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Nomenclatura do Ballet

O Ballet clássico é conhecido não só pela sua graciosidade e leveza, mas também pela
variedade de passos que existem, iremos aprender alguns desses nomes, lembrando que
todos eles estão em francês devido a origem do ballet.

 Adágio  – lento. São movimentos que buscam sempre o sentido da linha do


corpo e equilíbrio. Trabalha-se na barra e no centro.

 Allegro – rápido, alegre. É utilizado para caracterizar, normalmente, os


saltos dentro da aula de ballet.

 Allongé – alongado, estendido.

 A la second – ao lado.

 Battement – separação de pernas.

 Changement de pied  – troca de pés.

 Coreografia – Arte de criar a dança, criar a movimentação, a seqüência dos


movimentos que serão executados pelos bailarinos.

 Cou de pied – colo do pé. Executado na frente, atrás ou “abraçado”.

 Devant – na frente.

 Derrière – atrás.

 Demi – metade.

 Developpé – desenvolvido.

 En dehors – para fora. Um movimento que parte da frente para trás.

 En dedans  – para dentro. Um movimento que parte de trás para frente.

 En avant – para frente. Indica um movimento que se executa avançando


para frente.

 En arrière – para trás. Indica um movimento que se executa avançando para


trás.

 En l’air – no ar.
 Grand – grande.

 Par terre – pelo chão.

 Petit – pequeno.

 Plié – flexão do joelho.

 Port de Brás – movimento dos braços.

 Sautte – Saltado.

A posição dos braços é o passo fundamental no ballet pois são eles que
definem ainda mais nas coreografias, na imagem acima temos todas as
posições dos braços usadas no ballet.
Preparatória ou bras bas – É a posição inicial da maioria das coreografias
e exercícios do ballet, as mãos e os braços não podem ficar muito perto do
corpo e nem muito longe.

1° posição dos braços – Mantendo o mesmo formato da preparatória, a 1°


posição é levada na direção do umbigo com os braços no formato
arredondado, é um dos braços usados para a preparação de piroutte e
deboule.

2° posição dos braços – Na segunda posição os braços abrem lado a lado,


mas sem deixar o formato arredondado e os ombros não podem ficar
caídos de jeito nenhum, é um dos braços usados para o deboule.

3° posição dos braços – A partir da terceira em diante começa complicar


um pouquinho, mas é uma questão de atenção da parte do aluno. Na
terceira posição um dos braços vai para a primeira posição enquanto o
outro continua na segunda, lembrando que a escolha do braço vai
depender do(a) professor(a) e o formato arredondado precisa ser
mantido.

4° posição dos braços – A quarta posição dos braços tem duas variações a
comum e a cruzada.
Comum – É quando um dos braços sobe para cima (ou quinta posição,
como veremos mais a frente) e o outro permanece na segunda posição,
sempre mantendo o formato arredondado.
Cruzada – É quando o braço que está na segunda posição passa para a
primeira posição, essa é a única modificação feita.

5° posição dos braços – A partir daí o braço que está na primeira posição
sobe para cima se juntando com o outro braço, que dá início a quinta
posição dos braços, para saber se está correto olhe para cima sem a
cabeça acompanhando e veja se consegue ver a sua mão, se estiver vendo
ela significa que está correto, lembre se de sempre manter o formato
arredondado em todas essas posições de braços.

As posições dos pés complementam a base do ballet para dar início aos
passos, exercícios e coreografias é importante que em todas essas
posições os joelhos estejam esticados e os pés e joelhos em en dehors
(para fora).
1° posição dos pés - A primeira posição dos pés na maioria das vezes é a
base de todo exercício ou coreografia, os pés e joelhos devem estar
abertos para fora (no limite do bailarino) estando somente junto, os
calcanhares.

2° posição dos pés - Na segunda posição as pernas se afastam um pouco


mas sem sair do eixo, e os pés e joelhos continuam para fora.

3° posição dos pés – Na terceira posição um dos pés permanece na


primeira posição enquanto o outro se coloca na frente desse pé cobrindo
apenas metade dele (no arco do pé), lembrando que os pés e joelhos
ainda continuam para fora e esticados.

