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Gás de Síntese
diversas relações. Estas misturas são usadas como tal e como fontes de H 2 e
CO puros. Na Tabela 1 se apresentam algumas aplicações do gás de síntese.
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O gás de síntese é produzido a partir de materiais que vão desde o gás
natural até o carvão. A escolha da matéria prima depende do custo, da
disponibilidade e do tipo de gás de síntese requerido. O gás de síntese é
produzido por um dos seguintes processos:
a) Reforma com vapor do gás natural ou de hidrocarbonetos leves em
presença ou não de oxigênio ou monóxido de carbono
b) Oxidação parcial de hidrocarbonetos pesados com vapor e oxigênio
c) Oxidação parcial do carvão (gaseificação) com vapor e oxigênio
•A reforma com vapor é usada para descrever a reação dos hidrocarbonetos
com vapor de água em presença de catalisadores, diferente da reforma
catalítica das frações do petróleo. Este processo se usa na indústria para reagir
hidrocarbonetos com moléculas que contenham O como H2O, CO2 e/ou O2.
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•A oxidação parcial é uma reação não catalisada de hidrocarbonetos com
oxigênio. A gaseificação do carvão é o termo usado para descrever a oxidação
parcial do carvão. Uma combinação de reforma com vapor e oxidação parcial,
onde as reações endotérmicas e exotérmicas estão acopladas é denominada de
reforma auto-térmica.
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•A gaseificação do carvão para produzir gás de síntese para usos
químicos não é muito comum, mas esta tem sido incrementada para a
geração de energia elétrica.
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•O carvão e as frações pesadas usadas para produzir gás de síntese requerem
a remoção do enxofre do gás de síntese produzido.
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2. Gás de síntese a partir do gás natural
2.1. Reações e termodinâmica
Apesar do gás natural não ser somente constituído por CH4 para simplificar
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Quando o metano é convertido em presença de vapor as reações principais
são as reações de reforma com vapor (reação 1) e a reação de shift (reação 2).
Processos como a hidroformilação requerem gás de síntese com alto teor de
CO que pode ser produzido a partir de metano e CO2 pela reação de reforma
(reação 3).
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•Em presença de oxigênio o metano sofre oxidação parcial para produzir
CO e H2 (reação 6). Reações colaterais tais como a oxidação completa do
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Na Figura 2 se compara a composição de equilíbrio do gás da reação do
metano com vapor de água e com oxigênio a 1 bar em função da temperatura.
Quantidades estequiométricas de vapor e oxigênio foram adicionadas para as
reações 1 e 6 respectivamente.
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Ambas as figuras apresentam o mesmo padrão de composição com a
temperatura devido a que em ambos os casos as reações de oxidação
irreversíveis acontecem, mas uma relação de produtos diferente que pode ser
explicado pelo fato da relação de C, O e H na alimentação em ambos os testes
ser diferente. A alta temperatura, onde somente H2 e CO estão presentes a
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2.2. Processo de reforma com vapor
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Após a remoção do S, o gás natural da alimentação e misturado com vapor
(e opcionalmente CO2) e pré-aquecido a 780 K antes de entrar nos tubos do
reformador. O calor para as reações endotérmicas é fornecido pela combustão
do fuel oil no forno do reformador (operação com fornecimento de calor). O
calor dos gases de saída do reformador é usado para produzir vapor. Em um
recipiente onde o líquido é separado do vapor por gravidade a água é removida
e o gás de síntese cru será tratado posteriormente em dependência de seu uso.
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Na Figura 5 se apresenta a disposição geral de um reformador com vapor
típico. O vapor pré-aquecido entra nos tubos do catalisador através de coletores
e distribuidores e desce. O gás produzido é coletado no coletor da saída a partir
do qual é transferido para o efluente da câmara de onde ainda será processado.
Os tubos estão cuidadosamente carregados com as partículas de catalisador:
uma boa distribuição ao longo dos tubos é essencial e o leito de catalisador
deve estar livre de poeira. O forno pode conter entre 500 e 600 tubos com um
comprimento de 7 a 12 metros e diâmetro entre 70 e 130 mm.
