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APG 02

07/02 – 10/02 Cefaleia


1. Diferenciar os tipos de cefaleia primária de acordo com a
fisiopatologia e manifestações clínicas.
2. Compreender quais os sinais de alarme precisam de
investigação.
3. Entender como é o tratamento farmacológico e não
farmacológico das cefaleias primárias.
4. Estudar como é o manejo do paciente com cefaleia bem como
a investigação

O sistema de classificação desenvolvido pela International headache Society


caracteriza a cefaleia como primária ou secundária. Cefaleias primárias são as
cefaleias que têm o sintoma da dor de cabeça sendo seu principal, sem demais
sinais ou sintomas sistêmicos. Já nas cefaleias secundárias, os sintomas são
decorrentes de afecções sistêmicas subjacentes, sendo consequência de uma
agressão causada pela doença de base, a qual pode ser grave, como meningite,
hemorragia subaracnóidea, trombose venosa central e tumores.

Tipos

Pacientes com dor de cabeça podem descrever a dor como latejante, em


faixa ou contínua, mas ela pode ser moderada a grave, interferindo nas atividades a
um tipo de cefaleia primária.

Enxaqueca: Geralmente começa com um sinal anunciador, que pode


persistir, durante horas a dias, por exemplo, quando os pacientes observam
dificuldade de concentração ou fadiga, sem dor de cabeça. Tem como principal
característica a unilateralidade, latejante, moderada a grave, e, classicamente, piora
com a atividade.
Características clínicas que também acompanham incluem náuseas, vômitos,
sensibilidade à luz e som. Outras características incluem dor no pescoço,
ocasionalmente tontura, osmofobia e dificuldade para pensar.
Cefaleia tensional: Geralmente são de intensidade leve a moderada, e a
maioria dos indivíduos não procura atendimento. Dores de cabeça tensionais podem
ser episódios, ocorrendo com menos de 15 dias por mês, ou crônicas, ocorrendo em
mais de 15 dias por mês. As dores de cabeça tensionais episódicas podem durar
minutos até dias e possui localização variada, podendo ser em toda cabeça ou
apenas na nuca, sem sintomas associados característicos.
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Cefaleia em salvas: As crises na cefaleia em salvas são quase sempre
unilaterais, raramente bilaterais e acompanham-se de sinais autonômicos
ipsilaterais, comumente incluindo lacrimejamento e hiperemia conjuntiva e às vezes
congestão nasal, rinorreia, semiptose, miose, rubor e edema palpebral. A localização
da dor normalmente é atrás ou acima do olho ou na têmpora, mas outras áreas
podem incluir dor na testa, bochecha, dentes ou maxilar. A dor atinge o seu máximo
de intensidade em cerca de nove minutos e tende a terminar abruptamente.
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07/02 – 10/02 Cefaleia
Fisiopatologia
A sensibilidade dolorosa da cabeça é veiculada pelos aferentes trigeminais
primários que inervam vasos sanguíneos, mucosas, músculos e tecidos. Fibras
nervosas, a partir dessas fontes, atingem o gânglio trigeminal, especialmente pela
primeira divisão do nervo trigêmeo. Os aferentes trigeminais terminam no núcleo
sensitivo principal do V nervo craniano e seu núcleo da raiz espeinal, que tem vários
pequenos subnúcleos, o mais importante é o caudalis. Esse subnúcleo recene
aferentes de vasos meníngeos, regiões sensíveis da dura-máter e mesmo da
medula cervical superior que então projetam-se para o tálamo medial e lateral pelo
trato espinotalâmico e para regiões do diencéfalo e do tronco encefálico envolvidas
na regulação de funções autonômicas.
As cefalias primárias ocorrem espontaneamente e mediadores químicos estão
envolvidos neste processo. A sequência de eventos começa com ativação pefiérica
causada pelo extravasamento neurogênico do plasma ativado pela depressão
alastrante cortical.

Sinais de alerta e investigação


Pacientes com cefaleia intensa e de início recentes possuem uma alta
probabilidade de se encontrar uma causa potencialmente grave, as causas podem
incluir meningite, hemorragia subaracnóidea, hematomas extradural ou subdural,
glaucoma, tumor e rinossinusite purulenta. Quando sinais e sintomas preocuopantes
estão presentes, são denominados sinais de alerta.
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Tratamento
Enxaqueca: Quando <72hrs, antiemético parenteral se vômitos (dimenidrato);
jejum e soro fisiológico; dipirona; cetoprofeno.
Quando >72hrs: jejum e reposição de fluidos; dipirona + dexametasona +
cetoprofeno; Se não melhorar, clo

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