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▪ FAMP – Med 1
CRISE EPILÉPTICA
EPILEPSIA
Epilepsia é um distúrbio caracterizado pela tendência de sofrer convulsões recorrentes. De modo geral, 2% da população adulta sofreram
uma convulsão em um determinado momento. Um terço desse grupo apresenta crises convulsivas recorrentes (epilepsia). Em cerca de
25% dos adultos com epilepsia, a causa é descoberta quando exames como, por exemplo, o eletroencefalograma (EEG) revelam uma
atividade elétrica anormal ou quando a ressonância magnética (RM) revela a presença de cicatrizes em pequenas áreas do cérebro. Em
alguns casos, esses defeitos podem ser cicatrizes microscópicas decorrentes de alguma lesão cerebral ocorrida durante o parto ou
posteriormente. Alguns tipos específicos de distúrbios convulsivos (como a epilepsia mioclônica juvenil) são herdados. No resto dos
indivíduos com epilepsia, a doença é considerada idiopática, isto é, não é evidenciada qualquer lesão cerebral nem se conhece a sua causa.
Os indivíduos com epilepsia idiopática habitualmente apresentam a primeira crise convulsiva entre o segundo e décimo quarto ano de
vida. As crises convulsivas que ocorrem antes dos dois anos de idade geralmente são causadas por defeitos cerebrais, desequilíbrios
químicos ou febres altas. As crises convulsivas que começam após os 25 anos de idade são mais provavelmente decorrentes de um
traumatismo cerebral, de um acidente vascular cerebral, de um tumor ou de uma outra doença. As crises convulsivas epiléticas algumas
vezes são desencadeadas por sons repetitivos, flashes luminosos, videogames ou inclusive pelo toque em determinadas regiões do corpo.
Mesmo um estímulo leve é capaz de desencadear uma convulsão em um indivíduo com epilepsia. Os estímulos muito fortes (p.ex.,
determinados medicamentos, a oxigenação insuficiente do sangue ou a hipoglicemia) podem desencadear uma convulsão, mesmo em
indivíduos que não sofrem de epilepsia.
CRISE EPILÉPTICA
A crise epiléptica corresponde a um evento paroxístico autolimitado resultante de descarga elétrica anormal, excessiva e hipersincrônica
de um grupamento neuronal do córtex cerebral (crise epiléptica focal ou parcial) ou de amplas áreas de ambos os hemisférios cerebrais
(crise epiléptica generalizada), manifestando-se através de fenômenos motores, psíquicos, sensoriais e autonômicos. Diferentes áreas
corticais são potencialmente capazes de originar crises epilépticas, de modo que a sintomatologia ictal pode ser extremamente variada.
Não se refere a distinção entre crises epilépticas e eventos não epilépticos. Em algumas circunstâncias a classificação de acordo com o
tipo de crise pode ser o máximo nível de diagnóstico possível. Em outros casos simplesmente há muito pouca informação para
possibilitar um diagnóstico em um nível mais elevado
SÍNDROME EPILÉPTICA
ETIOLOGIA
A epilepsia pode ser primária (não há motivo para que ela exista – não há alteração estrutural) ou secundária (ex.: AVE, neurocisticercose).