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Na Tabela 3 se apresentam as condições típicas usadas na pratica para a
reforma com vapor do metano. A primeira vista, as condições de operação
parecem ilógicas quando consideradas a estequiometria da reação e a
termodinâmica. Entretanto, para determinar as condições ótimas de operação
na reforma com vapor também tem de ser considerada a supressão da formação
de coque e o uso subseqüente do gás de síntese gerado.
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Na Tabela 3 se apresentam as condições típicas usadas na pratica para a
reforma com vapor do metano. A primeira vista, as condições de operação
parecem ilógicas quando consideradas a estequiometria da reação e a
termodinâmica. Entretanto, para determinar as condições ótimas de operação
na reforma com vapor também tem de ser considerada a supressão da formação
de coque e o uso subseqüente do gás de síntese gerado.
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2.1.1. Formação de carvão
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As reações que levam à formação de carvão podem ser suprimidas pela
adição de vapor em excesso. Por isto é comum operar o reformador em uma
relação vapor-carbono entre 2,5 e 4,5 moles de H2O por mol de C, o maior
limite se aplica para hidrocarbonetos maiores como os presentes nas frações de
nafta. Comparado com o metano, os hidrocarbonetos maiores exibem uma
maior tendência à formação de depósitos de carvão. A alta temperatura (> 920
K) pode ocorrer o craqueamento com vapor para a formação de alcenos os
quais formam carvão muito fácil através da seguinte reação irreversível:
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A temperatura e pressão do reformador uma quantidade apreciável de
metano está ainda presente no gás de síntese produzido. Minimizar o
metano que não reagiu é crucial para a economia do processo. Existe uma
tendência de operar a temperaturas superiores (excedendo 1200 K) o que é
possível pelo incremento da força dos materiais dos tubos.
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2.3. Avanços na reforma com vapor
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Outra opção é adicionar CO2 à alimentação do reformador. A reforma
com vapor do gás natural resulta em gás de síntese com uma relação alta de
H2/CO (maior de que 3). Entretanto muitas aplicações clamam por gás de
síntese rico em CO. Para incrementar o teor de CO no gás de síntese produzido
pode ser adicionado CO2 na entrada do reator. Como o CO2 é um agente
oxidante, como vantagem adicional se necessita menos vapor para prevenir a
deposição de C.
H2/CO no gás de síntese produzido será 0,5 vezes menor à que poderia ser
alcançada.
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2.4. Reforma auto-térmica
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O reator é um recipiente refratário forrado. Portanto, neste equipamento
podem ser usadas altas pressões e temperaturas. Uma parte da alimentação é
oxidada na região de combustão (reações 6 e 7). A pequena parte da
alimentação que não foi oxidada é reformada cataliticamente para produzir CO
e H2 (reações 1 e 3). O calor necessário para a reforma endotérmica é
providenciado pelas reações de oxidação exotérmicas.
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O reformador auto-térmico é usado com freqüência na produção do gás
de síntese para amônia. Neste caso na entrada do reformador se adiciona ar
para fornecer a quantidade de oxigênio requerida. A vantagem desta
combinação é que o metano que não reagiu na reforma com vapor, é
convertido a seguir no reformador auto-térmico, sendo assim, a reforma com
vapor pode ser operada a menor temperatura e maior pressão (1070 k e 30 bar).
Estas condições não são termodinamicamente favoráveis. Contudo, a alta
pressão na saída é vantajosa porque diminui o custo de compressão do gás de
síntese para a pressão requerida na síntese de amônia (> 100 bar). Como o ar
fornecido contém nitrogênio, não se necessitam plantas de oxigênio caras na
linha de produção de amônia a partir do gás de síntese.
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O gás de síntese para as plantas de metanol também é produzido em
um sistema combinado de reforma com vapor e reforma auto-térmica,
com a vantagem da operação a alta pressão (síntese de metanol acontece entre
50-100 bar), mas a desvantagem de que se requer oxigênio puro. Portanto,
ainda hoje pelo menos 80% da produção do metanol está baseada na
reforma com vapor do gás natural.
Dois novos tipos de reformadores de gás são apresentados no esquema a
seguir. A tecnologia desenvolvida pela ICI usa um reformador de gás
aquecido onde aproximadamente 75% do metano foi convertido a 970 K e
40 bar combinado com um reformador auto-térmico no qual é convertido o
metano restante. No reformador auto-térmico combinado do processo CAR
desenvolvido pela Exxon, a reforma com vapor é combinada com a
oxidação parcial em um reator de leito fluidizado. 34
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2.5. Novos desenvolvimentos
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Um desenvolvimento radicalmente diferente está baseado na tecnologia das
membranas. Duas abordagens diferentes têm sido propostas. A primeira usa
uma membrana de paládio ou cerâmica para separar o H 2 dos vapores do
processo in situ, deslocando o equilíbrio para conversão completa mesmo a
baixas temperaturas.
