Você está na página 1de 10

BASES INSTÁVEIS

17 EXERCÍCIOS
FUNCIONAIS
INCRÍVEIS
COM INSTABILIDADE
Escrito por Keyner Luiz

Sei que você trabalha com algum aluno lesionado ou que teve uma lesão há pouco
tempo, é inevitável. Alguns até se especializam na recuperação de lesões, mesmo
trabalhando com uma modalidade como o funcional. Dependendo do motivo da lesão,
existem chances altas dela ter acontecido por causa de problemas de propriocepção.

Isso é comum com atletas. Apesar de todo o treinamento, eles podem ter pouca pro-
priocepção, fazendo com que não consigam controlar o movimento esportivo e lesio-
nar-se. Um corredor que realiza desvios dinâmicos do joelho na corrida é um exemplo.
Com o tempo, isso se desenvolve em dores, patologias ou lesões.
Durante o movimento, o corpo precisa recuperar a postura e manter a estabilidade do tronco
e de todos os segmentos. Por acaso você já pediu para um aluno menos avançado para fazer
exercícios difíceis de forma rápida? Ele provavelmente perdeu muito a qualidade do movimento
porque não tinha propriocepção e estabilidade o suficiente para isso.

Felizmente, o trabalho com bases instáveis nos ajuda a resolver esse problema. Não se engane,
não são só seus alunos lesionados que precisam desse trabalho. Mesmo atletas de alto rendimen-
to que treinam muito devem trabalhar com bases instáveis em suas aulas.

Durante o movimento sobre uma dessas bases o aluno é forçado a desenvolver as habilidades
proprioceptivas do corpo. Eles são imprevisíveis, o corpo não consegue adivinhar como o equipa-
mento reage ao movimento. Assim, ele precisa realizar adaptações no movimento e nas contra-
ções musculares em frações de segundo.

Meu aluno pode usar


bases instáveis?

O Treinamento Funcional é bastante rico em bases instáveis. Existem muitos equipamentos para
esses exercícios, até já os mencionei em outros artigos aqui no blog. Cada equipamento tem um
tipo de instabilidade diferente que incentiva o aluno de certas maneiras. Mas falarei mais a respei-
to dos exercícios daqui a pouco.
Quando queremos usar exercícios com instabilidade para nossos alunos, precisamos pensar bem
no seu objetivo. Eles são excelentes, mas podem ser completamente desperdiçados dentro de
uma aula de funcional. Além de determinar o objetivo, precisamos ver se o aluno realmente é
capaz de realizá-lo ou se precisa de uma preparação.

Se o exercício for avançado mesmo sem adicionar as bases instáveis, pode ser interessante pre-
parar o corpo. Queremos aproveitar os benefícios desse movimento, não deixar nosso aluno com
traumas ou dores piores do que ele já estava. Deixe que seu aluno domine completamente o
movimento antes de utilizá-lo com instabilidade.

Vou te ensinar uma forma simples de saber se o aluno está no nível adequado para o exercício
com instabilidade. Basta pedir para ele realizá-lo no chão, sem o equipamento, por algumas repe-
tições. Se estiver perfeito ou quase perfeito, sem erros que possam causar dor ou lesão, ele está
preparado. Caso contrário, corrija o exercício no chão e complemente-o com outros movimentos
preparatórios.

Com os cuidados corretos, qualquer um pode usar as bases instáveis na aula. Isso é ótimo já que
conseguimos trazer melhores resultados para nossos alunos e pacientes.

Exercícios com bases instáveis para alunos lesionados

Se o aluno precisa estar preparado para trabalhar com instabilidade, será que um aluno lesionado
pode realizá-los? Claro, a Fitball, por exemplo, é um equipamento que se originou na fisioterapia
e depois foi adaptado para o funcional, o Pilates e outras modalidades.

Os exercícios com bases instáveis desenvolvem padrões de movimento que seu aluno lesionado
perdeu por causa do tempo de inatividade. O importante é saber os cuidados que você deve
tomar para não piorar o quadro do aluno. Durante a realização fique próximo ao aluno e observe
seus movimentos com cuidado. Se ele reclamar de dor ou você perceber um erro importante,
pare o exercício imediatamente.

O mesmo cuidado deve ser tomado com idosos. Além disso, ajude a pessoa mais velha a subir
e sair do equipamento. Eles são mais propensos a quedas e, geralmente, têm medo de ficar nos
equipamentos sem auxílio.
Exercícios na Fitball

A Fitball é um equipamento extremamente usado no funcional e no Pilates. Eu também adoro utili-


zá-la, tanto que trouxe alguns exemplos de exercícios para você aplicar na sua aula. Na foto abaixo
realizo exercícios que combinam a bola e a faixa elástica, outro acessório que realmente recomen-
do para instrutores de funcional.

Exercícios no Bosu

Gosta de exercícios funcionais como o agachamento? Então você precisa de um Bosu no seu
espaço. Ele é excelente para diversos exercícios, incluindo alguns que são bastante tradicionais
no funcional, como agachamento, flexão e prancha. Na foto abaixo, realizo algumas variações
bastante interessantes para sua aula.
Exercícios suspensos

A fita de suspensão promove uma base instável, desafiadora, mas segura para nossos alunos. Um
de seus muitos pontos positivos é que conseguimos variar a intensidade e dificuldade de acordo
com o posicionamento do aluno. Na foto abaixo, apresento exemplo de exercício para bíceps no
equipamento.

Para deixá-los mais simples, basta afastar os pés do aluno do ponto de ancoragem. Quanto mais
próximo seu tronco estiver da posição vertical, mais fácil é. Para dificultar, peça que ele deixe os
pés mais próximos do ponto de ancoragem, deixando o corpo mais próximo da posição horizon-
tal.
Exercícios no Feijão

O feijão é um equipamento bastante similar à Fitball, mas com um formato anatômico diferente.
Ele te auxilia a fazer diversos exercícios e proporciona bastante instabilidade, como você pode ver
nos exemplos abaixos.
Conclusão

Quem trabalha com treinamento funcional precisa aproveitar todas as possibilidades


que a modalidade traz. Isso inclui as bases instáveis que podemos usar à vontade em
nossas aulas. Se queremos proporcionar um melhor trabalho de estabilidade, proprio-
cepção e até correções posturais, podemos aproveitar muito esses movimentos.

Nesse artigo mostrei algumas sugestões com somente uma parte de todos os equi-
pamentos que temos disponíveis no funcional. Imagino que você quer aprender mais,
certo? Minha dica de hoje é correr para o Facebook e dar uma olhada na minha pá-
gina. Posto conteúdo com frequência, incluindo vídeos de exercícios funcionais e de
Pilates para complementar suas aulas. Não perca!

Você também pode gostar