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BACHARELADO EM DIREITO
CONTRATO DE EMPREITADA
Conceição do Coité – BA
2022
FACULDADE DA REGIÃO SISALEIRA
BACHARELADO EM DIREITO
CONTRATO DE EMPREITADA
Conceição do Coité – BA
2022
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................... 03
2. Conceito e natureza jurídica ............................................................................. 04
3. Figuras afins. ..................................................................................................... 04
4. Sujeitos ............................................................................................................... 05
5. Direitos e deveres do empreiteiro.....................................................................05
6. Subempreitada .................................................................................................. 07
7. Responsabilidade do construtor ...................................................................... 09
8. Incorporação imobiliária ................................................................................... 10
9. Incorporador. Incorporação. Natureza jurídica ............................................... 10
10. Partes. Objeto. Conteúdo. Lançamento. Construção ...................................11
11. Obrigações e direitos do incorporador ..........................................................13
12. Obrigações e direitos dos adquirentes...........................................................15
12.1 Inadimplemento contratual................................................................................17
13. Comissão de representantes e assembléia geral de adquirentes................17
14. Convenção de condomínio ..............................................................................18
15. Extinção .............................................................................................................19
16. O Patrimônio de afetação ................................................................................19
17. CONCLUSÃO.....................................................................................................20
REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 22
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1. INTRODUÇÃO
3. Figuras afins
4. Sujeitos
Segundo a artigo 624 do CCB, o empreiteiro não pode, sem justo motivo
suspender o andamento da obra, caso isso ocorra ele poderá pagar por perdas e
danos, o que se chama de execução frustrada da obra por responsabilidade do
empreiteiro.
No parágrafo 625 do CCB, § I ao IV o empreiteiro pode suspender o
andamento da obra por culpa do dono da obra, caso fortuito ou força maior,
dificuldades supervinientes de causa geológica hidrícas ou semelhantes, em que seja
necessário aumento do preço e o dono da obra se recusar ao pagamento, pode
também o empreiteiro suspender a obra em caso de ser exigido modificações
desproporcionais, ainda que o dono da obra aceite pagar um preço maior, é direito
do empreteiro suspender a obra, de acordo com a legislação vigente, pois ele pode
argumentar não ter qualificação técnica para tal modificação (FIUZA, 2009).
Quando o contrato de empreitada for de lavor, quando o material não for
fornecido pelo empreiteiro, mesmo fornecido pelo dono da obra, o empreiteiro é
responsável pela conferência do material, e deve denunciar qualquer defeito de
qualidade ou quantidade em tempo hábil para o dono da obra, como assegura o
artigo 613 do CCB; a lei é omissa referente ao prazo hábil, porém muitos autores
consideram o prazo geral do direito brasileiro, de acordo com o artigo 218, § 3º do
Código de Processo Civil Brasileiro, sendo cinco dias úteis.
nos contratos de empreitada de edifícios e outras construções
consideráveis, o empreiteiro, se a empreitada for de materiais, responderá
pela solidez e segurança do trabalho, tanto em razão dos materiais quanto
em razão do solo, pelo prazo irredutível de cinco anos. Mas, uma vez que
apareça o defeito, o dono da obra é obrigado a denunciá-lo, se for o caso,
judicialmente, no prazo máximo de 180 dias, sob pena de decadência. Essa
mesma regra se aplica ao autor do projeto. (FIUZA, César. Contrato, 2009,
p. 282)
empreiteiro também pode exigir o pagamento por etapa, podendo solicitar quitações
parciais, de acordo o caput do artigo 614 do CCB. O empreiteiro pode contratar
terceiros para executar partes ou totalmente a obra, de acordo com o artigo 622 do
CCB, porém, ele continua responsável pela entrega no prazo estipulado, entre outras
responsabilidades.
Quando a obra for construção civil considerável o empreiteiro deve dá
garantia, de no mínimo cinco anos, de acordo com o artigo 618 do CCB, as garantias
devem ser quanto à solidez, à construção, à fundação, entre outros aspectos.
O dono da obra é obrigado a remunerar o empreiteiro, o preço pode ser
estipulado de maneira global (for fait) ou por medida (ad menseram), podendo ser
absoluto ou fixo (quando o empreteiro não assume os riscos da obra) ou relativo
(quando o empreteiro assume os riscos dos problemas que a obra venha apresentar).
