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O GUIA COMPLETO

DO PLIÉ
ü Conheça a Anatomia envolvida na execução
ü Como orientar seus alunos de forma efetiva
ü Saiba os erros comuns e como evitá-los
ü Aprenda como contralar melhor o movimento
O GUIA COMPLETO DO PLIÉ I PAG. 1

Olá,

Meu nome é Carol Lima, sou fisioterapeuta e professora de Ballet


Clássico da Escola Petite Danse. Eu escrevi o guia completo do plié
para esclarecer e tirar dúvidas sobre um dos passos mais importantes
da dança.

Aqui eu vou abordar a anatomia envolvida na execução do plié, como


fazê-lo de forma eficiente, como evitar lesões, alguns erros comuns e
como corrigi-los. Essas informações serão muito úteis para
professores de dança, bailarinos profissionais e amadores!

§ A IMPORTÂNCIA

O plié é um passo extremamente importante que deve ser


compreendido pelos alunos desde cedo para que eles possam
desenvolvê-lo com uma técnica adequada desde o início do
aprendizado, caso contrário, poderá gerar lesões e dificuldades físicas
futuramente, e nesse artigo eu vou explicar os motivos e como
evitá-los.

O plié é um passo utilizado em praticamente todas as modalidades


de dança e funciona tanto na impulsão; gerando energia para o
bailarino saltar, correr, transferir a perna de base para outros passos
(como o Piqué, por exemplo); mas também é importante na chegada
do solo novamente; na descida do salto, como em um relevé, por
exemplo.

UM PLIÉ EFICIENTE PRECISA SER:

ü Dinâmico
ü Ágil; conter a força necessária para projetar o bailarino para o alto
novamente
ü Elástico
ü Controlado; para que o bailarino possa ter uma melhor absorção
de toda carga que o corpo recebe quando "aterrissa" do salto e
vem para o solo novamente.
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A absorção da carga, é extremamente importante na prevenção de


lesões. Um plié muito rígido, vai gerar uma série de lesões nos joelhos,
tornozelos e pés desse bailarino, o impacto estará sendo muito grande
sobre essa região. Essas lesões podem ser: tendinites, tendão de
aquiles, facite plantar, entre outras.

Outro dia, eu estava assistindo o coach que a Monique Loudieres


estava dando para as participantes do Prix de Lausanne. E para quem
não a conhece, Monique foi uma bailarina francesa, principal da
Opera de Paris e atualmente é uma professora de ballet renomada.

E durante esse ensaio, ela insistia com as bailarinas; "façam plié com
seus calcanhares para baixo, calcanhares para baixo", ela era muito
enfática em relação a qualidade dos pliés e também ao alinhamento
dos joelhos durante os foundues. Teve uma frase que ela disse para
uma bailarina, que eu achei muito interessante. Ela disse; "mantenha
os seus calcanhares baixos, o plié é a sua espera"

E eu sempre cobrei isso das minhas alunas, eu falava que elas


precisam aprender a "segurar o plié", porque muitas vezes o bailarino
precisa manter o seu plié por alguns instantes; para esperar um
tempo musical ou para sustentar uma pose. Então, por mais que o plié
ainda seja visto como "impulsão", a gente precisa compreendê-lo
também como absorção. E para conseguir mantê-lo, é necessário
força e controle muscular!

Munique Loudierès no Prix de Lausanne


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§ O QUE É UM PLIÉ EFICIENTE?

Na chegada e absorção de um salto, ele precisa ser elástico.

Para as crianças que tem dificuldades com a mobilidade no tornozelo


(crianças que não tem tanta amplitude no movimento) é muito difícil
fazer um plié elástico, porque assim que ela encosta os pés no chão, o
movimento já termina, então ela acaba fazendo um plié muito rígido!

Ela precisa entender, que ao tocar no solo, essa dobra do joelho


precisa ser gradual; ela precisa controlar, dentro da quantidade de
plié que ela tem, o tempo de maciez do movimento: dobrar devagar a
perna, independentemente da quantidade de plié que ela possui.

