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#25 6 Testes funcionais para avaliar o

quadril do seu aluno

6 Testes
funcionais
para
avaliar o
quadril do
seu aluno

#25
#25 6 Testes funcionais para avaliar o
quadril do seu aluno

Quem acompanha meu blog já percebeu a ênfase que dou na


avaliação de um paciente. Sem ela, somos incapazes de recomendar
os exercícios mais adequados e ajudar o aluno a se recuperar
rapidamente.

Existem até casos nos quais a falta de avaliação é a culpada por uma
reabilitação sem sucesso. No caso do quadril, conseguimos avaliar
através de ótimos testes funcionais. Recomendo nesse artigo 6 testes
funcionais que te ajudam a determinar o problema e prescrever o
melhor tratamento para o aluno.
#25 6 Testes funcionais para avaliar o
quadril do seu aluno

Testes Funcionais
para Avaliar
Quadril
#25 6 Testes funcionais para avaliar o
quadril do seu aluno

1. Agachamento
“Mas Keyner, eu costumo usar o agachamento como um exercício.”
Já estou ouvindo muita gente falar isso enquanto escrevo esse texto.
Sim, o agachamento é um ótimo exercício, não importa se o usamos
no funcional ou no Pilates. Porém, ele pode ir além do seu uso nas
aulas. Podemos usá-lo como um dos testes funcionais mais eficientes
para avaliar quadril.
O segredo na sua eficiência está na globalidade do exercício. Ao
agachar o paciente realiza uma flexão de quadril durante a fase
excêntrica do movimento e uma extensão na fase concêntrica. Ou
seja, aqui já temos dois movimentos para avaliar.
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quadril do seu aluno

Agachar é uma ótima maneira de avaliar se existem problemas de


mobilidade do quadril. Você perceberá isso quando a amplitude de
movimento no agachamento for ruim.

Em outros casos o aluno até consegue agachar, mas para isso ele
precisa inclinar o tronco para a frente ou levantar os tornozelos.

Nesses casos também precisamos avaliar se o problema está no


quadril, no tornozelo, numa compensação lombar ou numa tensão da
cadeia muscular posterior.
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quadril do seu aluno

Além disso, através dos testes funcionais como o agachamento,


conseguimos identificar problemas causados pela patologia, lesão
ou dor no quadril nos membros inferiores.

Aproveite o agachamento do aluno para identificar desvios dos


joelhos e possíveis problemas nos tornozelos.

Como o quadril é uma articulação de transferência de forças seus


problemas nunca ficam isolados.
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2. Teste de FABERE
Recomendo esse teste especialmente para alunos que sentem dor
lombar relacionada aos sintomas do quadril ou somente dor lombar.
Durante o teste de Fabere é possível identificar se a dor que o
paciente sente vem de uma disfunção sacroilíaca, problemas no
quadril ou espasmos do músculos Psoas. Já mencionei outros testes
para sacroilíaca nesse artigo.
Durante a avaliação usando o teste de Fabere o aluno deve se manter
em decúbito dorsal e cruzar uma perna sobre a outra. Inicie o teste
aumentando a abdução do quadril aos poucos, o movimento deve ser
passivo e realizado pelo fisioterapeuta.
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quadril do seu aluno

Conseguimos identificar o tipo de problema do aluno de acordo com


a região onde ele refere a dor. Uma queixa na região das nádegas
quando a abdução do quadril ainda é pequena indica disfunção
sacroilíaca. Já dor no quadril conforme aumentamos a abdução indica
problemas no quadril. Realize os testes funcionais com ambos os
membros inferiores do aluno para obter um resultado mais claro.
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quadril do seu aluno

Você também pode conferir a execução do teste de Fabere no vídeo


abaixo:
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3. Teste da Cegonha
O teste da cegonha é um dos testes funcionais realizado com o aluno
em pé com um dos membros inferiores flexionados, apoiando o pé
na perna estendida (conforme imagem). Esse é um ótimo movimento
para avaliar diversas características funcionais do paciente. Você
logo perceberá como está a propriocepção, que já te indica uma das
possíveis origens do problema de quadril.
Ao realizar o teste você também exige um certo grau de estabilidade
da articulação sacroilíaca. Se o aluno reclamar de dor na região glútea
é mais um sinal de desequilíbrios nessa articulação.
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Além disso, dá para conferirmos como está a ativação de glúteos e


alguma mobilidade de joelho e tornozelo.

Alguns alunos não conseguem realizar o teste por falta de


propriocepção e equilíbrio ou conseguem ficar por pouco tempo
na posição. Lembre-se: não ser capaz de fazer o teste já é um
indicativo de problemas para esse aluno.

O teste pode ser usado para complementar resultados ambíguos


obtidos no teste de Fabere.
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Ele também ajuda a identificar fraqueza nos membros inferiores, você


perceberá isso principalmente quando o aluno realizar um valgo ou
varo dinâmico do joelho.
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4. Movimentos Passivos
O quadril realiza movimentos em todos os eixos de movimento e em
variadas amplitudes. Para que seus movimentos aconteçam ele precisa
de uma série de movimentos musculares que precisam estar em
sincronia. Um músculo tensionado, encurtado ou fraco já é o suficiente
para gerar uma disfunção da articulação. Por isso, é importante incluir
movimentos passivos entre os testes funcionais para quadril.
Movimentos passivos auxiliam o fisioterapeuta a entender se o
problema que causa dor está nas musculaturas ou nas estruturas
articulares.
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Conseguimos usá-los para identificar lesões e danos a estruturas


estabilizadoras passivas do quadril como ligamentos, tendões e
cápsula articular. Lembre-se de realizar todos os movimentos do
quadril, incluindo:
• Rotação externa e interna;
• Flexão e extensão;
• Adução e abdução.
Eles não podem ser usados como único meio de diagnóstico, mas sim
como complemento para outros testes funcionais do quadril.
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5. Corrida e/ou Caminhada


Assim como o agachamento, a corrida e caminhada são movimentos
diários para nossos pacientes. A avaliação da caminhada é um
ponto essencial para determinar desequilíbrios e compensações
musculares do paciente. Ao contrário de exames estáticos, como o
teste de Fabere, ele nos mostra a dor em um contexto completo.
Conseguimos analisar quais musculaturas estão sendo pouco ativadas
ou hiperativadas.
Durante a caminhada, você deve analisar muito bem a postura e
posição do seu paciente. Fique atento para desvios posturais como
uma hiperlordose lombar.
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Outra possibilidade é que o indivíduo realize uma anteversão ou


retroversão da pelve para compensar a falta de mobilidade de joelhos
ou lombar.
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6. Teste para Síndrome do Piriforme


A síndrome do piriforme é um problema que ocorre quando o
músculo piriforme está hipertrofiado ou tensionado causando a
compressão do nervo ciático. Por pressionar o nervo, a síndrome
do piriforme pode facilmente ter seus sintomas referidos na coluna
lombar ou algo longo do membro inferior.
Para garantir que seu diagnóstico do quadril está correto realize testes
específicos para a síndrome do piriforme. Eles também te ajudam
a determinar a origem de dor lombar inespecífica e confirmar uma
possível ciatalgia.
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quadril do seu aluno

Você pode conferir alguns bons testes para esse problema no meu
artigo completo sobre avaliação da síndrome do piriforme.
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Você também pode gostar de:


Como usar a abordagem articulação
por articulação na prática?

Como usar treinamento funcional na reabilitação


de seu aluno?
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