4° posições dos pés – Na quarta posição o pé que está na frente irá se


afastar do outro pé indo para frente, mas dessa vez ele deve cobrir
totalmente a visão do outro pé.

5° posições dos pés - Na quinta posição o pé que está na frente volta a se


juntar novamente com o pé que está atrás, mas diferente da terceira
posição o pé continua mantendo o mesmo formato que o da quarta,
cobrindo totalmente a visão do pé de trás.

Obs: Lembrando que em todas essas posições, os joelhos devem estar


esticados e para fora, os pés também (mas no limite do bailarino).

 AS MÃOS

A – posição para principiantes, a cuidar principalmente na barra. O polegar


encosta no dedo médio.
B – mais tarde já não é preciso encostar, basta esconder naturalmente o
polegar, sem forçá-lo para dentro.
C - a palma da mão deve sempre estar virada para dentro ou para baixo.
Nunca para fora  ou para cima, salvo em coreografias especiais.
D – posição da mão no arabesque.
E – posição errada.

Equilíbrio e concentração
Para dançar ballet, trabalhar seu equilíbrio se faz necessário e porque não dizer
essencial, levando em consideração que muitos passos são feitos com o peso do
corpo em apenas uma perna de apoio, ou no demi pointé ou nas pontas.

O que é equilíbrio?

Dá-se o nome de equilíbrio à situação em que se encontra um corpo quando,


apesar de ter pouca base de sustentação, se consegue manter sem cair.

Entenda como o equilíbrio funciona.

Quando em perfeito equilíbrio, seu centro de gravidade está exatamente acima do


ponto onde você toca no chão (ou, se houver vários desses pontos, entre eles).
Para o corpo humano, sendo como é, é impossível continuar exatamente nessa
posição por muito tempo; os desvios dessa postura ideal em breve irão aparecer e
aumentar rapidamente (em outras palavras, você vai começar a balançar). A fim
de manter seu equilíbrio, você precisa saber o quanto antes quando isso acontece;
os desvios são fáceis de corrigir quando você os observa na hora, mas quando
você os observa tarde demais, vai se tornar muito difícil voltar a uma posição de
equilíbrio e você vai cair.

Exercícios para treinar o equilíbrio

Manter seu olhar focado em algo estacionário enquanto se equilibra torna mais
fácil manter-se estável, pois permite que você veja quando está se movendo em
comparação com a coisa que você está olhando. Quão útil esta entrada visual é
depende da distância entre você e o ponto para o qual está olhando. Se você olhar
para algo perto de você, você vai notar facilmente quando se mover e ajustará sua
posição inconscientemente. Se você olhar para algo mais ao horizonte, os
movimentos sutis se tornarão muito mais imperceptíveis. A visão periférica
também é usada para referência de equilíbrio, assim, você só vai estar
completamente desprovida de ajuda visual quando seu campo de visão inteiro
estiver cheio de coisas distantes. (Ou quando seus olhos estiverem fechados).
ouvir o seu corpo. Sinta como ele oscila ligeiramente e corrige sua postura o tempo
todo. A sensação será mais perceptível quando os pés estão juntos. Esta é uma
boa maneira de conhecer as sensações do sistema vestibular e um bom exercício
para refinar este sentido. Haverá pouco ou nenhum risco de cair com este
exercício, mas, uma vez que a sensação é muito sutil, exigirá alguma paciência e
concentração.

Para uma forma mais prática, tente se equilibrar em uma perna por, digamos, meio
minuto. Se você se sentir instável, tente dobrar o joelho levemente.

Para desenvolver seu senso de equilíbrio ainda mais, em vez de se apoiar em uma
perna, repita os passos acima com o pé sobre várias coisas imóveis, cujas
superfícies sejam menores ou mais estreitas do que a sola do seu pé. Procurar
coisas sobre as quais pisar em todos os lugares ao seu redor; meio-fios, muros
baixos, banquinhos, etc. Quanto menor a superfície de contato entre o pé e a coisa
imóvel, mais difícil será manter o equilíbrio.

Com o tempo você também pode começar a se equilibrar na meia ponta ou na


ponta, em vez de se apoiar em toda a sola do pé, sempre tentando ficar cada vez
mais na mesma posição.

