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Agenda
1. Evolução das Concessões Petrolíferas.
2. Natureza Jurídica Sui Generis da Concessão Petrolífera.
3. A Realidade das Concessões Petrolíferas em Angola.
4. Princípios Aplicáveis às Concessões Petrolíferas em
Angola.
5. A Concessão Petrolífera como Direito Exclusivo da
Concessionária Nacional.
6. Aquisição da qualidade de Associada: Modalidades
Contratuais.
7. Tendências do Direito aplicável às Concessões
Petrolíferas em Angola.
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Desafio Jurídico:
1. Evolução das
Conciliar os interesse públicos e privados nas
Concessões actividades de exploração petrolífera.
Petrolíferas
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Objectivos do Investidor
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Objectivos do Estado(Goverment Take)
1. Obter o máximo de Lucro Possível –Bonus de Assinatura,
mais 51% dos Interreses Participativos, ‘Imposto e taxas e
contribuições para formação de quadros
2. Definir um programa de trabalhos mínimos a ser executado
em tempo o mais curto possível;
3. Riscos por conta do Investidor;
4. Assegurar o abastecimento do mercado interno e definir os
respectivos preços.
5. Garantir e incentivar a sua participação directa na
actividade de exploração
6. Fomentar o empresariado nacional, garantir ainda, a
contratação de mão-de-obra local e que os abastecimentos
de matérias-primas sejam feitos localmente.
7. Ter a possibilidade de mudar os termos contratuais sempre
que for conveniente e justificável para aumentar os ganhos
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Concessões
Petrolíferas
Clássicas
• Direitos Mineiros sobre uma área
de concessão Vastíssima.
• Período da concessão muito
longo 60 a 90 anos;
• Controle Exclusivo do Investidor
sobre o cronograma de trabalho.
• Estado não interferia nas
operaçóesrecebia royalty sobre a
produção.
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• A mudança de paradigma está directamente ligada aos movimento
independentistas e as ideias de Perez Alfonso (1903-1979)
relativamente a criação da OPEP.
• Em 1948, a Venezuela foi percursor do mecanismo de partilha de
lucros em 50/50.
• Em 1950, a Arábia Saudita renegocição sua “parte” da concessão
Mudança de Paradigma: que havia outorgado à ARAMCO. O arranjo de royalties existente
dava ao soberano apenas $21 centavos por barril de petróleo
Participação do Estado produzido, embora o barril fosse vendido por entre $ 1,72 e $ 2,25.
nas Concessões.
• A concessão foi modificada para incluir um plano de participação
nos lucros de 50-50, e procurou impós seu próprio sistema de
tributação sobre os lucros da ARAMCO.
• A maior reestruturação dos arranjos originais ocorreu na década de
1970. sob a Influência da OPEP. O principal objetivo da OPEP era
fornecer uma abordagem coletiva para melhorar as receitas de
suas reservas minerais.
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Os Países daa OPEP frequentemente usavam a doutrina das
alteração das circunstâncias para argumentar que as antigas
concessões não eram mais operáveis e aceitáveis
Circunstâncias
“Visto que as concessões petroliferas são contratos de longo
prazo, mudanças sucessivas nas circunstâncias, em parte
atribuíveis às circunstâncias especiais do país anfitrião e em parte
aos desenvolvimentos econômicos e científicos na indústria do
petróleo, são inevitáveis na implementação do contrato”.
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1. Poucos países estão dispostos a transferir o
controle praticamente irrestrito sobre as suas
reservas de petróleo para as empresas petrolíferas
porque os países perceberam a importância do
petróleo para a sua Economia.
Modernas:
comprometida se o controle sobre as reservas
nacionais de petróleo e outros minerais for colocado
nas mãos de Investidores Estrangeiros.
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2. Natureza Jurídica Sui Generis da Concessão
Petrolífera.
• Estudo de concessões petrolíferas modernas requer uma compreensão do conceito francês de
contrato administrativo.
• É agora reconhecido, que em países que aplicam o droit administratif o vínculo contratual de Investidor
é muito ténue nos contratos administrativos, devido aos poderes exorbitantes da Administração, como
por exemplo o poder de modificação unilateral das clausulas contratuais.
• O droit administratif é uma criação dos tribunais franceses. Por que os tribunais franceses
consideraram ser necessário desviarem-se das regras do direito civil aplicável aos contratos?
