Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Discentes:
Aline Franco
Elsie Uate
Márcia Chembeze
Wendy Moisés
3
Introdução
Para realizar-se actividades de exploração e produção de petróleo e gás natural é da
actractividade geológica e das condições institucionais que determinam a forma de
execuções das actividades. Como o contexto geológico é determinado por nada mais nada
menos que a natureza, cabe aos Governos promover um ambiente favorável ao
desenvolvimento das actividades de exploração e produção, ambiente este que é
determinado pelo regime jurídico que vigora no Estado hospedeiro junto do tipo de
contracto/licença definido por lei. Licença (contracto) é uma área definida, por decreto
do Governo ou lei de Estado, onde uma companhia é permitida a realizar actividades de
pesquisa e produção ou relacionadas por um certo período de tempo, de acordo com as
leis locais e regulamentos. Na indústria petrolífera existem quatro tipos de contractos,
nomeadamente: Contracto de Concessões, Contractos ou Acordos de Partilha e Produção
(PSA, PSC), Contracto de Prestação de Serviços e Joint Ventures. Cada modelo de
contracto traz diferentes divisões de lucro e tratamento de custo.
O presente trabalho visa promover uma revisão da literatura sobre o Contracto de Partilha
de Produção (PSA, PSC) com enfoque em aspectos relacionados à objectivos do tipo de
contracto, regime em que o contracto é aplicado, o prazo de vigência, como é feita a
divisão dos lucros a definição de taxas e calculo das receitas geradas durante a produção.
4
1. Objectivos
o Objectivo geral:
Analisar de forma generalizada os contractos de partilha de produção.
o Objectivos expecificos:
Falar dos objectivos, regime bem como prazo de vigência do contracto;
Falar das características do contracto;
Dar a conhecer sobre as suas vantagens e desvantagens;
Compará-lo com outros contractos de modo a encontrar o melhor contracto
a ser aplicado em Moçambique.
5
2. Contracto de Partilha de Produção
Um Contracto de Partilha de Produção (PSC) é um contrato entre um ou mais
investidores e o Governo no qual os direitos de prospecção, exploração e extração de
recursos minerais de uma área específica durante um período do tempo especificado
são determinados. Em outras palavras, um PSC é um acordo entre as partes de um
poço e um país anfitrião em relação a porcentagem de produção de petróleo e gás que
cada parte receberá depois que as partes recuperam uma quantidade especificada de
custos e despesas.
6
2.1.Objectivos do Contracto
O objectivo do PSC, em comparação com os contratos de concessão padrão, é que os
NOCs mantenham algum controle sobre o desenvolvimento do campo de petróleo e
gás e que as COIs transfiram a experiência para NOC, embora toda a tecnologia a
decisões estratégicas para desenvolver o campo passam ser tomadas pelos COIs.
Mas é importante sublinhar que embora as COIs, neste tipo de contrato, assumam
maior parte dos riscos, o que vai determinar o tamanho do lucro são as contribuições
que as mesmas dao nas fases iniciais da Exploracao.
7
2.4.Propriedades dos Hidrocarbonetos
A produção é sempre de propriedade do Estado hospedeiro, sendo que parte da
produção é entregue a OC a titulo de compensão pelo risco corrido na exploração e
peelos investimentos feitos nas fases contratuais.
● IOC
⮚ As IOCs são responsáveis pela producao do hidrocarboneto, até a sua
disponibilização física;
⮚ É também responsabilidade da IOC de suportar todos os prejuizos que incorram,
inclusive aqueles resultantes de imprevistos ou de força maior, bem como de
acidentes, ou de eventos da natureza que afectem a E&P dos hidrocarbonetos.
⮚ É tambem responsavel pelas perdas e danos causados, directa ou indirectamente
ao meio ambiente em virtude da execucao das Operacoes.
8
2.6. Estrutura básica do PSC
Alocação da produção
A maioria dos PSCs limita a quantidade de cost oil que pode ser retida em um
determinado período contábil, de modo que o Estado receba uma parte da
produção como profit oil assim que a produção começar, independentemente de
o projeto do contratante ser lucrativo ou não. A quantidade de hidrocarbonetos a
ser recuperada através do “cost oil” é limitada a uma porcentagem da produção.