De acordo com o artigo 614 do CCB, o empreiteiro deve fazer as verificações
do andamento da obra, e durante a verificação ele tem trinta dias para denunciar
qualquer defeito, já o dono da obra tem prazo legal para acionar o empreiteiro por
qualquer defeito, sendo o prazo legal de cento e oitenta dias, a contar do
aparecimento do defeito, mesmo durante a garantia, como subroga p artigo 618 do
CCB.
O dono da obra pode suspendê-la a qualquer momento, desde que pague
ao empreiteiro as despesas, o lucro e mais indenização razoável que ele teria direito
se conduzisse a obra, desde que ele arque com todos os custos. É direito do dono
da obra fazer a suspensão a qualquer momento, é o que a doutrina chama de
execução frustrada da obra, de acordo com o artigo 623 do CCB.
Caso durante a execução da obra o preço dos materiais subam de valor e o
empreiteiro esteja realizando uma empreitada mista, ele não pode pedir revisional
dos valores acordados no contrato.
6. Subempreitada
7. Responsabilidade do Construtor
conforme compete a esta parte nesse tipo de empreitada, conforme o artigo 610 do
CCB.
Caso queira parar a obra sem justa causa, não foge da responsabilidade do
construtor idenizar o empreiteiro pelos trabalhos e despesas que houver feito, também
deverá pagar os lucros que este poderia ter se concluísse a obra, conforme o artigo
623 do CCB.
O construtor deverá seguir com exatidão o projeto a ser executado, caso não
siga tal normativa está sujeito a sanção “o empreitante não poderá introduzir
modificações no projeto sem autorização de seu autor, a não ser que fique
demonstrada a excessiva onerosidade da execução do projeto original, em razão de
eventos posteriores, ou sua inviabilidade técnica” (FIUZA, 2018, p. 282-283),
conforme o artigo 621 do Código Civil Brasileiro.
8. Incorporação imobiliária
Para Menezes (2015) o prazo de cinco anos deve ser considerado como
natureza de garantia, já o prazo de preescrição, é de vinte anos, sendo contabilidado
a partir do dia que surgiu o defeito.
A súmula 194 do Superior Tribunal de Justiça confirma tal entendimento
ao afirmar que “prescreve em vinte anos a ação para obter, do construtor,
indenização por defeitos da obra”. Contudo, atualmente, o prazo máximo
de prescrição é de dez anos conforme o disposto no artigo 205 do Novo
Código Civil: Art. 205. A preescrição ocorre em dez anos, quando a lei não
lhe haja fixado prazo menor. (MENEZES, Charles. A responsabilidade civil
do incorporador)
poderá́ o juiz o notificar para que no prazo mínimo de 30 dias as reinicie ou torne a
dar-lhes o andamento normal. Desatendida a notificação, poderá́ o incorporador ser
destituído pela maioria absoluta dos votos dos adquirentes, sem prejuízo da
responsabilidade civil ou penal que couber, sujeito à cobrança executiva das
importâncias comprovadamente devidas, facultando-se aos interessados prosseguir
na obra; e em caso de insolvência do incorporador que tiver optado pelo regime da
afetação e não sendo possível à maioria prosseguir na construção, a assembleia
geral poderá́ , pelo voto de 2/3 (dois terços) dos adquirentes, deliberar pela venda do
terreno, das acessões e demais bens e direitos integrantes do patrimônio de
afetação, mediante leilão ou outra forma que estabelecer, distribuindo entre si, na
proporção dos recursos que comprovadamente tiverem aportado, o resultado líquido
da venda, depois de pagas as dívidas do patrimônio de afetação e deduzido e
entregue ao proprietário do terreno a quantia que lhe couber, nos termos do art. 40;
O incorporador é o responsável por qualquer dano que possa resultar da inexecução
ou da má́ execução do contrato de incorporação.
