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Treinamento Funcional 

Na Reabilitação
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Sabemos que exercícios funcionais são excelentes para melhorar a condição física

geral do paciente. Além disso, podemos usar o treinamento funcional na reabilitação

com muita eficiência.

Agora chegou a hora de entender como aplicar os exercícios funcionais na

reabilitação do seu aluno. Continue lendo para entender o que você deve usar ou

evitar para cada caso.

Exercícios de Treinamento Funcional na


Reabilitação

Na verdade, podemos considerar a maioria dos movimentos usados no funcional

como tipos de exercícios corretivos.

Eles são focados em melhorar o padrão de movimento usado nas atividades diárias,

consertando disfunções do aluno. Isso mesmo quando estamos usando o funcional

para treinamento de pessoas sem patologias.

Através do treinamento funcional na reabilitação conseguimos corrigir as

compensações que o corpo realiza, seja por desequilíbrios musculares, lesões ou

patologias.
Está na hora de esquecer a ideia de que essa modalidade só serve para melhorar

as aptidões físicas de quem já está preparado para o movimento.

Um de seus principais benefícios para a reabilitação é a visão e trabalho global do

corpo. Ao contrário de outras modalidades que trabalham com exercícios isolados, o

treinamento funcional trabalha com o corpo de forma global.

Boa parte de seus exercícios são multiarticulares e em cadeia fechada, ideais para

reabilitar um paciente lesionado.

Importância de Trabalhar na Globalidade

Durante a reabilitação, precisamos ver o corpo inteiro do aluno em desequilíbrio,

não apenas a parte que está lesionada.

Assim que uma região perde sua mobilidade por causa de dor, outra região ganha

mobilidade para compensar.

Por isso, na maioria dos casos a articulação dolorida não é o local primário da lesão.

Por causa desse esquema compensatório, encontramos diversas musculaturas e

articulações com sua função alterada. E isso mesmo em locais, aparentemente, não

conectados com o local da lesão.


Perceba que boa parte dos seus pacientes têm dificuldade em fazer alguns tipos de

exercícios, mesmo usando áreas do corpo sem dor. Sempre gosto de usar o

agachamento como exemplo porque ele realmente é excelente.

Algumas vezes encontramos pessoas que nos buscam por um problema no ombro,

por exemplo, que mostram seus desequilíbrios quando tentam agachar.

Elas não têm mobilidade de tornozelo e quadril, portanto estão com a base do corpo

comprometida.

Apesar de não estão doloridas, essas articulações são essenciais para um bom

padrão de movimento.

Com sua mobilidade comprometida, elas causam uma série de compensações que

podem afetar áreas mais distantes. Isso é especialmente importante quando

falamos da base do corpo, mas se aplica em todo o restante.

Precisamos fazer duas coisas para que o exercício corretivo funcione:

● Descobrir os problemas através de uma avaliação funcional de

movimento;

● Encontrar soluções.

Em geral, o problema é um desequilíbrio muscular ou articular que pode gerar

compensações.

Através do uso do treinamento funcional na reabilitação damos a oportunidade ao

cliente de identificar e recuperar suas disfunções.

Ou seja, não estamos trabalhando para melhorar o condicionamento físico, deixá-lo

mais atlético ou algo do tipo como alguns pensam ao falar de funcional. Estamos

recuperando seu corpo.


Usando Exercícios Dentro do Limite do
Aluno

Quer começar a usar o treinamento funcional na reabilitação? Nesse caso, na hora

de aprender a usar seus exercícios com segurança.

Primeiramente, lembre-se que está trabalhando com alguém com dores ou lesões.

Se ele perceber que o exercício só o deixa mais dolorido pode se assustar logo na

primeira aula e nunca mais voltar.

Assim, devemos respeitar seus limites. A dor é um dos principais indicadores que

seu aluno está no seu limite. Nunca deixe que alguém faça exercícios que causam

dor, seja na área lesionada ou não.

Também devemos tomar cuidado com o nível de dificuldade dos exercícios

propostos.

Apesar de estar falando aqui do treinamento funcional na reabilitação, ele também

tem diversos outros usos. O funcional possui movimentos que vão desde os mais

simples até os mais avançados.

Decidir qual deles é adequado para seu paciente envolve também saber para qual

nível de dificuldade ele está preparado.


Um exercício mais difícil ou complicado não é exatamente algo ruim. O desafio

serve de motivação e mostra à pessoa como ela está evoluindo. Mas em excesso

pode desmotivar ou até piorar o quadro da lesão.

Trabalhando a Dor com Funcional

A dor é um alerta do corpo de que algo está muito errado. Quando o desconforto

começa, a pessoa está com um sério desequilíbrio ou falta de alguma habilidade,

como:

● Força;

● Flexibilidade;

● Estabilidade.

Os desafios que mencionei no tópico anterior precisam ser muito bem planejados.

Em exagero, eles aumentam a dor, especialmente quando o paciente não tem

controle motor suficiente para fazer o movimento.

Preste atenção nas reações do ​aluno​, se ele mostrar algum sinal de desconforto

algo pode estar errado. Talvez aquele corpo simplesmente ainda não esteja

preparado para evoluir.


Trabalhar com alunos com dor ou lesionados é bastante complicado. A dor e a lesão

acabam com o controle motor e a propriocepção do indivíduo.

Portanto, estamos trabalhando com alguém que altera seus padrões de movimento

para evitar a dor em todos os movimentos.

Se insistirmos em realizar o movimento que causa algum incômodo sem corrigir as

compensações, ele vai se lesionar.

