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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL


ESCOLA DE ENGENHARIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA
ENERGIA E FENÔMENOS DE TRANSPORTE

ESTUDO DE REMOÇÃO DE CALOR DE UM PROCESSADOR DE


COMPUTADOR COM O USO DE RADIADOR À ÁGUA

por

Anderson Todeschini 143359

Jones Alberto Lucho Tubino Junior 136102

Trabalho Final da Disciplina de Medições Térmicas


Professor Paulo Smith Schneider
pss@mecanica.ufrgs.br

Porto Alegre, dezembro de 2009


i

Este trabalho contou com apoio das seguintes entidades:


- Laboratório de usinagem da Universidade Federal do Rio Grande do Sul
- GESTE
ii

Há 3 tipos de mentiras:
mentiras,
mentiras graves, e
dados estatísticos

Benjamin Disraeli
iii

Todeschini Anderson; Lucho Tubino Junior Jones Alberto ESTUDO DE REMOÇÃO DE


CALOR DE UM PROCESSADOR DE COMPU-TADOR COM O USO DE
RADIADOR À ÁGUA. 2009. Monografia (avaliação na disciplina de medições térmicas
ENG0310) – Departamento de Engenharia Mecânica, Universidade Federal do Rio Grande do
Sul, Porto Alegre, 2009.

RESUMO

No trabalho é construído um radiador funcionando com água. O mesmo é colocado sobre um


resistor que simula um processador de computador. Conforme o fluxo de calor atravessa o
aparato, há uma alteração na temperatura da água que circula pelo dissipador e assim é possí-
vel a determinação da potência extraída do resistor. O calor extraído é calculado de acordo
com 𝑄𝑄 = 𝑚𝑚̇𝑐𝑐𝑝𝑝 ∆𝑇𝑇. Os resultados obtidos para a potência extraída de 48,25 W é próxima do
esperado, 50 w em regime permanente. Isso se deve ao fato de que não se está dissipando ca-
lor apenas para o bloco, mas também para o tijolo e para o ar. Também se deve levar em con-
ta a incerteza dos sensores empregados que é muito grande para a leitura da variação de tem-
peratura encontrada, menos de 2°C entre entrada e saída da água de refrigeração. Ao fim do
experimento considerou-se que foi atingido o regime permanente de troca de calor no qual se
dissipam os 50 w nominais da resistência, 48,8 w para o radiador e o restante para o tijolo e o
ar.

PALAVRAS-CHAVE: Watercooler, Resfriamento de Microchips, Coolers.


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Todeschini Anderson; Lucho Tubino Junior Jones Alberto. ANALYSIS OF THE EX-
CHANGED IN A MICROCHIP USING WATERCOOLER SYSTEM. 2009. Monografia
(avaliação na disciplina de medições térmicas ENG0310) – Departamento de Engenharia Me-
cânica, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2009.

ABSTRACT

In this work a watercooler for computer processors cooling system is built. It is attached to a
resistance which represents the microchip. As the heat flows to the equipment, the water cir-
culating inside of it increases its temperature extracting an amount of heat from the processor.
The heat extracted was calculated according to 𝑄𝑄 = 𝑚𝑚̇𝑐𝑐𝑝𝑝 ∆𝑇𝑇 as the water temperatures going
in and out from the watercooler are measured. The results obtained for heat extraction is 48,25
W, very close to the expected, 50 W. It was attributed to the fact that the heat is not being
transferred only to the equipment, but also to the brick and to the air. It must be taken into
consideration that the sensors used on this experiment have their limits of error too high for
reading such small difference of temperature, less than 1°C. Assuming this hypothesis and
considering that there were no significant temperature variations after a certain time it is con-
sidered that the stationary condition of heat exchange was achieved, when the 50 W from the
resistance are being dissipated, 48,25 W to the equipment and the rest of it to the brick and the
air.

