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CAMPUS TUCURUÍ
FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA
Tucuruí - PA
2016
JULIANA AMORIM BARBOSA
STELLA MARES SANTOS DE MEDEIROS
Orientador:
Prof. Me. Jessé Luís Padilha
Tucuruí - PA
2016
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
CAMPUS TUCURUÍ
FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA
BANCA EXAMINADORA
_______________________________________________
Orientador: Prof. Me. Jessé Luís Padilha
FEM/CAMTUC/UFPA
_______________________________________________
Membro Interno: Prof. Me. Ronaldo Moura
FEM/CAMTUC/UFPA
_______________________________________________
Membro Interno: Prof. Me. Wassim Raja El Banna
FEM/CAMTUC/UFPA
Conceito__________
Agradecimentos
RESUMO
1.1 OBJETIVOS
1.1.1 OBJETIVO GERAL
Alguns países de clima frio tinham o costume de conservar os alimentos com a utilização
da neve. Sendo muito utilizado antes e após do início da produção artificial de gelo. As primeiras
geladeiras que utilizavam gelo natural surgiram no início do século XIX, sendo basicamente
constituídas de placa de cortiça no formato de uma caixa vertical, como na Figura 1. Dentro era
constituída por várias divisórias, onde na parte superior colocavam-se os blocos de gelo natural,
logo na parte inferior eram depositados os alimentos a serem conservados. A fusão do gelo absorvia
parte do calor dos alimentos e reduzia, de forma considerável, a temperatura no interior da geladeira.
(SOUZA E JUNIOR, 2014)
Para Kreith e Bohn (1977), a condução é um processo pelo qual o calor flui de uma
região de temperatura mais alta para outra de temperatura mais baixa, dentro de um meio sólido,
liquido ou gasoso, ou entre meios diferentes em contato físico direto. Dessa forma, pode-se
dizer que a transmissão de calor por condução ocorre quando dois ou mais corpos, com
temperaturas diferentes encontram-se encostadas uma a outra, onde ocorre a agitação de
moléculas, a partir da energia do corpo de 6 temperatura mais elevada, para o de mais baixa,
fazendo com que a energia cinética das moléculas do corpo de baixa temperatura se eleve.
O processo de convecção, para Braga Filho (2004), são processos que envolvem a
transferência de calor entre uma superfície sólida e um fluído, líquido ou gás. Nesse processo,
a matéria aquecida se desloca, havendo assim, transporte de matéria. Em líquidos, onde existe
grande mobilidade das partículas aquecidas, devido ao contato direto com a superfície sólida,
as partículas tendem a se deslocar para locais de temperaturas mais baixas, ocasionado
transferência de energia de uma posição para outra, o que caracteriza a transmissão de calor por
convecção.
A radiação é definida como sendo um processo pelo qual o calor é transmitido de um
corpo a alta temperatura para um de menor temperatura quando os mesmos estão separados no
espaço, ainda que entre eles, exista vácuo (KREITH e BOHN, 1977). Dessa forma, não é
necessário que exista contato físico entre os corpos para que a energia em forma de calor seja
transmitida entre eles, sendo denominado de calor radiante e é feita sob forma de ondas
eletromagnéticas.
2.3 TERMODINÂMICA
Fonte: Pirani(2007)
Pode ser entendido como sendo a condição em que se encontra a substância, sendo
caracterizado pelas suas propriedades. (PIRANI, 2007)
2.4.3 Processo
É uma mudança de estado de um sistema. O processo representa qualquer mudança nas
propriedades da substância. Uma descrição de uma processo típico envolve a especificações
dos estados de equilíbrio inicial e final. (SOUZA E JUNIOR, 2014)
2.4.4 Ciclo
É um processo, ou mais especificamente uma série de processos, onde o estado inicial
e o estado final do sistema (substância) coincidem. (PIRANI, 2007)
A temperatura à qual um fluido mudará da fase líquida para a fase de vapor ou,
reciprocamente, da fase de vapor para fase líquida, é chamada de temperatura de saturação. Um
líquido à temperatura de saturação é chamado de vapor saturado. (DOSSAT, 2004).
Se, depois da condensação, o liquido resultante é resfriado de modo que sua temperatura
seja reduzida abaixo da temperatura de saturação, o liquido é chamado sub-resfriado.
(DOSSAT, 2004).
