por dívida alimentar).
Sanção e Coação
Considerações Iniciais – o direito é
instrumento de adequação social, e
tem como características a
impositividade e a efetividade, sob
pena de permitir o caos na
sociedade.
A ‘pressão’ sobre os indivíduos – é
inerente à regra, para que o indivíduo
se comporte de determinada maneira e
não pratique condutas delitivas ou
lesivas.
Sanção: Penalidade pelo não
atendimento à norma
Coerção: força psicológica da norma
Coação: materialização do
cumprimento, caso a sanção não seja
obedecida
Origem
surgiu originalmente como vingança
''social'',no caso de uma
pessoa ser ofendida era como se todo o
''clã'‘ tivesse sido ofendido,que
reagia com ''responsabilidade social''.
Passou a representar uma vingança
''privada'', o ofendido agia contra o
ofensor.
● Foi submetida a regras, são os
duelos, as ordálias e a Lei do
Talião.
Por fim, passou a ser monopólio do
Estado,que não admite a “força
particular”, salvo nas situações
previstas em lei (autodefesa, etc).
“Devido ao positivismo jurídico, as
sanções são vistas apenas como um
castigo”
Sanção
A Sanção Cível – consiste na
modificação da relação jurídica,
em desfavor do responsável pelo ilícito
(cumprimento forçado da obrigação –
substituição da declaração de vontade
– retorno ao status quo ante –
declaração de nulidade do ato –
rescisão contratual – prisão
A sanção Penal – prisão – multa –
medidas de segurança.
Aplicação da sanção – o Estado detém
o monopólio.
SANÇÃO
Características
● é consequência jurídica a não
observação da norma;
● aplicável pelo poder público;
● visa reparar o mal causado pelo
ilícito;
● são aplicadas apenas as
previstas em lei;
● a reparação não vai além do
ilícito;
● a pena pessoal é proporcional
ao ilícito;
● acompanha a evolução do
direito (humaniza-se com a
civilização).
COERÇÃO
É uma força que se observa no campo
psicológico, levando alguém a cumprir
determinada regra, a ter uma certa
conduta, somente devido à pressão
“abstrata” que o sujeito emissor da
norma impõe.
O indivíduo segue a norma estatal para
que não lhe seja aplicada a sanção
preestabelecida no ordenamento
jurídico, ou seja, ele se porta de acordo
com a lei por “medo” de ser punido.
Coercibilidade – é o momento
dinâmico correspondente à presença
da força do Direito, específico do
Direito Positivo. É a possibilidade da
regra jurídica de exigir o seu
cumprimento.
O Estado utiliza a coerção quando diz
que um dispositivo de lei deve ser
respeitado, acarretando uma sanção no
caso de não cumprimento.
Lei respeitada= Coerção
Lei cumprida= Sanção
SANÇÃO
Conceito (amplo) – é o instrumento
constrangedor que atua de modo
direto ou indireto, podendo ser pessoal
ou patrimonial, e que torna a lei
consequentemente obrigatória.
A sanção jurídica
- é a consequência do não
cumprimento de ordem
descrita em uma norma jurídica.
Tanto pode ser positiva como negativa;
pode ser a recompensa ou a pena,
a aprovação ou desaprovação que
acarreta determinado ato para a
pessoa que o realiza.
COAÇÃO
Conceito – é meio instrumental e não
deve ser entendida como
pertencente à norma, pois não é
sentida permanentemente.
É considerada outra fase da imposição
da força, que ocorre no plano fático, é
uma força evidentemente manifesta,
pois reflete no campo físico.
O Estado utiliza a coação quando a
coerção não funcionou, e a sanção
decretada também não foi cumprida
pelo indivíduo.
exemplo:
Cauan deixa de cumprir uma de suas
obrigações contratuais firmadas com
Felippe (um pagamento de uma
contraprestação, por exemplo),
levando Felippe a várias tentativas de
acordo para solucionar o empecilho.
Frustradas as tentativas, Felippe
resolve então buscar a solução na
Justiça, obtendo, ao final do processo,
uma sentença favorável, que
ordena a Cauan o pagamento da dívida
e também de uma multa (sanção),
fixada em um valor X.
O condenado resolve continuar na
inadimplência, desrespeitando, agora,
também a sanção decretada pelo juiz.
O Estado, para fazer valer sua decisão,
usa então a coação, executando a
sentença determinada judicialmente,
para o pagamento a Felippe por
Cauan, e também da multa.
Para isso utiliza algumas medidas,
como por exemplo, a penhora dos bens
do devedor, bloqueio de conta corrente
e a restrição no cadastro de veículos.
Há assim a quitação da dívida por
meio da força do Estado, a coação
estatal.
A Externalidade da Sanção Jurídica -
é externa porque consiste em uma
reação da comunidade e não em uma
repreensão ou “arrependimento”
realizado pelo próprio indivíduo
infrator da norma.
A Institucionalidade da Sanção Jurídica -
é institucionalizada porque segue
regras precisas, oriundas da mesma
fonte produtora das normas cujo
cumprimento se deseja garantir.
Para toda norma prescritiva de deveres
jurídicos (norma primária)
corresponderá uma sanção jurídica de
características previamente
delineadas.
A Sanção Difusa nas Regras de Trato Social
- é aquela incerta, e que consiste na
reprovação, na censura, na crítica, no
rompimento de relações sociais e até
expulsão do grupo.
As regras de trato social são
elaboradas pela sociedade visando
tornar o ambiente social mais ameno.
Engloba-se assim atos de cortesia,
etiqueta, protocolo, moda,
cavalheirismo e pontualidade.
A Sanção Premial
- o benefício conferido pelo
ordenamento como incentivo ao
cumprimento de determinada
obrigação.

Outra aplicação do Termo “Sanção”

- consiste na aquiescência, na
concordância do Chefe do Executivo
com o projeto aprovado pelo
Legislativo. É ato da alçada exclusiva
do Poder Executivo.
Chefe Executivo concorda com o
projeto aprovado pelo legislativo