1. Diferenciar os tipos de cefaleia primária de acordo com a fisiopatologia e manifestações clínicas. 2. Compreender quais os sinais de alarme precisam de investigação. 3. Entender como é o tratamento farmacológico e não farmacológico das cefaleias primárias. 4. Estudar como é o manejo do paciente com cefaleia bem como a investigação
O sistema de classificação desenvolvido pela International headache Society
caracteriza a cefaleia como primária ou secundária. Cefaleias primárias são as cefaleias que têm o sintoma da dor de cabeça sendo seu principal, sem demais sinais ou sintomas sistêmicos. Já nas cefaleias secundárias, os sintomas são decorrentes de afecções sistêmicas subjacentes, sendo consequência de uma agressão causada pela doença de base, a qual pode ser grave, como meningite, hemorragia subaracnóidea, trombose venosa central e tumores.
Tipos
Pacientes com dor de cabeça podem descrever a dor como latejante, em
faixa ou contínua, mas ela pode ser moderada a grave, interferindo nas atividades a um tipo de cefaleia primária.
Enxaqueca: Geralmente começa com um sinal anunciador, que pode
persistir, durante horas a dias, por exemplo, quando os pacientes observam dificuldade de concentração ou fadiga, sem dor de cabeça. Tem como principal característica a unilateralidade, latejante, moderada a grave, e, classicamente, piora com a atividade. Características clínicas que também acompanham incluem náuseas, vômitos, sensibilidade à luz e som. Outras características incluem dor no pescoço, ocasionalmente tontura, osmofobia e dificuldade para pensar. Cefaleia tensional: Geralmente são de intensidade leve a moderada, e a maioria dos indivíduos não procura atendimento. Dores de cabeça tensionais podem ser episódios, ocorrendo com menos de 15 dias por mês, ou crônicas, ocorrendo em mais de 15 dias por mês. As dores de cabeça tensionais episódicas podem durar minutos até dias e possui localização variada, podendo ser em toda cabeça ou apenas na nuca, sem sintomas associados característicos. APG 02 07/02 – 10/02 Cefaleia Cefaleia em salvas: As crises na cefaleia em salvas são quase sempre unilaterais, raramente bilaterais e acompanham-se de sinais autonômicos ipsilaterais, comumente incluindo lacrimejamento e hiperemia conjuntiva e às vezes congestão nasal, rinorreia, semiptose, miose, rubor e edema palpebral. A localização da dor normalmente é atrás ou acima do olho ou na têmpora, mas outras áreas podem incluir dor na testa, bochecha, dentes ou maxilar. A dor atinge o seu máximo de intensidade em cerca de nove minutos e tende a terminar abruptamente. APG 02 07/02 – 10/02 Cefaleia Fisiopatologia A sensibilidade dolorosa da cabeça é veiculada pelos aferentes trigeminais primários que inervam vasos sanguíneos, mucosas, músculos e tecidos. Fibras nervosas, a partir dessas fontes, atingem o gânglio trigeminal, especialmente pela primeira divisão do nervo trigêmeo. Os aferentes trigeminais terminam no núcleo sensitivo principal do V nervo craniano e seu núcleo da raiz espeinal, que tem vários pequenos subnúcleos, o mais importante é o caudalis. Esse subnúcleo recene aferentes de vasos meníngeos, regiões sensíveis da dura-máter e mesmo da medula cervical superior que então projetam-se para o tálamo medial e lateral pelo trato espinotalâmico e para regiões do diencéfalo e do tronco encefálico envolvidas na regulação de funções autonômicas. As cefalias primárias ocorrem espontaneamente e mediadores químicos estão envolvidos neste processo. A sequência de eventos começa com ativação pefiérica causada pelo extravasamento neurogênico do plasma ativado pela depressão alastrante cortical.
Sinais de alerta e investigação
Pacientes com cefaleia intensa e de início recentes possuem uma alta probabilidade de se encontrar uma causa potencialmente grave, as causas podem incluir meningite, hemorragia subaracnóidea, hematomas extradural ou subdural, glaucoma, tumor e rinossinusite purulenta. Quando sinais e sintomas preocuopantes estão presentes, são denominados sinais de alerta. APG 02 07/02 – 10/02 Cefaleia Tratamento Enxaqueca: Quando <72hrs, antiemético parenteral se vômitos (dimenidrato); jejum e soro fisiológico; dipirona; cetoprofeno. Quando >72hrs: jejum e reposição de fluidos; dipirona + dexametasona + cetoprofeno; Se não melhorar, clo