Por acaso já viu alguém saindo de uma aula de funcional dizendo que ficou com dor

na coluna depois? É porque o instrutor não corrigiu sua postura e padrão de

movimento nos exercícios.

Quem está utilizando o treinamento funcional na reabilitação deve começar sempre

aliviando a dor e com exercícios preparatórios.

Aproveite esse momento inicial para corrigir sua postura, identificar fraquezas e

fortalecer os músculos de base do corpo.

Assim, a pessoa torna-se capaz de enfrentar os excelentes desafios do funcional

com segurança.

Começando a Aplicar o Treinamento


Funcional na Reabilitação
Até agora dei alguns avisos e dicas preventivas para usar o treinamento funcional

na reabilitação. Mas finalmente chegou a hora de aprender a aplicar modalidades

nas suas aulas focando na recuperação do cliente.

Sempre recomendo começar a reabilitação de um aluno trabalhando as bases do

corpo. No funcional isso é representado pelas musculaturas do Core.

Imagino que, se você já procurou exercícios funcionais em algum lugar, percebeu

que existem dezenas de exercícios para Core, certo?

Começamos trabalhando o Core e músculos de base porque eles são essenciais

para o movimento. O primeiro motivo para isso é aliviar a dor e proporcionar mais

movimento.”

Já percebeu que alunos com dor aguda dificilmente conseguem trabalhar a área

lesionada nas primeiras sessões?

Além de aplicar técnicas para alívio, como crioterapia e terapia manual, podemos

aproveitar para fortalecer suas bases.

Com movimentos funcionais mais adequados, a pessoa já consegue perceber uma

boa melhora no quadro álgico.

Conforme fortalecemos e ativamos as estruturas do Core, nosso paciente ganha

percepção da postura. Assim, começa a corrigir alguns dos padrões errados que

poderiam causar dor e melhora a estabilidade do corpo.

Além disso, nunca podemos esquecer que o corpo e suas musculaturas são

interconectados. Estudos mostram que ao ativarmos musculaturas do “centro”,

conseguimos uma ativação mais eficiente de músculos nas extremidades também.

Escolhendo o Tipo de Exercício


Adequado
Para ser mais didático, dividirei os exercícios funcionais em dois tipos aqui:

● Fortalecimento;

● Corretivos.

Sei que existem diversas habilidades que trabalhamos no funcional, mas falarei

desses dois tipos inicialmente, porque eles estão muito relacionados à reabilitação.

Na hora de escolher exercícios de treinamento funcional na reabilitação, devemos

escolher entre os corretivos e de força.

Realmente, o corpo precisa de fortalecimento para as articulações lesionadas. Mas

ele também necessitam de correção dos padrões de movimento funcional, então por

onde começar?

Compare esses dois tipos de treinamento com a dieta de alguém. Os legumes

podem ser considerados os exercícios corretivos, enquanto os de força são a carne.

Ambos os alimentos são necessários para a saúde, mas em quantidades diferentes.

Uma dieta balanceada contém os dois tipos de alimentos. Portanto, podemos

considerar que o treinamento funcional na reabilitação também precisa usar os dois

tipos de exercício.

Como você pode adivinhar quando comparo os exercícios corretivos aos legumes,

eles são os que devem vir em maior quantidade inicialmente.


Chamo esses movimentos de corretivos porque eles tentam solucionar ou corrigir

um padrão errado do paciente. Como seu aluno conseguiria realizar um exercício de

força sem saber se movimentar corretamente?

Usando o treinamento funcional na reabilitação precisamos primeiramente encontrar

e corrigir o problema de movimento. Só depois podemos investir mais em

habilidades, como força e flexibilidade.

Depois da correção, o corpo está mais preparado e seguro, sendo capaz de realizar

a atividade sem grandes riscos.

Ciclo do Treinamento Corretivo

Para conseguir aplicar o treinamento funcional na reabilitação corretamente,

precisamos seguir um ciclo. Já falei a respeito do primeiro passo nesse artigo, que é

encontrar o problema. Você consegue isso através de uma excelente avaliação.

Depois de descobrir os diversos desequilíbrios do corpo do nosso aluno,

conseguimos começar a aplicar exercícios corretivos. Só depois que seus padrões

de movimento forem corrigidos chega a hora de utilizar trabalhos específicos para

força e outras habilidades funcionais.


Durante o treinamento de habilidades, ainda é necessário balancear o uso de

exercícios de estabilidade e mobilidade. Um corpo estável demais desenvolve

rigidez, um corpo móvel demais desenvolve lesão.

É exatamente por isso que utilizamos tanto a abordagem articulação por articulação

no treinamento corretivo.

Conclusão

Tendo um excelente conhecimento sobre as necessidades primárias de cada

articulação você consegue prescrever os exercícios mais adequados.

Assim como acontece com as cadeias musculares, desequilíbrios articulares

geralmente afetam diversas partes do corpo.

Sabe por que recomendo trabalhar tanto mobilidade quanto estabilidade? Porque a

rigidez já é um problema extremamente comum na nossa sociedade.

Atualmente, boa parte das pessoas ficam sentadas muitas horas por dia. Além de

causar tensões musculares importantes, essa posição proporciona rigidez de

articulações importantes, como quadril e torácica.

Dessa forma, podemos considerar que a maioria dos pacientes lesionados ou com

dor têm rigidez em alguma articulação. É claro que não basta focar somente na

articulação ou musculatura acometida pelo problema.


Já falei e repito, precisamos trabalhar o corpo inteiro ao usar o treinamento funcional

na reabilitação. Ignorar essa ideia seria tirar uma das principais vantagens de

trabalhar com funcional.


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