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EMBRIOGÊNESE SOMÁTICA
MOURA, Luciana Coelho de et al. Effects of explant type, culture media and Picloram
and Dicamba growth regulators on induction and proliferation of somatic embryos in
Eucalyptus grandis X E. urophylla. Revista Árvore, [s.l.], v. 41, n. 5, 2017.
MURASHIGE, T.; SKOOG, F. A revised medium for rapid growth and bioassays
with tobacco tissue cultures. Physiologia Plantarum, v. 15, n. 3, 1962.
VICTÓRIO, Cristiane Pimentel; LAGE, Celso Luiz Salgueiro; SATO, Alice. Tissue
culture techniques in the proliferation of shoots and roots of Calendula officinalis.
Revista Ciência Agronômica, [s.l.], v. 43, n. 3, 2012.
CAPÍTULO 7
SEMENTES SINTÉTICAS
Aplicações da Técnica
por ter um tamanho padrão e muitas das vezes menor que as sementes naturais. Outra
UNG, C.D.; TRUEMAN, S.J. Preservation of encapsulated shoot tips and nodes of
the tropical hardwoods Corymbia torelliana, C. citriodora and Khaya senegalensis.
Plant Cell, Tissue and Organ Culture, Urbana, v. 109, n. 2, 2012.
Metabólitos Secundários
Suspensões Celulares
A suspensão celular caracteriza-se por ser uma técnica da cultura de tecidos que
permite às células crescerem e se multiplicarem, sem necessitar a adesão das mesmas nos
meios de cultura, sendo estes, meios líquidos contendo componentes essenciais para o
desenvolvimento no ambiente in vitro, como reguladores de crescimento, vitaminas e sais
minerais. Sendo as células vegetais totipotentes, elas são geneticamente aptas a
produzirem uma gama de substâncias químicas encontradas durante todo o
desenvolvimento vegetal.
As células em suspensão apresentam maior taxa de divisão, do que as células
cultivadas de maneira convencional, por terem contato direto com os nutrientes do meio.
Assim, uma suspensão celular é feita por meio da transferência de uma quantidade de
calo para um meio líquido e mantida sob condições adequadas de aeração, agitação, luz,
temperatura, entre outros parâmetros (Fumagali et al., 2008).
Nos últimos anos, a cultura em suspensão de células vegetais tem sido usada como
um sistema modelo para o estudo do mecanismo regulatório do metabolismo secundário
em plantas (Lameira et al., 2009). Os produtos secundários aumentam a probabilidade de
sobrevivência de uma espécie, pois são responsáveis por diversas atividades biológicas
com este fim como, por exemplo, podem atuar como antibióticos, antifúngicos e antivirais
para proteger as plantas dos patógenos, e também apresentando atividades
antigerminativas ou tóxicas para outras plantas (Fumagali et al., 2008). Assim, as
suspensões celulares são ferramentas atrativas para a produção de metabólitos
secundários, como antocianinas, carotenoides, taninos alcaloides (Ramachandra Rao &
Ravinshankar, 2002 apud Simões, 2017).
Nesse contexto, suspensões celulares de R. jasminoides sintetizam substâncias com
atividade antifúngica, cuja produção pode ser aumentada pelo uso de eliciadores de
fungos e plantas (Oliveira; Simões & Braga, 2009). Tornando assim, essas células em
suspensão de R. jasminoides um sistema adequado para o estudo da produção e das rotas
de biossíntese de compostos de defesa em rubiáceas nativas. E Lameira et al., (2008)
estabeleceram culturas de células de suspensão de C. verbenacea e fizeram a extração,
separação e identificação de flavonoides (compostos com ação anti-inflamatória e anti-
infecciosa), obtendo maior concentração de substâncias na amostra de células suspensas
cultivadas in vitro do que na amostra de folhas.
Essa técnica da cultura de tecidos apresenta, então, diversas vantagens. Entre elas,
ao ser otimizado o protocolo, é possível o fornecimento de uma fonte contínua de
biomassa, ao induzir a produção de metabólitos secundários utilizando elicitores tanto
bióticos quanto abióticos, e/ou biorreatores (Cusido et al., 2014). Deepthi &
Satheeshkumar (2016) destaca o uso de suspensões celulares, com adição de elicitores,
como um eficiente método para aprimorar o acúmulo da produção do alcaloide
camptotecina, e da biomassa em O. mungos, visto que houve um aumento na produção
em três vezes comparado com os níveis encontrados na planta in vivo. Esse mesmo
autor também sugere experimentos para otimização de parâmetros de cultura em sistema
de biorreator adequado para produção em larga escala de O. mungos em suspensão de
células. De forma que, nos biorreatores, após uma etapa bem-sucedida de otimização da
produção de biomassa, a cultura de células de planta deve passar por um processo de
adaptação de maneira a alcançar uma boa produção dos metabólitos de interesse
(Fumagali et al., 2008).
Os metabólitos secundários são compostos que podem ser obtidos a partir do
cultivo in vitro em escala industrial uma vez adequados os métodos de acordo com as
necessidades de cada planta no meio de cultivo, as suspensões celulares representam uma
das estratégias para obtenção desses metabólitos em larga escala.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Farmacêuticas; Faculdade de farmácia) – Universidade Federal do Rio Grande do Sul,
Porto Alegre- RS, Brasil.
BIOFÁBRICA DE PLANTAS
Estrutura Física
Biorreatores
Gerenciamento e Planejamento
De acordo com Segeren (2007), para que uma biofábrica possa atender com
precisão, uma demanda específica ou entregar milhares de plantas, dentro de um
cronograma e planejamento de um produtor, há necessidade de um bom gerenciamento,
por isso a seleção e treinamento de pessoal com habilidades especiais para execução dos
repiques de plantas em capelas de fluxo laminar é a base para se ter sucesso neste tipo de
empreendimento; a automação em certos processos é possível, na forma de enchimento
automático de potes plásticos e para certos grupos de plantas: os biorreatores; não podem
ser descartados, todavia, o valor que há em uma atuação de profissional, pois o processo
que envolvem uma biofábrica de plantas, envolve inúmeras variáveis de difícil controle
tais como: interação de cada genótipo vegetal com os componentes do meio de cultura,
temperatura, fotoperíodo, luminosidade, tipos de substrato para aclimatação de mudas e
outros; a baixa repetibilidade dos resultados obtidos e problemas de ordem fisiológica
inerentes a técnica empregada podem inviabilizar um planejamento e destruir a
credibilidade de uma biofábrica que opera para atender demandas de mercado.
Mercado
BORGES, A.L.; SOUZA, L.S. O cultivo da bananeira. Cruz das Almas: Embrapa
Mandioca e Fruticultura, cap. 5, 2004.
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<http://biofabricasdemudas.ufpa.br/index.php/biofa/conceito> Acesso em: 01 de
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