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Interno de Medicina
Definições
Epilepsia: patologia que se apresenta com crises epilépticas que ocorrem sem
condições tóxicas, metabólicas ou febris
Estado de mal epiléptico (EME): evento clínico caracterizado por crises epilépticas
prolongadas (30 minutos ou mais) ou repetitivas sem recuperação da consciência
entre as crises, determinando uma condição epiléptica fixa e duradoura É uma
intercorrência clínica, associada à agressão ao SNC, aguda e grave, de alta
mortalidade (10 a 15%). O atendimento deve ser rápido e eficiente.
Fisiopatologia
Excitação neuronal
Inibição neuronal
Etiologia:
Neonatal: congênitas, trauma, anóxia e metabólica
3 m- 5 anos: febris, idiopáticas e infecções
5-12 anos: genéticas (sd. Epiléticas primárias)
Etiologia
Crises sintomáticas agudas:
Causas de Crises Epilépticas em Crianças e Adolescentes
Infecciosas Meningite, encefalite, neurocisticercose, abcesso cerebral, crise febril
Neurológicas Lesões de parto, anomalias congênitas, doença cerebral degenerativa, encefalopatia hipóxico-
isquêmica não progressiva, síndromes neuro-cutâneas, disfunção de derivação ventrículo-
peritoneal
Metabólicas Hipercarbia, hipocalcemia, hipoglicemia, hipomagnesemia, hipoxemia, erros inatos do
metabolismo, deficiência de piridoxina
Traumáticas ou Concussão cerebral, acidente vascular cerebral, abuso à infância, trauma de crânio, hemorragia
vasculares intracraniana
Toxicológicas Álcool, anfetaminas, anti-histamínicos, anticolinérgicos, cocaína, monóxdo de carbono,
isoniazida, chumbo, lítio, hipoglicemiantes orais, fenotiazinas, salicilatos,
simpatomiméticos, anti-depressivos tricíclicos, teofilina, anestésicos tópicos;
Abstinência a álcool e anticonvulsivantes
Idiopática Epilepsia
Obstétrica Eclampsia
Oncológicas Tumores do sistema nervoso central, metástases, hiperviscosidade
Adaptado de Friedman, MJ & Sharief, GQ “Seizures in Children” Pediatr Clin N Am 53 (2006) 257-277
Classificação:
Crises Tônicas
Crises Clônicas
Classificação:
Sd de Lennox-Gastaut:
Início entre 2 – 10 anos. Diversos tipos de crises associadas a retardo mental e
distúrbio comportamental. Pode ser por anóxia prévia, criptogênica ou precedida
pela sd. de West. Geralmente são refratárias ao tratamento antiepiléptico.
Fatores desencadeantes
Tabela II
Eletroencefalografia
Ambulatorial
Crise ou pós-ictal prolongado
Indicações de TC
MIDAZOLAN IV CONTÍNUO
(aumentar dose até cessar a crise, até 18 mcg/Kg/min)
PROPOFOL
Tratamento
Tabela III
Doses de Drogas Anti-Epilépticas na Emergência Pediátrica
Droga Dose de ataque ou única Dose de Observações
manutenção
Lorazepan IV ou IM 0,05 a 0,1 mg/Kg/dose Repetir até 3 doses
(máximo 4mg/dose) se continuidade da
Diazepan IV 0,2 a 0,4 mg/Kg/dose crise
(máximo 10mg/dose)
VR 0,5 a 1 mg/Kg/dose
Midazolan IV 0,05 a 0,1 mg/Kg/dose Infusão IV
(máximo 10 mg/dose) contínua: 1 a 18
IM 0,1 a 0,2 mg/Kg/dose mcg/Kg/min
(máximo 5 mg/dose) (iniciar com 1 e
IN 0,2 a 0,3 mg/Kg/dose aumentar
(máximo 7,5 mg/dose) conforme
necessidade de 1
em 1 a cada 5
minutos)
Fenitoína IV 10 a 20 mg/Kg 5 a 7 mg/Kg/dia Infusão de até 50
Pacientes em uso crônico: 5 a 10 (iniciar 12 horas mg/min; manter
mg/Kg após o ataque) monitorização
cardíaca; precipita
em soluções com
glicose
Fenobarbital IV ou IM 20 mg/Kg (em 10 min; 3 a 5 mg/Kg/dia Uso concomitante
leva 15 a 20 min para o início de (iniciar 24 horas com
ação) após o ataque) benzodiazepínicos
pode causar
depressão
respiratória,
sedação e
hipotensão; VM
pode ser necessária
Tiopental IV em bolus de 5 mg/kg IV contínuo 1 a 3 VM necessária;
(máximo 500 mg/dose) mg/Kg/hora utilizar em unidade
Propofol 5 mg/Kg/hora de terapia intensiva
sob monitorização
contínua
Legenda: IV = intravenoso; IM=intramuscular; VR=via retal; IN=intranasal;
VM=ventilação mecânica
Tratamento Específico:
Familiar
Diminuição do limiar convulsivo
Tratamento igual ao das demais crises
Chance de recorrência de 30%
Chance de epilepsia 2 a 4%
Cérebro neonatal
Imaturo
Não sustenta atividade epileptiforme organizada
Súbitas/reconhecimento difícil
Movimentos anômalos olhos, lábios e língua
Movimentos de pedalar
Apnéia
Causas
Eventos hipóxico-isquêmicos (60%)
Hemorragias (15%)
Infecção (5-10%)
Caso clínico 1
Figura 1
Algoritmo de tratamento da crise epiléptica e EME na criança (para doses, veja tabela
III):
MIDAZOLAN IV CONTÍNUO
(aumentar dose até cessar a crise, até 18 mcg/Kg/min)
PROPOFOL
Caso clínico 1
Se
a convulsão não cedeu.... crise convulsiva >30
minutos = EME = UTI.
Massuponhamos que você controlou a crise...
Convulsão febril não indica tratamento
medicamentoso específico.
EEG ->NÃO
Exames Imagem -> NÃO
Exames Laboratoriais -> diagnóstico etiológico da
febre
Caso clínico 1
Eletroencefalografia
Caso clínico 3
E na recorrência/resistência? - Monoterapia
substitutiva lenta - Associação de drogas de 1a linha
- Medicações de segunda linha (Clobazan,
topiramato, lamotrigina, vigabatrina, gabapentina,
oxcarbazepina). - Dieta cetogênica, cirurgia, centros
terciários de epilepsia.
Referências