia cloridrato de tetracaína.

A B
Figura 2 - Sarcoma histiocítico. Pele. Cão. (A) Proliferação de células redondas a discretamente alongadas por entre os feixes de colágeno
da derme (Hematoxilina de Harris e Eosina. Aumento de 100x). (B) Anisocariose, anisocitose, atipia nuclear, nucléolos evidentes e figuras
mitóticas (Hematoxilina de Harris e Eosina. Aumento de 100x).

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A B

C D
Figura 3 - Sarcoma histiocítico. Imunohistoquímica. (A) Marcação e E caderina positiva nas células neoplásicas. (B) Marcação HLA-DR
positiva nas células neoplásicas. (C) Marcação de lisozima positiva nas células neoplásicas. (D) Triptase negativa nas células neoplásicas.

O local de aparecimento das lesões em região de


Discussão cabeça e membro também é citado em outros re-
latos clínicos, apesar dos membros serem o local
O sarcoma histiocítico canino é uma neoplasia de maior prevalência da neoplasia (3). O prurido
de células redondas rara em cães (2). De acordo com não é relatado. Além da pele, o foco da neopla-
Miller, Griffin e Campbel (2013) os cães de grande sia primária pode também ocorrer no fígado, baço,
porte, sobretudo os da raça Bernese, Rottweiler, Lab- estômago, pulmão, pâncreas e sistema nervoso
rador e Golden Retriever, são os mais predispostos central (18). Na paciente citada, havia nódulos em
a desenvolver a neoplasia, o que não foi observado fígado e rim esquerdo que não foram analisados
na presente descrição, sendo que cães da raça Lhasa por impedimento do responsável pelo cão, mas
Apso não são relatados. A idade de acometimento que poderiam ser de mesmo caráter neoplásico e
dos animais com o sarcoma histiocítico disseminado poderia-se então supor que o foco primário do SH
varia de dois a 13 anos (19,20), corroborando com o era proveniente de um dos dois órgãos.
a idade da paciente descrita nesse relato. Além das lesões cutâneas, a paciente apresen-
As lesões cutâneas nodulares e evoluindo a ul- tava anorexia e apatia, sinais comumente relatados
cerações e atingindo também tecido subcutâneo, (4). Alterações hematológicas como anemia, trom-
corroboram com as descrições na literatura (16). bocitopenia e neutrofilia que foram evidenciadas no

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caso, tendem a ocorrer em 20 a 29% dos pacientes Dogs. Vet Pathol. 1986; 23(1):1–10.
acometidos pelo SH (18). 7. Adgett GA, Madewell BR, Keller ET. Inheritance of histiocyto-
Apesar da citologia e histologia identificarem sis in Bernese Mountain Dogs. J Small Anim Pract. 1995;
neoplasia malígna de células redondas, a imuno- 36(3):93–98.

histoquímica foi necessária para juntamente com 8. Zavodovskaya R, Liao AT, Jones CL. Evaluation of dysregulation
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sarcomas of dogs. Am J Vet Res 2006; 67: 633-641,
tiocítico (16,21). Por haver imunomarcação nega-
tiva CD3 e lisozina positiva no presente relato, o 9. Court EA, Earnest-Koons KA, Barr SC. Malignant histiocytosis in
a cat. J Am Vet Med Assoc. 1993; 203(9):1300–1302.
diagnóstico de SH foi estabelecido.
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Para os casos de Sarcoma Histiocítico dissemi- histiocytosis in a cat. J Vet Intern Med. 1995; 9(3):171–173.
nado, o curso é rápido e normalmente fatal. O trata-
11. Friedrichs KR, Young KM. Histiocytic sarcoma of macrophage ori-
mento com quimioterápicos como doxorrubicina gin in a cat: case report with a literature review of feline histiocytic
lipossomal, paclitaxel, ciclofosfamida e vincristina malignancies and comparison with canine hemophagocytic his-
tiocytic sarcoma. Vet Clin Pathol. 2008; 37(1):121–128.
pode ser indicado, visando sobrevida (18). Cães que
apresentam a forma localizada da doença possuem 12. Heath JL, Burgett SE, Gaca AM, Jaffe R, Wechsler DS. Succes-
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prognóstico mais favorável do que cães com doença viated High-Risk. Pediatr Blood Cancer 2014; 61:1874–1876.
disseminada, porém, os responsáveis devem estar 13. Favara BE, Feller AC, Pauli M. Contemporary classification of
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além do sitio principal. Alguns autores consideram culum Cell Proliferations. Reclassification Working Group of the
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que a forma clínica localizada e disseminada são
apenas estágios diferentes da doença. No desfecho 14. Erich SA, Rutteman GR, Teske E. Causes of death and the im-
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muitos cães acabam eutanasiados em decorrência population of Bernese mountain dogs and Flat-coated retrie-
da grave condição clínica (3). vers. The Veterinary Journal 198 (2013) 678–683.

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grande porte, podendo esporadicamente acometer 17. Peleteiro MC, Marcos R, Santos M, Correia J, Pissarra H, Carve-
raças de pequeno porte, como neste relato. Sua pro- lho T. Atlas de citologia veterinária. Lisboa: Lidel; 2011. p. 42.

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