Os custos que não são recuperados são transportados e recuperados
posteriormente. A maioria dos PSCs permite um transporte virtualmente
ilimitado, com algumas exceções, e se a produção for suficiente durante a vigência
do contrato, os proprietários de interesses de trabalho acabarão por recuperar todas
as suas despesas recuperáveis.
9
O óleo-lucro é compartilhado entre as partes, destinando-se uma determinada
porcentagem do óleo-lucro diretamente ao governo, com os membros do grupo
contratante, que pode incluir a estatal, compartilhando o óleo restante na
proporção de sua participação segundo uma fórmula estabelecido no PSC.
10
valor fixo para o contrato ou por quilômetro quadrado. do terreno das
operações, o “valor do objeto” ou um valor negociado.
● Royalties: A maioria dos PSCs contém cláusulas segundo as quais um royalty
é pago ao governo fora da produção, embora os royalties não sejam uma
característica essencial dos PSCs. A combinação de uma limitação de cost oil
e uma parcela mínima de profit oil para o estado na verdade replica as
características econômicas de um royalty: garante que o governo receba uma
parcela do valor da produção, assim que a produção começar.
11
2.11. Vantagens do PSC
Este contracto apresenta as seguintes vantagens:
● Baixo risco para o pais anfitrião: por meio do contracto deste contrato, o
pais anfitrião pode desenvolver novas reservas sem riscos e com custos
limitados. O pais anfitrião não precisa fazer um investimento significativo
para actividades de E&P afinal a COI arca com todos os riscos operacionais e
financeiros.
● Possibilidade de transferência de conhecimento das COIs para o Estado
anfitrião: Uma COI, por definição, produz petróleo e gás para vários países.
Assim, quando entram no pais anfitrião, podem partilhar seus conhecimentos
com mesmo, sendo que todas as tecnologias e estratégias em campo são
lideradas pelas COIs.
● Facilidade de criação de estratégias de recuperação de custos tanto do
Estado anfitrião como da COI: ao redigir os PSCs, ambas as partes devem
concordar com a melhores estratégias de recuperação de custo. A diferença
entre essas estratégias está na forma em que a divisão das receitas brutas é
feita e como o lucro é compartilhado.
Há muitos fatores-chave que precisam ser acordados antes de assinar. Como um pequeno
número de esforços de exploração resulta em uma descoberta comercial, o compromisso
com o trabalho e os compromissos financeiros são importantes fatores de negociação,
pois definem a extensão do risco de exploração. O país anfitrião vai querer moldá-los
com o máximo de especificidade possível, enquanto o COI prefere compromissos que
permitam o máximo de discrição.
12
Conclusão
Na elaboração do presente trabalho foi possível concluir que a maior diferença que se faz
sentir entre os tipos de contracto está na propriedade dos HCs, e em como ambas as partes
(Estado hospedeiro e COIs saem a ganhar com os projectos). Neste contracto diferente
do contrato de concessão, por exemplo, o Estado hospedeiro tem direito a parte dos lucros
provenientes da produção dos HCs mesmo que quem realmente arca com os custos e lida
com os riscos dos projectos. Este tipo de contracto apresenta várias vantagens,
principalmente para o Estado hospedeiro, sendo a maior de todas o facto do mesmo não
ter de arcar com os riscos e custos das operações de E&P.
13
Referências Bibliográficas
3. http://emporiododireito.com.br/leitura/o-regime-de-partilha-da-producao-o-
novo-e-sempre-o-melhor-por-guilherme-chamum-aguiar
4. https://cbie.com.br/artigos/qual-a-diferenca-entre-regime-de-concessao-e-
partilha/
5. https://www.lawinsider.com/clause/termination-of-profit-sharing-agreement
6. https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/rbdp/article/download/36374/PDF
7. http://www.rulg.com/documents/the_concept_of_production_sharing.htm
14