Outro fator importante, é a direção dos joelhos durante o movimento.


Quando o plié é executado, o aluno precisa projetar o joelho em
direção aos dedos do pé. Essa projeção vai fazer com que o peso do
corpo, seja totalmente estabelecido sobre os pés. Se esses joelhos se
projetam para frente, esse peso vai ficar totalmente sobre os próprios
joelhos, porém eles que não estão preparados para receber todo
esse peso sozinho. Nas próximas páginas eu vou explicar melhor
sobre isso e ilustrar com imagens!
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§ A IMPORTÂNCIA DOS PÉS NO PLIÉ?

O plié vem com toda energia do salto e quando chega no chão, essa
energia não pode parar no tornozelo. A bailarina precisa distribui-la
para os pés.

Eu costumo dizer para as minhas alunas que é como se escorresse


uma água pelas pernas, essa água bate nos tornozelos e escorre
pelos pés. Essa sensação de expandir a força e a energia, vai fazer
com que o plié fique mais estável e que o pé receba melhor essa
carga. Assim, a absorção será muito eficiente.

§ A AÇÃO MUSCULAR DO PLIÉ

Um plié eficiente também deve contar com uma ação muscular! Eu


sempre falo: "Plié não é só dobrar os joelhos; é fazer uma flexão do
joelho". Isso faz com que você realmente ative a musculatura anterior
da perna, que é o tibial anterior, um potente flexor do tornozelo.

Fazer com que o seu aluno controle a força do plié na descida e na


subida, fará com que ele tenha um movimento muito mais eficiente,
principalmente no momento do salto, quando esse plié realmente vai
virar uma impulsão. O aluno vai conseguir encontrar embaixo da sola
do pé, uma força que vai projetá-lo contra o solo e vai levá-lo para
cima.
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§ CUIDADO COM A COMPENSAÇÃO

No momento da iniciação a técnica, quando as crianças estão


começando a entender a movimentação do plié, elas tendem a levar
a cabeça para frente, projetando o corpo junto (conforme a foto
abaixo) porém, é muito importante que você impeça que isso
aconteça! Pois na verdade, ela simplesmente está compensando para
as costas, um movimento que deveria estar sendo trabalhado a partir
dos joelhos e tornozelo.

Na execução correta e segura, o aluno deve estar com as costas retas


e alinhadas, fazendo o movimento apenas nas pernas, sem deixar que
projete a cabeça ou as costas para frente.
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Outra compensação muito comum no demiplié, principalmente


quando existe uma dificuldade física (como um plié muito encurtado)
é quando a aluna joga o peso do movimento no dedão.

Nesse caso, ela terá a sensação de estar afundando mais o plié, mas
é uma sensação ilusória, pois ela não está fazendo os movimentos a
partir do tornozelo e do joelho, como seria o correto e sim do arco
plantar. Isso cria um desalinhamento muito grande nos joelhos e
principalmente uma sobrecarga excessiva nos arcos plantares.

§ A ANATOMIA DO PLIÉ

O plié acontece em 3 articulações ao


mesmo tempo: quadril, joelho e
tornozelo.

No momento em que um bailarino


inicia o plié, é importante que ele
"destrave" as três articulações ao
mesmo tempo! É muito comum, ver
bailarinos com bumbum muito
encaixado, muito preso.

E na hora da execução desse passo,


se os seus músculos estiverem muito
apertados, ele não vai conseguir
mover a articulação do quadril
( articulação 1 da imagem ao lado) e
o seu plié vai ficar muito restrito
apenas ao joelho e tornozelo.
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É importante que logo no aquecimento da aula, quando o aluno fará


um plié calmo e tranquilo, ele lembre e se conscientize, que precisa
utilizar as 3 articulações ao mesmo tempo.

Ele deve soltá-las e destravá-las antes de iniciar o exercício,


permitindo que o movimento aconteça nessas articulações.