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Outras abordagens visam à conversão direta do metano em compostos
químicos valiosos no lugar de produzir o gás de síntese como
intermediário. Como exemplos têm-se a produção de metanol por oxidação
parcial e a produção de eteno por oxidação acoplada.
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3. Gaseificação do carvão
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Na pratica o transporte de gás é muito mais fácil do que o de sólidos, sendo
assim a transformação do carvão em gás é uma etapa lógica. O gás pode ser
usado para aquecimento ou como matéria prima para a indústria química. A
outra vantagem da gaseificação do carvão está relacionada com a poluição, o
carvão contém muitos poluentes que são liberados após aquecimento. Quando
o carvão é transformado em gás a limpeza é relativamente mais fácil.
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3.1. Reações de gaseificação
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As duas primeiras reações com o carvão são endotérmicas entanto que
as outras três são exotérmicas. Uma prática comum é realizar a gaseificação
do carvão de forma auto-térmica. A reação é combinada com uma mistura de
oxigênio (do ar) e água, de modo que a combustão de uma parte do carvão
produza o calor necessário para aquecer os reagentes até a temperatura de
reação e para as reações endotérmicas da gaseificação. Além das reações
heterogêneas também acontecem reações em fase homogênea gasosa.
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O carvão, quando é aquecido à temperatura de reação (1000 e 2000 K)
ocorrem várias reações de craqueamento térmico. A matéria orgânica
funde, entanto que os gases evoluem (H2, CH4, aromáticos, etc.). Como
conseqüência de um aquecimento adicional a massa orgânica se
transforma em um material poroso tipo grafite. Este processo é chamado de
pirólise e na Figura 8 se ilustra este processo.
Quando estão presentes gases em uma fase gasosa reativa ocorrem várias
reações consecutivas. Isto se dá no caso particular do carvão. No reator de
combustão, as partículas de carvão são introduzidas na chama e aquecidas
muito rápido (10000 K/s). Imediatamente ocorrem as reações de pirólise.
Quando está presente uma quantidade de oxigênio menor de que a
estequiométrica, na gaseificação do carvão, a atmosfera é redutora e os
produtos contêm uma mistura complexa de compostos orgânicos.
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O carvão não é o único a reagir assim: muitos hidrocarbonetos e
compostos relacionados, como os plásticos, o açúcar, a biomassa e óleos
pesados, exibem comportamento similar; o aquecimento do açúcar conduz a
sua fundição seguida de uma complexa seqüência de reações que formam
produtos voláteis e um material sólido chamado de caramelo (em condições
médias) e a carvão de açúcar (em condições severas).
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3.2. Termodinâmica
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Com o aumento da temperatura aumenta a fração molar de CO e H 2 devido
ao incremento na importância das reações endotérmicas de gaseificação. A
quantidade de água diminui com o aumento da temperatura e CO 2 e CH4
passam por um valor máximo como resultado das reações exotérmicas de sua
formação e logo depois diminuem devido às reações endotérmicas de sua
conversão. As pressões baixas favorecem a formação de CO e H 2 devido ao
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O calor requerido para a gaseificação do carvão poderia ser fornecido
de fora do reator (gaseificação com fornecimento de calor) ou no reator pela
adição de oxigênio (gaseificação auto-térmica). A adição de oxigênio não
somente fornece a energia necessária como também muda a composição
do produto gasoso. Esta afirmação está representada na Figura 10, que mostra
a composição de equilíbrio resultante de um processo de gaseificação auto-
térmica em função da temperatura e a pressão.
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A composição de equilíbrio do gás na gaseificação auto-térmica mostra a
mesma tendência que a gaseificação com vapor com a temperatura e pressão.