Distribuição bimodal (maior freq.: crianças e idosos)
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Primárias:
Secundárias
2 ou mais crises associada a distúrbios metabólicos, eletrolíticos, intoxicação exógena, meningites, encefalites
Todo paciente adulto deve ser investigado para causas secundárias
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Gatilhos
Privação do Sono
Álcool
Estresse
Uso inadequado de anticonvulsivante
Estimulos especificos ( luzes, video-games, musica)
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Tríade
o Espasmos infantis
o Atraso no DNPM
o EEG com padrão de hipsarritmia
Idade: primeiro ano de vida
Crise:
o Espasmos breves intermitentes no pescoço, tronco e membros, podendo levar a movimentos de flexão e extensão
Síndrome de Lennox-Gastaut
Idade: 2-10a
Crises
o Diversa ( tonicas, atonicas, mioclônicas, tonico-clonicas, parciais complexas)
o Associada a retardo mental e disturbio comportamental
Etiologia
o Anoxia prévia
o Precedida pela Sd de West
o Criptogênica
EEG:
o Complexo ponta-onda de frequencia lenta e atividade basal caótica na vigília
o Refratárias aos antiepilépticos, com piora ao uso de carbamazepina
DIAGNÓSTICO
Anamnese
Eletroencefalograma (EEG) - complexo ponta-onda
RNM/ TC (>18 anos ou “anormalidades”)
TRATAMENTO
Objetivos Princípios
OPÇÕES TERAPEUTICAS
1. 1º- Benzodiazepínicos (Diazepam): devem ser usados durante o momento da crise, por ter rápido início de ação e de eliminação;
• Dose: 0,3mg/kg/dose (podendo ser repetida em 15 min, se necessário, até dose total de 10mg E.V, lentamente, sem diluição);
2. 2º- Difenil-hidantoínahidantoína: por via (EV) diluída em soro fisiológico, lentamente, pois apresenta um mínimo efeito sobre o
nível de consciência; • Ds. de At: RN: 20mg/Kg/dose; Lactente/Escolar: 10 a 15mg/Kg/ds; • Ds. de Manut.: 5 a 8mg/Kg/dia (início
12h após a dose de ataque);
3. 3º- Fenobarbital: por via (IM); Ds. de At.: RN: 20mg/Kg/dose; Lactente/Escolar: 10 a 15mg/Kg/dose Ds. de Manut.: 3 a 5mg/Kg/dia
(início 12h após a dose de ataque);
4. 4º- Midazolam: Midazolam: RN: 0,05 a 0,2g/Kg (EV ou IM); Lact./Esc: 0,1 a 0,4mg/Kg/h; Dripping: 0,05 a 0,2mg/Kg/h;
5. 5º- Tiopental: usado nos casos de E.M.E, após refratariedade às medidas anteriores, devendo a criança ser assistida em ambiente
de CTI (devido ao quadro de depressão respiratória).
Em geral, a lamotrigina e gabapentina foram mais efetivas do que a carbamazepina em idosos. Em adultos jovens, a carbamazepina foi
mais efetiva do que o fenobarbital, primidona e vigabatrina, enquanto o ácido valproico teve eficácia comparável à de carbamazepina.
Recente ensaio aberto randomizado comparou carbamazepina, gabapentina, lamotrigina, oxcarbazepina e topiramato em epilepsias focais,
bem como ácido valproico, lamotrigina e topiramato em epilepsias generalizadas e inclassificáveis. O estudo concluiu que a lamotrigina é
mais efetiva do que a carbamazepina, gabapentina e topiramato como monoterapia de primeira linha para epilepsia focal, e o ácido
valproico é mais efetivo (eficácia + tolerabilidade) do que o topiramato e mais eficaz do que a lamotrigina nas epilepsias generalizadas e
inclassificáveis. Entretanto, a revisão sistemática Cochrane conclui pela igualdade de eficácia.
As recomendações da ILAE, baseadas apenas em evidências de eficácia e efetividade, para escolha de fármacos anticonvulsivantes são as
seguintes:
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CONVULSÃO FEBRIL
DIAGNÓSTICO
Clínica
Punção lombar
Em todos casos de suspeita, ou menores de 1 ano
Cogitada entre 12-18 meses
EEG
o Não prediz risco de recorrência
o Pode permanecer alterado por 2 semanas
o Util para diferenciar Status não convulsivante e período pós-ictal prolongado
SINAIS DE ALARME
Anormalidades de DNPM
Crise focal complexa
História familiar de epilepsia
Febre com duração < 1h antes da crise
Crise atípica
o >15 min
o Focais
o Repetitivas
o Permanência de déficits neurológicos focais no período pós ictal
Convulsões febris Recorrentes
TRATAMENTO
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