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Pelve Neutra do Pilates

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O Pilates exatamente como foi criado por Joseph Pilates é uma linha clássica e tem

uma ordem de execução dos exercícios sabendo-se como a aula começa e termina. É

uma abordagem física que acreditava que a pelve deveria permanecer em retroversão,

ou seja, a coluna lombar retificada (reta), sem curva alguma, “colada ao chão”, durante

toda prática dos exercícios.

Hoje em dia, com a evolução dos estudos e conhecimentos, parte dos seguidores e

praticantes de Pilates, associado ao embasamento científico, vem estudando e

aperfeiçoando o método. Na adaptação “contemporânea”, essa sequência de exercícios

sofre alterações e adaptações levando em consideração a condição de cada aluno e o

nível em que o mesmo se encontra.

Os estudos sobre biomecânica e treinamento demonstram que o posicionamento da

pelve age diretamente no posicionamento da coluna vertebral, principalmente lombar, e

que a coluna possui curvaturas naturais. Essas curvaturas naturais precisam ser

respeitadas, pois são extremamente importantes para uma boa postura, sendo

responsáveis pela distribuição de força de uma forma mais eficiente. Uma retroversão

ou uma anteversão da pelve é prejudicial. Nenhuma das duas curvaturas é saudável.

Constantemente, nas aulas de Pilates, os professores instruem seus alunos a

posicionar a pelve neutra para grande parte dos movimentos. Esse alinhamento surgiu

no Pilates devido a sua atuação benéfica para postura. Referências nesse conceito já

relatavam a importância do posicionamento da pelve há muito tempo, indo de encontro

a alguns relatos de Joe Pilates sobre a saúde da coluna.

Para Joe Pilates, uma coluna se torna forte e flexível quando não existem curvas nela.

Em seu livro ele relata que ”em virtude da má postura, praticamente 95% de nossa

população sofre de vários graus de curvatura; em uma criança recém nascida as costas
são planas porque a coluna é reta; é exatamente a intenção da natureza, não apenas

na infância…”(PILATES, J.H, traduzido por PANELLI.C, 2010).

Mas afinal, o que é pelve neutra? Será que todo mundo tem os mesmos ângulos de

alinhamento? Será que em todos os exercícios devemos usar a pelve neutra? A

proposta dessa leitura é apresentar, junto à literatura, explicações de todas essas

questões e explanar os conhecimentos sobre a pelve neutra do Pilates.

Para KENDALL; MACCREARY E PROVANCE 1995, a pelve neutra ocorre quando a

espinha ilíaca ântero-superior e o púbis estão no mesmo plano coronal. Nesta posição,

o sacro realiza movimentos recíprocos com a quinta vértebra lombar; a região lombar

apresenta a lordose natural, com ápice da concavidade em L3; e o sacro repousa em

flexão. No Pilates observamos esse alinhamento quando posicionamos, por exemplo, a

mão entre as espinhas ilíacas antero superiores e o púbis, formando um triângulo.

Quando olhamos para a mão devemos observar que o dedo indicador que está próximo

ao púbis está na mesma altura do dedo polegar que está próximo as espinhas ilíacas.

Os músculos que mantêm bom alinhamento da pelve, tanto antero- posterior quanto

lateralmente, são de importância vital na manutenção de um bom alinhamento geral, o

posicionamento neutro da pelve é chave para o alinhamento postural bom ou

defeituoso.

O instrutor deve estar bem atento se o aluno está dominando os conceitos do método

Pilates, observar o posicionamento correto e ajudar o aluno a ser capaz de explorar a

retroversão e a anteversão pélvica, aprendendo a identificar o ponto neutro e

gradativamente trabalhar nele, a fim de conquistar uma melhor estabilização pélvica. É

nesta posição que potencializamos o trabalho do Power House.

A manutenção nesta posição melhora a estabilização lombar através do treino da

contração do transverso do abdome, do períneo e do multífido. É muito importante este


treino para a prevenção de problemas na lombar. O equilíbrio entre os músculos

globais e locais do powerhouse garantem melhor distribuição de carga dentre as

estruturas da coluna e o correto alinhamento da pelve. Um desempenho inadequado

dessas musculaturas pode desenvolver, a curto ou a longo prazo, lesões na coluna

lombar.