Porém, as frações de CO e CO2 são muito maiores entanto que as frações de H2
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A mudança de entalpia reflete a mudança total da entalpia para todas as
reações envolvidas. Então, a 1600 K, por mol de H 2O convertido se requerem
135 kJ, devido a que na gaseificação com vapor predominam as reações a altas
temperaturas. Quanto maior a temperatura mais importante são as reações
endotérmicas, resultando em uma mudança de entalpia maior. De forma similar
estas mudanças de entalpia determinam a relação O 2/H2O requerida para
compensar a energia consumida nas reações endotérmicas de gaseificação em
presença de vapor.
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3.3. Processos atuais de gaseificação do carvão
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Nem todos os tipos de carvão podem ser gaseificados neste reator,
alguns carvões colam ao serem aquecidos e formam grandes aglomerados que
conduzem ao aumento da queda de pressão no reator e ainda o podem
tamponar. Este tipo de carvão é chamado de carvão de coqueifação.
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•O gaseificador de leito fluidizado (Winker) mostrado na Figura 13 é um
reator com retorno de mistura no qual as partículas de carvão na alimentação
são misturadas com as partículas de carvão que sofreram alguma gaseificação.
Este gaseificador opera a pressão atmosférica ou moderadamente baixa, e
temperatura uniforme. As partículas carbonizadas que saem do reator junto
com os produtos gasosos são recuperadas em ciclones e recicladas ao reator.
As cinzas secas saem pelo fundo do reator.
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Como resultado da mistura das partículas que foram parcialmente
gaseificadas com as partículas de carvão fresco, uma quantidade considerável
de carvão não reagido é removida do produto gasoso e das cinzas. Neste tipo
de reator é necessário alimentar carvões altamente reativos, sendo isto sua
desvantagem principal. Um tipo de carvão altamente reativo é a lignita, que é
geologicamente jovem e altamente funcionalizado, por isto é muito reativo. Os
reatores Winker foram os primeiros a usarem em grande escala o reator de leito
fluidizado, aplicado na Alemanha para a gaseificação de lignita desde os anos
1930´s. Devido às altas temperaturas de operação os produtos gaseificados no
reator Winker são mais puros do que os gaseificados no reator Lurgi.
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•O gaseificador de fluxo em pistão (Koppers-Totzek) mostrado na Figura
14 é um reator de fluxo pistonado onde as partículas de carvão reagem a
co-corrente com o vapor e o oxigênio atmosférico. O tempo de residência
neste reator é de poucos segundos e a temperatura é muito alta para
maximizar a conversão do carvão. A esta temperatura somente são formados
CO e H2. As cinzas são removidas como escoria fundida.
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Os reatores de leito fluidizado e de fluxo pistonado aquecem muito
rápido as partículas de carvão (1000 K/s). Durante o aquecimento ocorre
uma pirólise extensiva e quando a mistura é pobre em voláteis, coque, etc.,
esta reação ocorre em microsegundos. O projeto de estes processos deveria ser
tal que não conduza à queda da eficiência devido a problemas na descarga do
reator.
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Um aspecto importante é o estado das cinzas produzidas, quando elas fundem
(reatores slagging Lurgi e Koppers-Totzek) forma um material vitrificado que
não lixívia na eliminação. Nos processos a baixas temperaturas as cinzas não
fundem, são menos inertes e provocam uma lixiviação extensa na eliminação.
Nem todos os processos podem manipular todos os tipos de carvão. Somente
o reator de fluxo pistonado pode manipular todos.
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A composição do gás dos três processos é levemente diferente, devido
principalmente às diferenças na temperatura de operação, a que depende do tipo
de reator e é controlado pela quantidade de oxigênio e vapor de água alimentado
ao gaseificador. Por exemplo, a manutenção de uma temperatura de combustão
relativamente baixa é essencial nos reatores de leito móvel, pois se as cinzas
fundem não podem ser manipuladas na grade de suporte. Portanto, se adiciona
um excesso de vapor e pouco oxigênio. No reator de fluxo pistonado como o
tempo de residência é muito baixo se requer temperaturas altas para assegurar
altas taxas de reação. Então a relação oxigênio/vapor de água é alta.
Na Figura 15 indica a composição da fase gasosa derivada da data de
equilíbrio termodinâmico como função da temperatura a 30 bar. Também estão
indicadas as faixas de operação dos reatores industriais.