• Os Tribunais franceses desenvolveram o princípio de que a administração pode, no interesse público e
para modernizar um serviço público, “agravar” as obrigações contratuais da concessionária, sob
reserva de indemnização pelos danos que tenha causado ao concessionário.
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• Se uma concessão petrolífera fosse considerada
Natureza sujeita ao direito administrativo, isso poderia
implicar a aplicação de princípios jurídicos próprios
Jurídica da dos contratos administrativo.
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• Uma concessão petrolífera possui certas características
comuns à concessão de um serviço público.
Semelhança entre 1. Ambos os tipos de concessões são outorgados pelo
Concessão ode Estado .
Serviço Público e 2. Ambos os tipos de concessões contém que conferem
certos atributos e privilégios ao concessionário, como
Concessão isenções fiscais e aduaneiras , e muitas vezes implicam
petrolífera à outorga de poderes excepcionais geralmente
associados ao exercício da autoridade pública, como a
expropriação de terras ou o uso de domínio do Estado.
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• A concessão de serviço público e a concessão Petrolífera diferem
fundamentalmente em sua finalidade, natureza e efeitos jurídicos.:
1. Tratando-se de concessão de serviço público, a concessionária
assume o dever de prestar por conta do Estado ou de uma
Autoridade Pública um serviço ao público que pode ser, por
exemplo, o fornecimento de gás, água, eletricidade ou transporte. A
Diferenças entre Concessão de concessionária tem o direito de cobrar taxas ou taxas, geralmente
Serviço Publico e Concessão de acordo com uma tarifa prescrita, dos usuários do serviço.
Petrolífera 2. No caso de concessão de petróleo, a concessionária não realiza a
execução ou gestão de serviço público pelo qual arrecada receita do
público;
3. O concessionária conduz uma empresa comercial ao abrigo de um
acordo com o Estado por meio do qual adquire o direito de
produzir, exportar e vender um recurso mineral em troca de uma
contraprestação financeira que paga ao Estado.
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Jurisprudência Sobre a natureza do
concessão petrolífera: Caso Saudi Aramco
A concessão de serviço público foi distinguida da concessão de petróleo na arbitragem entre a Aramco e o
Governo da Arábia Saudita da seguinte forma:
1. A Concessão da Aramco não pode ser vista como uma concessão de serviço público, porque não envolve
nenhum usuário, nem nenhuma taxa a ser paga pelo público, que não tem direito ao serviço da
concessionária.
2. Para tornar uma concessão um serviço público, não basta que a exploração de algum recurso nacional seja
de extrema importância para a economia do Estado concedente, ou mesmo que a estabilidade financeira do
Estado dependa dessa exploração.
3. A Empresa não tem obrigação de gerir um serviço contínuo e permanente em benefício de terceiros
(utilizadores). Sua prosperidade e solvência dependem das circunstâncias econômicas e políticas. Esta
situação explica porque não existe um caderno de encargos, contendo as regras serviço, anexado ao contrato
de concessão. As regras aplicáveis à Empresa não envolve, portanto, qualquer `acto-condição 'no sentido da
Direito Administrativo Francês;
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• Em conclusão, pode-se dizer que a concessão petrolífera
nos termos do conceito de direito administrativo de matriz
francesa é um acto sui generis, que não pode ser
totalmente atribuído a nenhuma outra categoria.
• É um acto que tem caráter unilateral na medida em que
depende de autorização do Estado e de um contrato na
medida em que requer um acordo das respectivas
Natureza da vontades do Estado e da Concessionária. ”
Concessão
• Pode haver vantagens para a Concessionária nos termos
do contratos Administrativos. A doutrina da imprevisão
impõe ao Estado a obrigação de indemnizar a
petrolífera concessionária de serviço público por encargos onerosos
decorrentes de circunstâncias imprevistas.
• Mas a tendência generalizada dos contratos petrolíferos
e da regulação petrolíferas no geral é admitir o principio
da estabilidade contratual em termos muito rígidos. O
contrato mantém-se inalterável excepto em situação de
força maior (Guerras, Catástrofes, Calamidades,
Pandemias).
Concessões
modernas : • Contrato de Partilha e produção:
Contratuais
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Fase I- período colonial: As Fundações do Regime
Jurídico Aplicável às Concessões petrolíferas.
1910-1975.
Fase II- Período pós Independência: sucessão dos
Estado: Regimes Jurídico Especifico para Cada
Concessão petrolífera. (1975-2000)
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Fase I- Período colonial:
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• Arti. 2.º.