Referente aos direitos do incorporador estão questões que possam lhe
assegurar um menor risco no negócio investido e seguridade. Entre eles está o direito
de exigir a assinatura do contrato, logo após o escoamento do prazo de carência,
quando houver, ou em seguida ao documento preliminar, tudo sob pena de rescisão
do ajuste com perdas das prestações e parcelas pagas; reter a entrega da unidade,
mesmo depois de sua construção até que o compromissário, aderente á incorporação
cumpra todas as suas obrigações assumidas (quando se tratar de contrato de
construção, a retenção será exercida pelo condomínio ou pelo construtor artigo 32);
rescindir contrato quando o adquirente ou contratante faltar com o pagamento de três
prestações, depois de previa notificação como prazo de 10 dias para a purgação da
mora, segundo o artigo 63 da lei de incorporação.
Código Civil Brasileiro o contrato de empreitada tem as suas obrigações e direitos dos
adquirentes contatuais como também, caso haja o inadimplemento contratual, todos
esses fatores são regulamentado dentro da nossa legislação, vamos aqui especificar
cada uma delas.
O doutrinador Flaviano Tartuce (2018), nos traz a respeito obrigações
contratuais do empreiteiro que segundo o Código Civil Brasileiro de 2002 houve
algumas atualizações dos contratos tipificados nos artigos 611e 612 nos quais a
norma geral esclarece que na hipótese do empreiteiro fornecer os materiais a
correção, é por sua conta e risco até o momento da entrega da obra, mas se o dono
da obra estiver em atraso no recebimento, será por sua conta, correção e risco. No
artigo 612 do Código Civil diz, se o empreiteiro fornecer mão de obra, todos os riscos
em que não tiver culpa correrão por conta do dono.
Ainda segundo Tartuce (2018), referente aos dois artigos nota-se que a
obrigação do empreiteiro é de resultado quando a empreitada for mista, se a
empreitada é de lavor , a obrigação do empreiteiro será de meio ou de diligência . Isso
faz com que a responsabilidade do empreiteiro, em face a do dono da obra, no caso
da empreitada mista, é subjetiva ou depende de culpa, na empreitada de mão de
obra. Vejamos as três modalidades de empreitada segundo a análise de Tartuce:
1) Empreitada sob administração: é aquela em que o empreiteiro apenas
administra as pessoas contratadas pelo dono da obra, que também fornece
os materiais.
2) Empreitada de mão de obra ou de lavor: é aquela em que o empreiteiro
fornece a mão de obra, contratando as pessoas que irão executar a obra. Os
materiais, contudo, são fornecidos pelo dono da obra.
3) Empreitada mista ou de lavor e materiais: é aquela em que o empreiteiro
fornece tanto a mão de obra quanto os materiais, comprometendo-se a
executar a obra inteira. Nesse caso, o empreiteiro assume obrigação de
resultado perante o dono da obra. Conforme § 1.º do art. 610 do CC, a
obrigação de fornecer materiais não pode ser presumida, resultando da lei ou
da vontade das partes.
(TARTUCE, Flávio. Direito Civil, v.3: teoria geral dos contratos e contratos em
espécie, p. 527-528)
Para uma análise mais voltada para ênfase jurídica, analisar-se-á a Comissão
de Representantes e Assembleia Geral de Adquirente como também a convenção de
condomínio, segundo a Capital Finance. A Comissão de Representantes é uma
entidade com bastante poder e responsabilidade, por isso é preciso ter muito cuidado
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ao escolher as pessoas que irão compô-la. Geralmente é composta por não mais que
três indivíduos, eleitos pelos próprios adquirentes em assembleia-geral, e que ficam a
cargo de diversos aspectos da obra e que tem como objetivo intermediar a relação
entre os compradores e a incorporadora, fiscalizar o cumprimento do cronograma
físico-financeiro da obra. Assim especifica Lei 4.591 do Código Civil no artigo 1.356.
“Poderá haver no condomínio um conselho fiscal, composto de três membros, eleitos
pela assembleia, por prazo não superior a dois anos, ao qual compete dar parecer
sobre as contas do síndico”.
15. Extinção
REFERÊNCIAS
FIUZA, César. Contratos. Coleção Direito Civil – Belo Horizonte: Del Rey, 2009.
contratos. Rev. E atual. Caitlin Mulholland. – 22. Ed. – Rio de Janeiro: Forense,
2018.
TARTUCE, Flávio. Direto civil, v.3: teoria geral dos contratos e contratos em
espécie. 13. ed. rev., atual. e amp. – Rio de Janeiro: Forense, 2018.