2.4.11 Título
𝑚𝑣 𝑚𝑣
𝑋 = 𝑚 −𝑚 = (1)
𝑙 𝑣 𝑚𝑡
Onde:
𝑋= Título
𝑚𝑣 = Massa de vapor
𝑚𝑙 = Massa de líquido
𝑚𝑡 = Massa total (líquido + vapor)
2.5 REFRIGERAÇÃO
2.5.1.1 Compressor
2.5.1.2 Evaporador
Figura 5: Evaporadores
Figura 6: Condensadores
2.5.1.5 Tubulações
Segundo Ferraz e Gomes (2008) os fluídos refrigerantes têm como principal função
absorver calor de uma substância do ambiente a ser resfriado. Normalmente, os fluidos
existentes no mercado não atendem todas as necessidades e propriedades desejáveis, pois para
determinados aplicações podem ou não, ser considerados ideais. O ideal, conforme o autor, é
que atendam o maior número de qualidades relativas a um determinado fim ou aplicação.
• Anticorrosivos;
• Baixo volume específico, exigindo menor trabalho do compressor;
• Condensação a pressões moderadas;
• Não ser tóxico e inflamável;
• Permitir evaporação acima da pressão atmosférica, etc.
Ainda conforme Weg (2013), basicamente, os motores elétricos são classificados em:
2.5.2.1 Temperatura
Para Soisson (2002), a temperatura é uma medida industrial importante, sendo exigida
em locais que a aplicação de calor ou frio é necessária para o controle de operações ou processos
de fabricação. Sua aplicação indica se é necessário um simples visualizador ou um controlador
de temperatura. Normalmente, para esses casos, são indicados termômetros, que podem ou não
ser usados com registradores e dispositivos de controle. Atualmente, vários são os tipos de
termômetros disponíveis no mercado, conforme mostra a Figura 10, variando sua aplicabilidade
e função. Os tipos mais usuais são: termômetro bimetálico; termômetro de gás; termômetro de
infravermelho; termômetro de máxima; termômetro de mínima e termômetro de mercúrio.
2.5.2.2 Pressão
Medições de pressão são consideradas uma das mais importantes realizadas na indústria,
principalmente em processos contínuos, como em indústrias químicas e de fabricação
(CRESTANI, 2013). Para o autor, o número de instrumentos usados para a medição de pressão,
é o maior comparado a outros tipos de instrumentos. A pressão, que é uma força exercida sobre
uma determinada área, pode ser aplicada em apenas um ponto de uma superfície qualquer, ou
distribuída sobre a mesma. Podem ser representadas pelas unidades de: psi, bar, atmosfera,
Pascal, etc. Essas medidas de pressão podem ser de valores considerados baixos (vácuo) até
milhares 19 de toneladas. Para isso, se destacam os manômetros, que podem ser observados na
Figura 11, como sendo os instrumentos que realizam essas medições.
Figura 11: Manômetros
Um ciclo térmico real qualquer deveria ter para comparação o ciclo de CARNOT, por
ser este o ciclo de maior rendimento térmico possível. Entretanto, dado as
peculiaridades do ciclo de refrigeração por compressão de vapor, define-se um outro
ciclo que é chamado de ciclo teórico, no qual os processos são mais próximos aos do
ciclo real e, portanto, torna-se mais fácil comparar o ciclo real com este ciclo teórico
(existem vários ciclos termodinâmicos ideais, diferentes do ciclo de Carnot, como o
ciclo ideal de Rankine, dos sistemas de potência a vapor, o ciclo padrão ar Otto, para
os motores de combustão interna a gasolina e álcool, o ciclo padrão ar Brayton, das
turbinas a gás,etc). Este ciclo teórico ideal é aquele que terá melhor performance
operando nas mesmas condições do ciclo real. (PIRANI, 2007)
O ciclo reverso está presente nos aparelhos que tem o poder de aquecimento, também
conhecido como quente e frio.
Existem variações de split que tem suas funcionalidades similares ao descrito acima.
Os modelos comercias conhecidos são: Multi-split, split piso teto, split built-in (embutido), split
teto quadrado, split cassete, etc. São modelos splits com configurações diferentes.
Para Junior, (2013) no caso da operação de refrigeração o gás sai do compressor em alta
pressão e alta temperatura. No caminho que percorre no condensador ele perde calor e continua
perdendo no “elemento de expansão” (tubo capilar e filtro secador). No evaporador, o gás já
chega frio, pronto para refrigerar o ambiente interno e carregando o calor para o ambiente
externo. A figura a seguir ilustra o ciclo de refrigeração
• O tubo isolado, ou seja, o que se encontra sozinho é o tubo que vem do compressor da
linha de descarga do tubo de alta. Do outro lado da válvula têm-se três tubos, sendo o
central sempre o tubo da linha de aspiração ou linha de sucção.
