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Método Vaganova (ballet russo)

Criado 1920 pela russa Agrippina Vaganova, que foi a diretora artística
do Kirov Ballet durante muitos anos. Reúne a técnica francesa e inglesa,
sofrendo apenas pequenas modificações. 
Baseada no trabalho de vários professores da Escola Coreográfica de
Leningrado, ela criou o livro “Os Princípios Básicos
do Ballet Clássico”, onde enfatiza uma pedagogia que busca o aprendizado
de forma gradual, onde cada grau tem seus exercícios característicos, e de
maneira a preservar o aluno de injúrias, enfatizando, para isso, a consciência
corporal do estudante a cada movimento.
Seu trabalho é focado principalmente no desenvolvimento das
características necessárias para que os bailarinos possam executar o pas de
deux e ênfase especial é dada a dançar com o corpo inteiro ao invés de
simplesmente se executar movimentos mecanicamente. Os primeiros estágios
focam no epaulement e na estabilidade e força das costas, visando a que o
movimento seja fluido e harmonioso. 
  Os exercícios diariamente ensinados na barra vão, gradativamente
sendo levados para o centro. O adage e o allegro são trabalhos que se seguem
nos exercícios do centro. Os bons hábitos adquiridos pelos estudantes nos
exercícios devem ser mantidos na prática diária e devem ser baseados em
estritas regras metodológicas.
Além disso, dá muita ênfase à busca da estabilidade como um dos
elementos estruturais da dança clássica. Para alcançar a estabilidade se faz
necessário dar ao corpo condições de manter-se seguro e firme nas diversas
poses e exercícios sobre o pé inteiro, na meia ponta e na ponta, tanto no
trabalho de saltos e giros, à terre ou en l‘air e nas conclusões de movimentos,
evitando mexer a perna de base ou quicar sobre ela. Será igualmente de
fundamental importância para o trabalho de pas de deux.
O desenvolvimento da estabilidade tem início no primeiro ano, em
exercícios de barra, quando o aluno começa a entender a distribuição do peso
do corpo sobre uma ou sobre ambas as pernas. A fonte da estabilidade
localiza-se na coluna e sua base repousa na preservação do eixo vertical que
passa pelo meio da cabeça e do corpo e vai até o peito do pé de base colocado
inteiro no chão. O equilíbrio vai depender da combinação do peso do corpo
corretamente colocado sobre o eixo e da sua postura alongada.
Os saltos são a parte mais difícil das aulas. Tudo o que é produzido
pelos exercícios da barra, do centro e pelo adage estão diretamente ligados
aos saltos e de muitas maneiras favorecem o seu desenvolvimento. Mas uma
atenção especial deve ser concedida aos próprios saltos.
Um salto vai depender da força dos músculos da perna, da elasticidade
e força dos ligamentos dos pés e dos joelhos, do desenvolvimento do tendão
de Aquiles, da força dos dedos e, especialmente, da força das coxas.
Cada novo salto é estudado frente à barra, depois do que passa a ser praticado
na barra e no centro da sala.
No método Vaganova, os bailarinos trazem a atenção para as suas
mãos. Cada professor monta a sua própria aula, de acordo com as orientações
dadas a eles e os alunos em sua classe. É o método Vaganova que constitui o
núcleo do programa no Royal Winnipeg Ballet School. A Escola do Teatro
Bolshoi no Brasil também utiliza do método.
A criadora – Agrippina Vaganova
O método foi criado por Agrippina Vaganova,  graduada
do St. Petersburg Ballet Imperial da escola. Depois de deixar o
palco, Vaganova começou a ensinar e desenvolver o sistema de
ensino que se tornaria conhecido como o método Vaganova.
Como professora, Vaganova incentivou os alunos de ballet
a aprender a corrigir seus próprios erros e aprender com suas
falhas. Durante suas aulas, ela levava tempo para explicar cada
exercício, descrevendo a forma correta, bem como a finalidade do
exercício. Seus alunos muitas vezes criavam novas combinações
de forma independente com os passos que tinha aprendido
durante as aulas.

- Arabesques
 Vaganova:

1º arabesque: chamado aberto, ouvert. O braço oposto à perna erguida está


estendido para frente.
2º arabesque: o braço corresponde à perna estendida.

3º arabesque: fica de frente para o público. A perna fica em croisé.


4º arabesque: pernas na mesma posição que o terceiro, mas o braço é oposto
à perna estendida.

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