Das três articulações, a que terá mais influência na quantidade de plié


que você deve executar, é a articulação do tornozelo. Ela é o foco
principal quando precisamos trabalhar na melhoria do plié. Ela fica
localizada na junção entre a perna e o pé.

O tornozelo é o elo que junta a sua perna com seu pé.

Ele é formado pela Tíbia, que é o osso que fica mais para dentro da
perna. Pela Fíbula, que é a parte mais externa e pelo Talus, que é um
osso quadradinho que fica encaixado entre esses dois ossos.
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Mas o que pouca gente sabe, é que o tornozelo só pode fazer o


movimento de Dorsiflexão e a Plantiflexão. O movimento de inversão,
Eversão, abdução e adução não acontecem no tornozelo! Então fica
muito característico a função dessa articulação no plié.
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§ O PLIÉ NA PRÁTICA

Sem dúvida, a melhor forma de evitar lesões em um bailarino, é


através da movimentação correta de todos os passos. E uma das
formas de alcançar essa excelência no movimento, é ter uma
progressão pedagógica adequada e com correções feitas desde o
início do aprendizado da criança. Não deixem passar erros nas aulas,
corrijam sempre os alunos, isso faz toda diferença!

PLIÉ, DEMIPLIÉ E GRAND PLIÉ

São definições simples, porém podem causar confusão para quem


está iniciando como professor ou bailarino, por isso antes de mostrar a
aplicação do plié na prática da sala de aula, eu vou mostrar
rapidamente a definição dessas três palavras:

Plié = dobrar os joelhos,


Demi plié = uma pequena dobra dos joelhos
Grand plié = que é uma grande dobra dos joelhos.

Demi plié Grand plié


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§ INICIANDO O APRENDIZADO: 1ª POSIÇÃO

Agora vamos lá!

Uma criança inicia o aprendizado do plié, a partir dos 7 anos de idade,


de frente para barra e na paralela. Na minha opinião, essa é a idade
ideal para um aluno iniciar o trabalho técnico da dança.

Nessa fase, é comum que o professor peça para o aluno "encaixar o


bumbum".

Porém, nem sempre o aluno entende essa orientação de forma clara e


correta. Muitas vezes, ele realiza o movimento do plié "encaixando o
bumbum", porém empurrando o joelho lá para frente, avançando a
frente dos pés (como na imagem abaixo). Essa não é a forma
adequada de fazer o plié, pois nesse caso, houve flexão apenas nos
joelhos e tornozelos, não houve flexão no quadril, ele está preso. E
como eu falei anteriormente, a movimentação correta envolve as 3
articulações

ERRO COMUM #1
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Outro erro muito comum na iniciação do aprendizado do plié, é


projetar o corpo para outras partes que não sejam as pernas, como
as costas por exemplo (veja na imagem abaixo). Essa movimentação
não é eficiente.

Quando eu dava aula de ballet para crianças que estavam iniciando


a técnica da dança, eu costumava apoiar na cabeça delas uma
plaquinha de EVA, caixinha de Cd, fichas de aula, enfim; objetos leves e
que pudessem ser facilmente equilibrados na cabeça de uma
criança. Isso fazia com que elas entendessem exatamente a
movimentação correta do plié.

Cobrar e orientar a movimentação correta desse passo, pode parecer


simples, mas é exatamente na simplicidade que evitamos lesões. O
professor que garante a execução correta dos passos simples, está
prevenido uma série de possíveis problemas físicos que aquele aluno
terá no futuro!

ERRO COMUM #2
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§ 1 ª POSIÇÃO: A EXECUÇÃO CORRETA

A primeira coisa que você deve ensinar ao seu aluno, é que ele precisa
fazer o plié em 3 pontos: Quadril, joelho e tornozelo ao mesmo tempo!
Mantendo a orelha, ombro e quadril na mesma direção, sem projetar o
joelho muito a frente dos pés, como na posição anterior.
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§ 1 ª POSIÇÃO EN DEHOR

Em um segundo momento, quando os estudos avançam, o plié passa


a ser realizado na primeira posição en dehor.