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A composição resultante do reator de leito móvel que opera a menor
temperatura é mais complexa do que a dos reatores que operam a maiores
temperaturas. A conversão não é completa e tem CO2 presente. Este tipo de
reator não é favorável para a produção de gás de síntese para a produção de
produtos químicos, o alto teor de CH4 o torna favorável para a produção de
gás combustível e de gás natural substituto. Pode ser considerado como o uso
do carvão como matéria prima para a refinação de carvão análogo à refinaria de
petróleo. Em princípio a idéia é boa, mas atualmente não compete com as
refinarias de petróleo.
O reator de fluxo pistonado é operado a altas relações O 2/carvão e menor
quantidade de vapor de água, isto é menor relação H/O. Este tipo de gaseificador
produz gás com alto teor de CO e H2, sem a presença de hidrocarbonetos é
fatível para a produção de produtos químicos. 67
3.4. Desenvolvimentos recentes
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A eficiência de resfriamento do gás é a chave para medir a eficiência da
gaseificação do carvão, representa a energia química no gás de síntese em
relação à energia química ao carvão que entrou. A eficiência dos reatores
slagging Lurgi e de leito fluidizado são as maiores devido a que os produtos
gasosos formados nos processos a partir de metano e hidrocarbonetos
maiores possuem maior calor de reação do que o CO e o H 2.
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Os reatores de leito fluidizado sempre apresentam uma conversão de carvão
mais baixa, portanto, as partículas de cinzas contem carvão não convertido que é
alimentado à caldeira, onde o carvão é queimado, para gerar vapor. Esta etapa
adicional é necessária em todos os sistemas de reator de leito fluidizado.
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3.5. Aplicações
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O hidrogênio pode ser usado em muitos processos na refinaria e na indústria
química, mas como o custo de investimento de uma planta de gaseificação do
carvão é muito maior do que o de uma planta de reforma de metano, a
gaseificação do carvão não é usada para este propósito, exceto quando não há
disponibilidade de gás natural.
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O carvão é um combustível primário para a geração de eletricidade, os gases
aquecem a caldeira de vapor e geram vapor de água que a seguir moverá a
turbina que gera eletricidade.
Na Figura 17 se apresenta o esquema de fluxo do processo de geração de
eletricidade combinado com a gaseificação do carvão usado para gerar
eletricidade nos Países Baixos em uma planta com capacidade de 250 MW. Este
processo tem a vantagem de ser altamente eficiente e pouco poluente, a
eficiência do ciclo combinado está entre 41 e 43% entanto que a eficiência do
clássico está entre 34 e 35%. As emissões de SO2 e NO2 neste processo são
menores do que no clássico, pois os compostos de S formados na gaseificação
são convertidos
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em H2S, entanto que na combustão do carvão são convertidos em SO2, o qual
pode ser removido dos gases de saída como visto anteriormente. Durante a
gaseificação se formam NH3 e N2, o nitrogênio não é tóxico e a amônia é mais
fácil de remover do que o NOx que se forma na combustão do carvão. A menor
quantidade de emissões perigosas da gaseificação comparadas com a combustão
é o maior incentivo para considerar esta tecnologia mais cara.
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4. Purificação e condicionamento do gás de síntese
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O gás de síntese pode ser produzido por reforma auto-térmica do gás natural o
que contém além de hidrogênio e nitrogênio, CO, CO2, H2O e CH4 em pequenas
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4.1. Conversão do monóxido de carbono
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Apesar da reação ser moderadamente exotérmica a temperatura da
reação tem um grande impacto na constante de equilíbrio como mostrado na
Figura 19.
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4.3. Purificação do gás
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MEA forma compostos corrosivos por isso se usa uma concentração baixa
(15-20% em peso), a adição de um inibidor permite aumentar a concentração de
amina para 25-35% e diminui o gasto de recuperação.
A remoção de CO2 usando K2CO3 requer ainda menos energia para sua
recuperação, e vários aditivos são usados para aumentar a transferência de
massas e diminuir a corrosão.
MDEA requer menor energia para sua recuperação e a adição de aditivos
aumenta a transferência de massas e não forma compostos corrosivos. 85
Após a reação de deslocamento a baixa temperatura uma pequena quantidade
de CO ainda está presente. Então o CO e CO2 remanentes ainda em pequenas
quantidades envenenam o catalisador e por tanto devem ser removidos. Esta
etapa não é feita por absorção e sim pela reação de metanação, onde:
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