As curvas na coluna são responsáveis por dar força, impedir a sobrecarga em áreas

específicas e garantir a mobilidade da coluna. Cada curva tem seu ângulo específico,

sendo na lombar dentro de um ângulo de 20 a 6o graus de lordose; na torácica entre 20

e 40 graus de cifose e na cervical entre 25 e 35 graus de lordose. Cada curvatura tem

suas proeminências, sendo na lombar em L3; na torácica em torno da T8 e na cervical

entre a C3 e C4.

Nem todos possuem esse padrão de alinhamento e devemos respeitar a individualidade

de cada um para entender o alinhamento neutro de pessoa para pessoa. O melhor

alinhamento é aquele no qual as articulações repousam de forma eficaz, sem tensão, e

depois do movimento voltam ao seu correto posicionamento, ganhando assim

estabilidade, tanto dinâmica quanto estática.

Muitos alunos não conseguem posicionar sua coluna no alinhamento neutro, tanto em

decúbito dorsal como em decúbito ventral, ou em pé, e acabam por realizar movimentos

compensatórios na coluna, podendo, devido a disfunções musculoesqueléticas, causar


danos nas estruturas articulares e sobrecarregar de forma progressiva os discos

intervertebrais.

Para evitar essa sobrecarga e garantir eficiência no movimento, surgiu um alinhamento

compensatório que tem como principal objetivo aumentar a atividade dos músculos do

powerhouse e garantir maior conforto ao aluno para execução dos movimentos.

Esse alinhamento recebe o nome de Imprint, que consiste num encurtamento dos

oblíquos, sem ativação dos glúteos, causando uma flexão de pequena amplitude da

coluna lombar e, consequentemente, uma inclinação posterior de pelve. Esse

alinhamento deve ser feito quando existe uma fraqueza muscular, encurtamentos,

grande massa glútea, uso excessivo dos extensores de coluna e hiperlordose.

Na posição de decúbito dorsal, quando os membros inferiores estão fora do chão, em

cadeia aberta, o desafio para a pelve é grande. Por isso, a pelve imprint no início será

necessário para não sobrecarregar a coluna e causar movimentos errôneos na mesma.

O uso da pelve imprint, como já relatado, é um alinhamento compensatório e deve ser

usado apenas nos casos citados, logo, sua utilização não deve ser permanente a ponto

de se excluir o alinhamento neutro da rotina do aluno.


A pelve neutra no Pilates é usada, na grande maioria das escolas do método, até

mesmo em outras modalidades de exercícios, como a musculação e a ginástica. Maior

parte dos movimentos dos membros superiores e inferiores desafia a estabilidade da

coluna como um todo e a musculatura que envolve essa coluna, tanto a mais superficial

como a mais profunda, é de suma importância.

KENDALL; MACCREARY E PROVANCE 1995, relatam que os músculos têm um papel

de, além de movimentar o corpo, suportar as estruturas esqueléticas, por isso, é preciso

compreender o posicionamento neutro da coluna na posição estática e também na

posição dinâmica. Assim podemos compreender os encurtamentos e fraquezas de cada

aluno e programar o seu treino de forma mais segura e eficaz.

A pelve neutra de cada um obedece a história e composição corporal individual, por isso

é preciso personalizar para se conquistar resultados efetivos com esse posicionamento

e diminuir as cargas imprecisas impostas em cada segmento da coluna e nas

articulações em geral. Afinal, toda articulação possui o seu alinhamento neutro e este

deve ser respeitado de forma fisiológica e funcional.

Existe uma série de comandos verbais, visuais e táteis para ajudar os alunos a

encontrar a pelve neutra. O fato é que o professor deve estar atento ao correto

posicionamento e usar de feedbacks claros e individuais, a fim de estimular, além do

posicionamento da pelve, a correta ativação da musculatura para manter esse

alinhamento e assim ensinar para o aluno, tornando– o autônomo e eficiente nesse

posicionamento, sem nenhuma sobrecarga ou fadiga excessiva.

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