E uma instrução importante, é que agora esse joelho precisa ser


projetado absolutamente sobre o segundo e terceiro dedo do pé,
portanto se a criança inicia “encaixada demais”, o joelho será
projetado para frente, o que gera um desalinhamento com o pé.

O resultado, será um estresse muito grande na face medial do joelho e


pode gerar inflamação nos ligamentos da face medial do joelho

ERRO COMUM #3
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§ 1 ª POSIÇÃO EN DEHOR: EXECUÇÃO CORRETA

Então, como você pode orientar a sua aluna nesse posição?

Você pode sugerir que ela imagine que está entre duas paredes
muito próximas e quando ela fizer o plié, esse joelho precisa ser
projetado para os lados, para que ela alcance esse alinhamento
correto do joelho

Na foto acima, você pode observar que ela está executando a


flexão do quadril, do joelho e do tornozelo, o calcanhar está bem
apoiado e o pé está completamente relaxado no chão. O
movimento portanto, está correto!

Agora que já entendemos a primeira posição, vamos explicar o


funcionamento do plié na segunda posição.
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§ INICIANDO NA 2 ª POSIÇÃO

Outro momento super importante de um Demiplié, é quando abrimos


para a segunda posição.

Devemos tomar cuidado, pois alguns alunos tendem a fazer uma


rotação do calcanhar, buscando um posicionamento do joelho.

Na verdade ele está movendo a parte errada da perna. E apesar dessa


movimentação ficar muito visível na segunda posição, também
acontece na primeira e na quinta.

Quando o professor orienta: "abre o joelho'' alguns alunos tendem a


fazer essa rotação da perna:

Esse é um movimento que existe no corpo, que é a rotação secundária


da Tíbia, mas ele só acontece quando o joelho está dobrado. Porém,
ela faz a rotação com o joelho dobrado, mas depois retorna para cima
dessa forma, gerando um estresse em torçam muito grande no joelho.
Como no exemplo da próximo foto:
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Então a forma de orientar a


execução correta do plié na
segunda posição é que, o
aluno substitua essa rotação
do tornozelo por uma
rotação na coxa.

O aluno precisa fazer dois


movimentos: um de abrir a
coxa para o lado com
aquela ideia de estar entre
duas paredes e girar a coxa
um pouco para fora, como
no exercício do sapinho.

Na foto ao lado, esse


mecanismo está bem claro.
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§ DIFICULDADES NO PLIÉ

A dificuldade no plié, pode estar de 3 pontos;

ü Restrição articular: Ineficiência do deslizamento do Talus, ou seja o


Talus é muito projetado para frente e na hora da flexão ele não
consegue ser projetado para trás, então isso gera um bloqueio do
movimento

ü Limitação muscular; encurtamento da panturrilha

ü Limitação tendínea: Encurtamento do tendão de aquiles, é o


tendão que vai restringir muito o demiplié.

Mas não pensem que apenas as pessoas que tem dificuldades


físicas, devem se preocupar com a execução desse passo, quem tem
um plié muito fundo também precisa ficar atento! Porque um plié
muito fundo, pode gerar um impacto anterior na articulação do
tornozelo, assim o Talus vai se chocar com a Tíbia e isso pode gerar
uma inflamação local.

E não apenas por uma questão de prevenção de lesão, mas também


por uma questão de eficiência. Esse plié muito fundo, pode dificultar
a impulsão. Ela vai ter uma absorção melhor do plié, porém a
impulsão será dificultada.

Então se você observar que seu aluno tem um plié muito fundo,
comece a ensiná-lo a fazer o plié em um tamanho adequado,
usando muito a musculatura, fazendo a descida da perna com muito
controle muscular, para que ela funcione como o "freio" de uma ação
muscular durante o salto.

Sabe quando a bailarina salta e vai láaaa embaixo e novamente


salta e vai láaaaa embaixo de novo e quanto mais isso se repete,
mais energia ela perde!