KEYWORDS: Watercooler, Computer refrigeration systems, PC Cooleres


v

SUMÁRIO
RESUMO

ABSTRACT

1. Introdução...............................................................................................................................1

2. Desenvolvimento....................................................................................................................1

2.1. Revisão Bibliográfica..........................................................................................................2

3. Apresentação do Problema......................................................................................................3

3.1. Projeto..................................................................................................................................3

3.2. Problemas Experimentais.....................................................................................................4

3.3. Calor Extraído da Resistência..............................................................................................5

4. Resultados e Análises..............................................................................................................6

4.1. Incertezas de medição..........................................................................................................7

4.1.1. Incertezas Associada à Vazão...........................................................................................7

4.1.2. Incertezas Associadas aos Termopares.............................................................................8

4.1.3. Cálculo da Incerteza..........................................................................................................9

5. Conclusão..............................................................................................................................10

6. Referências Bibliográficas....................................................................................................11
1

1. INTRODUÇÃO

O presente trabalho enquadra-se na competição organizada dentro da disciplina de Me-


dições térmicas, ENG03108, que possui duas modalidades:

• Estudo e melhorias do aquecimento de líquido com a utilização de uma leiteira;


• Estudo da dissipação de calor de um processador de computador.

Optou-se por explorar a segunda modalidade na qual o microchip é representado por


uma resistência elétrica com potência nominal de 50 w.
Os dissipadores de calor são elementos que são colocados sobre um processador, com a
finalidade de manter sua temperatura mais baixa possível para tornar mais eficiente o proces-
samento de dados do computador além de evitar possíveis danos aos equipamentos.
Conforme a evolução da capacidade de processamento de dados dos computadores, a
necessidade de aumentar a capacidade de refrigeração dos “microchips", processadores, tam-
bém teve que acompanhar essa evolução. Ao invés apenas do uso das tradicionais aletas com
ventiladores a refrigeração dos processadores passou-se a se utilizar também tubos de calor ou
radiadores à água.
O grupo propôs a utilização de um radiador à água. Este sistema é um trocador com cir-
culação de um fluído que é colocado em contato com a resistência de forma a transferir o ca-
lor gerado para o fluido que circula em seu interior. Desta maneira buscou-se determinar o
quanto de calor estava sendo dissipado para obter uma informação de desempenho do troca-
dor.

2. DESENVOLVIMENTO

2.1. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

O trabalho terá seu início com a pesquisa bibliográfica com o objetivo de obter informa-
ções para o desenvolvimento da questão de pesquisa, visando à compreensão das variáveis
envolvidas. Este é um sistema de refrigeração a água utilizada em computadores que segue o
mesmo princípio dos sistemas de arrefecimento geralmente utilizados nos motores dos auto-
móveis.
Muitas vezes esse dispositivo, externo à CPU, é usado simultaneamente para refrigerar
o processador central, e outros componentes como o processador da placa de vídeo. É um dos
mais populares sistemas de arrefecimento para os entusiastas de computadores montados em
casa com alta potência. Este sistema veio combater o já existente arrefecimento a ar, permi-
tindo assim um melhor arrefecimento dos componentes, conseguindo maiores valores de pro-
cessamento nos diferentes tipos de hardware
2

O sistema consiste nas seguintes partes:

• Bloco ou dissipador: são peças fabricadas em cobre, mais comum, ou alumínio e são
responsáveis pela transferência de calor dos componentes do computador para a água;
• Radiador ou dissipador: responsável pela transferência do calor da água para o ambien-
te. Para aperfeiçoar a dissipação do calor, são utilizados dissipadores que sopram ar a
temperatura ambiente contra as aletas e dutos do radiador;
• Bomba: força a circulação de água através de um circuito fechado composto por reser-
vatório, mangueiras, dissipador e pelo radiador;
• Reservatório: não é usado em todos os sistemas, é apenas um reservatório de água co-
mum, muitas vezes estilizado usando acrílicos coloridos.

As três partes são ligadas em série por mangueiras, formando um circuito que é percor-
rido pelo líquido impulsionado pela bomba. Assim o bloco, em contato com o processador,
transfere o calor do mesmo para o líquido, que circula através de seu interior. No dissipador, o
calor é extraído para fora do gabinete do computador.
O sistema apresenta uma circulação impulsionada pela bomba elétrico-hidráulica atra-
vés de mangueiras, de água ou fluidos especiais, em um bloco (bloco) fixado sob o processa-
dor, até o radiador (Dissipador) onde ventoinhas esfriam o liquido que refaz o mesmo proces-
so de circulação.
Recomenda-se a utilização de água destilada e na maioria dos casos também é utilizado
fluido de radiador usado em automóveis (etileno-glicol) para evitar danos aos provocados pela
corrosão.