• Os direitos de concessão ,
seu quantitativo, forma de
cálculo, em espécie ou em
dinheiro, serão definidos nos
diplomas relativos a cada
concessão, pertencendo o
seu pagamento à empresa,
seus agentes ou
representantes.
• Regime colonial manteve-se inalterado:
• Criação da Sonangol em 1976-Decreto 52/76;
Fase II- • Lei das Actividades petrolíferas- Lei 13/78 de 13
de Setembro -Atribui a Função Concessionária à
Período pós Sonangol;
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• Excerto do Decreto n.º
51/92, de 16 de Setembro
Concessão do Bloco 17/92
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Fase III- • Aprovação do Pacote Legislativo Aplicável, de forma uniforme às
Concessões petrolíferos:
Uniformização • Lei das Actividades Petrolíferas aprovada pela Lei n.- 10/04 de 12 de
Novembro.
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Regras de Acesso às Areas Recrutamento, Integração e
Terrestres e Aquisição de Formação de Pessoal
Regulamento das Operações
direitos Fundiários com vista a Angolano e Contratação de
Petrolíferas , Decreto n.º 1/09
execução de operações pessoal Estrangeiro Nas
de 27 de Janeiro;
Petrolíferas- Decreto 120/08, Operações petrolíferas Decreto
de 22 de Dezembro 17/09 de 26 de Junho.
Abril.
Concessões
petrolíferas
Regime Jurídico e Fiscal
Pesquisa dentro das Áreas de Desenvolvimento de Campos
aplicável às Concessões e
Desenvolvimento Decreto Lei Marginais DLP n. 6/18 de 18
Monetização de Gás Natural-
n.º 5/18 de 18 de Maio- de Maio;
DLp 7/18 de 18 de Maio.
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• Programa de Regeneração da Sonangol EP- .
• Criação da ANPG Decreto Presidencial 49/19 de 6 de Fevereiro
Concessionária, regular, fiscalizar e promover a Execução das
Operações Petrolíferas
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• Domínio Público das Reservas Petrolíferas.
• Princípio da Exclusividade da Concessionária
Nacional.
4. Princípios • Intransmissibilidade dos Direitos Mineiros
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• Idoneidade Técnica e financeira do Operador.
• Obrigação de pesquisar e produzir petróleo de
modo racional.
Princípios • Segurança Higiene e proteção ambiental
aplicáveis às • Responsabilidade Por Danos Causados á
Terceiros.
Concessões • Fomento do empresariado Angolano e promoção
petrolíferas II, do Desenvolvimento.
• Utilização de bens e serviços nacionais.
• Garantia do Cumprimento do cumprimento das
obrigações.
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5. A Concessão Petrolífera : Direito Exclusivo da
concessionária
• Direito exclusivo da Concessionária Nacional
• Atribuição da Concessão através de Instrumento Formal do Governo que deve
conter:
- Atribuição dos direitos Mineiros
- Definição e Descrição da Área da Concessão
- Duração da concessão e das Diferentes Fases e Períodos
- Identificação do Operador
- A Concessão entra em vigor no dia da Publicação no Diário da Republica
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• Obrigatoriedade de Associação à
Concessão Concessionaria Nacional
• Instrumento Formal do Governo
petrolífera: • Autorização para a concessionaria realizar essa
participação associação
• Identificação das suas Associadas
do sector • Aprovação do Contrato
privado • A concessão entra em vigor a partir do momento
da assinatura do contrato
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• Concurso Público
6. Atribuição da
• Concurso Limitado Por Convite
Qualidade de
Associada da • Negociação Directa
-Fontes:
Concessionaria -Artigo 44 da LAP
Nacional -
-
Procedimentos para Atribuição da qualidade da Concessionaria Nacional e a Contratação de Bens
e Serviços Decreto Presidencial n.º 86/18 de 2 de Abril.
Estratégia Nacional das Concessões petrolíferas 2019-2025 Decreto Presidencial n.º 52/19 de 18
de Fevereiro.
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• Sociedade Comercial
Modalidades • Contrato de Consórcio
Contratuais • Contrato de Partilha e produção
• Contrato de Serviço com Risco
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• Novo paradigma e modelo de Regulação.
7- Tendências • Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis :
Futuro das Funções e natureza jurídica
• Poderes de regulação, supervisão e Sancionatórios da
Concessões ANPG .
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Comentarios, Criticas e
Sugestões:
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sdecarvalho@gmail.com
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