• Os tubos que ficam do lado do tubo central, são os que vão para o evaporador ou
compressor dependendo do ciclo que estará funcionando sendo eles refrigeração ou
aquecimento.
• No corpo da válvula existe um pino aonde vai um solenoide e este solenoide é quem
puxa o pino ou cursor para o interior da válvula ocasionando assim a mudança do ciclo
3 METODOLOGIA
3.1.1 Materiais
Valvula de
serviço
Abraçadera Fixar os
componetes
Tubo de Cobre União dos
componentes
para passagem
do fluído
refrigerante
Fonte: Autoria própria
3.1.2 Máquinas
Uma furadeira (Figura...), foi usada para abrir furos, com a finalidade de fixação de
componetes.
Uma bomba de vácuo (Figura 20) usado para a criação de um vacuo a fim de mover
líquidos e outros materiais antes da aplicação do fluido refrigerante.
3.1.3 Ferramentas
Como ferramentas, foi utilizado chaves de boca (Figura 21) de varios tamanhos, para
apertar parafusos utilizados para fixar alguns componentes na bancada.
Figura 20: Chave de boca
Um alicate universal, utilizado para cortar fios e ajudar a segurar com firmeza algumas
superfícies.
Chave Allen, com função de ser introduzida em parafusos para girá-lo, apertando-o,
afrouxando-o ou ajustando-o.
Figura 22: Chave allen
Chave phillips, foi utilizada para apertar e afrouxar parafuxos do tipo fenda cruzada.
Usou Serra-copo e Brocas (para metal) para furar a estrutura metalica e assim facilitar
o suporte dos equipamentos de refrigeração e medições.
Figura 25: Brocas e serra-copo
Usou-se o nível para medir e observar se havia alguma inclinação, antes de fixar a
unidade evaporadora na estrutura metalica
Manifold
3.1.4 Montagem
IMAGEM
3.1.4.2 Implantação do componentes
IMAGEM
• Manometro de Alta
O monometro de alta, com medição de até 3500kPa (500 psi). Foi instalado na saída do
compressor, por ser um dos pontos de maior pressão do sistema.
• Manometro de Baixa
O monometro de baixa, com medição de até 2400 kPa (350 psi). Foi instalado na saída
do evaporador, por ser um dos pontos de menor pressão.
• Termômetros
1- Saída do Compressor
2- Saída do Condensador
3- Entrada do Evaporador
4- Saída do Evaporador
Posicionamento dos sensores de mediçoes de pressão e temperatura pra o ciclo quente:
• Manometro de Alta
O monometro de alta, com medição de até 3500kPa (500 psi). Continuou na saída do
compressor, por ser um dos pontos de maior pressão do sistema tanto no sistema frio quanto no
quente.
• Termômetros
1- Saída do Compressor
2- Saída do Condensador
3- Entrada do Evaporador
4- Saída do Evaporador
3.2 CUSTO
Metalon
Chapa de aço
Termometros 4
Tubo de cobre ¼
Tubo de cobre 3/8
Tubo de cobre 5/16
Niple
Araudite
Silicone
Anilha Bronze 2 Pç’s 0,84
Gás refrigerante R-
22
Abraçadeiras
Redutora femea
3.3 EXPERIMENTO
3.3.1 Ciclo Frio
Todos os testes foram realizados dentro de uma sala fechada e sem climatização, para
assim minimizar a influencia dos meios Externos.
Todos os testes foram realizados dentro de uma sala fechada e sem climatização, para
assim minimizar a influencia dosmeios internos.
Onde:
𝑚̇𝑓 = Vazão Mássica
𝑊̇ = Potência do Compressor
ℎ𝑒𝑐𝑑 = Entalpia de Entrada no Condensador
ℎ𝑒𝑐𝑝 = Entalpia de Entrada no Compressor
A potência de entrada do compressor, ou seja, a Potência do Compressor é de 830 W.
3.4.2 Capacidade Frigorífica
É a quantidade de calor, por unidade de tempo, retirada do meio que se quer resfriar,
através do Trocador de baixa pressão (evaporador) do sistema frigorífico.
