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Teoria e Prática
Fevereiro de 1998
Manoel L. de Almeida
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Introdução
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A SULFITAÇÃO DOS CALDOS DE CANA - TEORIA E PRÁTICA
1. A COMBUSTÃO DO ENXOFRE
32 g + 32 g 64 g
K varia de 2.0 a 1.5 e o teor de SO2 dos gases varia então entre:
21 21
= 10,5 ou = 14
2 1,5
2. INFLUÊNCIA DA UMIDADE DO AR
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• Formação: 2 SO2 + O2 2 SO3 em duas
etapas:
a. O SO3, não redutor, não tem ação para descoloração dos caldos,
portanto a sua produção é inútil e significa um consumo a mais de
enxofre. Em condições normais não se deve formar mais que 1,5 a 2%
de SO3.
Para se ter uma ideia: a 50ºC o sulfato de cálcio é 10 vezes mais solúvel
que o sulfito (CaSO3).
Este sal constitui uma das incrustações das mais difíceis de eliminar dos
aparelhos de evaporação.
Se todo o Oxigênio do ar reagisse com o enxofre, obteríamos um gás
com volume máximo de SO2 de 21%.
Como o excesso de ar está entre 50 a 100% (K entre 1,5 a 2,0), o peso
de ar em relação ao enxofre é de 6,0 a 9,0 vezes.
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Se admitirmos como coeficiente de excesso de ar à combustão aquele
de 1,5; o teor de gás em SO2 será de 21/1,5 = 14% em volume, o
consumo de ar a 25ºC/kg de enxofre queimado no forno será de:
273 + 25
𝑉= × 3,36 × 1,5 = 5,5 𝑚3 𝑑𝑒 𝑎𝑟 𝑎 25°𝐶 𝑒 760 𝑚𝑚𝐻𝑔
273
20 × 98 𝐻2 𝑆𝑂4
𝑄= = 24,5𝑔 𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝑒𝑛𝑥𝑜𝑓𝑟𝑒 𝑞𝑢𝑒𝑖𝑚𝑎𝑑𝑜
80 𝑘𝑔
3. Conclusão
24,5 × 136
= 34𝑔
98
𝑂𝑏𝑠: 34 𝑔 𝑑𝑒 𝑠𝑢𝑙𝑓𝑎𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝑐á𝑙𝑐𝑖𝑜 𝑞𝑢𝑒 𝑛ã𝑜 𝑛𝑜𝑠 𝑖𝑛𝑡𝑒𝑟𝑒𝑠𝑠𝑎 𝑒 𝑖𝑟á 𝑖𝑛𝑐𝑟𝑢𝑠𝑡𝑎𝑟 𝑛𝑜𝑠 𝑒𝑣𝑎𝑝𝑜𝑟𝑎𝑑𝑜𝑟𝑒𝑠
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“Um caldo obtido de uma cana madura e fresca, com adição de somente leite de
cal a um pH de 7,0 a 7,2 e aquecimento a 105ºC, produzirá uma clarificação
satisfatória”.
4. ABSORÇÃO DO SO2
Temperatura Solubilidade
ºC g de SO2/litro d’água
0 228,3
10 162,1
20 112,9
30 78,1
40 54,1
50 45,0
60 36,0
70 26,0
80 18,0
90 9,0
100 1,0
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As perdas de SO2 nos gases utilizados, são principalmente devido às
flutuações na entrada de caldo na coluna ou multi-jato. As causas destas
flutuações são:
• Diminuição e/ou paradas constantes das moendas;
• Utilização de bomba de recalque de caldo de capacidade elevada
- a bomba trabalha em “golfadas”;
5. A SULFITAÇÃO
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Afinal: Qual o melhor pH para o caldo sulfitado?
Conclusão
Parâmetros Práticos
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6. QUALIDADE DO CALDO A SULFITAR
pH Qualidade da Cana
a. Armazenamento do Enxofre:
b. O Enxofre:
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A COPERSUCAR recomenda que um bom enxofre deve ter a
seguinte composição:
• Umidade máxima ................................... 1,0%
• Cinzas máxima ....................................... 0,2%
• Matéria orgânica máxima ....................... 0,3%
• Pureza mínima ........................................ 99,5%
c. A Câmara de Combustão:
d. Alimentação do Forno:
f. Alimentação da água:
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A melhor maneira de se descobrir a entrada falsa de água na câmara de
combustão é fazendo-se o seguinte teste:
g. O Excesso de Ar:
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i. Resfriamento do Gás:
CONCLUSÃO:
Nunca deixar faltar água para o resfriamento. Se isto acontecer
momentaneamente, pare imediatamente a alimentação do enxofre, e
espere o sistema resfriar naturalmente, para em seguida colocar água e
voltar a alimentar o forno. Jamais coloque água logo em seguida da falta
desta.
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Obs: Com o aumento da produção de açúcar, mais enxofre é necessário
queimar e portanto mais calor deve ser retirado do sistema. Nestas
condições a câmara de resfriamento pode se tornar subdimensionada. Se
isto acontecer, redimensionar a câmara.
l. Consumo de enxofre:
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• Tipo 3. Usinas que processam todo o caldo para a fabricação de
açúcar, inclusive o filtrado. O álcool é fabricado somente com o
mel final.
Manoel Almeida
Fev/1998
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