O ideal é que ela possa saltar e subir novamente, saltar e subir


novamente, sem descer tanto e também sem ser rígida demais.
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§ CONTROLE MUSCULAR DURANTE A EXECUÇÃO

Como você vai fazer para que seu aluno controle o músculo durante
a execução do plié?

O plié é um movimento que está no sentido da gravidade, ou seja, se


você simplesmente soltar o seu corpo, sua perna dobra, pois existe a
força chamada gravidade que te puxa para baixo.

Quando você volta do plié, é mais fácil encontrar a ativação


muscular, porque você está subindo seu corpo contra uma força, que
é a força da gravidade.

Portanto, conseguir o controle muscular na descida do plié, é muito


mais difícil do que na subida.

Antes de fazer o plié, você pode pedir para seu aluno contrair e
apertar a musculatura da coxa e da frente da perna - que é o Tibial
anterior (a canela) - e imaginar que tem alguém segurando a
cabeça dele para cima (como na foto ao lado), mas que ele precisa
descer de qualquer jeito.

Quando o aluno cria essa resistência


imaginária na cabeça dele, os músculos se
ativam para ajudar na descida.

Quando ele chegar no plié, peça que


continue mantendo essa força para baixo,
como se estive empurrando o chão.

Vocês já perceberam que gosto de ensinar


através de metáforas, né? Rs!! Mas é
verdade! Eu percebi na prática, que assim
fica mais fácil o entendimento dos alunos.
Por isso fico buscando ideias e tentando
relacionar os passos com coisas “fora do
ballet” para que elas entendam melhor!
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§ MOBILIDADE

A mobilidade do tornozelo é muito importante para o plié. Falamos


da parte articular, mas agora vamos falar da parte muscular que
influencia bastante nessa movimentação. Precisamos pensar na
panturrilha como o músculo mais importante para conseguirmos
manter um bom alinhamento.

A Panturrilha (ou "batata da perna", como é popularmente chamada)


é um grupamento muscular que engloba 3 músculos: Gastrocnêmio
medial, Gastrocnêmio lateral e o Solear.

Desses três músculos, o solear trabalha somente fazendo a


plantiflexão e os gastrocnêmios começam acima do joelho, fazendo
a plantiflexão e auxiliando os posteriores de coxa na flexão dos
joelhos também.
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Esse é um músculo muito grande e muito importante, que tem a sua


inserção no calcâneo, que é o famoso tendão de Aquiles. É um
músculo que tem uma importância muito grande para um bailarino,
pois é utilizado para subir na ponta, para saltar, em relevês, piruetas e
também na absorção dos pliés. Então é importantíssimo que o
bailarino faça um alongamento dessa estrutura ao final da aula, pois
se trata de um músculo que sempre será muito utilizado durante a
atividade de aula e apresentações .

Eu sempre falo sobre a importância de entender o corpo do seu


aluno de forma individual, pois cada físico possui características
únicas, que devem ser compreendidas e trabalhadas de maneiras
diferentes.

Se você gostou desse guia e quer saber mais sobre anatomia e


dança, lá no meu instagram eu também dou dicas sobre o tema. Se
você ainda não segue, corre lá @carollima.fisio.

Eu espero, de verdade, que esse artigo tenha ajudado e até a


próxima!

Quem sou eu?

Meu nome é Carol Lima, fui bailarina


formada pela Escola Estadual de Dança
Maria Olenewa (Escola do Theatro Municipal
do RJ). Sou professora de ballet clássico na
Escola de Dança Petite Danse desde 2002.

Fisioterapeuta formada pelo IBMR com


especialidades em Trilhos Anatômicos , RPG
e Pilates e certificada pelo método
Progressing Ballet Tecnique.

Sou professora de Anatomia aplicada a


Dança do curso Profissionalizante da Petite
Danse desde 2003 e ministro aulas de
Anatomia Aplicada a Dança, lesão e
prevenção nos Cursos de Aperfeiçoamento
do Sindicato de Dança do Rio – CAP, desde
2016. Em 2018, o curso Online Anatomia da
Dança.

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