3. APRESENTAÇÃO DO PROBLEMA

3.1. Projeto

Foi projetado um trocador de calor em alumínio com dimensões gerais de


98x100x24mm com canais de 5 mm de largura e 16mm de altura conforme mostra a Figura 1.
Foram escolhidos parafuso M3X20mm para o fechamento da peça que contou com um siste-
ma de vedação composto por velumóide e adesivo para junta de motores Diesel. Para a tubu-
lação optou-se por tubos de nylon com conexões 1/8 NPT de engate rápido, conexões que são
originalmente destinadas ao uso pneumático.
Não se utilizou um radiador para resfriar a água de reservatório.
3

Figura 1 – Configuração do trocador Proposto


O projeto foi executado no laboratório de usinagem da universidade com o auxílio dos
técnicos responsáveis, sendo que o tempo total de trabalho foi de três dias. Foi utilizada uma
fresa manual com controle automático de avanço, Figura 2.

.1
Figura 2 - Usinagem do trocador

Na Figura 3 podemos ver uma das metades do trocador pronta para utilização.
4

Figura 3 - Peça final do trocador

3.2. Problemas experimentais

Foi montada uma bancada de ensaios para a avaliação do sistema conforme ilustra a Fi-
gura 4 que não mostra o reservatório em tamanho real.Na montagem em questão temos a re-
sistência elétrica entre o tijolo refratário e o trocador.
A bomba utilizada no experimento possui uma vazão nominal de 1100L/h até 440L/h e
a potência nominal de 13W. Porém a vazão efetiva medida com a utilização de um cronôme-
tro e de um recipiente com marcação do volume é 58,06L/h. As medidas forma realizadas três
vezes para haver certeza na medição em média demorou-se 62s para preencher 1L.
O reservatório de água é um tonel, com capacidade para aproximadamente 50l. É nesse
reservatório onde água é captada pela bomba é passa pelo bloco de alumínio. O motivo de
esse ser tão grande é a necessidade de desconsiderar a elevação da temperatura da água de
entrada pelo aquecimento provocado pelo mecanismo de funcionamento bomba, visto que em
reservatórios menores havia uma considerável diferença. A Figura 4 mostra ilustrativamente
essa montagem.

Figura 4 - Esquema de montagem da bancada e ensaios


5

A aquisição dos dados das temperaturas foi feita por meio de termopares. A temperatura
de entrada da água é determinada colocando o termopar no reservatório de água, enquanto a
temperatura de saída é determinada colocando-se o termopar dentro da tubulação a uma dis-
tância de 20 cm da saída do bloco de alumínio, considerando assim desprezível qualquer vari-
ação de temperatura nesse comprimento.
Também são colocados termopares na face superior do resistor, que se encontra em con-
tato com a pasta térmica de prata e na face inferior, que se encontra em contato com o tijolo
refratário. Muito importante ressaltar que todas as temperaturas são mediadas com o uso de
termopares do tipo J
A interface entre o dissipador e a resistência também foi levada em consideração. Para
melhorar essa condição e assegurar que as imperfeições de contato fossem minimizadas apli-
cou-se uma pasta térmica a base de prata da marca AKASA, modelo AK-450, com uma con-
dutividade térmica de 9,43W/mK. A pasta térmica tem a função de preencher lacunas de ar
que comprometem a transferência de calor por condutividade. Conforme Figura 5.

Figura 5 - Configuração de interface resistência trocador

3.3. Calor extraído da Resistência

Para a realização deste trabalho é necessária a avaliação do calor dissipado da resistên-


cia. Foram propostos vários métodos, mas o que se mostrou mais prático foi a medição da
temperatura de entrada e saída da água para a aplicação da equação:

𝑄𝑄 = 𝑚𝑚̇𝑐𝑐𝑝𝑝 ∆𝑇𝑇 (1)

Sendo que:

• 𝑚𝑚̇ = 0,01608 𝑘𝑘𝑘𝑘⁄𝑠𝑠


• 𝑐𝑐𝑝𝑝 = 𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐 𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒í𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓 𝑑𝑑𝑑𝑑 á𝑔𝑔𝑔𝑔𝑔𝑔
• ∆𝑇𝑇 = 𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣çã𝑜𝑜 𝑑𝑑𝑑𝑑 𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡 𝑛𝑛𝑛𝑛 𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒 𝑒𝑒 𝑠𝑠𝑠𝑠í𝑑𝑑𝑑𝑑 𝑑𝑑𝑑𝑑 á𝑔𝑔𝑔𝑔𝑔𝑔
6

4. RESULTADOS E ANÁLISES

Após algumas medições foi possível extrair um gráfico mostrando as temperaturas nos
pontos de interesse apresentado na Figura 6:

1. Interface resistência trocador


2. Entrada da água
3. Saída da água

50

45

40

35

30
temperatura[ºC]

25 Temperatura da água na
saída
20 Tempertura da água na
entrada
Temperatura do resistor
15

10

0
0 200 400 600 800 1000 1200

tempo[s]

Figura 6 – Temperaturas durante o ensaio com ligação comum de termopares

Através dos dados extraídos com os instrumentos disponibilizados no laboratório foi


possível determinar que a temperatura média de entrada da água é 28,3ºC e da temperatura
média de saída da água é 30ºC. Sendo que a temperatura na face superior é de 45,2ºC.
Considerando o 𝑐𝑐𝑝𝑝 da água a 30°C como 4,177 𝑘𝑘𝑘𝑘⁄𝑘𝑘𝑘𝑘. 𝐾𝐾 e aplicando a equação 1 temos
que a potência extraída é de:

𝑄𝑄 = 114,2𝑊𝑊

Este valor, porém não condiz com a realidade, uma vez que a resistência dissipa apenas
50 W. Extrair mais do que sua potência nominal significaria leva a temperatura da resistência
a um valor abaixo da do ambiente, o que não foi atingido.
7

A fim de entender o que estava acontecendo foram levantadas duas hipóteses para que o
resultado não seja de acordo com o esperado.

a) A potência nominal do resistor é maior que 50 W.


b) A incerteza dos termopares não é suficiente para que se obtenha o ∆𝑇𝑇.

Desconsiderou-se a primeira e partiu-se para a segunda. Para isso foi feita uma analise
da incerteza das medições envolvidas nesse experimento.

4.1. Incertezas de medição

4.1.1. Incertezas Associadas a Vazão

A vazão mássica é determinada com a utilização de um cronômetro e de um recipiente


de 1L com graduação, por isso as flutuações devidas ao tempo de reação do experimentador
introduzem incertezas da ordem de décimos de segundo.
As incertezas na medição das vazões foram obtidas por amostragem. A partir da amos-
tragem, calculou-se a média e o desvio padrão, atribuindo-se então dois desvios padrões para
a incerteza de medição.

Tabela 1 - Medições das vazões mássicas da água

• Média: 0,015998 kg/s


• Desvio padrão para pequena amostra: 5,0345e-05 kg/s
• Incerteza de dois desvios padrões: 1,0069e-04 kg/s
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4.1.2. Incertezas Associadas aos Termopares

As incertezas dos termopares são obtidas pela Tabela 2, que no presente trabalho é utili-
zado o do tipo J.

Tabela 2 - Incerteza de medição dos instrumentos

Pode-se observar que a incerteza da medida de temperatura com o termopar J é muito


grande para a variação de temperatura que necessita ser avaliada.

4.1.3. Cálculo da Incerteza

Conforme a fórmula 2 para determinação da incerteza da potência dissipada pelo resis-


tor descobre-se que a incerteza é de 76 W.

𝜕𝜕𝜕𝜕 2
𝜕𝜕𝜕𝜕 𝜕𝜕𝜕𝜕 2 2
𝜈𝜈𝑞𝑞 = �� � (𝜐𝜐𝜐𝜐𝜐𝜐)2 + � � (𝜐𝜐𝜐𝜐𝜐𝜐)2 + � � (𝜐𝜐𝑚𝑚̇)2
𝜕𝜕𝜕𝜕𝜕𝜕 𝜕𝜕𝜕𝜕𝜕𝜕 𝜕𝜕𝑚𝑚̇
(2)

Onde:

• 𝜈𝜈𝑞𝑞 = 𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖 𝑛𝑛𝑛𝑛 𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝ê𝑛𝑛𝑛𝑛𝑛𝑛𝑛𝑛 𝑑𝑑𝑑𝑑 𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟


𝜕𝜕𝜕𝜕
• � � = 𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎 𝑑𝑑𝑑𝑑 𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝ê𝑛𝑛𝑛𝑛𝑛𝑛𝑛𝑛 𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐 𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟çã𝑜𝑜 𝑎𝑎 𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡. 𝑑𝑑𝑑𝑑 𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒 𝑑𝑑𝑑𝑑 á𝑔𝑔𝑔𝑔𝑔𝑔
𝜕𝜕𝜕𝜕𝜕𝜕
• 𝜐𝜐𝜐𝜐𝜐𝜐 = 𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖 𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐 𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟çã𝑜𝑜 𝑎𝑎 𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡. 𝑑𝑑𝑑𝑑 𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒
𝜕𝜕𝜕𝜕
• � � = 𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑 𝑑𝑑𝑑𝑑 𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝ê𝑛𝑛𝑛𝑛𝑛𝑛𝑛𝑛 𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐 𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟çã𝑜𝑜 𝑎𝑎 𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡. 𝑑𝑑𝑑𝑑 𝑠𝑠𝑠𝑠í𝑑𝑑𝑑𝑑 𝑑𝑑𝑑𝑑 á𝑔𝑔𝑔𝑔𝑔𝑔
𝜕𝜕𝜕𝜕𝜕𝜕
• 𝜐𝜐𝜐𝜐𝜐𝜐 = 𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖 𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐 𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟çã𝑜𝑜 𝑎𝑎 𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡. 𝑑𝑑𝑑𝑑 𝑠𝑠𝑠𝑠í𝑑𝑑𝑑𝑑
𝜕𝜕𝜕𝜕
• � � = 𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑 𝑑𝑑𝑑𝑑 𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝ê𝑛𝑛𝑛𝑛𝑛𝑛𝑛𝑛 𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐 𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟çã𝑜𝑜 𝑎𝑎 𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣ã𝑜𝑜 𝑚𝑚á𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠
𝜕𝜕𝑚𝑚̇
• 𝜐𝜐𝑚𝑚̇ = 𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖 𝑑𝑑𝑑𝑑 𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚çã𝑜𝑜 𝑑𝑑𝑑𝑑 𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓 𝑑𝑑𝑑𝑑 𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚

Como a potência média tem um valor igual a 114 w, significa que com 95% de confian-
ça é possível afirmar que a potencia dissipada se encontra no intervalo entre 38 W e 190 W.
Significa que é possível que o resistor dissipe algo próximo dos 50 W quando em regime
permanente.
Para conseguir uma medida mais adequada, foi proposta uma ligação de termopares um
pouco diferente, chamada de “Termopar Diferencial”. Esta ligação fornece a diferença de
temperatura entre dois pontos distintos. Modelo ideal para a medição em questão que necessi-
ta de nada mais do que a própria ∆𝑇𝑇. Na Figura 6 se observa um diagrama desse tipo de mon-
tagem.
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Figura 6 - Diagrama de ligação de um Termopar Diferencial

No caso em questão a 𝑇𝑇1 da Figura 6 está em contato com a água de entrada e a 𝑇𝑇2 está
imersa na água de saída. No dia da medição foi possível obter diferença média de 0,72°𝐶𝐶 o
que representa uma potência média dissipada de 48,25 𝑊𝑊 sendo que o restante, 1,75 𝑊𝑊 é dis-
sipado para o tijolo refratário e para o ar.
A Figura 7 mostra a comportamento da temperatura de interface e da variação de tempe-
ratura de entrada e saída da água. Observando essa figura pode-se dizer que foi atingido o
regime estacionário, ou se está muito próximo desse.

Figura 7 - Temperatura de interface vs. Variação de temperatura da água


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5. CONCLUSÃO

A potência dissipada pelo resistor calculada pela diferença de temperatura de entrada e


saída do bloco de alumínio é um equacionamento simples. Entretanto devido às incertezas dos
instrumentos os valores medidos podem não representar bem os valores verdadeiros, princi-
palmente quando os valores lidos são menores do que a própria incerteza, já que a diferença
de temperatura é pequena.
Apesar disso, os valores encontrados estão dentro do esperado. 48,25 W dissipados para
o radiador e o restante para o tijolo refratário e para o ar. Pode-se observar também que uma
alternativa para melhorar a grande incerteza de medição é a aplicação da técnica de ligação
diferencial de termopares medindo assim diretamente uma diferença de temperatura.
Para minimização do erro seria interessante a utilização de vazões menores no circuito,
porque assim a diferença de temperatura se tornaria maior e as incertezas interfeririam menos
nos resultados, ou ainda realizar a medição com sensores melhores.
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6. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

Incropera, F.P., Witt, D.P., 1992. “Fundamentos de Transferência de Calor e de Massa”,


Livros Técnicos e Científicos Editora S/A, Brasil.

Brochardt, Ildon Gluilherme; Ferreira, Alvaro Gome; 1979. “Termometria Termoelétrica


Termopares”, Sagra S/A Editora e distribuidora.

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