O equilíbrio será muito importante em muitos exercícios, este treinamento ajuda a


melhorar o seu balance.

Mais dicas:

- Faça abdominais e você deve notar uma melhora no seu equilíbrio.


Abdômens fortes ajudam por estarem trabalhando músculos centrais.

- Seja paciente. O equilíbrio não melhora da noite para o dia, então, não se
esforce demais nisso, querendo resultados rápidos.

- exercite a panturrilha para fortalecer suas pernas

POSTURA DO CORPO NA BARRA

A postura do corpo na barra é a base da estabilidade de um bailarina. O corpo


deve estar reto e natural, com o peso bem distribuído entre as pernas e pés.
Quando um pé estiver com o calcanhar fora do chão, o peso do corpo deverá
estar totalmente em cima da perna de sustentação, e distribuído igualmente em
toda a superfície do pé. (perna de base)
O pé que esta no chão não deverá jamais cair para frente.
O corpo na barra não deve cair, nem para frente, nem para trás, e o aluno deve
poder levantar a mão que segura a barra sem cair, permanecendo no seu
prumo de equilíbrio.
A base deste equilíbrio é a espinha dorsal.
Exemplos de diferença de postura no ballet.
Sapatilha de Ponta
Criada no século 19, a sapatilha de ponta foi um dos fatores que vieram dar
sustentação aos ideais românticos em um espetáculo cênico. “O romantismo
colocava em evidência a maneira apaixonada de encarar a vida, valorizando a
figura feminina, por isso as bailarinas mulheres começaram a ocupar os papeis de
protagonista nos espetáculos e, até hoje, a sapatilha é usada apenas por
mulheres numa formação em balé clássico”.

Quando usar uma sapatilha de ponta ?

O primeiro ponto que é preciso entender sobre as sapatilhas de ponta é que


elas não são para todos as bailarinas. Para começar a utilizá-las é preciso
que a dançarina tenha um certo nível de técnica e amadurecimento físico.
Esses fatores, dentre outros, são fundamentais para o bom desenvolvimento
com o acessório.

Muitas bailarinas (e pais) sonham com o começo do trabalho nas pontas,


depois de algum tempo no ballet, no entanto essa decisão deve ser tomada
pelo seu professor. Em alguns casos, as bailarinas podem até achar que é
injusto e ficarem chateadas, mas o profissional vai agir sempre pensando
no melhor para bailarina e o seu desenvolvimento.

Subir na ponta é considerado uma técnica avançada, pois exige força e


coordenação para trabalhar nessa posição com segurança. O movimento
coloca todo o seu peso na extremidade dos pés, diminuindo a amplitude de
deslocamento da articulação do tornozelo, o que aumenta as demandas
mecânicas sobre as estruturas dos dedos.

Os fatores que influenciam na capacidade da bailarina de subir nas


pontas são:

o Idade: é recomendado que a aluna tenha no mínimo 11 anos;


o Técnica: é fundamental ter uma base sólida no ballet, normalmente
um período mínimo de três anos de estudo consecutivos;
o Maturidade física: a bailarina precisa ter um  condicionamento
físico para que ela consiga dançar na ponta com segurança, algumas
academias exigem até um atestado médico antes de autorizar o uso
do acessório;
o Amplitude de movimento nos tornozelos: é preciso conseguir
realizar a posição em que os pés ficam em uma linha reta com a
canela.
Por conta do seu grau de dificuldade, o uso da sapatilha de ponta só é
indicado quando a bailarina domina o básico do  ballet clássico, equilíbrio,
postura e flexibilidade. “Primeiro, você aprende os passos, se prepara
fisicamente e depois começa a fazê-los na ponta, com um grau de
dificuldade maior”.

Do que elas são feitas ?


Sapatilhas de ponta são geralmente feitas à mão usando muitos
materiais – camadas de tecido e cola, cobertas de cetim, com uma sola
de couro dura. Quando a cola seca, torna-se dura e fornece rigidez e
suporte. Por mais difíceis que sejam, no entanto, são mais flexíveis do
que a madeira, o que permite que seus pés rolem para cima e para
baixo, enquanto o tempo todo é suportado em ponta.

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