Onde:
𝑄̇𝑒 = Capacidade Frigorífica
𝑚̇𝑓 = Vazão Mássica
ℎ𝑒𝑐𝑝 = Entalpia de Entrada no Compressor
ℎ𝑒𝑒𝑣 = Entalpia de Entrada no Evaporador
Onde:
𝑄̇𝑐 = Calor rejeitado no Condensador
ℎ𝑒𝑑𝑒= ℎ𝑒𝑒𝑣
Onde:
ℎ𝑒𝑑𝑒 = Entalpia de Entrada no Dispositivo de Expansão
ℎ𝑒𝑒𝑣 = Entalpia de Entrada no Evaporador
Onde:
4.2 ENTALPIA
Para encontrar as entalpias dos componentes do ciclo foi utilizado o Software CATT
(Computer-Aided Thermodynamic Tables), distribuído gratuitamente, fornece acesso a várias
tabelas termodinâmicas encontradas no livro do Van Wylen (1995). Este software pode ser
utilizado para consulta de propriedades termodinâmicas que são apresentadas na forma de
gráficos e planilhas que podem ser transferidas para o Excel. As tabelas contidas neste programa
são da água (líquido e vapor), fluidos refrigerantes e criogênicos, ar, gases considerados ideais,
tabelas de compressibilidade e psicrometria. (SOUZA, 2013).
Através das médias obtidas nos dados de ensaio, tanto para pressão quanto para
temperatura, podem-se encontrar as entalpias de entrada e saída dos componentes. A Tabela 9
apresenta as entalpias para o ciclo frio.
Tabela 9. Entalpias (Ciclo frio)
Entalpias para 16°, 20° e 24°C
16°C 20°C 24°C
hecd= 266,41 KJ/Kg hecd=267,01 KJ/Kg hecd=266,66 KJ/Kg
hde=85,94 KJ/Kg hde=87,29 KJ/Kg hde=87,10 KJ/Kg
hev=195,52 KJ/Kg hev=195,52 KJ/Kg hev=195,43 KJ/Kg
hcp=257,04 KJ/Kg hcp=256,64 KJ/Kg hcp=256,66 KJ/Kg
Fonte: Autoria própria
Observa-se que as entalpias não apresentaram grandes diferenças entre um teste e outro,
chegando até ser igual em alguns pontos.
4.3 CÁLCULOS
Observa-se que os valores do COP para o ciclo quente são superiores aos valores do
ciclo frio, isso acontece devido os valores de temperaturas e pressões serem maiores.
Vale Ressaltar que o coeficiente de performance é o único rendimento que pode ser
maior a um, no caso do ciclo quente para 31°C onde esse valor chega a aproximadamente 11,
podemos dizer que nosso sistema tem um rendimento de 11 vezes.
A área de refrigeração industrial possui inúmeras aplicações nos mais diversos ramos
de atuação. O presente trabalho apresenta uma explicação sucinta sobre a funcionalidade do
equipamento e do sistema, trazendo em seu interior os principais componentes do sistema e as
equações para os cálculos dos ciclos de refrigeração.
KREITH, F.; BOHN, M. S. Princípios de Transferência de Calor. São Paulo: Editora Edgard
Blucher, p. 1 a 21, 1977.
MARTINELLI, L. C. Refrigeração e Ar-Condicionado: Compressores. 2013. Panambi.
Universidade Estadual do Rio Grande do Sul, UFRS, Panambi. Disponível em: <
http://wiki.sj.ifsc.edu.br/wiki/images/b/b4/RAC_III.pdf>. Acesso em: 27 out. 2016.
PARKER. Tecnologia Hidráulica Industrial. 1999. Apostila M2001-1 BR. Disponível em:<
http://unedserra-ehp.tripod.com/m_2001_1.pdf>. Acesso em: 10 out. 2016.
.
Apêndice 1
7 APÊNDICE
7.1 ROTEIRO PARA ENSAIOS NA BANCADA (quente e frio)
Inverter o a válvula para alterar o ciclo (ciclo quente) e alocando o sistema em sua maior
potência, temperatura máxima (30°C). Seguir os mesmos procedimentos do ensaio anterior com
3 (três) repetições. Em seguida realizam-se os mesmos procedimentos para as temperaturas de
29°C e 27°C
Os dados obtidos a cada ensaio devem ser computados através das tabelas a seguir:
Tendo os valores das entalpias para os dois ciclos, a partir do programa no Excel, são
possíveis calcular os seguintes dados:
Vazão Mássica:
𝑊̇
𝑚̇𝑓 =
(ℎ𝑒𝑐𝑑 − ℎ𝑒𝑐𝑝 )
Onde:
𝑚̇𝑓 = Vazão Mássica
𝑊̇ = Potência do Compressor
ℎ𝑒𝑐𝑑 = Entalpia de Entrada no Condensador
ℎ𝑒𝑐𝑝 = Entalpia de Entrada no Compressor
A potencia de entrada do compressor, ou seja, a Potencia do Compressor é de 830 W.
Capacidade Frigorífica:
Onde:
Onde:
COP